Linkbão Oi Torpedo Click Jogos Online Rastreamento Correios Mundo Oi oitorpedo.com.br mundo oi torpedos mundo oi.com.br oi.com.br torpedo-online Tv Online torrent Resultado Dupla Sena Resultado Loteria Federal Resultado Loteca Resultado Lotofacil Resultado Lotogol Resultado Lotomania Resultado Mega-sena Resultado Quina Resultado Timemania baixa-facil Link-facil Resultado Loterias

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alô, Alô, Terezinha!

Alô, Alô, Terezinha! Queremos emanar o espírito do Programa do Chacrinha!

Esta pareceu ser a intenção de Nelson Hoineff ao fazer este documentário, sobre um dos maiores comunicadores de massa que o Brasil já teve. Chacrinha era inovador, polêmico e com um apelo popular sensacional. Tudo que era lançado em seu programa virava sucesso instantaneamente. E se ele quisesse, virava fracasso na mesma velocidade.

O problema é que o filme roda, roda, mas não “avisa” nada. Apenas recapitula algumas situações do programa de calouros, registra depoimentos de ex-chacretes, jurados e até alguns candidatos que levaram diversas vezes o Abacaxi (prêmio dado aos que cantavam mal) para casa. Mas deixa de lado o que deveria ser sua razão de existir e o que atrairia a maior curiosidade das pessoas: quem foi Abelardo Barbosa, o homem por trás do Chacrinha? Se você tem esta curiosidade, vai continuar com ela.

O documentário preocupa-se mais com as fofocas que rondavam o programa, quem pegava qual chacrete, com quem o apresentador teve um caso, se havia prostituição ou não nos bastidores, quem era a tal Terezinha do bordão, etc. Todas as perguntas que já foram exploradas anteriormente e que nunca tiveram resposta definitiva. E continuarão sem resposta, porque nada é esclarecido no filme, continuando a povoar o âmbito da fofoca.

Não há sequer uma explicação sobre o que era o programa, quem era o sujeito, qual era o contexto social e político em que estava inserido, nada disso. Parte do pressuposto de que sobre isso todos já sabem, mas esquece de que o maior público de cinema é jovem e que boa parte desse público desconhece do assunto.

Depois de rever tanta gente que já fez sucesso, a imagem que fica é a imagem da decadência. Se era para ser um filme pra cima, falhou. Fiquei mais deprimido do que alegre.

Mas nem tudo está perdido: o diretor acertou ao reviver algumas situações do programa, colocando alguns artistas fazendo “pataquadas” (Elke Maravilha, Fafá de Belém, Wanderley Cardoso e Biafra, numa cena simplesmente impagável) e indo às ruas reviver o show de calouros, com os ilustres desconhecidos do programa.

De resto, salvam-se umas entrevistas preciosas e raras, como as de Roberto Carlos e Dercy Gonçalves.

Alô, Alô, Terezinha! é apenas uma pequena homenagem à figura lúdica do Chacrinha, mas este papel um programa especial da Globo cumpriria muito bem, sem precisar explorar o nosso dinheirinho para o ingresso.

Nelson Hoineff pisou em ovos para não desmistificar a figura do comunicador, mas se deu mal. Várias buzinadas e um grande abacaxi pra ele!


Trailer

Alô, Alô Terezinha!

(idem, Brasil, 96 minutos, 2009)

Dir.: Nelson Hoineff

Nota 5,7

Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

Programação do FIC Brasília


As turbinas já estão esquentando para o XI FIC Brasília. 

A partir de agora, quem for entrar para a maratona de filmes já pode começar a montar a sua grade.

A assessoria do festival divulgou a programação completa do Festival. Por enquanto, disponibilizo para vocês dois arquivos: um com a programação por dia e o outro com a programação em ordem de filmes. Nestes arquivos, vocês encontrarão também algumas marcações em vermelho, que significa que a sessão contará com a presença do diretor(a) ou ator/atriz do filme em questão. Clique nos links para baixar a programação: por dia e por filme.

Uma boa notícia: os filmes da mostra coreana terão entrada gratuita e quem não for à abertura no dia 04/11, já poderá começar a sua maratona neste dia, que já contará com três sessões no CCBB, a R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).

Para as sessões na Academia de Tênis (Cine Academia), os ingressos custarão R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Comprando dez entradas de uma só vez, o valor unitário cai para R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). O convite para o coquetel de abertura, com o filme A Fita Branca, custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Como todos os anos, as pessoas têm dúvidas na hora de escolher os filmes para assistir. Nos próximos dias (e antes do começo do festival), postarei aqui ou no meu twitter uma lista com todos os filmes que já têm distribuição garantida no Brasil, ou seja, vocês podem dar preferência aos filmes que dificilmente terão outra oportunidade para ver.

Além disso, durante o festival, atualizarei o blog constantemente com breves comentários dos filmes que eu assistir, para ajudá-los a escolher o que de melhor estiver passando.

As sinopses dos filmes já estão disponíveis no site do festival, que bem em breve também terá a programação.

Fiquem ligados e boa diversão!


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vigaristas (The Brothers Bloom)

Coisa boa é ir ao cinema despretensiosamente e se deparar com uma bela surpresa!

Fui assistir Vigaristas apenas com a intenção de me distrair, mas a sessão foi mais que isso. Com um senso de humor incrível, diálogos inteligentes e um conceito cinematográfico muito bem sucedido, o filme ganhou a minha simpatia e muitas gargalhadas dos que estava na sala de cinema.

A história não é lá das mais inovadoras. O diferencial está no seu contexto.

Os irmãos Bloom (Adrien Brody) e Stephen (Mark Ruffalo) são golpistas aventureiros em busca constante por “ricos otários” para enganar. Stephen adora fazer dos seus golpes um espetáculo teatral e adora a vida que leva. Já Bloom está cansado e decide parar com a “profissão”. Convencido pelo irmão, ele resolve partir para sua última missão: conquistar o coração da jovem solitária Penelope (Rachel Weisz) e obviamente, dar-lhe o golpe. A jovem descobre a “esquema”, mas encanta-se com a vida agitada da dupla e resolve cair na estrada com eles e sua parceira japa, calada e perigosa Bang Bang (Rinko Kikuchi).

O elenco é um show à parte. A japonesa Rinko Kikuchi prova talento mais uma vez, após tê-lo mostrado em Babel e Adrien Brody também está ótimo, apesar de insistir em ser galã, o feioso. Mas o grande destaque fica com Rachel Weisz. Acostumada a papéis mais densos (Um Beijo Roubado, A Fonte da Vida e O Jardineiro Fiel), a atriz faz chorar de rir com sua intrépida personagem, cheia de “habilidades inúteis”. A cena em que Penelope mostra seus dotes é impagável!

Até então desconhecido, Rian Johnson (Brick, 2005) demonstra talento na direção e bom gosto nas suas escolhas. A combinação de elementos cheios de hype fica muito boa, com figurinos elegantérrimos, belos cenários e trilha sonora calcada no jazz. É estilo pra mais de metro! Além disso, o diretor mexe com os mais diversos sentimentos do espectador: faz rir, chorar, ter medo, adrenalina; tudo com a mesma competência.

