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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Crítica: O Escritor Fantasma


O cineasta Roman Polanski está preso desde novembro de 2009 na Suíça, aguardando o processo de extradição para os EUA, onde foi condenado em 1978 por abusar sexualmente de uma garota de 13 anos, em 1973, cuja culpa ele mesmo assumiu em 1977, quando fugiu e se refugiu na França, onde ficou “protegido” até o ano passado.

Polêmico, ele conclui este O Escritor Fantasma na prisão domiciliar suíça e ganhou, pelo trabalho, o urso de prata de melhor diretor no Festival de Berlim, em fevereiro deste ano. O roteiro do filme é baseado no romance The Ghost Writer, de Robert Harris, que denuncia assassinatos políticos promovidos pela CIA, agência de espionagem norteamericana.

No filme, Ewan McGregor vive o tal escritor fantasma, que é contratado para escrever a biografia do primeiro-ministro Adam Lang (Pierce Brosnan). Isolado numa ilha, ele desconfia que o seu retratado teria perseguido militantes islâmicos e que o escritor contratado antes dele, para a execução do mesmo serviço, foi encontrado morto numa praia. Começa aí uma intrincada trama, cheia de reviravoltas e com tom de sarcasmo à hipocrisia norteamericana.

Polanski conferiu ao filme uma aura de film-noir, com imagens cheias de sombras e um ambiente predominantemente acinzentado, sob constante clima nublado. Escolha genial, que sufoca não só o protagonista, como também o espectador, cada vez mais tenso com os acontecimentos e ansioso por um desfecho.

Ewan McGregor incorpora bem o seu ghost-writer e Olivia Williams entrega uma atuação adequadamente contida, mas a escolha de Polanski por atores como Pierce Brosnan e Kim Catrall (de Sex and the City) foi um tiro n'água. Ambos não conseguem se livrar da própria imagem para nos fazer acreditar em seus personagens. O resultado: interpretações frágeis.

Mesmo assim e com o auxílio de uma trilha sonora igualmente noir (excelente), o diretor consegue realizar uma obra consistente e que instiga o público até o final surpreendente e momentaneamente incompreensível.

O Escritor Fantasma teve distribuição mal feita nos EUA, o que me pareceu má vontade, pois deixaram-no em cartaz por mais de um mês em algumas pouquíssimas salas, até que o buchicho em torno dele se desfez e finalmente ele teve seu circuito ampliado, mas aí já era tarde. O interesse do público não resistiu por tanto tempo, o que ajudou com que ele decepcionasse nas bilheterias. Ainda assim, a crítica e o público que o assistiu foram bem favoráveis. Além do quê, no resto do mundo a recepção foi bem melhor, sendo o suficiente para que os US$ 45 milhões de orçamento do longa já tenham sido pagos.

Se os EUA vão ou não conseguir prender Polanski – e eu não estou aqui para defendê-lo quanto a isso -, o tempo dirá, mas caso isso aconteça, pelo menos que eles reconheçam o bem que ele faz à sétima arte e o deixem continuar fazendo seus filmes, nem que seja dando ordens da cadeia.

Trailer:

(The Ghost Writer, França/Alemanha/Inglaterra, 128 minutos, 2010)
Dir.: Roman Polanski
Com Ewan Mcgregor, Pierce Brosnan, Kim Catrall, Olivia Williams
Nota 8,5

Promoção relâmpago: Príncipe da Pérsia

Príncipe da Pérsia estreará no Brasil na próxima quinta-feira (03/06), mas o blog Fred Burle no Cinema te dará a oportunidade de assistí-lo antes e o que é melhor, de graça!

A pré-estreia acontecerá nesta terça-feira (01/06), às 21:30, no Boulevard Shopping. 

A promoção é válida apenas para os leitores de Brasília. Para concorrer, basta responder à seguinte pergunta: "Qual é o blog de cinema de Brasília que te leva para assistir a pré-estreias com direito a acompanhante?"

Junto à resposta, deixe também o seu nome completo, e-mail e região administrativa.
Serão sorteados três (03) pares de ingressos. Mas corra, que a promoção é válida apenas até o fim do dia de hoje, para que dê tempo de eu fazer o sorteio e comunicar os contemplados.

Boa sorte a todos!

Promoção encerrada

Sorteados:
1- Natalia Salgueiro
2- Bruno Souza Duarte Costa
3- Nathalia Bontempo 

domingo, 30 de maio de 2010

Crítica: Olhos Azuis


José Joffily já tinha feito um ótimo filme passado no Brasil e no exterior, Dois Perdidos Numa Noite Suja. Mas aquela era uma história mais simples, o orçamento era menor e a ambição também.

Com Olhos Azuis, o diretor nitidamente almeja mais, do público e da crítica e ainda ousa ao jogar lama no ventilador e fazer uma crítica ferrenha à hipocrisia e à xenofobia, que ficou ainda mais ressaltada nos EUA pós 11 de setembro.

Marshall é o chefe do departamento de imigração do aeroporto JFK e está no seu último dia de trabalho. Ele e sua equipe são responsáveis por entrevistar os imigrantes e liberar ou não suas entradas no país. Dentre os entrevistados daquele último dia de Marshall estão um brasileiro, uma cubana, um grupo de hondurenhos que se dizem lutadores de tae-kwon-do e um casal de poetas argentinos. Alguns deles falam a verdade e outros não.

