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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Crítica: Comer, Rezar, Amar

Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar nada tem de muito interessante para muita gente, mas não fez feio nas bilheterias norteamericanas porque a parcela feminina da população correspondeu às expectativas e foi conferir a adaptação do livro que muitos adoram.

É engraçado que, em Berlim, as pré-estreias são separatistas, ou seja, homem só pode ver “filme de homem” e mulher só pode ver “filme de mulher”. Mas neste caso, a divisão até que é coerente: Comer, Rezar, Amar é um filme para (um grupo específico de) mulheres.

Assim, só pude conferir o novo filme de Julia Roberts agora, depois da verdadeira estreia em terras alemãs. E fui, na esperança de que minha opinião não batesse com a da maioria dos críticos e que eu gostasse, já que gosto da Miss Roberts e achei que fosse um filme maduro. Mas a verdade é que, se a protagonista fosse vinte anos mais jovem, não faria a mínima diferença.

As crises existenciais e a dificuldade em se relacionar, bem como a fuga dos problemas (achando que mudar de cidade é a solução para tudo) são típicas de uma adolescente – desculpem o termo – boboca. Mas paciência. É autobiográfico e a personagem precisava ter a mesma idade da Lisa real.

Lisa é bem sucedida na carreira, tem um marido que a ama e dinheiro. Mas ela se sente incompleta e o anseio por mudança a faz tomar uma decisão: ela resolve passar um ano viajando, durante o qual ficará um tempo na Itália, na Índia e em Bali. Os países representam as “fases de crescimento” pelas quais ela passou, respectivamente: a admiração pela gastronomia, o costume e o prazer em rezar, e o a descoberta do amor verdadeiro.

A fase italiana é a que melhor se desenvolve, com dinamismo, boa utilização da linguagem cinematográfica, ausência de redundância entre imagens e falas e boa trilha sonora. Depois disso, a história cada vez mais perde o fôlego e chega ao final dos longos 140 minutos se arrastando.

A impressão é de que o diretor tentou não deixar nenhum detalhe do livro de fora. Se tivesse uma montagem mais eficiente, poderia ser bem mais agradável. Mesmo assim, parece ser melhor que o livro – mas isso só quem leu poderá dizer.

Comer, Rezar, Amar só escapa de ser uma tremenda chatice porque possui uma boa primeira metade e porque tem um elenco competente, que vai de Julia Roberts a Viola Davis e o excelente Richard Jenkins. Ah, sim! E tem o (quase) sempre muito bom Javier Bardem, desta vez interpretando o brasileiro Felipe, com quem a autora do livro é casada até hoje, com direito a sotaque portunhol e a citação de que os homens no Brasil têm o costume de beijar os filhos na boca. Só em filme de gringo mesmo...

Trailer:

(Eat Pray Love, EUA, 141 minutos, 2010)
Dir.: Ryan Murphy
Com Julia Roberts, James Franco, Richard Jenkins, Javier Bardem, Viola Davis
Nota 4,0

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Festival do Rio: Líbano

Vencedor de três prêmios no Festival de Veneza 2009 (entre eles o Leão de Ouro), Líbano foi escolhido para representar Israel no último Oscar, mas a opção não obteve êxito, principalmente por ser inevitavelmente comparada a outra produção concorrente neste ano, Guerra ao Terror (vencedora de melhor filme e melhor direção, entre outras categorias).

Utilizando a câmera como recurso narrativo primordial para atingir as sensações almejadas, o filme se passa inteiramente dentro de um tanque de guerra da tropa israelense, que invadira o Líbano na tentativa de fazer cessar os ataques palestinos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Os quatro soldados que ocupam o tanque são submetidos a todo tipo de provação e são levados aos seus extremos psicológicos, diante do que vêem e das condições precárias que lhes são oferecidas.

A câmera limita-se a gravar o apertado espaço do interior do tanque e só mostra o exterior através da lente do atirador, que varia entre o verde da visão noturna e o branco da visão diurna.

A situação pode causar claustrofobia no espectador e dá agonia querer sair e ver o mundo pelo lado de fora do tanque, desejo nunca saciado pela câmera.

Inicialmente, o que vemos através da “mira” é o olhar vazio e revoltado de uns; desesperado e acuado de outros; o último suspiro de um burro e a cidade completamente destruída. Durante este período de apresentação do drama e reconhecimento do território, muitos planos publicitários são utilizados e é feito um dramalhão exagerado em cima de fatos que seriam dramáticos por si só, o que faz o assado passar do ponto.

A cena de uma mulher desesperada, que acabara de perder os familiares, olhando para a câmera durante quase um minuto inteiro, no intuito claro de comover quem está do lado de dentro do tanque – ou seja, os soldados e o espectador – é (com o perdão do trocadilho) de lascar o cano.

Depois de subestimar nossa inteligência, o filme engata um ritmo de thriller psicológico, pela constante possibilidade de que algo ruim pode acontecer e pela sensação de ter os braços atados, como um prisioneiro naquele pequeno interior.