Quem for assistir ao filme, repare nos inúmeros planos-detalhe das mãos dos personagens, que sempre indicam o sentimento que eles querem esconder, mas que o corpo não os deixa mentir. São sempre planos acelerados, que entrecortam outro plano aberto.

Vigaristas é um filme de trapaça com estilo inglês, que mistura o humor inteligente ao pastelão, faroeste mexicano (!) com filmes de máfia italiana, tudo na medida certa. Sua diegese é deliciosa.

Um respiro.


Trailer:

Vigaristas

(The Brothers Bloom, EUA, 113 minutos, 2008)

Dir.: Rian Johnson

Com Rachel Weisz, Adrien Brody, Mark Ruffalo, Rinko Kikuchi, Joseph Gordon-Levitt

Nota 8,2

Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Fados

Diretor de outros filmes musicais (Tango, Carmen e Flamenco), o espanhol Carlos Saura trás ao público uma viagem sonora, através de diversas variações do fado, gênero musical tradicional de Portugal, iniciado no século XIX por uma enorme leva de imigrantes que chegava ao país.

Essa é a única informação sobre fados que o diretor dá aos espectadores. Quem quiser saber mais sobre o gênero, que procure em outras fontes. Uma pena, já que, ao enquadrar o filme como documentário, imaginei que veria “um documentário sobre fados”.

O que vi na tela foi apenas um espetáculo teatral filmado, com cenários enormes, corpo de baile para cada número musical, cantores consagrados, bandas de fado e cenas de Portugal projetadas em algumas telas que compunham o cenário.

O espectador terá a chance de conhecer o fado de Portugal, o fado de Moçambique, as Modinhas e Lunduns, o Fado Menor do Porto, a Maria Severa do Século XIX... e o hip hop? Pois é, meus caros. Até hip hop o diretor enfiou-nos guela abaixo, num filme sobre... fados! Neste momento, houve uma quantidade impressionante de buchichos na sala de cinema. Parecia que o mal estar havia instaurado-se por lá. Pensei com meus botões: “vim assistir um filme sobre fados e não uma apresentação de dancinhas e um monte de remixes do gênero...”.

Quase fui embora no começo da sessão, mas como raramente faço isso, resolvi ficar e ver no que aquilo daria. Comecei a prender nos detalhes mais interessantes, como a competente iluminação dos cenários e os jogos de sombras que o diretor criou em boa parte dos números, até que a sequência de boas músicas iniciou-se, lá pelos 40 minutos de filme. Dali para adiante, ficou difícil não encantar-me pelas belas letras de sofrimento, lamúrias, amarguras e corações partidos, cantadas por gente de renome, como os cantores portugueses Camané, Lila Downs e Mariza e os brasileiros Caetano Veloso e Chico Buarque.

Imaginei-me num certo cinema chique de São Paulo, chamando o atendente: “Garçom, trás-me o vinho do Porto, por favor! E uma pipoca com azeite de ervas!”. Imaginei a tela como um palco e tudo ficou melhor. Esqueci que havia comprado um ingresso para o cinema.

No fim, fiquei com raiva de mim. Gostaria de ter detonado o filme, mas fiquei tão apaixonado pelo fado que não consigo fazer isso. O que posso dizer é apenas uma coisa: Fados é pouco cinema para muito espetáculo.

Trailer:

Fados

(idem, Portugal/Espanha, 90 minutos, 2007)

Dir.: Carlos Saura

Nota 7,0

Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

Dom Hélder Camara - o Santo Rebelde

Dom Hélder Câmara foi arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999. Mais que um líder da igreja católica brasileira (ele foi o criador da CNBB e um dos principais articuladores da Teologia da Libertação), Dom Helder Câmara foi uma liderança mundial na luta pela promoção humana contra a miséria e as injustiças.

Na década de 1970, era considerado, juntamente com Pelé, o brasileiro mais conhecido no mundo. Sua ideias integralistas e progressistas incomodavam as autoridades políticas e religiosas. As oligarquias brasileiras nutriam por ele um ódio tão grande que foram organizadas campanhas internacionais para detonar sua indicação ao prêmio Nobel da Paz – ele foi indicado ao prêmio por quatro anos consecutivos (1970 a 1973), mas as tais “forças contrárias” nunca facilitaram sua consagração. Até o Papa “podou” seu trabalho, dizendo-lhe que a função de profeta era de Pedro, então que ele se pusesse em seu lugar e parasse de viajar pelo mundo propagando sua palavra. Um absurdo.

O documentário Dom Hélder Câmara – o Santo Rebelde foi lançado em festivais em 2005, mas só agora conseguiu entrar em cartaz em Brasília. Antes tarde do que nunca, já trata-se de um filme excelente.

Fiquei super orgulhoso ao assistí-lo, já que foi a primeira vez que assisti a um filme da minha querida ex-professora de roteiro e agora amiga Érika Bauer. Agradou-me a maneira como ela conduziu o filme, sem levantar bandeira de religiões em momento algum. A intenção era apenas a de imortalizar a figura de um grande ser humano, que foi Dom Hélder.

A pesquisa de imagens de arquivo é fantástica, resgatando depoimentos de Dom Hélder, além de muitas fotos, tanto que ganhou diversos prêmios por sua pesquisa e roteiro (no Festival de Brasília, em Recife, CNBB, Varginha e no Recine, do Arquivo Nacional).

A única que me incomodou um pouco foi o som do filme. Não sei se por falha de produção ou se por falha da projeção do cinema, mas estava bem abafado. Algumas falas de Dom Hélder, especialmente quando ele conversa com uma senhora na Igreja, são ininteligíveis e a colocação de legendas nesses trechos seria muito bem vinda.

Num certo depoimento, um sujeito (cujo nome infelizmente não me recordo) sintetiza, poeticamente, quem foi Dom Hélder: “...numa Igreja esclerosada, D. Hélder foi uma lufada de ar novo...”.

O filme inicia-se muito bem, passa por um trecho arrastado, mas volta a arrebatar-nos nos últimos 15 minutos, com um desfecho lindo, ao som da música “Give Me Love (Give Me Peace on Earth)”, que serve como homenagem a D. Hélder, que viveu em função de levar mensagens de paz e igualdade pelo mundo.

Ao término da sessão, ouvi algumas conversas (que bisbilhoteiro!) e o sentimento de comoção era geral. Infelizmente, de jovens só havia eu na sala, pois seria ótimo que as novas gerações pudessem conhecer um pouco mais sobre a grande figura humana que foi D. Hélder.

Quem for de Brasília, não perca o filme, já que documentários, ainda mais nacionais, ficam muito pouco tempo em cartaz.

Trailer:


Dom Hélder Câmara

(idem, Brasil, 75 minutos, 2004)

Dir.: Érika Bauer

Nota 8,0

Saiba os horários do filme!

domingo, 25 de outubro de 2009

9 - A Salvação

Longametragem produzido por Tim Burton (Sweeney Todd, Peixe Grande e Edward Mãos de Tesoura) e Timur Bekmambetov (Guardiões da Noite e Procurado), 9 está em cartaz há duas semanas, mas tem passado despercebido pelo público, infelizmente.