Paralelamente às entrevistas, outra trama se desenrola: dois anos depois, Marshall viaja ao Brasil em busca de uma menina. Ele contará com a ajuda de Bia, uma pernambucana espevitada e inteligente, para procurar a menina pelo estado de Pernambuco.

Não é todo dia que se pode filmar um roteiro tão bom quanto este e Joffily fez um ótimo proveito do material que tinha em mãos. A história prende a atenção e deixa o público gradativamente tenso e curioso para saber como os acontecimentos serão ligados e em que dará aquilo tudo.

Mas isso só foi possível graças à direção precisa, à montagem difícil e bem realizada e ao elenco semidesconhecido, mas muito competente, especialmente David Rasche e a jovem Cristina Lago, excelente e encantadora no papel de Bia.

Num determinado momento, o chefe do departamento e o brasileiro discutirão e cada qual exporá seus pensamentos com relação ao assunto pautado, ambos com argumentos plausíveis e posturas diferentes. É ali o momento crucial para o filme ganhar o público ou perdê-lo. A mim, ele ganhou.

Se há algum pecado no filme, para mim, este reside na fotografia, estourada demais em determinados momentos, cujo branco chega a incomodar, aparentemente sem propósito.

Eu sempre reclamo quando um diretor nacional resolve fazer filme no estilo norteamericano, por que quase sempre fica-se somente na intenção. Com Olhos Azuis, José Joffily conseguiu extrair o que há de melhor no cinemão gringo e unir ao que há de melhor no cinema brasileiro.

Não deve em nada nem para os grandes filmes policiais hollywoodianos nem aos ótimos dramas brasileiros passados no nordeste. Infelizmente, pela “xenofobia cinéfila”, pelo protecionismo existente nos EUA e por tocar na ferida sem dó, dificilmente conseguirá exibição onde ele provavelmente seria melhor apreciado: lá, na casa do tio Sam.

Trailer:

(idem, Brasil, 111 minutos, 2009)
Dir.: José Joffily
Com David Rasche, Irandhir Santos, Frank Grillo, Cristina Lago
Nota 9,0

sábado, 29 de maio de 2010

Promoção "Carros Usados, Vendedores Pirados"

Esta promoção está dificílima. Quem quiser ganhar ingressos para ver Carros Usados, Vendedores Pirados nos cinemas, é só deixar um comentário aqui neste post, dizendo: "Eu quero assistir Carros Usados, Vendedores Pirados!".

Junto ao comentário, deixe também seu nome completo, e-mail e endereço completo.

Serão sorteados cinco (05) pares de ingressos, válidos para sessões de 2ª a 5ª-feira (exceto feriados), nos cinemas em que o filme estiver em cartaz no Brasil.

A promoção é válida até o fim da terça-feira (01/06) e o resultado será divulgado no dia seguinte.

Boa sorte!

Promoção encerrada

Sorteados:
1- Gloria Luiza Coutinho - Caxias do Sul/RS
2- Danielle Dias - São Paulo/SP
3- Jessica Correa de Almeida - Niterói/RJ
4- Amanda Santos - Salvador/BA
5- Jéssica Cristina Marques - São Paulo/SP

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Crítica: Sex and the City 2


Eis um filme que não adianta muito a crítica falar bem ou falar mal. O público-alvo é tão específico e cativo que convencer alguém a assistí-lo ou não é tarefa das mais difíceis.


Nunca gostei muito do estilo do seriado Sex and The City, motivo pelo qual nem quis conferir o primeiro filme da franquia. Resolvi assistir este, por achar que seria do interesse de vocês saber minha opinião. Mas não é preciso saber muito para perceber a estratégia do estúdio: Sex and The City 2, como a maioria das continuações, parte da premissa de que quanto mais e maior, melhor. O número de locações aumentou, a verba aumentou, a duração aumentou, o número de participações especiais também. Eu só não saberia precisar se a quantidade de figurinos usados pelas personagens aumentou, porque este dado sim sempre foi um exagero. Mas quer saber? Talvez a aposta do mais-melhor tenha sido pertinente aqui, já que o que mais atrai o público deste filme é a luxúria e a riqueza.


A escritora Carrie já está com dois anos de casada e prestes a lançar mais um livro, mas começa a perceber sinais de rotina no casamento, o que para ela é inadmissível. Charlotte desconfia que está sendo traída pelo marido, além de estar cada dia mais estressada por cuidar de duas filhas. Miranda resolve largar o emprego e cuidar mais da famílias, mas isso não é exatamente o que ela quer. Samanta vive a crise da menopausa, mas tenta manter o vigor na marra, à base de muito hormônio. Esta última aproveita-se de uma viagem a negócios para os Emirados Árabes e resolve levar as amigas para serem bancadas por alguns dias por um sheik árabe.


O roteiro abusa de piadas infames e batidas e investe em micos pagos pelas protagonistas, especialmente na segunda metade do filme, quando situações esdrúchulas e um corre-corre tiram um pouco a inteligência e – literalmente – o brilho da primeira metade, descambando para um final piegas e mais que previsível.


Conta ainda com participações especiais, que dão uma graça maior, como a sequência impagável de Lisa Minelli dançando Single Ladies, de Beyoncé, num casamente gay, se esforçando para demonstrar vigor – e conseguindo! Tem também Miley Cyrus e toda a sua (falta de) graça e Penélope Cruz, bela, mas desperdiçada numa breve cena de paquera com o marido de Carrie.