Assim, o filme cresce como história e como narrativa, o que, aliados à estética assumida desde o início, resulta numa boa tentativa de inovação e o faz em relação a outros filmes de guerra, na medida do possível.

Mas, no sentido de fazer sentir o que sentiram os soldados, Guerra ao Terror saiu-se melhor. E no sentido de contar a história da Guerra do Líbano de 1982, outro filme israelense, a animação Valsa com Bashir, também saiu-se melhor.

Trailer:


(Lebanon, Alemanha/Israel, 96 minutos, 2009)
Dir.: Samuel Maoz
Nota 7,0

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Festival do Rio: Viúvas Sempre às Quintas


A crise argentina de meados dos anos 2000, por ser uma ferida ainda recente e sequer cicatrizada, é pouco explorada no cinema daquele país, mas Marcelo Piñeyro, diretor dos aclamados Plata Quemada e O Que Você Faria, resolveu já filmar algo neste contexto.

O diretor não usou a crise apenas como pano de fundo, mas fez dela personagem principal neste seu mais recente filme, cujo título pode ser confundido com uma comédia, quando disto nada tem.

Viúvas Sempre às Quintas é sobre algumas famílias de classe média alta que vivem no bairro fechado Altos de Las Cascadas, em Buenos Aires. Tudo é aparentemente perfeito, os casais se gostam, têm bons filhos, casa com piscina e tudo do mais confortável. Esta “paz” é quebrada quando três cadáveres são encontrados na piscina de uma das casas.

Começa então um vai-e-vem sem fim e pouco atraente, que mostra a vida que os três defuntos, pais de família, levavam e os aspectos podres que cada um escondia.

O que era para ser uma intrigante história, torna-se uma crítica vazia sobre a recessão argentino, que é tido como motivo para tudo, mas o que vemos não nos faz acreditar ser suficiente para o muro de lamentações que move os personagens.

Com uma péssima fotografia noturna e cenários que evocam o espírito almodovariano, o filme não se define nem como dramalhão nem como politicamente engajado, tampoco como thriller investigativo. Tem muito que ver com o momento argentino, mas não faz bom uso do contexto.

Desta vez, Marcelo Piñeyro errou a mão e ficou bem aquém das suas produções anteriores, mesmo tendo em mãos um roteiro (baseado no romance homônimo de Cláudia Piñeiro) com potencial e um bom elenco.

Trailer:

(Las Viudas de las Jueves, Argentina/ Espanha, 122 minutos, 2009)
Dir.: Marcelo Piñeyro
Com Leonardo Sbaraglia, Pablo Echarri, Gloria Carrá, Ana Celentano
Nota 4,0


sábado, 25 de setembro de 2010

Festival do Rio: Bebês

No fim de semana de estreia de Homem de Ferro 2, nos EUA, um filme chamou a atenção: era Babies, documentário sobre... bebês, oras. O filme estreou em nono lugar, com surpreendentes US$ 2,1 milhões arrecadados, o que é raro de acontecer quando o gênero em questão é o documentário.

Assistindo-o, percebi que ele poderia ter sido um fracasso, mas foi um sucesso. Não possui voice over, quase não possui falas e não possui uma história bem definida. Apenas a observação cronológica e a evolução e descoberta dos bebês em seu primeiro ano de vida, quando ainda estão todos na fase oral.

O diretor Thomas Balmes acompanhou por mais de um ano quatro recém nascidos: Ponijao, da Namíbia; Bayarjargal, da Mongólia; Mari, do Japão; e Hattie, dos EUA. Provavelmente, ele fez um trabalho prévio de acompanhamento das mães, que se mostram muito à vontade frente à sua câmera, mesmo no momento crucial e íntimo do parto. Em alguns momentos, a impressão é de que a câmera estava escondida ou estática e sem nenhum profissional por perto, a fim de captar os chamados “espaços vazios”, momentos em que aparentemente nada acontece, mas que possuem a síntese e a beleza da vida.

Além do crescimento e descobertas das crianças, o fator cultural é um ponto de observação muito forte e talvez o mais interessante. Vemos as diferenças de criação entre as quatro nações, assim como identificamos os pontos em comum entre qualquer mãe, o tal instinto materno.

Poucos gostam de filmes sem fala, mas muitos gostam de bebês e foi assim que o filme ganhou o público.

A sessão do longa é das que mais causam reações no espectador, que involuntariamente e constantemente deixa escapulir um “óunn” ou um “eca!”, assim como muitas vezes dá vontade de acodir o bebê em apuros ou ajudá-lo a se virar, literalmente.

O fato é que observar bebês é uma das práticas favoritas de muita gente. Quem fizer parte deste grupo, adorará assistir este filme. Quem não se derrete com crianças, dificilmente terá paciência para ir até o fim.