A história passa-se num mundo pós-apocalíptico, onde bonecos feitos de remendos vivem às escondidas, tentando sobreviver em meios a grandes perigos. A descoberta da existência de um nono boneco trás a eles a esperança da tal “salvação”. O filme foi desenvolvido a partir de um curtametragem homônimo, de 2005.

Com uma construção perfeita de um mundo paralelo, o diretor estreante Shane Acker fez milagre com o orçamento modesto (U$ 30 milhões) colocado em suas mãos. A riqueza de detalhes da animação é impressionante. São poucos os momentos em que dá para perceber o baixo orçamento, uns com baixa resolução e outros com aparência de videogame. Mas a pouca grana fez bem ao filme, já que o diretor viu-se obrigado a realizar um filme enxuto, preservando a atmosfera de curtametragem. Os 79 minutos voam.

Com referências e influências em clássicos de diversas épocas (Tempos Modernos, Matrix, O Mágico de Oz), o filme tece ótimas metáforas sobre o Homem Versus a Máquina.

Seus personagens são sombrios, mas é difícil não se encantar, como acontece com tudo que Tim Burton põe as mãos. Gosto muito do design retalhado de filmes como este, que fazem-nos simpatizar com os personagens pela sua beleza interior, mesmo sendo bichinhos bem feios.

O som de 9 é excelente: a dublagem, os efeitos sonoros e a trilha sonora, cheia de tambores e bumbos no meio da orquestra.

9 é um filme ousado em sua concepção e arte, mas ainda imaturo no desenvolvimento da história, que baseia-se no clássico modelo da Jornada do Herói, fazendo, inclusive, referência ao principal exemplar desse modelo, O Mágico de Oz, numa cena em que os bonecos estão num momento de “reflexão” da jornada e entra em cena a famosa música do filme de 1939, “Over the Rainbow”, utilizada aqui pela enésima vez num filme. Mesmo sem muita ousadia no roteiro, este desenvolve muito bem os seus clichês e referências.

O encontro entre Criador e Criatura é precedido pela frase que anuncia a metáfora explícita: “...e Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança...”. Religiões à parte, a cena é linda.

Não marca uma revolução na linguagem cinematográfica, mas surpreende na riqueza de detalhes e cumpre com louvor o quesito principal a que se propõe: diversão. Se fosse em 3D, seria melhor ainda.

Shane Acker ainda não tem a coragem de Tim Burton (que faria um filme bem mais profundo), mas demonstra ser um bom discípulo e está no caminho certo. Burton soube em quem investir.


Trailer:

9 - A Salvação
(9, EUA, 79 minutos, 2009)
Dir.: Shane Acker
Com vozes de Elijah Wood, Christopher Plummer, Jennifer Connelly, John C Reilly
Nota 7,6



Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sorteio de ingressos para a noite de abertura do FIC Brasília


A produção do XI FIC Brasília vai sortear 10 convites duplos para a noite de abertura do festival pelo twitter. É uma boa oportunidade para adquirir gratuitamente um ingresso que custa R$ 40.

A noite de abertura é sempre muito legal, porque sempre há um coquetel antes e há todo um clima de "festa do cinema", com um monte de profissionais da área conversando no hall e o filme escolhido geralmente é muito bom.

O filme deste ano será A Fita Branca, do Michael Haneke, vencedor de Cannes.

Para concorrer, basta seguir o festival no microblog (twitter.com/ficbrasilia) e 'retuitar' a mensagem indicada para a promoção. O mecanismo de sorteio é muito simples. Quando o membro redistribui a mensagem da promoção para os seus contatos, o site vinculado http://uiop.me/consultar/?link=oGJ associa um número ao concorrente. O sorteio acontece quando se atingir dois mil seguidores. Os números dos participantes serão lançados no site http://www.random.org/, que fará uma seleção aleatória.

Outra coisa: o site do FIC já está no ar, com as sinopse de (quase) todos os filmes, detalhes das mostras e etc. Alguns filmes que estão na lista do festival ainda não estão no site, mas continuam confirmados. É só porque o material de divulgação que as produtoras enviaram para o festival ainda não chegou.

Quanto à programação, deve ficar pronta até dia 28/10, mas sei que eles estão adiantados, então pode entrar no ar antes. Aviso vocês assim que estiver com os horários completos.

Para quem quer se adiantar e começar a montar a lista de filmes com calma, já dá pra fazer.

Quem quiser ver a lista completa dos filmes, eu postei aqui.

Abraços a todos e bom fim de semana!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulga os selecionados

Foi divulgada nesta quarta-feira a lista com os filmes selecionados para o 42º FBCB. Foram inscritos 366 filmes, sendo que 52 destes são produções do Distrito Federal.

Para a cerimônia de abertura, foi selecionado o filme Lula - o Filho do Brasil, cuja estreia no circuito comercial está marcada para janeiro de 2010 e promete ser a primeira grande bilheteria do ano que vem. A escolha de exibí-lo fora de competição foi, para mim, louvável, já que colocar o filme entre os competidores me faria desconfiar de todo e qualquer prêmio que ele pudesse ganhar, merecidamente ou não.

Na cerimônia de encerramento, será exibido o filme Brasília, a última utopia, de Pedro Anísio, Geraldo Moraes, Vladimir Carvalho, Pedro Jorge de Castro, Moacir de Oliveira e Roberto Pires.


Segue a lista completa dos selecionados:

MOSTRA COMPETITIVA 35MM 

Longas selecionados

1. A Falta que me Faz, de Marília Rocha, 80min, MG
2. É Proibido Fumar, de Anna Muylaert, 86min, SP
3. Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano, de Henrique Dantas, 75min, BA
4. O Homem Mau Dorme Bem, de Geraldo Moraes, 90min, DF
5. Perdão Mister Fiel, de Jorge Oliveira, 95min, DF
6. Quebradeiras, de Evaldo Mocarzel, 71min, SP 

Curtas 35mm Selecionados 

1. A Noite por Testemunha, de Bruno Torres, 24min50, DF
2. Água Viva, de Raul Maciel,14min, RJ
3. Amigos Bizzaros do Ricardinho, de Augusto Canani, 20min, RS
4. Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos, de Camilo Cavalcante, 12min, PE
5. Azul, de Eric Laurence, 19min, PE
6. Bailão, de Marcelo Caetano, 16min, SP
7. Carreto, de Marilia Hughes e Claudio Marques, 12min, BA
8. Dias de Greve, de Adirley Queirós, 24min, DF
9. Faço de mim o que quero, de Sergio Oliveira e Petronio Lorena, 20min, PE
10. Homem-Bomba, de Tarcísio Lara Puiati, 13min, RJ
11. Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho, 23min, PE
12. Verdadeiro ou Falso, de Jimi Figueiredo, 14min, DF 