Não há muito o que se exigir de um filme que declaradamente é vendido para tal público e com tais e tais intenções, então o fato de ele dar valor ao consumismo e a futilidades, não quer dizer que seja distorcido, pelo contrário. Nada mais adequado, ainda mais quando o que o público quer é ver seus sonhos de consumo realizados, nem que seja por (nem tão longas) duas horas e meia.

Trailer:


(idem, EUA, 146 minutos, 2010)
Dir.: Michael Patrick King
Com Sarah Jessica Parker, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Kim Catrall
Nota 6,5

terça-feira, 25 de maio de 2010

Rudo y Cursi: futebol, cantoria e jogatina


Não é de se estranhar que este projeto não tenha alcançado os cinemas brasileiros e não tenha despertado muito interesse do público de locadora.

Com produtores de peso como Alejandro González Iñarritu, Alfonso Cuarón e Guillermo Del Toro, o filme só não daria certo se não fosse bom. Pois é. O que parecia impossível aconteceu. Os três diretores/produtores resolveram apadrinhar o irmão de um deles, Carlos Cuarón em sua estreia na direção de longas metragens, mas parece que talento não é genético na família Cuarón.

Para completar o apoio, foram escalados para o elenco a mesma dupla revelada no longa do outro Cuarón, E Sua Mãe Também: Diego Luna e Gael Garcia Bernal.

Gael é Tato e Diego é Beto. Irmãos, ambos jogam futebol, mas este é o único hobbie que têm em comum. Um adoraria ser cantor – mesmo não demonstrando tanto talento para isso – e o outro adoraria constituir família, ter filhos e poder gastar dinheiro em cassinos e corridas de cavalo. Suas carreiras como atacante e goleiro, respectivamente, decolam quando são descobertos pelo olheiro Batuta (Guillermo Francella) e o sucesso lhes renderá dinheiro suficiente para investir nas suas outras paixões, o que pode se revelar como um caminho perigoso.

Escalar um elenco só por causa do seu renome pode ser uma armadilha, já que de nada adianta terem apelo popular se não conseguem desempenhar bem os seus papéis.

Gael se mostra um tremendo perna-de-pau como jogador de futebol e parece não ter treinado nada para encarnar seu personagem, tanto que as cenas de jogos nem existem no filme. Oras, como um filme que conta sobre jogadores de futebol não mostra sequências de jogos; apenas dois penaltis (mal cobrados)? Tsc.

Já Diego sai-se um pouquinho melhor, mas convenhamos: é muito mais fácil encenar defesas como goleiro e jogos de poker. Aliás, que joguinhos duros! Até uma roleta online pode ser mais emocionante do que as apostas de Beto.

Mesmo com algumas sacadas iniciais de roteiro, como a comparação da origem do futebol com as guerras, a história não decola e rende apenas alguns poucos momentos de graça. No fim, apela para soluções fáceis e torna-se covarde e acomodado.

A direção parece perdida e a montagem é ineficiente, deixando as sequências maçantes, sem dinamismo. Carlos Cuarón tem o mérito de ter escrito o ótimo E Sua Mãe Também, mas como diretor, vou te dizer: ele é um ótimo roteirista!

P.S.: quem alugar ou comprar o dvd, terá ainda que aturar a desnecessária tradução dos nomes dos personagens. Rudo y Cursi viram Rude e Romântico. Por que traduzir os nomes? Não sei.

Trailer:

(idem, México/EUA, 103 minutos, 2008)
Dir.: Carlos Cuarón
Com Diego Luna, Gael Garcia Bernal
Nota 3,5

domingo, 23 de maio de 2010

Crítica: Lunar (Moon)


Após alguns minutos de Lunar, cheguei a pensar que estava assistindo uma nova versão de Náufrago, só que passada na Lua.

Sam Bell (Sam Rockwell) é o astronauta responsável por coletar a energia primária que a Terra precisa para se manter, no lado escuro da Lua, numa época em que só isso pode sustentar a vida no Planeta. Seus únicos contatos com a Terra são algumas vídeomensagens enviadas periodicamente por sua mulher e sua filhinha. Na base lunar, ele convive apenas com um robô, Gerty, que o ajuda em atividades corriqueiras e cuida da sua higiene e saúde.

Acontece que seu contrato de três anos com a empresa que minera a Lua, a Lunar Industries, está para acabar, mas seu anseio por voltar para casa dará lugar a uma necessidade insaciável pela verdade, depois que um grave acidente acontece e informações perturbadoras o farão desconfiar de todo o projeto.


Bastaram alguns minutos para eu perceber de que este não era apenas um “Náufrago lunar”. O roteiro de Nathan Parker é enxuto e por incrível que pareça, não é nada arrastado. É uma das poucas histórias de ficção espacial que consegue ter um final plausível e sem deslumbre.

Sam Rockwell dá vida ao personagem central, quase o único em cena durante boa parte do filme. Ele transparece paranoia, mas sem precisar ter uma atuação afetada. Seu desempenho é tão bom que é capaz de nos fazer acreditar de que aquela é uma situação real.

Algo que me incomoda nestes filmes é o fato das máquinas terem sentimentos. É algo inimaginável e tal característica fica rasa, ainda mais num filme que se julga sério. Por mais que a tecnologia avance e que as máquinas sejam cada vez mais complexas, ainda é difícil convencer-nos de que isso é possível.

