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domingo, 29 de maio de 2011

Crítica: Um Novo Despertar

Um Novo Despertar marca a quebra de um karma na vida de Jodie Foster: há dezesseis anos, ela vinha tentando dirigir seu terceiro longametragem, mas nenhum projeto seu conseguia sair do papel e, quando saía, encontrava tanta dificuldade que não era concluído – vide o malfadado projeto Flora Plum, que há mais de uma década empata a vida de Foster, mas que a mesma ainda tem esperança de filmar, até 2013 (segundo o IMDb).

É não só uma tentativa para ela de retornar aos dramas “de respeito”, como também para Mel Gibson, que desde 2004 só havia participado de um filme – o fraquíssimo O Fim da Escuridão, em 2010. O ator, aliás, é tido como o maior motivo para o fracasso do filme nas bilheterias estadunidenses, por causa da antipatia que criou junto ao público, após o sem número de escândalos com os quais se envolveu nos últimos anos.

Confesso que eu mesmo quase não fui assistir ao filme por causa dele, mas é preciso dar o braço a torcer para a sua atuação, uma das melhores de sua carreira. Ele assume com maturidade e verossimilhança o papel de um homem cheio de problemas familiares e profissionais (sim, estou falando do personagem e não do ator), que encontra um novo meio de se comunicar, sem bloqueios e com menos agressividade que antes: um fantoche de um castor.

Assim como em A Garota Ideal (Lars and the Real Girl), é difícil não achar ridículo, nos primeiros momentos do filme, um homem que fala através de um castor de pelúcia, mas a diretora trata muito bem a questão e logo vira a história para o lado dramático, numa situação que é mesmo passível de acontecer e que nada tem de engraçado.

Começa então a se desenrolar uma trama densa, que trata não só dos problemas do homem, como também a forma com que isso afeta a vida da família inteira. É também explorada a ganância humana que, até através de um problema psicológico dá um jeito de fazer dinheiro, como os produtos com o mote do pequeno castor que o sujeito lança no mercado, chamando a atenção da mídia toda para ele, como louco e como gênio.

Assim como Mel Gibson, Anton Yelchin (Star Trek) e Jennifer Lawrence (Inverno da Alma) também cumprem bem seus papéis. A ironia é que justamente Foster não está bem, com uma atuação distante, automática. Talvez preocupada com a direção, desta vez ela não passou emoção alguma como atriz.

Mas o maior problema do filme está no roteiro do novato Kyle Killen, que antes só havia escrito alguns capítulos de série de tevê. O drama bem construído e convincente acerca do boneco e da família é totalmente destruído por sequências finais de pura pieguice e soluções fáceis de roteiros hollywoodianos de sessão da tarde. A impressão é de que ela quebrou tanto a cabeça para conseguir um bom resultado no começo que depois ficou com preguiça e colocou, ao final, diálogos péssimos na boca dos personagens, além de cenas incrivelmente bobas.

Daí vêm dizer que a culpa do fracasso do filme foi por causa do pobre coitado do castor. Pode até ter sua fatia de responsabilidade, mas com um roteiro deste e com a atual antipatia de Gibson junto ao público, fica difícil acreditar que só um boneco é capaz de tanto.

Trailer:

(The Beaver, EUA, 90 minutos, 2011)
Dir.: Jodie Foster
Com Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence
Nota 4,5

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Crítica: O Último Dançarino de Mao


A mania de querer se hollywoodizar não é algo exclusivo do Brasil de algum tempo atrás. Ela também afeta outros países, como a Austrália, que levou para as telas esta autobiografia do bailarino chinês Li Cunxin, com tudo que um filme sessão da tarde hollywoodiano tem direito.

O roteiro, adaptado por Jan Sardi (Diário de uma Paixão), trás uma penca de diálogos baratos e situações que abusam dos estereótipos chinês e estadunidense, para contar a história do menino que foi escolhido, aos 11 anos, dentre alunos de uma escola do interior chinês, para integrar a escola de dança Madame Mao, em 1973. Em 1979, Li foi convidado a fazer parte da Companhia Houston de Ballet, nos EUA, onde faria um intercâmbio de três meses. O choque de culturas e a perspectiva de uma nova vida mudaria para sempre a vida do bailarino.