Mostra Competitiva Digital 

Curtas digitais selecionados 

1. A Última Quinta, de Fernando Arze, 14min40, RJ
2. Apreço, de Gabriel Trajano, 18min, BA
3. Cerol, de Bruno Mello Castanho, 17min30, SP
4. De muro a muro, de Marina Watanabe e Rebeca Damian, 20min, DF
5. Dois Mundos, de Thereza Jessouroun, 19min, RJ
6. Dois Pra Lá, Dois Pra Cá, de Marcela Bertoletti, 19min , RJ
7. Ensaio de Cinema, de Allan Ribeiro, 16min, RJ
8. Inexorável, de Juliano Coacci Silva, 3min, DF
9. Lembrança, de Mauricio Osaki, 17min, SP
10. Mas na verdade uma história só, de Francisco Craesmeyer, 12min, DF
11. O canalha, de Latege Romro Filho e Rodrigo Luiz Martins, 13min, DF
12. Obra Prima, de Andréa Midori Simão e Thiago Faelli, 20min, SP
13. Os Pais, de Lello Kosby, 20min, DF
14. Quase de Verdade, de Jimi Figueiredo, 13min, DF
15. Roteiro para minha morte, de Pablo Gonçalo, 15min, DF
16. Sala de Montagem, de Umberto Martins, 3min, SP
17. Santa Bárbara do Oeste, de Tato Carvalho, 7min, SP
18. Vladimir Palmeira - A História Sem Mitos, de Roberto Reis Stefanelli, 20min, DF

Mostra Brasília

Longas 35 mm

 

1. Hollywood no cerrado, de Armando Bulcao, 85min, DF
2. O Galinha Preta, de Cibele Amaral, 95min, DF
3. O Homem Mau Dorme Bem, de Geraldo Moraes, 90min, DF
4. Perdão Mister Fiel, de Jorge Oliveira, 95min, DF

 

Curtas 35 mm

 

1. A Descoberta do Mel, de Joana Limongi, 16min08, DF
2. A janela, de João Batista Melo, 11min, DF
3. A Noite por Testemunha, de Bruno Torres, 24min50, DF
4. A Obscena Senhora D, de Catarina Accioly, 15min, DF
5. As coisas acontecem, de Denilson Félix, 12min, DF
6. As Estalactites de Davi, de R.C.Ballerini, 10min, DF
7. Deus-Arma, de Johil Carvalho e Sérgio Lacerda, 12min, DF
8. Dias de Greve, de Adirley Queirós, 24min, DF
9. Feijão com Arroz, de Daniela Marinho, 8min30, DF
10. Princípio da Incerteza, de Cauê Brandão, 13min44, GO/DF
11. Reconhecimento, de Ítalo Cajueiro, 12min, DF
12. Senhoras, de Adriana Vasconcelos, 11min30, DF
13. Verdadeiro ou Falso, de Jimi Figueiredo, 14min , DF

 

Digital

 

1. 2009, ano da França no Brasil, de Kleber Robson de Araújo Fernandes, 7min23, DF
2. À Cabidela, de Ignácio Amaral, 13min, DF
3. A Casa de Lairson, de Jorge Martins Rodrigues, 20min , DF
4. Às Vezes, de Virna Smith, 6min45, DF
5. Big Bang e o Gênesis, de Cleuberth Choi, 12min, DF
6. Casulo, de Rafael Morbeck, 16min08, DF
7. Catando a Poesia, de André Catuaba, 8min11, DF
8. Centelha, de Thiago Moysés, 19min, DF
9. Clara e o relógio, de Fabio Brasil, 17min40, DF
10. Dada, de Allex Medrado, 8min53, DF
11. De muro a muro, de Marina Watanabe e Rebeca Damian, 20min, DF
12. El Cine No Muerto, de André Miranda, 10min, DF
13. Entrada Franca, de Yana Carla Monteiro Lopes e Camila Nogueira Alves, 8min, DF
14. Espaço Novacap, de Cleverton Silva e Sandra Torres, 15min17, DF
15. Homilia, de José de Campos, 15min, DF
16. Inexorável, de Juliano Coacci Silva, 3min, DF
17. Jardim Japonês, de Érico Cazarré, 4min, DF
18. Macumba, de Fábio Rafael de Paiva, 20min, DF
19. Mas na verdade uma história só, de Francisco Craesmeyer, 12min, DF
20. No Ano de 2009 Decibéis, de Dryka de Souza e Anils Marthyns, 9min, DF
21. O canalha, de Latege Romro Filho e Rodrigo Luiz Martins, 13min , DF
22. O general Uchôa e os discos voadores, de Patrícia Saldanha, 19min39, DF
23. O Homem Torre, de Rafael Dominici, 12min51, DF
24. Os Pais, de Lello Kosby, 20min, DF
25. Quase de Verdade, de Jimi Figueiredo, 13min, DF
26. Reticências, de Jackson Villela, 15min, DF
27. Rock Ceilândia, de Gil Pedro Macedo, 19min54, DF
28. Rock Solidário é Rock Mesmo - O Filme, de Rogério Aguas, 12min , DF
29. Rodoviária do Plano Piloto, de Lorena de Sá, 5min, DF
30. Roteiro para minha morte, de Pablo Gonçalo, 15min, DF
31. Sobre a pele, de Márcio Mota, 16min57, DF
32. Um cineasta brasiliense em Goiânia, de Gustavo Serrate, 16min, DF
33. Vladimir Palmeira - A História Sem Mitos, de Roberto Reis Stefanelli, 20min, DF
34. Você Não!, de Lívia Fernandez e Patrícia Dantas, 11min, DF
35. Xamã-Gaia, o Caminho da Sacerdotiza, de Rogerio Quintão, 16min, DF


Paralelamente ao Festival, acontecerá, mais uma vez, a Mostra Petrobrás Revelando os Brasis. Confira aqui os selecionados.


Saiba mais sobre a premiação e o histórico do Festival, clicando nos respectivos links.


Serviço:


Data: de 17 a 24 de novembro 

Local: Cine Brasília 

Ingressos: R$ 6 a inteira e R$ 3 a meia entrada. 

Realização: Secretaria de Estado de Cultura do DF 

Patrocínio: Petrobras 

Co-Patrocínio: Terracap e Eletrobras 

Apoio: Sabin, Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, Banco de Brasília, Financeira Brasília, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Embracine CasaPark, Fundação Athos Bulcão, Quanta, Dolby Digital, Estúdios Mega, MdgaColor, Canal Brasil e Revista de Cinema. 

Agente Cultural: Instituto Casa Brasil de Cultura. 

Informações: www.sc.df.gov.br

                         3325-6218 / 3325-3144 / 3325-6220

Herbert de Perto

O documentário Herbert de Perto acompanha a trajetória da banda Os Paralamas do Sucesso e do seu vocalista, Herbert Vianna.

O esquema é o basicão: linearidade, pessoas depondo e como em todo documentário sobre cantores, muita música (dessa vez com a mistura de reggae, rock e ska que marcou a banda, com sucessos como Óculos, Meu Erro e Alagados). O filme começa contando a história do Paralamas, como os integrantes se conheceram e formaram a banda... aquele esquema que todo mundo já conhece. Depois sai do geral para focar no particular, ou seja, em Herbert Vianna, na sua vida pessoal, passando pelo acidente que ele sofreu, de ultraleve, e que custou a vida da sua esposa, Lucy Needham Vianna, pelo tratamento de reabilitação pós-acidente, até o retorno aos shows.