Lunar é um ótimo filme para se discutir sobre a ética na ciência, sobre o desenvolvimento das características intrínsecas e pessoais de cada um, sob diferentes contextos e influências de fatores externos. Serve até como uma nova forma de explicar a teoria evolucionista – assistam antes de me perguntar o porquê.

Por mais que tenha sido ignorado pelas premiações que antecederam o Oscar deste ano e mesmo tendo sido lançado diretamente nas locadoras no Brasil, merece ser descoberto. Uma pequena grande obra.

Trailer:

Lunar

(Moon, Inglaterra, 97 minutos, 2009)
Dir.: Duncan Jones
Com Sam Rockwell

Nota 9,0



Promoção "Quincas Berro D'Água"

Quincas Berro D’Água estreou na última sexta-feira e o blog Fred Burle no Cinema reservou para vocês 10 pares de ingressos, válidos para todo o Brasil. Para o pessoal de Brasília, tem ainda outros brindes do filme, como camiseta, portacopos e o livro "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água", do Jorge Amado.

Para concorrer ao sorteio, responda a seguinte pergunta fúnebre: “Como e onde você gostaria que acontecesse o seu velório?” As cinco (05) respostas mais interessantes serão publicadas no blog e ganham ingressos e/ou brindes. O restante concorre ao sorteio, ou seja, todo mundo concorre de alguma forma.

A resposta deve ser deixada num comentário deste post, que ficará visível somente para mim. Junto à resposta, é IMPRESCINDÍVEL que você deixe também o seu nome completo, e-mail e endereço completo.

A promoção é válida até o fim do dia 25/05/2010 (terça-feira) e o resultado será divulgado no dia seguinte.

Participem, porque este filme vale a pena assistir! Quem quiser saber a minha opinião sobre ele, clique aqui.

Promoção encerrada!


Vencedores e seus “testamentos”:
1- Sarah Menezes – Brasília/DF (ganhou também camiseta e livro)
“Gostaria que meu velório acontecesse numa exposição de obras surreais, num ambiente totalmente decorado com artigos oníricos e que tivesse muita cor e algo parecido com o lado de dentro do espelho do Dr Parnassus”.

2- Gisele Fagundes – Santa Barbara D'Oeste/SP
“No São Januário, porque lá é meu caldeirão! Aonde sou feliz independente do resultado, pois a torcida vascaína não deixa o sentimento parar! \õ/”

3- Luciano Carneiro de Carvalho Santos – Salvador/BA
“Espero que meu velório seja numa apresentação de stand up comedy e o comediante faça todos sairem sorrindo e que todos morram também, só que de tanto rir”.

4- Adriana Ramires Machado – Porto Alegre/RS
“No meu velório eu gostaria que violeiros cantassem a música do Teixeirina, quando chegar a hora, e é claro não gostaria de missa longa, nem muita oratória e se possível todos fossem comer uma pizza com muita cerveja depois em minha memória.”

5- Cynthia B de Almeida A P Barreto – Niterói/RJ
“Eu queria que o meu velório acontecesse em uma micareta e que meu caixão ficasse em cima do trio elétrico do Jammil e uma noites!!”

Sorteados:
1- Luciana da Cunha César – Brasília/DF (ganhou também camiseta e portacopo)
2- José Marcos Ramos – Belo Horizonte/MG
3- Rosa Maria Mendes da Silva – São João de Meriti/RJ
4- Adriana S D Valle – Vargem Grande Paulista/SP
5- Idalina Bordotti - Jaguariúna/SP

sábado, 22 de maio de 2010

Teaser de "Rio", nova animação de Carlos Saldanha

Foi divulgado, no último dia 20, um teaser trailer da nova animação do diretor Carlos Saldanha, brasileiro de dar orgulho pelo seu trabalho em sucessos como Robôs e a trilogia A Era do Gelo.

Está certo que Robôs e o terceiro A Era do Gelo não sejam lá uma maravilha de filmes, mas Saldanha tem feito um trabalho louvável no campo da animação.

Rio contará a história de Blu, uma arara azul que é criada nos EUA e sempre achou que fosse a única de sua espécie. Ao descobrir que existe uma fêmea igual a ele no Rio de Janeiro, ele parte para o Brasil à sua busca.

Anne Hathaway e Rodrigo Santoro estão entre os dubladores do longa, que será lançado em 3D.

Pelo teaser, podemos esperar um filme divertidíssimo, com real versão 3D - diferente do transfer de A Era do Gelo 3 - e que, pelo visto, não mostrará uma versão esdrúchula do Rio de Janeiro. Afinal, com um carioca na direção, isso é o mínimo.

A Fox e a Blue Sky Studios divulgaram que a data de lançamento está prevista para 08 de abril de 2011 nos EUA. E olhem a ironia: o primeiro país a ter estreia do filme será a Argentina, no dia 07 de abril. Só espero que eles nã agourem a carreira do brasileiro Saldanha (brincadeira)!

Teaser:

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Crítica: Quincas Berro D'Água


Êta, coisa boa! Pré-estreia de filme nacional, sala cheia e a melhor instalação de cinema de Brasília. Por pouco eu não iria à sessão, por conta de uma enxaqueca que não me deixava sossegado.

Mas não queria deixar de escrever sobre o filme antes da sua estreia, então lá fui eu para a primeira exibição de Quincas Berro D’Água na cidade.

O filme é uma adaptação da obra “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”, de Jorge Amado, dirigida por Sérgio Machado e com produção executiva de Walter Salles.