Bebês se mostra como um bom exemplar para se discutir, a posteriori, psicologia infantil ou antropologia, mesmo não oferecendo nenhum inovação de linguagem ou informações novas. Mas, com tanta fofura exposta, quem liga para isso?

Trailer:

(Babies, França, 80 minutos, 2010)
Dir.: Thomas Balmes
Nota 7,0

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Festival do Rio: Alamar

Ao término de Alamar, eu ainda não tinha chegado a alguma conclusão. Não sabia se acabara de assistir um documentário ou uma ficção. Depois de pesquisar, encontrei a resposta: trata-se de uma ficção; o que o torna ainda mais impressionante. Mas o gênero em que se encaixa não é o mais importante.

O garoto Natan é filho de pais que acabaram de se separar e que antes de ficar definitivamente sob a guarda da mãe (italiana), segue com o pai (mexicano), para passar uns dias numa palafita, a fim de ser apresentado intimamente à cultura paterna. Lá, ele conviverá apenas com a beleza marítima e com alguns pouquíssimos pescadores da região.

Não fosse a empatia dos personagens – que possuem os seus respectivos nomes reais – o filme poderia ser um desastre insosso. Mas é difícil não se render à rotina tranquila de pai e filho, às belezas do mar e à contemplação do que há de mais primitivo.

Alamar é como um Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera (Kim Ki-Duk, 2003) e pai, filho e avô são budas mexicanos do mar. A inserção naquele universo pelas imagens deslumbrantes captadas nos impulsiona a imergir na história e nos fazer parte dela, como os documentários observativos de Robert Flaherty.

A câmera participa intensamente da rotina deles e em alguns (poucos) momentos os próprios denunciam a presença dela, como se realmente fossem atores sociais sendo acompanhados por um documentarista. Mas é louvável o esforço em não registrar ângulos repetitivos e fazer “miséria” de posse de tão poucos equipamentos e equipe.

Pedro González-Rubio escreveu, dirigiu, produziu, filmou e montou este filme com notável domínio da técnica. Com uma decupagem excelente, que vai do plongée às zenitais com naturalidade, ele capta a estonteante beleza da região de Chinchorro (atol do mar do Caribe) de maneira que poucos conseguiriam fazer. Fez desta ficção documentário, com maestria.

Ele resume toda a história em uma introdução com fotos e a partir do momento que pai e filho chegam à palafita, tudo o que se sucede é calmo e o pensamento é induzido à reflexão. É a extração de muita informação pelo nada, que muito contém. Filosófico, mas é verdade.

A ode aos pescadores, ao mar e à vida simples impregna e sensação que fica é a de que muita coisa aconteceu em 73 minutos, uma nova experiência foi vivida e o gostinho foi de quero-mais.

Trailer:

(To The Sea, México, 73 minutos, 2009)
Dir.: Pedro González-Rubio
Nota 9,0

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Divulgado o candidato brasileiro para o Oscar 2011

Foi anunciado nesta quinta-feira (23), o candidato brasileiro para concorrer a uma vaga no Oscar 2011: Lula, o Filho do Brasil.

O anúncio foi feito por Roberto Faria, presidente da Academia Brasileira de Cinema, em nome do Comité de Seleção Oficial nomeado pelo Ministério da Cultura.

Venceu a política. Com tantas outras opções extremamente melhores, o comitê optou... por isto. Paciência. Desperdiçamos mais um ano de tentativa de divulgar o nosso (bom) cinema.

Estou tão desanimado com a falta de tino do Comitê, que prefiro não dizer muita coisa. 

Vamos ver se a tal política terá culhão suficiente para influenciar os membros da Academia de Cinema e Artes de Hollywood também...

Começa hoje o Festival do Rio!

Hoje começa o Festival do Rio, com mais de 300 filmes sendo exibidos – dentre os quais 60 brasileiros – em uma penca de salas de cinema espalhadas por toda a cidade maravilhosa. Uma oportunidade imperdível para quem gosta de cinema. Ínumeros filmes que com certeza nunca chegarão ao Brasil estão entre as atrações.

A abertura acontece hoje, com a exibição de “A Suprema Felicidade”, aguardado novo filme do Arnaldo Jabor, que depois de duas décadas se dedicando a outras atividades, volta à direção cinematográfica – ainda bem.

Serão duas semanas (de hoje até o dia 07 de outubro) de muita cultura audiovisual, neste que é o maior evento do gênero, na América Latina.

Como alguns filmes estão passando em Berlim, vou tentar, na medida do possível, escrever sobre eles, para dar algumas dicas para quem estiver no Rio nesta época de muita indecisão sobre o que assistir.

A programação completa e mais informações sobres os filmes, locais de exibição e eventos paralelos podem ser encontradas no site oficial do festival: www.festivaldorio.com.br

Sendo assim, bom divertimento para aqueles que puderem comparecer.