Herbert de Perto não tem a função-mor que outros documentários musicais têm, que é a de mostrar a uma nova geração a história de algum importante músico nacional. A história toda é muito recente e pouca informação é nova no filme. Talvez a maior função do filme seja a construção de (mais) um herói nacional, a perpetuação de um exemplo de superação para um povo tão carente desse tipo de cidadão.


Mas é justamente esse “endeusamento” que estraga o filme. Que Herbert tem que ser mostrado como um exemplo, não há dúvidas, mas mostrá-lo como santo é forçar a barra, oras. Não entra para a edição final um depoimento sequer de alguém falando do que ele aprontou ou questionando o que realmente aconteceu no dia do acidente (até porque o erro veio de uma “gracinha” que ele fez, segundo Dado Villa Lobos relata, mas que passa batido), o que me deixou cabreiro, já que o filme não explica o acidente, deixando-nos sem direito a ter opinião.


Nos aspectos técnicos, existe um certo amadorismo, que pode ter sido proposital, para nivelar-se com as imagens antigas, com aspecto de bastidores, de “ensaio de garagem”, mas algumas cenas pediam um tratamento mais apurado, como o jogo de rosto e espelho que é feito no banheiro de Herbert, cujo zoom excessivo torna a imagem nitidamente tremida e não-artística, apesar de a intenção ser claramente a de filmar uma cena mais artística.


Outros elementos também são descuidados, a meu ver: a qualidade do som, nas imagens captadas para o filme são piores do que o som das imagens de arquivo, cuja (provável) remasterização ficou excelente. A montagem é toda incoerente: o diretor Roberto Berliner optou por deixar no filme umas cenas do Herbert assistindo uns vídeos, sendo focada sempre a sua reação ao reviver o passado, no esquema de Arquivo Confidencial do Faustão, como se fosse preciso forçar uma emoção no cara. Desnecessário e lamentável. Aí, quando chega o ápice real da emoção, com Herbert fazendo uma declaraçao de amor para Lucy, cantando uma música num dos shows de retorno, o montador vai e corta a música no meio abruptamente, sem a menor cerimônia e chance de as lágrimas se firmarem no rosto dos espectadores.


Finalizando os pontos negativos, cadê as bandas companheiras de estrada do Paralamas? Não sei nem se alguém dos Titãs ou do Kid Abelha foi procurado para falar no filme. A imagem dessas bandas é sempre tão ligada e eles mesmos sempre fizeram questão de se ligar, mas até essa raiz o diretor arranca do público.


Apesar das falhas como documentário, o filme trás momentos bons, como a apresentação de Herbert no Hospital Sarah Kubitschek, onde se reabilitou, e a sequência impagável da composição da música “Uma Brasileira”, com Carlinhos Brown compondo e Herbert convidando Djavan para gravar a música com eles. Genial.


Herbert de Perto é um documentário engessado no próprio formato. É bem agradável de se assistir, mas não acrescenta em nada sobre o que já sabemos sobre o Paralamas e seu vocalista.


Foi divertido assistir? Foi. É um bom filme? Não.


Trailer:

Herbert de Perto
(idem, Brasil, 94 minutos, 2009)
Dir.: Roberto Berliner e Pedro Bronz
Nota 5,5


Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Distrito 9

Preparados para assistir a um dos melhores filmes deste ano? Pois então corram para os cinemas, que o tal filme é Distrito 9 e estreia nesta sexta-feira em todo o país.

A situação é a seguinte: há 20 anos, uma gigantesca nave espacial pairou sobre Johanesburgo, capital da África do Sul. Como estava defeituosa, milhões de seres alienígenas foram obrigados a descer à Terra e foram confinados pelos humanos no Distrito 9, um local com condições piores que as de uma favela e onde são constantemente maltratados pelo governo. Pressionado por problemas políticos e financeiros, o governo local deseja transferir os alienígenas para outra área. Para tanto é preciso realizar um despejo geral, o que cria atritos com os extraterrestres. Durante este processo Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), um funcionário do governo, é contaminado por um fluido alienígena. A partir de então ele se torna um simbionte, já que seu organismo gera algumas partes extraterrestres. Com o governo desejando usá-lo como arma política, Wikus conta apenas com a ajuda do extraterrestre Christopher para escapar*.

Distrito 9 começa em forma de documentário, com alguns especialistas e testemunhas relatando os fatos ocorridos em Johannesburgo e explicando (muito bem) toda a situação. A riqueza de detalhes tanto na história quanto nos efeitos visuais impressiona. A construção da mise en scène é perfeita e aliada a um excelente tratamento de imagens “documentais” faz-nos crer plenamente de que tudo aquilo realmente aconteceu. De certa forma aconteceu, já que o filme faz uma brilhante metáfora com o apartheid (por isso a escolha por Johanesburgo como cenário).

Há uma divisão entre a parte de mockumentary e a parte de ficção do filme e isso foi necessário de se fazer, já que algumas cenas não poderiam ser mostradas como documentário, pois não seria plausível a onipresença da câmera em algumas situações.

As interpretações são fraquinhas (especialmente a da horrível Vanessa Haywood, como a esposa do cientista van der Merve), mas a mais importante salva-se, que é a do cientista Wikus van der Merve (Sharlto Copley). Tem também um especialista que depõe no documentário, mas que não peguei o nome, nem do personagem nem do ator. Alguém me tira essa dúvida? De qualquer forma, os aliens são as grandes estrelas do filme e dão de dez nos humanos.

É óbvio que o filme é cheio de cenas nojentas, vômitos, feridas expostas, unhas arrancadas, mas toda a tortura de assistir isso vale a pena, diante de tanta ação de conteúdo, regida por uma trilha visceral. É de ficar vidrado do começo até o fim.

Distrito 9 é um filme superantenado. O diretor Neil Blomkamp usa com propriedade todos os elementos em voga no cinema atual e dá-lhes aplicações que respiram novidade.

Para quem gosta de ação barulhenta, mas com muito conteúdo (aliança rara), o filme é obrigatório.

E o melhor: a julgar pelo final e pelo sucesso de bilheteria do filme, a continuação parece inevitável!


Distrito 9

(District 9, EUA/Nova Zelândia, 112 minutos, 2009)

Dir.: Neil Blomkamp

Produzido por Peter Jackson

Com Sharlto Copley

Nota 9,3


* Sinopse: AdoroCinema.

P.S.: a quem possa interessar, há uma entrevista bem legal com o produtor Peter Jackson, no Omelete.


Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

O Desinformante


Steven Soderbergh definitivamente não é um grande diretor. Durante um tempo, eu achei que fosse, quando ele emplacou Erin Brockovich, Traffic e 11 Homens e um Segredo. Depois, ele voltou às suas origens, fazendo filmes alternativos (Bubble, Che Partes 1 e 2, Confissões de Uma Garota de Programa), mas particularmente, eu não gosto desse lado dele, porque quando ele faz filme sem compromisso com bilheteria, esquece que existe público e faz filme para si e quem quiser que se vire para entendê-lo.