Quincas é um beberrão das ruas periféricas de Salvador, cujas amizades se resumem a putas e amigos igualmente bêbados e/ou maltrapilhos. No dia do seu aniversário, seus amigos preparam-lhe uma festa surpresa, mas são eles os surpreendidos, com a morte do velho. A filha de Quincas, há muito tempo sem contato com o pai, por quem ela nutre vergonha, é avisada do acontecido e vai ao velório, onde depara-se com os tipos bizarros que conviviam com seu pai.


Mal sabe ela que, ao retirar-se para descansar em casa até a hora do enterro, os amigos de Quincas resolvem levá-lo para curtir os últimos momentos de esbórnia, mesmo morto (!). São eles os hilários e sintonizados Pastinha, Pé-de-vento, Curió e Cabo Martim, interpretados com adequado humor circense por Flávio Bauraqui, Luiz Miranda, Irandhir Santos e Frank Menezes, respectivamente.


O filme, assim como o livro, é narrado pelo morto, que aproveita de sua “situação” para falar o que bem entende, com todos os palavrões a que julga ter direito e sem medir esforços para falar mal de todos (ou quase todos) que o cercaram durante sua vida. Suas palavras são ao mesmo tempo cômicas e cruéis, muito bem proferidas pelo excelente ator Paulo José, que não precisa de mais do que expressões sutis para “dar morte” ao personagem-título.


A direção de elenco – assinada por Fátima Toledo – é tão competente que consegue diminuir a quase zero os vícios e cacoetes de atores globais como Vladimir Brichta e Mariana Ximenes – esta última com uma interpretação excelente, de uma mulher contida, mas que reprime sentimentos que só serão libertados perto do fim.


O roteiro capta bem a essência da obra de Jorge Amado e a reconstituição temporal ajuda a inserir o espectador na mise-èn-scene soteropolitana.


Sérgio Machado já havia se dado bem ao retratar a Bahia dramaticamente em Cidade Baixa. Agora o faz com igual competência num filme cômico e o que é mais importante: sem distorcer o que já povoa o imaginário do brasileiro sobre a história original.


Só é uma pena que o ritmo do filme não se sustente até o final, já que a sucessão de confusões torna-se cansativa lá pelas tantas, desnecessariamente, pois algumas situações poderiam ter sido suprimidas em prol de uma duração mais enxuta de filme. Mas nada que comprometa imensamente o resultado final.


Quincas Berro D’Água é, desde a simpática abertura, passando pelas inúmeras seqüências de levar o público às gargalhadas, até o anunciado final e sempre regido por uma divertida trilha sonora, fiel aos seus propósitos e fiel à essência e linguagem do cinema brasileiro.


É risada garantida, filme de primeira qualidade, cinema nacional de dar orgulho. Remédio até para minha dor de cabeça.

Trailer:

(idem, Brasil, 105 minutos, 2010)
Dir.: Sérgio Machado
Com Paulo José, Marieta Severo, Mariana Ximenes
Nota 8,5

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Crítica: Fúria de Titãs


Fúria de Titãs, a versão de 1981, nunca foi considerado um grande filme, mas é adorado por muita gente, especialmente os saudosistas da década de 80.

Fúria de Titãs, a nova versão, não tem nem esta aura de adoração e nem a consideração de que é um filme muito bom – pelo menos de acordo com a crítica em geral. Mas não deixa de ser divertido.

O novo longa é dirigido por Louis Leterrier (O Incrível Hulk) e tem como protagonista Sam Worthington (Avatar), que vive Perseu, o semideus filho de Zeus com uma humana. Perseu perde sua mãe para Hades, o deus do reino dos mortos, e resolve se oferecer para liderar um grupo de humanos guerreiros para lutar contra Hades, antes que o mesmo tome os poderes de Zeus e ameace a Terra.

Acontece que este filme sofre dos males atuais do cinema de efeitos. Aposta muito nas cenas de ação barulhentas em que pouco se vê realmente o que se passa em cena e aposta no formato de transfer para 3D. Acontece que, com uma duração de pouco mais de 100 minutos, a quantidade de cenas de ação suprime o desenvolvimento dos inúmeros personagens. Quanto ao 3D, este sim é o maior problema. Além das imagens serem muito escuras, não existe aqui nem os efeitos de impacto nem a profundidade de campo tão festejada do formato. Espero que quem for assistir o filme assim tenha em mente que este não é o 3D real, mas o transfer, que é a corda para os estúdios se enforcarem. Exemplos como Fúria de Titãs “queimam” o filme do formato e ainda hão de afastar o público deste tipo de sala.

Do elenco, destacam-se Sam Worthington e Ralph Fiennes, dedicados em suas encarnações de Perseu e Hades, respectivamente. Aliadas a eles, as cenas de ação-pipoca agradarão o público, mesmo aquelas que podem virar motivo de chacota, como a cena da luta cômica em que os guerreiros dão uma de cavaleiros do dragão e lutam contra uma escorpião gigante, oriundo da mãozinha da Família Adams.

É sempre bom aprendermos algo com os filmes e este filme tem uma boa intenção de explicar alguns mitos. Mas é uma pena que o faça de maneira tão limitada, como se os deuses do Olimpo fossem apenas tiranos que querem matar uns aos outros.


Ainda não foi dessa vez que os deuses foram retratados dignamente pela sétima arte, mas para quem teve que aturar os disparates de Percy Jackson, assistir este Fúria de Titãs não foi nenhum sacrifício.


