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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Crítica em vídeo: "Alice no País das Maravilhas"


Alice no País das Maravilhas
(Alice in Wonderland, EUA, 105 minutos, 2010)
Dir.: Tim Burton
Com Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Crítica: Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works)


Entra ano, sai ano, diretores vêm e vão e ele lá, intacto, com seu público fiel, ansioso por novas velhas paranoias.

Woody Allen tem um ritmo de produção impressionante, conseguindo concluir cerca de um filme por ano. Tudo Pode Dar Certo ainda nem estreou no Brasil e seu novo filme, You Will Meet a Tall Dark Stranger já está pronto e terá premiére no Festival de Cannes, em maio próximo.

A neurose e a intolerância de quem é muito inteligente serão retomadas nesta nova obra, que trata do relacionamento improvável entre um professor de física aposentado e uma estudante, novamente em Nova York, cidade na qual o diretor tanto filmou, mas há algum tempo não a retratava em seus filmes.

Tudo pode dar certo” passa a ser o lema do protagonista, depois que ele percebe que seu relacionamento com uma jovem desmiolada funciona, apesar das diferenças, intelectuais e de idade. Mas as coisas complicam quando os pais da moça resolvem aparecer.

O grande trunfo deste filme não é nenhuma novidade: os diálogos inteligentes, piadas ácidas, personagens cheios de cacoete, trilha sonora de comédias pastelão e roteiro bem amarrado, todos quesitos fáceis de serem encontrados nos filmes de Woody Allen.

Seu protagonista conversa com o público e divide com ele suas angústias e pensamentos filosóficos, como se Woody fizesse do público seu confidente, julgando inclusive, que este é tão inteligente e tem todas as referências que ele tem.

Sempre aborrecido com a vida, rabugento, manco e hipocondríaco, Boris é um dos personagens mais engraçados dos últimos tempos, interpretado por Larry David, um alterego claro do diretor, que têm em sua parceira de cena Evan Rachel Wood o seu contraponto ideal: uma menina espevitada, bobinha, mas com insights de inteligência, mesmo que ela não saiba o que acabara de dizer.

Enquanto estão em cena apenas os dois, a comédia divide espaço com o romance, mas logo que acontece o reencontro entre mãe e filha, a comédia se sobressai, especialmente pela ótima atuação de Patricia Clarkson no papel da mãe, uma mulher católica fervorosa e... bêbada.

Tudo Pode Dar Certo tem em seu desenvolvimento seus melhores momentos, mas toda a criatividade e inteligência se esvaem no final, uma solução convencional que o deixa muito próximo de sitcoms televisivas. Um desperdício, ainda mais por saber que Woody Allen é capaz de finalizar muito melhor as suas histórias.

De qualquer maneira, é um deleite assistir uma obra sagaz e muitíssimo engraçada, que encanta pela sua identificação, já que todos temos uma porção neurótica, que se ainda não aflorou, um dia há de se mostrar.

Trailer: 

(Whatever Works, EUA/França, 92 minutos, 2009)
Dir.: Woody Allen
Com Larry David, Evan Rachel Wood, Patricia Clarkson
Nota 8,0

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Crítica: O Profeta


O profeta já ganhou pelo menos 25 prêmios importantes mundo afora, dentre eles o Grande Prêmio do Júri em Cannes, o BAFTA de melhor filme estrangeiro – mesma categoria na qual foi indicado ao Oscar – e levou nove dos treze Césars a que concorria.

Malik Djebena (Tahar Rahim) é um jovem de 19 anos, condenado a seis anos de prisão. Djebena é árabe, analfabeto e quando se vê sozinho na prisão francesa, cede às pressões de uma gangue de corsos para realizar “serviços” em troca de... sobrevivência. Percebendo que pode tirar proveito dos laços criados, Djebena inicia então, um processo de aprendizagem do crime.

Este é um filme cheio de cenas fortes, nas quais o diretor pôde trabalhar com excelência os sentidos visual e auditivo do espectador, munindo-se de efeitos sutis e úteis, movimentação de câmera competente e roteiro denso, de protagonista riquíssimo em caráter (ou falta de), com nuances que vão da inocência ao mais bruto instinto de violência.

Djebena representa, no filme, o sistema carcerário como um todo. É através das atitudes dele que o filme tenta fixar a ideia de que, naquele universo, ou o sujeito aprende a língua lá falada ou é engolido com facilidade.

Os valores cristãos estão presentes, especialmente na analogia que se faz à figura do pão, alimento preferido do protagonista e presente em boa parte das cenas.

Pode-se dizer que a França encontra, neste filme, o seu O Poderoso Chefão. Djebena é, na rua, os olhos e os ouvidos do chefe da gangue corso que o “abraçou”, César Luciana, interpretado pelo excelente Niels Arestrup.

Eu só lamento que, para contar esta história, o diretor tenha optado por um filme tão longo – são quase 150 minutos de película – e de trilha sonora excessivamente americanizada que, aliada à montagem trivial, aproxima demais a construção narrativa do cinemão norteamericano.