Com O Desinformante, ele assume um meio termo, mas isso não é bom nem ruim. É exatamente a junção das suas duas facetas.

O protagonista do filme é Mark Whitacre (Matt Damon), um químico e executivo da empresa ADM, que fabrica componentes de diversos produtos alimentícios, quase tudo à base de milho (na época em alta na indústria). Acompanhando a “moda do milho”, Mark tornou-se um cara rico e requisitado, mas um vírus ataca a chamada lisina produzida pela empresa. Até que Mark recebe um telefonema suspeito de um cara que se apresenta como executivo japonês, dizendo que tem informações sobre o vírus, mas que somente as fornecerá mediante o pagamento da quantia de 7 milhões de dólares... mensais! Num piscar de olhos (e não se sabe por quê), o FBI entromete-se na história e faz com que Mark vomite as informações que tem, inclusive a denúncia de que a ADM faz parte de um cartel controlador do preço do milho em todo o mundo. Julgando-se esperto, Mark mente para o FBI, para a ADM, para a esposa e para quem estiver na sua frente, achando que pode levar vantagem da situação. Começa então uma teia de mentiras e investigações.

O grande problema de O Desinformante é o excesso de tecnicismo. É tanta informação sobre assuntos de pouco alcance popular que quem piscar pode não entender patavinas do filme. Não é como Prenda-Me se For Capaz, por exemplo, que também tem um sujeito mentiroso que se dá bem em tudo, mas que todo mundo entende as tramoias que ele faz, porque Spielberg sabe jogar as informações na dose certa, sem confundir o público.

A dose errada torna (quase) tudo ininteligível. Quem entende do assunto, gosta. Quem não entende, fica com a essência, mas não pega os detalhes. Isso num filme tão verborrágico como esse me deixa com a impressão de que estou sendo ludibriado, porque fico meio perdido e não gosto nada disso.

Mas este não é o único problema. Soderbergh tentou imprimir um tipo sutil de comédia, mas de comédia o filme pouco tem e de drama também tem pouco. Só sabemos que trata-se de uma comédia através da trilha toda engraçadinha, como a de alguns filmes de Woody Allen. Um trilha pastelão para um filme assim não caiu bem de jeito nenhum, apesar de, isoladamente, ser boa.

São poucos os momentos divertidos, como o discurso do milho no começo do filme ou a comparação que o pprotagonista faz entre ele e uma borboleta azul, laranja e amarela.

Outro pilar de sustentação é Matt Damon, rechonchudo e de bigodinho, em uma de suas melhores interpretações, o que pode render-lhe uma vaga na categoria de melhor ator do Oscar, caso o ano seja morno de atuações masculinas. Apesar do grande esforço do ator, eu não consigo deixar de pensar que Phillip Seymour Hoffman faria muito melhor do que Damon.

Os figurinos e os cenários da década de 90 não convencem, pois a lembrança que tenho (posso estar errado) é que as roupas, os móveis, os cabelos e a tecnologia daquela época eram bem mais modernos do que o mostrado no filme.

Fiquei com a impressão de que o roteiro era bom de se ler (pois daria pra pegar os detalhes com calma), mas a execução atropelou-se e não traduziu-se num bom filme.

Sem muito charme nem graça, não há trilha que consiga amenizar a tragédia.

Soderbergh quis ser Irmãos Coen, mas ficou só na intenção.


O Desinformante

(The Informant!, EUA, 108 minutos, 2009)

Dir.: Steven Soderbergh

Com Matt Damon, Scott Bakula

Nota 5,0

Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

XI FIC Brasília divulga a lista dos filmes selecionados


Estou impressionado com a organização do FIC Brasília 2009. Positivamente, já que nos outros anos a lista dos selecionados era divulgada menos de uma semana antes e dessa vez ficou pronta com 20 dias de antecedência. Bom para nos programarmos com calma.

Uma notícia ruim é que o Michael Haneke estará filmando em novembro e não mais poderá marcar presença, mas o seu filme A Fita Branca, vencedor de Cannes, continua sendo o filme de abertura do festival, no dia 04 de novembro, antecedido pelo curta brasileiro O Teu Sorriso, de Pedro Freire, exibido no Festival de Veneza. Ao todo, serão 86 filmes, exibidos até o dia 15 de novembro, quando o festival será encerrado, com o filme Coco Chanel & Igor Stravinsky, de Jan Kounen, exibido em Cannes deste ano (não confundam com o Coco Avant Chanel, com a Audrey Tautou).

A homepage oficial do XI Festival Internacional de Cinema de Brasília (FIC Brasília) já está no ar, pelo domínio http://www.ficbrasilia.com.br/. Por enquanto, os internautas podem conferir a interface que remete à identidade visual desta edição. Dentro de poucos dias, a produção vai disponibilizar a programação, fotos, sinopses e demais informações sobre o festival. Para quem quiser acompanhar as novidades em tempo real, basta seguir o FIC Brasília no twitter. O link é twitter.com/ficbrasilia. As novidades são postadas instantaneamente no microblog.

Algumas personalidades do cinema já confirmaram participação neste ano. Victoria Tate, Júlia Lemmertz, Chico Dias, Jean Thomas Bernardini, Jo Takahashi, José Eduardo Belmonte, Renato Barbieri, Adrián Caetano, David F. Mendes, Elsa Amiel, Pedro Freire, Ryuichi Hiroki e Santiago Loza são presenças confirmadas.

"A partir do dia 4 de novembro o público de Brasília vai ter a oportunidade de ver o que de melhor foi produzido pelo cinema mundial no último ano. Até 15 de novembro, cerca de 22 mil espectadores devem passar pelas nossas salas e certamente vão se surpreender com a qualidade dos filmes", garante Marco Farani, diretor geral do FIC Brasília.

Sem mais delongas, eis a lista completa (clique no link para baixar o arquivo).

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Está chegando o FIC Brasília!



O XI Festival Internacional de Cinema de Brasília começa a definir os filmes das suas mostras.


O Festival acontecerá entre os dias 04 e 15 de novembro. Ao longo dos doze dias, quem estiver na capital federal poderá escolher dentre os mais de 80 filmes que estarão em cartaz exclusivamente no Festival. Em diversos casos, a oportunidade é única, já que muitos filmes que passam no festival sequer conseguem estrear no Brasil. Nas edições anteriores, vi muito filme bom que nunca veio para o Brasil depois.


Neste ano, as mais de 80 produções de todas as partes do mundo serão divididas em seis mostras: Mostra Primeira Visão, Mostra Competitiva, Prêmio TV Brasil, Mostra França, Mostra Cinema Coreano e Mostra Ryuichi Hiroki.


 Na abertura oficial do XI FIC Brasília, que acontece às 20 horas, no dia 4 de novembro, será exibido o aclamado filme “A Fita Branca”, do diretor alemão Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano. Existe a possibilidade de o diretor estar presente, mas isso ainda não foi confirmado.