Trailer:


(Clash of the Titans, Inglaterra/EUA, 106 minutos, 2010)
Dir.: Louis Leterrier
Com Sam Worthington, Ralph Fiennes, Liam Neeson
Nota 6,0

terça-feira, 18 de maio de 2010

Indicação para o TOP BLOG 2010


Há alguns dias iniciou-se a votação o Top Blog 2010, prêmio que contempla os melhores blogs do Brasil, em diversas categorias. O prêmio consiste em duas etapas: uma de votação popular, na qual os 100 blogs mais votados em cada categoria passam para a segunda etapa, a de análise do júri acadêmico.

No ano passado, o blog Fred Burle no Cinema ficou entre os mais votados da categoria cultura, ou seja, foi Top 100 Cultura. O resultado já foi uma grande surpresa, visto que o blog tinha alguns poucos meses de existência e já adquirira tal reconhecimento de vocês, queridos leitores! Neste ano, o blog foi novamente indicado e já está concorrendo.

Para votar, é só clicar no selo que se encontra na parte superior da barra lateral do blog - ou no seguinte link, que o redirecionará para uma página da premiação, onde você deverá digitar o seu e-mail. Será enviado para o e-mail digitado um pedido de confirmação do voto. Somente após clicar nesta confirmação é que o seu voto passa a valer. Portanto, é muito importante digitar o e-mail e confirmar o voto através do mesmo. Contará um voto por e-mail e de acordo com explicações dos organizadores do prêmio, cada e-mail pode votar uma vez em todos os blogs do site TopBlog.

Neste ano, o mais votado pelo público e o vencedor do júri acadêmico ganham uma moto 0 KM. Portanto, votem bastante, galera! E quem vota também pode ganhar prêmios. É só criar uma frase com o tema “viver sustentável”. A melhor frase da semana ganha uma mochila e uma camiseta. A melhor frase até o fim da votação ganhará um notebook SONY VAIO W210. Mas isso não quer dizer que você precisa criar a frase para votar no blog. Pode simplesmente votar, sem precisar criar frase alguma.

Se vocês gostam deste blog, votem! Eu agradeço muito, desde já!


Promoção A Hora do Pesadelo


Você é fã de filmes de terror? Quer desfilar por aí com uma camiseta do filme A Hora do Pesadelo e ainda ter um mini relógio de mesa do filme?

Pois então responda corretamente à pergunta: “Qual é o nome do vilão que atormenta os sonhos, na série A Hora do Pesadelo?”, num comentário deste post e deixe, junto a ela, o seu nome completo, e-mail e endereço.

Mas atenção: esta promoção só é válida para os leitores de Brasília. O sorteio será realizado no início do dia 21/05 (sexta-feira).

Boa sorte e bons sonhos!

Promoção encerrada

Sorteada:
- Fabíola Alves Teixeira 

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Crítica: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres


Stieg Larsson nem chegou a ver o sucesso de suas obras. Morreu de infarto logo após ter entregado os originais para a editora. Disseram até que ele havia sido morto por grupos extremistas de direita, de quem sofreu ameaças quando era editor da revista Expo. Os boatos geraram ainda pano para manga e rapidamente os seus livros tiveram exposição na mídia e caíram no gosto do público.

A trilogia Millenium já vendeu mais de três milhões de exemplares só na Suécia e já foi editada em mais de 40 países. Sua leitura fácil e seu estilo - de suspense policial - o fez ser comparado às obras de Agatha Christie, o que não deixa de ser uma boa comparação.

A primeira parte, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres – cuja tradução mais ao pé-da-letra seria “Homens que Odeiam Mulheres”- tem como protagonista um jornalista, Mikael Blomkvist, condenado por difamação contra um ricaço sueco. Antes de ir preso, ele investiga o caso de Harriet Vanger, que desapareceu há trinta e seis anos na Ilha de Hedeby. Ele recebe a ajuda de Lisbeth Salander, uma jovem e misteriosa hacker, de passado obscuro. Lisbeth acredita que ele seja inocente e fará de tudo para provar isso, além de ajudá-lo a solucionar o caso do desaparecimento.

Apesar de ser fiel ao livro, segundos os críticos que o leram, o filme beira o simplório. Sua trama, no cinema, não funciona tanto quanto pode ter funcionado nos livros, já que a narrativa imagética torna tudo mais arrastado, os fatos demoram a ocorrer e quando ocorrem, saem truncados e sem emoção.

A montagem parece ter pena de cortar cenas desnecessárias ou medo de desagradar leitores fanáticos, que poderiam se revoltar por este ou aquele fato não terem sido retratados. Flashbacks descabidos e um clímax que vem muito tempo antes do filme acabar prejudicam o envolvimento do espectador com a trama, que retoma-se sempre que parece concluída.

Noome Rapace, jovem atriz que interpreta Lisbeth possui uma beleza exótica, calculadamente desarrumada. Seu visual e sua compenetração adequam-se perfeitamente à personagem, cujos motivos para ser arredia são explicados aos poucos e inicialmente por cenas sexuais fortíssimas, mas bem ensaiadas. Infelizmente, sua atuação não é suficiente para salvar o longa.

Os Homens que Não Amavam as Mulheres fez sucesso nas bilheterias européias e tem se dado bem nos EUA, mas não me parece o tipo de filme que fará sucesso no Brasil, mesmo com seu ar de folhetim e seu “final surpresa” de novela.

