Cinemateca recupera arquivo da TV Tupi Acervo, agora disponível na internet, tem reportagens desde os anos 1950.
Ainda em andamento, projeto já restaurou cerca de 3.000 vídeos da 1ª emissora do Brasil, e parte de jornais como o "Repórter Esso"
A Cinemateca Brasileira colocou em seu site mais de 3.000 reportagens feitas para a extinta TV Tupi (1950-1980), a primeira emissora do Brasil.
O projeto Resgate do Acervo Audiovisual Jornalístico da TV Tupi, patrocinado pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça, visa recuperar um total de 400 mil vídeos. A empreitada é grande, já que para cada uma hora de material finalizado são de 20 a 30 horas de trabalho.
São filmagens captadas em 16 mm pela equipe no Brasil e no exterior por agências internacionais. Muitas delas estão sem áudio, porque eram acompanhadas por locuções ao vivo, das quais o único registro é o roteiro datilografado.
Esses scripts também estão sendo microfilmados pelo Arquivo do Estado de São Paulo.
A ideia é, numa segunda fase do projeto, recriar em estúdio locuções mais conhecidas como as do "Repórter Esso".
Além deste, as imagens históricas abrangem conteúdo de vários telejornais da época, como "Edição Extra", "Diário de São Paulo" e "Ultranotícias".
Entre os assuntos cobertos, está o noticiário político, como a queda de Juan Domingo Perón, na Argentina, em 1955, ou a Guerra do Vietnã. Também não faltam temas de variedades e esportivos (veja ao lado).
Para o coordenador de preservação Millard Schisler, "há uma urgência" nesse projeto. "Estamos lutando contra o tempo para restaurar um material de fragilidade fenomenal. Já há hoje uma pequena porcentagem que não é mais possível telecinar [transpor de película para vídeo]. Mas é emocionante trazer de volta um minuto que seja de uma história que ninguém mais conhece."
Para Fábio Kawano, coordenador de catalogação, há uma riqueza nas cenas corriqueiras. "É interessante ver como eram retratados casos de roubos ou o trânsito na rua Augusta."
(LÚCIA VALENTIM RODRIGUES)
5 comentários:
Muito legal. já comecei a ver...
Nossa, que coisa incrível. É bastante interesante isso porque acho que o Brasil sofre muito com a pouca importância em resgatar nosso material histórico, e não só no âmbito do jornalismo, mas em várias outras áreas.
Tenho uma ligação forte com a questão da memória, principalmente através das fontes fílmicas, Rafael, e quando surge uma iniciativa como essa, faço questão de divulgar.
Um país sem memória é um país sem passado e sem futuro.
Abraço!
Na verdade, aqui senti um pouquinho do Fred arquivista.... heheheheheheh Bjo
Não tenha dúvidas! =)
Não nego a raça! rsrs
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