De acordo com a produção do XI FIC Brasília, as principais produções já confirmadas são as películas A Fita Branca (Michael Haneke, Alemanha, 2009), 500 Dias com ela (Marc Webb, USA, 2009), O Anticristo (Lars Von Trier, Dinamarca, 2009), Á procura de Eric (Ken Loach, Ing/Fra/Ita, 2009) e El Niño Pez (Lucía Puenzo, Arg/Fra/Ale, 2009).


Além dos filmes conhecidos, já vi que tem alguns alternativos bem interessantes confirmados, como os documentário I Am Happy e Chomsky e Cie; Hiroshima, do diretor de Whisky; Wolke 9, que passou em Cannes esse ano; 5 Minutes Of Heaven, com Liam Neeson; Nulle Part, Terre Promise; o mexicano Arrancame La Vida; Último Verano De La Boyita; o musical Every Little Step, sobre a Chorus Line; Confessions Of An Economic Hitman; Um Romance de Geração, com presença do diretor; The Blind Pig Who Wants to Fly, da Indonesia; Gasolina, da Guatemala; e o francês Eu Quero Ver (Je Veux Voir).


Em 2005, a França nos homenageou com o “Ano do Brasil na França”. Em retribuição, o Brasil comemora o “Ano da França no Brasil”, em 2009. Para celebrar a cortesia diplomática, o XI FIC Brasília realiza uma mostra sobre o cinema francês atual, com a exibição de oito filmes do país. A iniciativa conta com o apoio da Embaixada da França e faz parte das comemorações oficiais do Ano da França no Brasil.


Outra embaixada que participa do XI FIC Brasília é da Coréia, que apresenta a Mostra de Cinema Coreano. Cinco filmes compõem esta mostra, como parte das comemorações pelos 50 anos de relações diplomáticas entre a República do Brasil e a Republica da Coréia. Todas as sessões de filmes coreanos têm entrada franca. Da outra vez que aconteceu uma mostra coreana, os filmes eram excelentes. A expectativa para essa mostra é boa!


A Mostra Ryuichi Hiroki é uma homenagem ao renomado diretor japonês, que é considerado um dos diretores mais criativos do Oriente. Quatro de seus filmes serão exibidos no festival.


Os ingressos para a noite de abertura vão custar R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Os ingressos para as demais sessões vão custar R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Comprando dez entradas de uma só vez, o valor unitário cai para R$ 10 e R$ 5, respectivamente. As sessões durante a semana começam às 17 horas e vão até às 23 horas, ou seja, esse ano o público contará com uma sessão a mais por dia, podendo assistir mais de 50 filmes! Nos fins de semana, o início das sessões é um pouco mais cedo, às 15 horas. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Cine Academia.


Outra boa notícia é que o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) será parceiro do XI FIC Brasília. Durante os dias de festival, a sala de cinema de lá será exclusiva do evento. É uma boa oportunidade para quem quiser gastar menos. Os ingressos custam R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).


O Festival Internacional de Cinema de Brasília (FIC Brasília) é realizado desde 1999. É o maior evento do gênero de caráter internacional que acontece em Brasília. Grandes nomes do cinema já participaram do FIC Brasília, como os atores norteamericanos Morgan Freeman e Bill Pullman, o diretor israelense Amos Gitai, o diretor sueco Lucas Modisoon, o diretor independente norte-americano Todd Solondz, além dos brasileiros Matheus Nachtergaelle, Selton Mello, Domingos Oliveira, Paulo José, Othon Bastos, Paulo Betti, Milton Gonçalves, dentre tantos outros.


Assim que eu souber de mais novidades, filmes e artistas confirmados, conto para vocês.


Mais informações: http://www.ficbrasilia.com.br/ (entrará no ar em cerca de dez dias) ou www.twitter.com/ficbrasilia

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Aquele Querido Mês de Agosto


Sinceramente, não entendi as críticas positivas que Aquele Querido Mês de Agosto recebeu. Ou eu sou burro e não entendi o recado ou então vimos (os críticos favoráveis e eu) filmes diferentes.



O filme, do português Miguel Gomes é uma mistura de um bando de coisas. Tem cenas de ficção, outras partes de documentário e em ambas as situações, fala sobre o “fazer filme”. Digamos que trata-se de um pseudomockumentary metalinguístico. Haja falsidade (no bom sentido)!



Começou a sessão. Somos introduzidos à Festa dos Pardieiros, com uma banda começando a tocar. A luz vai embora e depois de uns segundos, volta e a câmera estática filma o evento vazio, a música retornando ao fundo e aos poucos alguns casais tomam o pequeno espaço de dança, ao som brejeiro, espécie de bailao sertanejo portuga que rege a cena e que permeará todo o filme.



Corta para uma locutora de rádio, introduzindo as atrações e anunciando que a rádio está apoiando a produção de um filme, cuja equipe está na cidade. Dá-se início à metalinguagem, com o produtor discutindo com o diretor a má execução do projeto cinematográfico, que intenciona ser uma versão de terror de Chapeuzinho Vermelho, na Mata da Margaraça (vilarejo português).



Essa sequência inicial é genial. Particularmente, ri muito da locutora de rádio, com seus vícios de narração e a falta de controle do painel de som. Naturalmente impagável.



A partir daí, o filme desvia-se de caminho e vira um documentário musical que acompanha uma banda, a Estrela Dalva, em sua turnê pelo interior de Portugal. A música é muito chata e escutá-la por duas horas e meia é quase um tortura. A história da versão de Chapeuzinho Vermelho (que eles chamam de Capuchinho Vermelho) fica esquecida e jamais retomada.



Para gostar do filme, é preciso preencher muitos requisitos: gostar de música brega/caipira, gostar de experimentalismo (já que a estética do filme causa estranheza em quem não tem costume de assistir filmes beeem alternativos), gostar da estética de documentários caseiros interioranos e ter muita, mas muita paciência. Eu até gosto desses elementos, mas todos juntos por tanto tempo e sem um atrativo maior ficou uma mistura muito chata, quase insuportável. Muita gente saiu da sessão na metade (compreensível), mas alguns teimosos como eu, que sempre acham que algo pode acontecer e o final pode ser bom, ficaram até o final, mas as caras de cada um ao subir dos créditos não era muito satisfatória..



E toda a esperança e disposição de pôr um filme português entre os melhores do ano esvaiu-se no decorrer de longos e frustrantes 147 minutos.



Entrei no cinema com a expectativa de assistir a um top e deparei-me com um bottom. Uma pena.

Trailer



Aquele Querido Mês de Agosto

(idem, Portugal, 147 minutos, 2009)

Dir.: Miguel Gomes

Nota 3,0



Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios

Bastardos Inglórios mostra a perseguição nazista aos judeus, na França da Segunda Guerra Mundial. Mas é um filme de Quentin Tarantino. Logo, não esperem fidelidade aos fatos reais.