A constante comparação que a roteirista faz entre EUA e China, sempre apontando que os EUA é mais e melhor que a China em tudo, é algo de inacreditável arrogância e mal gosto. A limitação já se inicia com o exagero na caracterização do capiau chinês que se deslumbra com a cidade grande – sendo que o cara viveu anos numa cidade do tamanho de Pequim.

Por outro lado e por ironia do destino (ou não), o elenco ocidental – sem exceção – está péssimo, com um agente de balé (Bruce Greenwood) de dar vergonha em qualquer intérprete de gays dos anos 80 e um elenco de apoio que tem toda razão de não terem feito mais nada de importante na carreira.

Em contrapartida, tem-se Joan Chen (O Último Imperador), brilhando como a mãe de Li, e Chi Cao, encarnando com visível dedicação o protagonista, não só como atuação, como na dosagem do aprendizado do inglês e, principalmente, nas inúmeras cenas de dança, todas brilhantemente executadas, algumas até emocionantes. As peças de balé escolhidas para compor o filme, aliás, são uma mais bonita que a outra. Elas fizeram realmente parte da carreira do verdadeiro Li Cunxin. Entende-se, então, o porquê de ele ter tido reconhecimento internacional.

Algumas imagens de arquivo são usadas para ilustrar alguns momentos históricos da China e ajudam bem a situar e a compreender os momentos do filme.

Clichês à parte, a obra dirigida por Bruce Beresford (Dirigindo Miss Daisy) prova que para derrubar uma bela história de vida é preciso muito. Felizmente, os defeitos de roteiro, elenco e má influência hollywoodiana não foram suficientes para tirar a simpatia desta agradável biografia “água com açúcar”.

Trailer:

(Mao's Last Dancer, Austrália, 117 minutos, 2009)
Dir.: Bruce Beresford
Com Chi Cao, Joan Chen
Nota 7,0

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Preview: Não Gosto dos Meninos

Este promete. Gosto muito da abordagem que os diretores André Matarazzo e Gustavo Ferri deram para o tema. Resta esperar e conferir se conseguiram editar o material sem deixar o filme maçante, reducionista ou piegas. Como tratar-se-á de um curta, a chance de se dinamizar e escapar da monotonia é ainda maior. Eis o release postado no Facebook do curta:

"Não Gosto Dos Meninos é um projeto inspirado na campanha internacional "It Gets Better" que reuniu, durante 12 horas, 40 pessoas de backgrounds e histórias de vida completamente distintas com um objetivo comum: se mostrar. 

Mostramos quem éramos, o que sentíamos, o que passamos e o que nos tornamos. Nos tornamos gays, bis, trans, ou qualquer outra sigla que tenta definir o que não precisa definção. 

Expusemos nosso processo de auto-reconhecimento, de medo, de rechaço, de mudança, de ostracismo, de reencontros, de maturação e enfim de renascimento.

Hoje, sem exceção, somos todos infinitamente mais felizes, abertos e seguros. 

Eis nossas histórias - histórias que gostaríamos de ter visto antes."

Trailer

sábado, 21 de maio de 2011

Oração - A Banda Mais Bonita da Cidade


É o seguinte: de vez em quando encontro uns vídeos que são ótimos, que não necessariamente sejam cinema, mas que têm uma produção, roteiro, edição e fotografias muito legais e que não deixam de trazer ideias audiovisuais simples e bem eficazes.

Portanto, resolvi que vou começar a compartilhar com vocês aquilo que eu achar interessante. O primeiro destes vídeos é um novo fenômeno do Youtube.

O videoclipe da música “Oração”, d'A Banda Mais Bonita da Cidade foi publicado no dia 17/05 e em quatro dias já registra mais de 800 mil visualizações.

Visualizações que não devem advir somente de novas visitas, como também devem contar aqueles que se viciam com o clipe e colocam para repetir inúmeras vezes. Pois sim, este é um clipe viciante, cuja música mais parece um mantra, mas que funciona uma maravilha no universo criado.

Foi rodado inteiramente em planossequência de áudio e imagem, numa casa de mais de cem anos, da avó de uma das amigas do grupo, em Rio Negro/PR. Vinicius Visi (violão, teclado e piano infantil) contou, em entrevista para a MTV, que a captação de som foi toda feita em seis ilhas de áudio e 20 canais em vários computadores espalhados pela casa. "A gente levou todas as aparelhagens técnicas com a ideia mais ou menos pensada", explica. Toda a mixagem foi feita depois, em estúdio e com cuidado, e por isso levou três meses para colocar o vídeo no ar.