P.S.: que vontade de estar aí no Rio por duas semanas!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Crítica: Moscow, Bélgica

Depois de um breve encontro num bar, o homem (29) acompanha a mulher (41) até a casa dela, pelas ruas de Ledeberg, Rússia. A mulher topara o encontro apenas para criar ciúmes no futuro ex-marido, que a abandonara para ficar com uma jovem de 22 anos, deixando-a sozinha com as três filhas, tendo que esperá-lo decidir se o caso é sério ou se depois de um tempo “pensando” irá voltar para casa.

O homem com quem ela topou sair foi aquele que bateu no carro dela alguns dias antes, fazendo-a armar um pequeno “barraco” em frente a um supermercado. Doze anos mais jovem, ele ficara desde então apaixonado e tenta convencê-la de que ele não quer apenas levá-la para a cama, enquanto ela tenta explicar que já tem muitos problemas na vida e não quer mais um.

A caminhada, acompanhada por câmera na mão, é uma das cenas mais representativas e românticas que já vi. Através dela captamos a mensagem do filme, uma dramédia romântica com todos os elementos típicos do gênero, mas com um charme cultural irresistível. Assim, não é preciso criar cenas histéricas ou submeter os personagens a situações constrangedoras a fim de ser engraçadinho para o espectador. Muito menos criar um drama enorme ou matar alguém para transformar a graça em seriedade.

Tanto o riso quanto a tensão que a história provoca advém do fato de que tudo é crível e próximo da realidade de muita gente. Os diálogos são inteligentes e a trilha uma delicadeza só.

Mas é estranha a forma com que a mulher é mostrada, ao mesmo tempo poderosa – por enfrentar os problemas e de repente se ver disputada por dois homens – e masoquista. O final é ambíguo e pode ser interpretado de maneira realista ou romântica. A única conclusão que cheguei é de que “a vida é assim mesmo”. Ponto.

Maduro, realista e sem apelo para casais de beleza física, “Moscow, Bélgica” é interessante por construir personagens que vimos o tempo todo por aí. Mesmo errando a mão em alguns momentos (sendo cômico quando não deveria), é um bom programa. 

Trailer:

(Aanrijding in Moscou, 102 minutos, Bélgica, 2008)
Dir.: Christophe Van Rompaey
Com Barbara Sarafian, Jurgen Delnaet
Nota 7,5


Crítica: Batalha Por T.E.R.A.


Eu já tinha postado sobre este filme há algum tempo, mas a estreia havia sido adiada e agora ele finalmente chegará às salas de cinema brasileiras, então resolvi repostá-lo. 

São muitas as semelhanças entre esta produção de 2007 e Avatar. Se não tivessem sido feitas na mesma época, daria até para dizer que um serviu de base para ou o outro ou que um plagiou o outro.

Em Batalha Por T.E.R.A., o diretor e roteirista canadense Aristomenis Tsirbas nos apresenta a Tera, uma pequeno planeta, onde vivem os terreanos, seres alienígenas inteligentes e pacíficos, que cuidam muito bem do lugar. Inesperadamente, Tera é atacada por humanos à procura de um lugar para explorar e viver, depois da desvastação quase total que houve no Planeta Terra, pelo esgotamento de recursos naturais. Mala, uma terreana, tem seu pai sequestrado pelos humanos e, sentindo-se culpada, resolve ir atrás dele. Mas para isso, ela precisará da ajuda de um humano, Jim, que ficou preso em Tera após sofrer um acidente com sua nave.

O ar que os terreanos respiram não é adequado para os humanos, que tentarão adequá-lo para si, o que ocasionaria a devastação total da população de Tera.

Provavelmente esperançosos de que o filme pegue carona no sucesso do filme de James Cameron e na onda lucrativa do formato 3D, a Playarte resolveu fazer o transfer para o formato tridimensional e lançar este longa no Brasil, depois de três anos de sua estreia mundial, no Festival de Toronto em setembro de 2007. Por incrível que pareça, esta pode ter sido uma decisão acertada, já que o filme foi um fracasso mundial, por não ter tido uma boa divulgação. Se conseguir sucesso no Brasil, será a redenção para este filme, que merece, diga-se de passagem.

A história tem seus pontos fracos – os terreanos falam uma língua própria e precisam aprender o inglês para se comunicar com os humanos, mas a tal língua própria que ouvimos também é o inglês, ou seja, fica difícil convencer de que os bichinhos aprenderam mesmo algo novo – mas só perde para Avatar no quesito tecnologia, sendo no mínimo equivalente em todo o resto. Mas isto é óbvio, já que os recursos para esta produção foram bem menores. A animação não tem a primazia técnica dos filmes da Pixar – falta desenvolvimento das texturas e acabamento em algumas cenas – mas engana bem.

O roteiro é coerente e tece uma analogia sobre a guerra nada silenciosa entre o Homem e a Natureza – que tem precisado “revidar” as agressões que sofre para tentar sobreviver e isso vem em forma de catástrofes. Os robôs em Batalha Por T.E.R.A. são a terceira raça, mas felizmente não possuem sentimentos e raciocinam logicamente, por algoritmos.