O Profeta é cinema francês colonizado, mas faz bem o seu benchmarking: filtra o que há de bom em Hollywood e associa à profundidade do cinema nativo.

Trailer:
 

(Un Prophète, França, 150 minutos, 2009)
Dir.: Jacques Audiard
Nota 8,0

terça-feira, 27 de abril de 2010

Menções Honrosas - Anos 2000


Enquanto concluía minha lista dos 100 melhores filmes da década de 2000*, percebi que muitos filmes pelos quais tenho apreço ficariam de fora, por falta de espaço.

Fazer estas listas é muito complicado e às vezes doloroso para um cinéfilo. Então, antes de começar a lista com os finalistas, deixo aqui as minhas menções honrosas para aqueles filmes que eu adoro, mas que por motivos diversos não integrarão os próximos posts.

(Rachel Getting Married, EUA, 113 minutos, 2008)
Dir.: Jonathan Demme


(Quien Mato a La Llamita Blanca, Bolívia, 112 minutos, 2006)
Dir.: Rodrigo Bellot


White Ants
(idem, Coreia do Sul, 114 minutos, 2007)
Dir.: Ko Eun-Ki


(Dasbareye Elly, Irã, 119 minutos, 2009)
Dir.: Asghar Farhadi


(idem, Austrália/EUA, 129 minutos, 2003)
Dir.: Andy e Larry Wachowsky


(Das Weisse Band, Áustria/Alemanha/França/Itália, 144 minutos, 2009)
Dir.: Michael Haneke


(Garden State, EUA, 102 minutos, 2004)
Dir.: Zach Braff


(Lady in The Water, EUA, 110 minutos, 2006)
Dir.: M. Night Shyamalan


(idem, EUA, 129 minutos, 2007)
Dir.: Judd Apatow


(idem, Brasil, 104 minutos, 2006)
Dir.: Cao Hamburguer


(idem, Espanha/Alemanha/Itália/Portugal, 100 minutos, 2004)
Dir.: Joaquín Oristrell


(There Will Be Blood, EUA, 158 minutos, 2007)
Dir.: Paul Thomas Anderson


(idem, Brasil, 121 minutos, 2004)
Dir.: Marcos Prado


(idem, EUA, 85 minutos, 2008)
Dir.: Matt Reeves


(Kabluey, EUA, 86 minutos, 2007)
Dir.: Scott Prendergast


(idem, Brasil, 123 minutos, 2003)
Dir.: Jorge Furtado


(Memento, EUA, 113 minutos, 2000)
Dir.: Christopher Nolan


(Wang-ui namja, Coréia do Sul, 119 minutos, 2005)
Dir.: Jun-ik Lee


(Gwoemul, Coréia do Sul, 119 minutos, 2006)
Dir.: Bong Joon-Ho


(La Mala Educación, Espanha, 106 minutos, 2004)
Dir.: Pedro Almodóvar



(Miss Pettigrew Lives For a Day, Inglaterra/EUA, 92 minutos, 2008)
Dir.: Bharat Nalluri

Árido Movie
(idem, Brasil, 100 minutos, 2004)
Dir.: Lírio Ferreira

Extermínio
(28 Days Later, Inglaterra, 113 minutos, 2002)
Dir.: Danny Boyle

Juno
(idem, EUA/Canadá, 96 minutos, 2007)
Dir.: Jason Reitman

Lisbela e o Prisioneiro
(idem, Brasil, 106 minutos, 2003)
Dir.: Guel Arraes

Quem Quer Ser Um Milionário
(Slumdog Millionaire, Inglaterra, 120 minutos, 2008)
Dir.: Danny Boyle e Loveleen Tandan
Dúvida
(Doubt, EUA, 104 minutos, 2008)
Dir.: John Patrick Shanley

Deixe Ela Entrar
(Lät den rätte komma in, Suécia, 115 minutos, 2008)
Dir.: Thomas Alfredson

Se Beber, Não Case
(The Hangover, EUA/Alemanha, 100 minutos, 2009)
Dir.: Todd Philips

Gran Torino
(idem, EUA/Alemanha, 116 minutos, 2008)
Dir.: Clint Eastwood

Star Trek
(idem, EUA/Alemanha, 126 minutos, 2009)
Dir.: J J Abrams

Sunshine - Alerta Solar
(Sunshine, Inglaterra, 100 minutos, 2007)
Dir.: Danny Boyle

*para fazer a lista, levei em consideração o ano da primeira exibição mundial dos filmes, ou seja, o ano constante na ficha técnica de cada obra no IMDb. É por isso que alguns filmes, só lançados no Brasil em 2010, já fazem parte da lista.

Parabéns pra você, nesta data querida...


Hoje é um dia especial para mim. Nesta mesma data, em 2009, nascia o blog Fred Burle no Cinema.