A banda curitibana é composta de cinco integrantes: Uyara Torrente, Vinícius Nisi, Rodrigo Lemos, Diego Plaça e Luís Bourscheidt. No videoclipe, participam ainda mais um sem número de pessoas, construindo uma atmosfera de comunidade hippie, com uma banda no estilo Sigur Rós, Belle and Sebastian, Acid House Kings e Beirut – este último, inspiração escancarada para o grupo, cujo clipe da música “Nantes” é parecidíssimo com “Oração”.

Assistam e tentem controlar (ou não) a sensação de felicidade crescente que o vídeo provoca.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Curta: Até o Sol Raiá

Vejam só que simpático este curta. Até o Sol Raiá é uma animação em computação gráfica 3D das boas e é brasileira!

Faz referência à história de Lampião e Maria Bonita, com todo o encanto que a cultura nordestina tem. Uma ótima junção do cordel com o artesanato de barro e o cangaço.

O curta, dirigido por Fernando Jorge e Leanndro Amorim, foi o vencedor do prêmio de melhor animação brasileira no Anima Mundi 2007, dentre outros prêmios no circuito de festivais nacionais.

Reparem nas texturas, especialmente do velho artesão. A equipe teve um cuidado impressionante com os detalhes e não ficou devendo em nada aos curtas de animação internacional contemporâneos.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Crítica: Todo Mundo Tem Problemas Sexuais



Você gosta dessas peças teatrais engraçadinhas - com artistas da Globo proferindo piadas infames a torto e a direito -, mas não tem dinheiro para pagar a quantia exorbitante que eles pedem pelos ingressos? Então assista Todo Mundo Tem Problemas Sexuais no cinema. É um pouquinho mais barato e o efeito será o mesmo.

Logo no início do filme, o diretor Domingos Oliveira já explica que fez questão em deixar a atmosfera teatral tomar conta do filme, ligando-o à montagem original da peça.

Pois bem. Seguem-se, então, cinco histórias, baseadas em cartas que o psicanalista Alberto Goldin recebeu e publicou em sua coluna, Vida Íntima, no jornal O Globo. As histórias escancaram a vida e os tais problemas sexuais dos personagens.

As filmagens das cinco historinhas intercalam cenas das apresentações no teatro, os ensaios e as filmagens exclusivas para o cinema.

Aí vêm Cláudia Abreu, Priscila Rozembaum e cia. Os atores são os mesmos que compunham a peça e todos são ofuscados, tanto na peça quanto no filme, por Pedro Cardoso. É ele o dono de todas as piadas que funcionam. Não exagero em dizer “todas”, até porque, nem são muitas.

O que vi mais parecia um amontoado de esquetes do Zorra Total, com diálogos cheios de joguetes toma-lá-dá-cá, estilo filme do Guel Arraes, só que sem a leveza de tal. Pegue tudo isso e imagine estagiários da "Igreja Universal do Reino do Cão" filmando tudo e colocando as tosqueiras no Youtube. Medo.

A fotografia é precária e foi ainda mais destruída por uns truques mal feitos de deixar os personagens em preto-e-branco e o cenário colorido. Numa cena, percebe-se que, se o personagem sai um pouco da marcação, a parte do corpo que sai dessa marcação fica colorida! Tive vergonha alheia.
Usa-se a opção pelo digital como forma cômoda de tosqueira, deixando as coisas correrem de qualquer jeito. Aí fica fácil dizer que não se trata de desleixo e aleatoriedade e sim, de opção estética. Então tá.

Se existe alguém que faça valer o ingresso, esse alguém é somente Pedro Cardoso, principalmente na esquete do Highlander da Farmácia, na qual ele consegue desvencilhar-se da imagem de Agustinho Carrara e fazer algo original e muito divertido.

E mesmo o filme não tendo sido bom, quem for ao cinema, fique até o fim. Há uma caracterização, digamos, fálica do Pedro Cardoso que é impagável. Só aquilo já vale o ingresso do teatro, ops, cinema.

Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
(idem, Brasil, 80 minutos, 2009)
Dir.: Domingos Oliveira
Nota 4,0

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Crítica: Os Agentes do Destino

O adjetivo que mais se encontra nas críticas de Agentes do Destino mundo afora é silly (bobo) – apesar de o mesmo ter arrancado lá suas críticas piedosas. Talvez não haja mesmo melhor qualificação do que esta – bobo – para o filme.

Primeira experiência de George Nolfi na direção, o filme derrapa nos próprios conceitos, com lições de moral mais que ultrapassadas e falta... de tudo.

Nolfi era, até então, apenas roteirista, cujo currículo incluia o bom Ultimato Bourne, misturado a outras obras medíocres, como Sentinela e Doze Homens e Um Segredo. Ele baseou-se na short story “The Adjustment Team”, de Phillip K Dick (autor daquilo que inspirou Minority Report), para escrever mais um companheiro para o seu hall de malfadados.

Matt Damon é David Norris, um político que perde as eleições, se apaixona (!) por Elise, jovem que conhecera no banheiro masculino – no dia do seu discurso da derrota – e dois minutos depois já estavam se pegando. Ele resolve fazer de tudo para reencontrar este amor da sua vida e ficarem juntos, mas “os agentes do destino” estão sempre, perseguindo-os para não deixar que isto aconteça, num esquema meio 1984 (o livro de George Orwell), com pitadas de eliminação cerebral amorosa de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e portas mágicas que dão para lugares completamente inusitados (Matrix, alguém?).

Retirando a palavra “criatividade” do seu vocabulário, Nolfi lança mão de todo e qualquer elemento batido: o elemento “amor predestinado”, o elemento “Coelho Branco”, o elemento “ajudante misterioso que não se sabe porque o faz, mas 'tem suas razões para tal'” e o elemento “garota que representa o perigo, a tentação que pode ser a perdição do heroi”. Não é possível: estou delirando ou já vimos este filme antes? Acho que os “agentes do destino” esqueceram de apagar isso da minha memória, para eu achar que via algo novo...

Nem a paixão dos protagonistas se faz crível. Sem uma cena sequer que mostre a fase do “se conhecer e se apaixonar”, fica difícil acreditar em uma promessa de amor sequer que eles façam. E olha que eles prometem...

Damon e Blunt até que se esforçam e batem o ponto com decência, mas funcionam separadamente, sem uma química que os faça um par memorável. Puderas: com a quantidade de diálogos furados que são obrigados a reproduzir e embalados por uma trilha sonora digna dos clássicos softporno Emmanuelle, fica difícil para eles convencerem alguém.

O conto de Phillip K Dick poderia ser um bom material para uma obra que causasse reflexão, mas não há inteligência que não se ofenda com tantas sequências anunciadas e nem um pingo de sutileza. Acaba morrendo pela própria língua.

Vazio, o filme poderia escapar da tragédia completa se investisse na ação, podendo pelo menos ser classificado como diversão escapista. Mas não teve jeito. A ação mandou lembranças e cedeu lugar ao bocejo.

Ao ir para o cinema assistir Os Agentes do Destino, é bom não se esquecer de convidar também a Santa Paciência, mas se ela tiver mais o que fazer, também não é preciso se preocupar: Deus é amor e ele vai te salvar no final.
  

(The Adjustment Bureau, 106 minutos, 2011)
Dir.: George Nolfi
Com Matt Damon, Emily Blunt, Terence Stamp
Nota 1,0

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Curta: La Jetée (legendado em português)

Quem disse que fotografia estática não tem vida?

O diretor francês Chris Marker provou, em 1962, que é possível contar uma história cinematográfica apenas com imagens únicas, paradas. Revolucionou o conceito narrativo e estético da época, gerando muitos seguidores, como Godard (Alphaville) e Tarkovsky (O Espelho). No Brasil, algo muito semelhante foi feito em 1987, com o belo e nostálgico média-metragem Rio de Memórias, de José Inácio Parente. E eu duvido que também não haja alguma influência deste filme em longas recentes, como Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e A Origem... De oficial, ele originou o roteiro de Os 12 Macacos, do Terry Gilliam.

Mas, antes de ser influência, La Jetée é um exemplo escancarado de uso do que há de mais essencial no cinema: a memória. É através dela que a história é (literalmente) construída. O próprio narrador-protagonista diz, sobre uma lembrança que tem da infância, que já não sabe mais se aquilo realmente existiu ou se foi apenas algo que ele assim gostaria que fosse.