Com uma ótima trilha sonora e uma criação de mundo encantadora, Batalha Por T.E.R.A. merece ter a sua redenção no Brasil, mas dificilmente terá boa qualidade no formato 3D. Se puderem, optem pelo 2D.

Trailer:


(TERRA, EUA, 85 minutos, 2007)
Dir.: Aristomenis Stirba
Nota 8,0


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Curta: Influenza

Bong Joon-Ho é o grande representante da Coréia do Sul no atual cenário cinematográfico mundial.

Dos seus seis trabalhos, vi quatro e achei todos excelentes. Com este curta não foi diferente.

O diretor passou um largo tempo pesquisando as imagens de um ladrão, Mr Cho, captadas por câmeras de segurança da capital Seoul. Através deste apanhado, ele pôde, de maneira reducionista, contar a história do dito cidadão de 31 anos, que chegou a tentar suicídio, antes de se tornar um ladrão em constante (digamos) evolução.

Influenza é resultado da estilo de vida constituído recentemente, o “Big Brother” real. Bong Joon-Ho usa os novos recursos de registro audiovisual com brilhantismo e deixa um imenso leque de questões sobre documentários aberto para discussão pós-filme.

O curta-metragem faz parte de um projeto de filmes em formato digital , denominado Digital Short Films By Three Filmakers 2004, que reuniu trabalhos de três diretores coreanos – os outros diretores são Ishii Sogo e NelsonYu Lik-wai.

As imagens vão do hilário ao tremendamente chocante. Preparem-se. O documentário a seguir ficará um bom tempo martelando em vossas cabeças...


(idem, Coreia do Sul, 27 minutos, 2004)
Dir.: Bong Joon-Ho
Nota 9,5

domingo, 19 de setembro de 2010

Crítica: O Samurai do Entardecer

A Restauração Meiji marcou a transição do Japão feudal para o Japão moderno, no século XIX. A classe dos samurais era importante no estabelecimento de uma ordem e hierarquia no período anterior e é nesse período que inicia-se a história de amor, dedicação e humildade de O Samurai do Entardecer, obraprima de Yôji Yamada, aclamada no mundo inteiro (foram cerca de 40 prêmios, além de outras tantas indicações).

Seibei Iguchi é tido como um “pé-rapado” na comunidade em que vive. É um dos cidadãos mais pobres da região e sustenta a mãe senil e duas filhas sozinho, com uma posse bastante limitada. Vive maltrapilho e descuidado, um constante motivo de chacota.

Por um gesto de gentileza, que poderia ser tido como um gesto de amor, revela ser um habilidoso samurai, o que faz com que o Senhor da terras peça a ele que execute determinados trabalhos. O gesto gentil torna-se um fado a carregar e Iguchi terá que desencavar um sentimento que há muito fizera questão de abafar dentro de si, em prol da criação das duas filhas.

A história é narrada por uma das filhas dele, que imprime em seu texto toda a admiração que possuía pelo pai e trata de contar com muito afeto o que ela achava dos acontecimentos desde sua infância, sendo serena, mas provida de parcialidade que beira a poesia.

Yôji Yamada retrata com impressionante destreza o universo do Japão feudal, pouco explorado, mas muito rico; além de mostrar bem a sabedoria dos samurais, sem fazer daquilo motivo para cenas de ação desenfreadas. O ritmo é bem parecido com filmes de outro grande mestre do cinema japonês, Akira Kurosawa, que também retratou com muito respeito a samurais e a cultura japonesa.

Apesar de ser bem cuidado em todos os aspecto, o filme só não explora bem a fotografia, que merecia uma colorização melhor, já que os cenários são lindos e poderiam proporcionarão belas imagens, mas não esta beleza natural não é algo que a fotografia enfatiza. Mesmo assim, o bom trabalho de câmera é notável, principalmente na difícil movimentação em uma sequência de um duelo dentro de uma casa bem pequena e escura.

O Samurai do Entardecer não é um filme para agradar ao grande público, mas os iniciados no cinema de arte se deliciaram com o seu ritmo lento e roteiro brilhante à época de seu lançamento e o fazem até hoje.

Trailer:


(Tosogare Seibei/ The Twilight Samurai, Japão, 129 minutos, 2002)
Dir.: Yôji Yamada
Nota 9,0


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Crítica: A Enseada (The Cove)

Documentário-denúncia sobre a matança de golfinhos na cidade de Taiji, no Japão, The Cove foi o vencedor do Oscar na categoria, este ano, sob fortes protestos das autoridades nipônicas.

O filme causa polêmica por mostrar a carnificina de golfinhos que é feita todos os anos, em especial na citada cidade, que faz disso um comércio multibilionário, mas que desrespeita toda e qualquer regra de preservação ambiental, além de estar caminhando, segundo previsões, para a extinção da espécie, dentro de alguns anos.