O filme é dividido em cinco capítulos, anunciados com as típicas letras garrafais e com a trilha retrô já utilizados em alguns outros filmes do Tarantino, mas que continuam funcionando muito bem, apesar de causar certa estranheza por ser imprimidas num cenário histórico que já tem a sua concepção bem fincada no imaginário de cada um. Em cada capítulo, novos personagens vão sendo introduzidos, até que a conspiração mútua se forme entre os judeus e os nazistas.

Tarantino sempre copiou assumidamente outros diretores, principalmente do cinema japonês. Dessa vez, parece ter invertido isso e resolveu copiar... a si mesmo!

Os personagens de guerra tão desgastados no cinema ganham uma caracterização incrível, desde o general Aldo Raine (Brad Pitt) até a excelente Madeleine Mimieux (Mélanie Laurent), mas quem rouba a cena e dá um show é Christoph Waltz, na pele do coronel Hans Landa.

Por ser dirigido por quem é, podem esperar muito sangue, muito tiro, diálogos pseudointelectuais engraçadíssimos e muito, muito estilo. Tudo é retrô (escolha muito boa), desde a estética até a trilha sonora, tão boa quanto as dos outros filmes do Taranta.

Bastardos é cheio de metalinguagem (explica até o processo de combustão dos filmes de nitrato!) e referências (Cinderela, Laranja Mecânica, Leni Riefenstahl, G W Pabstz...). E claro! Não podia faltar o girl power que Tarantino tanto gosta de imprimir nos seus filmes. Sensacional!

Quem gosta da obra do diretor, pode assistir sem medo. É um filmaço.

Na última frase do filme (que não vou dizer quem profere pra não estragar quem chega vivo no final), o diretor parece colocar na boca do personagem algo que ficou desejo de falar: “Sabe, acho que essa é a minha obra-prima!”. Tudo tira-onda, claro, já que Bastardos Inglórios pode até ser um grande filme, mas fica difícil dizer que é a obra-prima do Tarantino, em meio a tantos outros filmes espetacuulares que ele tem no currículo. Eu prefiro os dois Kill Bill e À Prova de Morte, mas Bastardos Inglórios não fica muito atrás daqueles não.

Nerds, corram para os cinemas!



Trailer




Bastardos Inglórios
(Inglorious Basterds, EUA/Alemanha, 153 minutos, 2009)
Dir.: Quentin Tarantino
Com Brad Pitt, Christoph Waltz, Melanie Laurent, Daniel Brühl
Nota 8,8



terça-feira, 6 de outubro de 2009

Acordo de coprodução Brasil/Índia foi aprovado no Senado

Deu na Ancine...


O Senado ratificou essa semana o texto do acordo de coprodução audiovisual entre o Brasil e a Índia, celebrado em Nova Déli em 4 de junho de 2007, ao aprovar o projeto de decreto legislativo 492/09.

O acordo regulamenta, entre outras medidas, o percentual de cotas de participação financeira na coprodução e a linguagem a ser utilizada na obra audiovisual, além de definir as autoridades competentes encarregadas de sua implementação.

"Trata-se de instrumento que cria condições institucionais para facilitar a cooperação entre os produtores brasileiros e o setor audiovisual indiano, conhecido por sua expressiva capacidade de produção e de exportação no campo cinematográfico", afirmou em sua exposição o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Ainda segundo o ministro, o acordo oferece ainda vantagem de as obras realizadas em regime de coprodução serem consideradas nacionais nos dois países, condição que abre oportunidades de ingresso dos filmes brasileiros no mercado indiano.

Acho isso ótimo. Só fiquei curioso em saber quais são os percentuais dessas "cotas de participação financeira" dos dois países...

sábado, 3 de outubro de 2009

Tá Chovendo Hambúrguer

Quando vi pela primeira vez o cartaz do filme, pensei: “Putz, que filminho idiota será esse...” Ledo engano, caro Burle.

Tá Chovendo Hambúrguer, mesmo com esse título bizarro, consumista e aparentemente panfletário (já tem tanta criança com este tipo de sonho absurdo que tudo que ninguém precisava é que viesse alguém para estimulá-lo) é um filminho superdivertido e cheio de temas urgentes a serem tratados, inclusive com crianças.

É sobre um garoto, Flint, que mora numa ilha no meio do oceano Atlântico. Ele sonha em ser inventor e desde criança põe em prática suas ideias. Até que um dia ele cria uma máquina que transforma água em comida. Mas um acidente acontece, a máquina vai parar no céu e passa a converter a chuva em comida. Bombardeada por todo tipo de comida, a pequena cidade vira notícia no mundo inteiro, mas como todos sabem, enfrentar as leis da natureza tem suas consequências e a “simples” engenhoca de Flint pode pôr a vida de todos em risco.

A Sony/Columbia apresenta um filme simples e clichê assim, mas eles adicionaram nesta animação elementos que dão a ela um diferencial em relação à enxurrada de desenhos que têm estreado. O filme começa calmamente, seguindo a lição de casa e apresentando o protagonista, desde sua infância até a juventude. Algo como Up fez com o velhinho Friedricksen, só que bem mais simplório e menos emotivo.

À medida que a história se desenvolve, vamos sendo tomados por uma crescente adrenalina, por muitas (e põe muitas nisso) gargalhadas e doses ultracavalares de surrealismo, tudo num ritmo acelerado. A peteca não cai em nenhum momento. Talvez alguns até achem que o filme precisasse de um respiro lá pelas tantas, mas eu não senti falta.

Os personagens secundários são os maiores responsáveis pela diversão, mas é uma pena que na versão dublada muitas piadas tenham se perdido. Mas a quantidade de situações engraçadas continua grande. Ri tanto que fiquei exausto no fim da sessão e minhas bochechas pediam descanso.

Mas nem só de humor apoia-se o filme. Há questões importantes, tratadas de maneira sutil, na medida certa para atingir crianças e adultos. Temas como obesidade, preservação do meioambiente, compreensão entre pais e filhos e até um retrato sarcástico dos imigrantes permeiam a história. Nada de novo, mas muito bem vindo e adequado à produção.

Tá Chovendo Hambúrguer é baseado no livro Cloudy With a Chance of Meatballs (mesmo nome do título original do filme), de Judi e Ron Barret. Trata-se de uma fábula inteligente, transformada no filme numa crônica social cheia de conteúdo.

Ouvi alguns adultos dizendo, ao final da sessão, que era um filme bem bobo, mas engraçado. Eles é que não foram espertos o suficiente para extrair, em meio a tanta diversão, algo em que se pensar.

Trailer (dublado):




Tá Chovendo Hambúrguer

(Cloudy With a Chance of Meatballs, EUA, 90 minutos, 2009)

Dir.: Chris Lord, Phil Miller

Nota 8,2

Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade!

 
Linkbão Oi Torpedo Click Jogos Online Rastreamento Correios Mundo Oi oitorpedo.com.br mundo oi torpedos mundo oi.com.br oi.com.br torpedo-online Tv Online torrent Resultado Dupla Sena Resultado Loteria Federal Resultado Loteca Resultado Lotofacil Resultado Lotogol Resultado Lotomania Resultado Mega-sena Resultado Quina Resultado Timemania baixa-facil Link-facil Resultado Loterias