Em forma de fotorromance, a história é contada por um homem que, assombrado por um imagem desde criança, tenta recapitular a própria vida para cientistas alemães que o tomam como cobaia, na tentativa de “reconstruir” e “explorar” a História francesa, nos tempos do pós-Segunda Guerra Mundial. O que vemos é um misto de memória coletiva e memória subjetiva, uma descrição de uma Paris que acabara de sofrer uma hecatombe e um relato emocionado de quem vivera ali uma grande história de amor.

Com o uso de música e utilizando recursos de câmera para dar maior profundidade às fotos, Chris Marker nos faz abdicar da dependência da habitual condução das imagens pelo cineastas, para nos deixar livres para criar a nossa própria história imagética em movimento, tomando como base aqueles fotogramas. E que maravilha de fotogramas!



(idem, França, 26 minutos, 1962)
Dir.: Chris Marker



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Crítica: Reencontrando a Felicidade

Se há uma dor que não possa ser descrita em palavras, talvez seja a da perda de um filho. Mas este sentimento arrasador pode ganhar uma força inestimável através de imagens, se bem transportado.

O roteiro de David Lindsay-Abaire foi baseado na peça homônima, também de sua autoria, ganhadora do Prêmio Pulitzer para Dramas em 2007, além de receber várias nominações ao Tony Awards daquele ano. De posse de um trabalho tão preciso e enxuto quanto este, o diretor John Cameron Mitchell (Shortbus) fez miséria e colocou o filme num patamar muito mais alto do que o que se esperava.

A história de Becca e Howie, casal que luta para reconstruir a vida após a morte do filho de 4 anos é densa, vagarosa, sofrida. Os dias se arrastam e cada vez mais a relação do casal parece se esvair em ressentimentos e fugas distintas. É assim que vemos na tela a fidedignidade do que normalmente acontece quando um casal precisa se reestabelecer, mas cada um encontra válvulas de escape diferentes e lida como pode com o próprio sofrimento.

Às vezes não se percebe que rumos a vida está tomando e a dor que se sente pode ser tão grande que impede que se aviste o outro. É duro ver uma relação assim e não há ninguém que possa dizer que esta ou aquela é a decisão certa.

Tanta dor é absorvida com impressionante introspecção por parte do elenco, especialmente por Nicole Kidman (Moulin Rouge), que por mais que esteja com menos expressão facial que antigamente e deformada por tanta plástica, mostra que ainda pode dar a volta por cima na carreira e realizar excelentes atuações como essa. Aaron Eckhart (Obrigado Por Fumar) segura bem as pontas como o pai, mas serve mais de escada para Nicole. O mesmo não acontece com Dianne Wiest (Edward Mãos de Tesoura) e Tammy Blanchard (O Bom Pastor), que fazem a mãe e a irmã da protagonista, respectivamente, e se põem no mesmo patamar alto de atuação.

O realismo da situação é forte e não deixa dúvidas: é duro conviver com uma perda tão grande. Nas palavras de Howie: “é como se ele (o filho) ainda estivesse por aqui. Às vezes sinto que ele está em seu quarto, brincando, escondido debaixo da cama...”. É duro deixar a ficha cair, mas a mãe de Becca, que também passara pela mesma tragédia, a certo momento sabiamente diz: “...na verdade, este ferida nunca será fechada; mas quer saber? Isso é bom.”

Alguém aí tem um lenço?

Trailer:

(idem, EUA, 93 minutos, 2010)
Dir.: John Cameron Mitchell
Com Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest, Tammy Blanchard, Sandra Oh
Nota 9,0

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Momento besteirol: Harry Brocha e a Ordem do Pênix - Encontro na Estação de Trola

Estava outro dia assistindo uns vídeos que uma amiga, Luciana Nasser, resolveu redublar, por pura diversão, na companhia do Pedro Linhares, colocando palavras sacanas na boca de personagens famosos. 

Resolvi então postar um dos vídeos, como experiência. Caso gostem, mais exemplares podem surgir.

Um aviso: o linguajar é chulo e portanto, não recomendável para pudicas ou menores de idade.


Gostou do vídeo? Gostaria de ver mais redublagens aqui no blog? Deixe sua opinião nos comentários!


 
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