O diretor Louis Psihoyos descobriu o que acontecia naquela baía, através de Rick O'Barry, ex-adestrador de golfinhos que trabalhou na lendária série de tevê Flipper. Rick deixara a profissão após perceber os males que a exposição da espécie como “fofinha” e a consequente exploração disso – pela venda milionária de golfinhos para parques temáticos e afins – deprimia os golfinhos. Ele partiu da percepção que obtivera ao longo dos anos em contato com estes seres, de que eles eram mais inteligentes que humanos e se estressavam com os intensos treinamentos a que eram submetidos, chegando à morte.

Numa sequência que exemplifica bem este início de desenvolvimento de uma ideia, vemos imagens da idolatria que tal espécie causa, intercaladas com imagens consumistas e com a caça, ao som da música-tema de Flipper, tomada aqui como arma de ironizar. Está claro ali o poder da montagem como meio de manipulação e expressão de opinião.

Rick assumiu os erros que cometia ao treinar os bichos – cujas práticas são utilizadas até hoje pelos treinadores – e se transformou num ativista ambiental. Ele descobriu o que acontecia na baía de Taiji e desde então tenta acabar com a brutal caça aos golfinhos, cuja carne é explorada, não faz bem à saúde (por possuir altas doses de mercúrio), mas é vendida como se fosse carne de baleia, esta sim cultural e muito consumida pelos japoneses.

O filme expõe muito bem os seus argumentos e convence sem precisar apelar para o “estilo Michael Moore” (Tiros em Columbine; Fahrenheit 11/09) de se fazer denúncia, ou seja, não nos bombardeia com informações duvidosas, sem sequer nos dar tempo para refletir e questionar o que é mostrado. O diretor faz questão de explicar todo o processo de filmagem, como eles obtiveram cada filmagem e os obstáculos que encontraram.

A desvantagem é que, por ter sido obviamente feito sem o consentimento das autoridades locais, o filme não possui depoimentos dessas pessoas. Ou seja, não mostra “o outro lado da moeda”.

Mas estas posições ficaram explícitas pelo que se sucedeu ao lançamento do longa: a censura proibiu o lançamento de The Cove no Japão, alegando que o mesmo não leva em consideração as tradições da caça e retrata de forma negativa os pescadores e moradores da região. Após sofrer cortes e modificações – como o embaçamento da face dos retratados, o filme finalmente conseguiu ser lançado por lá, mas em circuito reduzido, pois vários cinemas se recusaram a exibí-lo.

O fato é que a intenção é boa e vários objetivos são atingidos com a execução deste filme. Se não serve como verdade absoluta, serve para alertar, de maneira explícita, para um problema que até então poucos atentavam.

Trailer:

(The Cove, EUA, 92 minutos, 2009)
Dir.: Louie Psihoyos
Nota 8,0

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Velha a Fiar


Hoje é dia de curta. Olhem só o que eu encontrei: “A Velha a Fiar”, do Humberto Mauro, feito em 1964, tido como o primeiro videoclipe brasileiro!

A canção era muito conhecida no interior do Brasil. Cantada pelo Trio Irakitã, hipnotiza. Quero ver vocês acompanharem sem errar um trechinho sequer, até o fim.

Tava a velha em seu lugar...”




segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Em época de eleições, votem em mim!

Já faz algum tempo que eu estou querendo postar sobre isto, mas estava procrastinando.

Os mais atentos devem ter percebido que este blog está participando do concurso que premia os melhores blogs do Brasil: o TOP BLOG.
O TOP BLOG é um prêmio que ocorre anualmente e que reconhece o trabalho dos melhores blogs do Brasil. Ano passado, fiquei entre os 100 blogs finalistas na categoria Cultura – sendo que mais de 35 mil blogs foram inscritos!


O concurso está na reta final de votação, então peço a todos que gostam – e que não gostam também – deste blog, que dêem o seu voto e ajude o blog a crescer ainda mais. Para votar, basta clicar no banner da barra lateral do blog - ou neste que figura neste post - que automaticamente eles te redirecionarão para a janela de votação.

É muito importante que vocês confirmem o voto, através de um e-mail que os organizadores do concurso irão te mandar.

Desde já, muito obrigado a todos pelo apoio. Vamos torcer para que bons resultados aconteçam também neste ano!

sábado, 11 de setembro de 2010

Crítica: Solomon Kane

Baseado nos quadrinhos de Robert E Howard (mesmo criador de Conan, o Bárbaro), Solomon Kane trás às telas o fictício herói puritano que viveu entre os séculos XVI e XVII, cujos principais inimigos eram bruxos e feiticeiros da época (numa das histórias, Solomon chegou a enfrentar também o Conde Drácula).