As outras duas partes da trilogia já ficaram prontas e estrearam na Europa no fim do ano passado. Não espero muita coisa delas. Uma refilmagem já foi providenciada por Hollywood e pela primeira vez, gosto da ideia, pois o projeto será dirigido por David Fincher (Clube da Luta; Zodíaco), que tem capacidade de sobra para fazer desta uma grande obra policial.

Trailer:

(Män Som Hatar Kvinnor, Suécia/Dinamarca/Alemanha/Noruega, 158 minutos, 2009)
Dir.: Niels Arden Oplev
Nota 5,0

domingo, 16 de maio de 2010

Promoção Robin Hood

Quer ganhar um par de ingressos para assistir a nova versão de Robin Hood para os cinemas?

Para concorrer, responda corretamente à pergunta: "Qual é o nome do par romântico de Robin Hood?"

Quem não souber a resposta, pode encontrá-la na minha crítica sobre o filme.

Junto à resposta - que deve ser deixada num comentário deste post - coloque o seu e-mail, nome completo e endereço completo. Todos os dados são obrigatórios para quem quiser concorrer, sendo que o e-mail e o endereço serão mantidos em sigilo. Somente serão divulgados os nomes e as cidades dos sorteados. Podem participar pessoas de todo o Brasil.

Serão sorteados cinco (05) pares de ingressos. A promoção é válida até o fim da terça-feira (18-05-2010) e o resultado será divulgado no dia seguinte.

Boa sorte a todos!

Promoção encerrada.

Sorteados:
1-  Maria Cecília de M Silveira - Porto Alegre/RS
2- Daniel Simaan França - Brasília/DF
3- Fernanda Santos - Belo Horizonte/MG
4- Júlia Goethems Passos - São Lourenço do Sul/RS
5- Adriana P N Felinto - São Paulo/SP 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crítica: O Preço da Traição


Esqueçam o título folhetinesco que deram a este filme. Neste texto, chamarei-o pelo seu nome original e mais adequado: Chloe. É esta personagem que representa a essência do filme e as prováveis intenções de levantamento de discussões nele contidas, além da sua história mais explícita.

A personagem-título é uma garota de programa, que já nos primeiros minutos descreve-se como uma menina cujo caráter é moldado ao que pedem os seus clientes. Já foi mãe, filha, executiva, etc. Depende do gosto de quem contrata seus “serviços”.

Catherine (Julianne Moore) é uma mulher temerosa pelo casamento e pelo filho, cujas rédeas ela perdeu há algum tempo. Desconfiada de traição, resolve contratar Chloe (Amanda Seyfried) para “testar” o marido, David (Liam Neeson). As coisas começam a perder o controle quando Chloe vai além do que os serviços que lhe são solicitados.

Freud adoraria explicar as atitudes de cada personagem desta obra do diretor Atom Egoyan. Eles são cheios de nuances e desvios de personalidade que seriam um prato cheio para o pai da psicanálise.

Eu poderia fazer aqui uma descrição do caráter dos personagens, mas é provável que isto tirasse a excitação que se tem a cada novo fato da história. Tal excitação é causada não só pelas envolventes – e fortes – cenas de sedução como pela complexidade do roteiro e a perplexidade contínua causada no espectador.

O bem escolhido elenco conta com a ótima atuação de Julianne Moore e da jovem Amanda Seyfried. Elas absorvem os medos de suas personagens, que usam cada qual as suas armas para conseguir o que querem, mesmo não conseguindo sempre, o que as faz perder o controle e gera nelas insegurança e vulnerabilidade.

O filme constrói uma rede de sedução muito interessante, na qual cada ato pode gerar consequências inimagináveis. Por mais repugnantes que algumas atitudes possam parecer, é perceptível a intenção em mostrar que instintos asquerosos existem em qualquer ser humano, mesmo que mais aguçados em uns e mais reprimidos em outros.

Chloe é um filme para ser visto mais de uma vez e contém assunto para discussões infindáveis sobre o caráter – ou a falta dele – das pessoas. Seu maior mérito é não ser limitado. As atitudes de cada um não seguem uma regra, cada ação pode gerar diferentes reações e ninguém é bom ou mal completamente. Os caminhos estão abertos e a situação pode mudar a qualquer momento.

No fim, perguntei-me: será que esta conclusão foi a melhor solução? Não sei. Talvez não houvesse solução. Ou talvez houvessem várias.

Trailer:

O Preço da Traição

(Chloe, EUA/Canadá/França, 96 minutos, 2009)
Dir.: Atom Egoyan
Com Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried

Nota 9,0

 

 

Crítica: Robin Hood


Assistir a nova versão de Robin Hood para os cinemas me fez ter saudade precoce do Sherlock Holmes tão bem manipulado por Guy Ritchie, no início deste ano.

O consagrado diretor Ridley Scott trás às telonas uma versão enfadonha e apática do herói saqueador. Scott fez de Robin Hood uma espécie de Coração Valente protagonizado pelo Gladiador e pela Rainha Elizabeth, com a qualidade duvidosa de outra obra sua, Cruzada.

O roteiro deste filme segue a cartilha dos grandes estúdios quando querem reavivar franquias que encontravam-se nas cinzas, ou seja, conta tudo de novo e faz deste um filme-de-origem. A história é passada na Inglaterra do XII, quando morre o rei Ricardo I e o arqueiro e ex-integrante da Coroa, Robin Longstride, é enviado para Nottingham, onde a população sofre com o autoritarismo de um tirano xerife. Lá, Robin assume a identidade do marido desaparecido de Lady Marion, para que sua missão não levante suspeitas. Na tentativa de salvar a cidade, ele reúne uma gangue de mercenários, iniciando uma saga para livrar o país da iminente guerra civil.

Russel Crowe assume de maneira exageradamente séria o papel do arqueiro e o transforma num sujeito carrancudo e introvertido, o contrário da figura construída no imaginário popular. A opção pelo ator para encarnar o protagonista é no mínimo estranha: oras, se o filme conta o início de tudo e desde já Robin já tinha aquela idade, então quer dizer que ele virou lenda nos pouquíssimos anos subseqüentes a que teria vigor físico? Fiquei imaginando as seqüências deste filme, com Crowe barrigudo e caquético escondendo-se pela floresta e realizando as emboscadas para saquear os ricos...

Cate Blanchett faz uma Lady Marion com competência, mas que estranhamente luta junto à gangue, fato que também não ocorre nas histórias de Robin Hood. Seria a aura da Rainha Elizabeth que a inspirou?

E Mark Strong assume a pele do vilão Sir Godfrey, que tenta “entregar” a Inglaterra para o rei da França. Sua atuação é notável, mas ainda assim, inferior ao vilão que encarnou com excelência em Sherlock Holmes.

O humor aguçado e as inúmeras confusões em que Robin se metia não aparecem neste filme, que não passa de um drama arrastado e sem a menor graça, apesar da produção muitíssimo bem cuidada, da bela fotografia, dos cenários grandiosos e de diversas locações.

Russel Crowe declarou: “assumi a visão de que, se você vai revitalizar Robin Hood, isso precisa ser feito levando em conta que tudo que você achava saber sobre a lenda era um compreensível erro”. Mas não é desta maneira brusca que se desfaz a imagem que o povo tem em mente há tanto tempo. O estranhamento é inevitável e a antipatia também.

Resta-nos esperar pela seqüência, quando enfim poderemos ver Robin como Hood e não mais como Longstride.

Trailer:

(idem, EUA/Inglaterra, 140 minutos, 2010)
Dir.: Ridley Scott
Nota 4,0

terça-feira, 11 de maio de 2010

Filmes da Cia Vera Cruz são disponibilizados na internet gratuitamente


Esta notícia é ótima para quem ama o cinema nacional, como eu. Quem não conhece sua história, esta é uma boa chance para conhecer.

A Elo Company, empresa pioneira em mídias digitais e distribuição de conteúdo audiovisual - está disponibilizando na internet, sem custo algum aos seus usuários e com grande qualidade de som e imagem, o importante e histórico acervo da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

Fundada em 1949 pelo industrial Francisco Matarazzo e pelo produtor italiano Franco Zampari, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz foi um dos mais importantes estúdios cinematográficos da história do cinema brasileiro. Em pouco tempo produziu e coproduziu mais de 40 longas e documentários, marcando época na produção brasileira. Com o lema: "Produção Brasileira de Padrão Internacional", é considerado o primeiro estúdio em moldes profissionais do país. Seu acervo de filmes somente está disponível graças aos esforços da família Khouri e da Cinemateca Brasileira que tem trabalhado a preservação das obras desde os anos 80.


“A disponibilização de um acervo desta qualidade, gratuitamente para os internautas, presta um serviço fundamental não apenas ao cinéfilo, como também a todos que se interessam pela história e pela cultura do Brasil. A internet preenche assim uma lacuna enorme que nem o cinema nem o DVD conseguem suprir. Queremos ajudar a acabar com a ideia de que o Brasil é um país sem memória”, afirma Sabrina Nudeliman, sócia e co-fundadora da ELO COMPANY.


Por enquanto, 13 longas de ficção e 5 documentários já podem ser assistidos no Canal Elo Cinema (www.elocinema.com.br). Confira a relação:


Longas de ficção



* Sai da Frente (1952), de Abílio Pereira de Almeida.
* Nadando em Dinheiro (1952), de Abílio Pereira de Almeida.
* Sinhá Moça (1953), de Tom Payne.
* Candinho (1953), de Abílio Pereira de Almeida.
* Família Lero Lero (1953), de Alberto Pieralisi.
* O Sobrado (1956), de Walter George Durst.
* O Gato de Madame (1956), de Agostinho Martins Pereira.
* Osso, Amor e Papagaio (1956), de Carlos Alberto de Souza Barros.
* Paixão de Gaúcho (1957), de Walter G. Durst.
* Noite Vazia (1964), de Walther Hugo Khouri.
* Grande Sertão: Veredas (1965), de Geraldo e Renato dos Santos Pereira.
* O Corpo Ardente (1966), de Walther Hugo Khouri
* As Amorosas (1967), de Walther Hugo Khouri.

Longas documentários:


* Marcelo Grassman - 25 anos de Gravura, de Silvio de Campos Silva.
* São Paulo em Festa, de Luciano Salce, sobre celebração dos 400 anos de aniversário da cidade de São Paulo.
* Obras Novas - A Evolução de uma Indústria, de Lima Barreto, sobre o processo de construção dos estúdios Vera Cruz.
* Painel , também de Lima Barreto, registrando a execução do painel Tiradentes de Candido Portinari.
* Santuário, do mesmo diretor, enfocando as esculturas dos 12 profetas, feitas por Aleijadinho, em Congonhas do Campo, Minas Gerais.

   
 
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