Solomon havia feito a promessa de que seria um homem puro, a fim de salvar sua alma, depois que ele cometeu algo terrível quando ainda jovem, época em que iniciou uma saga gananciosa por bens materiais. Ele vê no resgate de uma garota – cuja família fora assassinada – a chance de se redimir pelos males que cometeu, partindo então à sua busca. O problema é que isso implica em voltar às terras de sua infância e reviver fatos ruins que atormentaram seu passado.

O personagem nunca fez muito sucesso entre público e crítica, mas os produtores viram nele um possível protagonista de uma nova franquia, já que suas histórias são muitas. O problema é que caracterizaram-no tão inocentemente que a busca – quase sempre rasa – por ser uma pessoa de bem torna-se piegas e pouco crível.

Na tentativa de fazer algo parecido com os produtos hollywoodianos do gênero, o diretor inglês Michael J Basset tentou fazer um filme no estilo épico de O Senhor dos Anéis, assim como construiu seu Solomon como um Aragorn Kane em excessivos planos próximos e falas teatrais, ainda que domadas, na medida do possível, pelo ator James Purefoy (da série de tevê Roma), que contou com a ajuda de outros bons atores, como Pete Postlethwaite e Max von Sydow, para manter um nível decente de intrepretações.

De efeitos visuais cuidadosos, o longa trás ainda bons efeitos sonoros, maquiagem e belos e grandiosos cenários, que infelizmente não seguram por si só as pontas de uma obra de direção e roteiro fracos, cuja ousadia vem pelo lado que não deveria, como a cena chocante do assassinato brutal de uma criança.

Apesar disso, Solomon Kane escapa de ser um novo Van Helsing (a bomba de caça-vampiros protagonizada por Hugh Jackman) e ainda pode ter um bom futuro nos cinemas, caso suas sequências venham a ser lideradas por diretores que entendem mais do riscado. Guillermo Del Toro transformaria este cachorro vira-latas num belo e imponente Pastor Alemão.

Trailer:

(Solomon Kane, França/República Tcheca/Inglaterra, 104 minutos, 2009)
Dir.: Michael J Basset
Com James Purefoy, Pete Postlethwaite, Max von Sydow
Nota 5,0

Quem será nosso representante no próximo Oscar?

O Ministério da Cultura divulgou na última quarta-feira, a lista com os 23 filmes inscritos para concorrer à vaga da candidato do Brasil ao Oscar 2011.

Como é de praxe, muitos filmes ruins foram inscritos, com a doce ilusão de que podem ser fortes candidatos à estatueta cobiçada por tantos filmes bons de todos os cantos do mundo. Mas neste ano temos o diferencial de que também muitos filmes excelentes foram inscritos, ou seja, caberá à comissão julgadora – formada por membros do MinC, da Ancine, da CBC e da Secretaria do Audiovisual do MinC – o dissernimento de escolher o que é adequado ao prêmio em questão e não aquele filme que teve maior divulgação ou apelo popular em 2010.

Se optarem por fazer política, os membros da comissão julgadora poderão escolher “Lula, o Filho do Brasil” como nosso candidato – o que seria uma lástima tremenda. Caso optem por aquele que ganhou mais prêmios nacionais no último ano, “É Proibido Fumar” pode ser o nosso escolhido. Se optarem por aquele que teve a melhor campanha internacional, o caprichado e diferente “Os Famosos e os Duendes da Morte” ganha a posição de nosso representante – escolha que eu acho que teria potencial de nos conseguir uma indicação ao Oscar, mas não teria muitas chances de levar a estatueta.

Caso os membros queiram agradar ao público nacional e escolher aquele que obteve maior bilheteria, aí os fortes concorrentes são “Chico Xavier” e “Nosso Lar”. Mas se quiserem escolher o “melhor nacional de 2010”, aí eu aposto em “As Melhores Coisas do Mundo”.

Agora, se os membros pensarem naquele filme que possui mais o perfil do Oscar, “Olhos Azuis” seria o candidato com maior chance – mas que infelizmente foi pouco divulgado e talvez por isso não seja o representante brasileiro.

Especulações à parte, nos resta esperar até o dia 23 de setembro para sabermos quem será nosso representante na corrida por uma indicação ao Oscar 2011.

Segue a lista completa dos filmes inscritos:

"As Melhores Coisas do Mundo"
"A Suprema Felicidade"
"Antes que o Mundo Acabe"
"Bróder"
"Carregadoras de Sonhos"
"Cabeça a Prêmio"
"Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos"
"Chico Xavier"
"É Proibido Fumar"
"Em Teu Nome"
"Hotel Atlântico"
"Lula, o Filho do Brasil"
"Nosso Lar"
"Olhos Azuis"
"Ouro Negro"
"O Bem Amado"
"O Grão"
"Os Inquilinos"
"Os Famosos e os Duendes da Morte"
"Quincas Berro D'Água"
"Reflexões de um Liquidificador"
"Sonhos Roubados"
"Utopia e Barbárie"

 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia

Começa hoje a 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia, um dos principais festivais brasileiros e o mais tradicional da Bahia. O evento acontece até o dia 16/09 (quinta-feira) e exibirá cerca de 70 trabalhos, entre curtas, médias e longas metragens, vindos de oito (08) países e selecionados dentre mais de 400 inscritos.

Um dos curtas que concorrem ao Troféu Tatu de Ouro foi produzido por mim e chama-se Procedimento Hassali ao Alcance do Seu Bolso, cuja equipe foi composta predominantemente pelos universitários do 6º semestre de Audiovisual da Universidade de Brasília, no final de 2008 – mas só finalizado no início deste ano. Todos nós da equipe ficamos muito felizes e honrados pela seleção, pois sabemos da importância deste festival.

Infelizmente, a programação da Jornada não está bem explicada no site do evento. Por lá não dá para saber em que dia e em qual grupo de curtas o “Hassali” será exibido, mas a querida baiana Amanda conseguiu o horário para mim: será no dia 14 de setembro, às 14 horas, no Teatro ICBA no Corredor da Vitória.

A cerimônia de abertura começa hoje (09), às 19hs, no Cine Glauber Rocha, com apresentação da atriz Ingra Liberato e presença do diretor Zelito Viana (homenageado desta edição) e seu filho, o ator Marcos Palmeira.

Paralelamente, haverão exibições com audiodescrição, oficina de música para cinema, além do Simpósio Internacional “O Cinema em Defesa do Meio Ambiente”, cujos debates e palestras acontecerão no Hotel Sol Victória Marina, no Corredor da Vitória, sempre de 8:30 a 12:30hs.

Mais informações (quase completas), no site oficial: www.jornadabahia.com

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Under the Sea IMAX 3D


Alguém aí já assistiu algum filme em 3D numa sala IMAX? Quem não foi e tiver a oportunidade de ir, não deixe-a escapar. É uma experiência única!

Fui pela primeira vez, numa das maiores salas IMAX da Europa, e lá eu vi Under the Sea 3D, um documentário da Warner sobre criaturas marinhas – a maioria delas em extinção. Como documentário é bem infantil, com narração simplória e muitas vezes redundante. São poucas as informações interessantes que a fala nos trás.

Este tipo de documentário tem sido muito frequente nas exibições em 3D das salas IMAX, pois proporcionam da maneira mais intensa possível a experimentação, tanto por parte dos cineastas quanto por parte dos espectadores.

A grande novidade está mesmo no visual deslumbrante, com uma imersão inacreditável no fundo do mar, em corais multicoloridos e no conhecimento de espécies raras de animais que variam entre a aparência grotesca e o sublime. A sensação é a de estar dentro de um gigantesco aquário, só que sem o sufoco de respirar debaixo d'água.

Tal experiência não seria tão impactante se não fosse pela tela IMAX, aliada aos efeitos 3D. Nada que se compare aos filmes em longa-metragem do formato que têm sido lançados no Brasil. É bem melhor que Avatar ou que Toy Story 3 – mas apenas no que diz respeito à tridimensionalidade.

Baleias passam bem perto dos nossos olhos, golfinhos beijam nossa testa (até levei um susto quando eles fizeram isso!). Pode-se olhar para qualquer canto da tela que a sensação de estar presente naquelas paisagens será sempre notável. Vemos, sentados em uma canoa, o fundo de um mangue de águas cristalinas. Vemos também, em detalhes e sem precisar de close-ups, a textura de cada animal.

Tenho quase certeza de que se fosse exibido numa tela comum ou numa tela 3D convencional, este filme não teria muita graça. No IMAX eu vi e senti exatamente o quanto esta nova tecnologia pode mudar nossa experiência de ir ao cinema e imergir num filme. Entendi ali o porquê da indústria festejar o formato como “o futuro do cinema” e desejei que todos pudessem ter a mesma experiência que eu.

Fred Burle no Cinema... IMAX!
Como ainda existem poucas salas que eles podem ser exibidos, ficam renegados a passar em sessões quase sempre matutinas, pois concorrem por espaço diretamente com grandes lançamentos comerciais (atualmente, Toy Story 3 e A Origem estão em cartaz nesta mesma sala), mas têm a vantagem de conseguirem ficar em cartaz por muito tempo.

Under the Sea (Um Mar de Aventuras, no Brasil) está em cartaz há um ano e meio nos EUA e já arrecadou cerca de 25 milhões de dólares por lá. Estreou na última sexta-feira (03) em São Paulo e é provável que fique bastante tempo em cartaz, mas terá que dividir espaço com os filmes comerciais e com outros documentários do gênero, que estão por vir: filmes sobre a África selvagem, sobre surf e até concertos de bandas conhecidas, como o U2.

Trailer:

(Under the Sea 3D, EUA/Canadá, 45 minutos, 2009)
Dir.: Howard Hall
Notas: 9,0 (com 3D IMAX) ou 6,0 (sem os efeitos)


 
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