Sem muitas pretensões, apenas com a vontade de retomar a atividade da escrita depois de dois anos de produções – seis no total. Agora, com um ano de blog, a atividade de produção foi retomada – só que agora consigo conciliar os dois trabalhos e mais um como arquivista, minha profissão de formação, como poucos sabem.

A dedicação não para nem nos fins de semana, muito menos em feriados. Mas confesso que o principal motivo é que isso aqui vicia. Faço com o maior prazer e tenho cada vez mais vontade, quando vejo que a visitação só aumenta e tenho sempre respostas muito positivas de vocês, queridos leitores.

No ano que passou, foram escritos 279 posts, quase 100% deles de autoria própria. É muita coisa, não?! Tudo isto fez com que o conceito do blog só crescesse – o Google PageRank (conceituação e confiabilidade dos sites e blogs, segundo o Google), por exemplo, já está no nível 5, mesmo nível de grandes sites de cinema, como o Omelete.

Nunca imaginei que aquilo que começou apenas como uma necessidade de expressar opiniões pudessem tomar proporções tão grandes que hoje já acompanho os filmes com antecipação, escrevo para um grande site de cinema (o CinePop), tenho uma coluna própria num jornal impresso de grande circulação (o Alô Brasília), fui convidado para cobrir um festival que sempre gostei (o FIC Brasília), tive oportunidade de conhecer grandes realizadores de cinema, fui convidado a fazer as críticas filmadas pelo meu amigo Fáuston – críticas que têm tido cada dia mais visualizações no Youtube – e o fato de escrever sobre cinema ainda facilitou minha atividade como produtor, pela rede de contatos que se ampliou.

Ou seja, só coisas boas. Fruto de um trabalho feito com pesquisa e com muito cuidado para não escrever bobagens ou agredir ninguém com palavras, afinal, todos os que fazem a sétima arte acontecer, por mais que seus trabalhos às vezes não deem certo, são dignos de muitas palmas.

Mas nada disso seria possível se não fosse o reconhecimento do público – que cresceu mais de 1600% do primeiro para o décimo segundo mês – e daqueles que fazem ou escrevem sobre cinema.

Para comemorar o primeiro aninho, irei, a partir de hoje, publicar alguns posts especiais, como o Top 100 dos anos 2000 (em cinco partes), cuja vontade de fazê-lo já venho nutrindo há algum tempo. Além disso, um vídeo especial com erros de gravação também está no forno.

Muito – mas muito mesmo – obrigado a todos (leitores e amigos blogueiros) pelo carinho, pela confiança, pelo apoio e pela paciência de ler aquilo que escrevo.

Um grande abraço;

Fred Burle.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Alice..." é a maior abertura da história da Disney no Brasil

.
Com um público estimado em 875 mil pessoas, o que gerou uma renda aproximada de R$ 10.545.708,00 neste final de semana, “Alice no País das Maravilhas’’ é a maior bilheteria de abertura da Walt Disney Pictures no Brasil – 12% acima de “Piratas do Caribe 3”, recorde anterior dos estúdios Disney no país. 

Além disso, o filme assumiu o posto de maior abertura do ano no país e também desbancou  Avatar como a maior abertura para um filme 3D no Brasil.

A história da menina que cai na toca de coelho e é transportada para uma terra fantástica, povoada de seres estranhos, somou vários recordes em seus três primeiros dias de exibição. É a maior abertura de um filme original (que não é sequência) da Disney, a quarta maior abertura da indústria e também o quarto filme da história a ultrapassar a marca dos R$ 10 milhões em apenas 3 dias em cartaz. 

Do resultado obtido, o formato 3D foi responsável por 47% do total de público e 58% do total de renda bruta. Já o 2D foi responsável por 52% do total de público e 40% do total da arrecadação bruta. As duas salas IMAX ficaram com 1% do público e 2% da renda. 

A versão de Tim Burton desse clássico literário traz Johnny Depp (parceiro de longa data do diretor) na pele do Chapeleiro Maluco, a atriz australiana Mia Wasikowska (mais conhecida pelo seriado “Em Terapia”, da HBO) no papel da protagonista, Helena Bonham Carter como a Rainha de Copas e Anne Hathaway como a Rainha Branca, entre outros atores do elenco.


Fonte: Tátika Comunicação e Produção 

domingo, 25 de abril de 2010

Crítica: Sonhos Roubados


Vencedor dos prêmios de Melhor Filme (Público) e Melhor Atriz (Nanda Costa) no Festival do Rio, Sonhos Roubados vem para retratar o cotidiano de três amigas que moram em uma favela carioca.

Jessica, Sabrina e Daiane têm sonhos de consumo que não poderiam realizar tão cedo pelos meios comuns e encontram na prostituição uma forma de satisfazer seus desejos materiais. Uma é mãe e enfrenta problemas de guarda da filha por causa da sogra. A outra tem 14 anos, sofre assédio do tio e sonha em fazer uma festa de 15 anos. A terceira é sozinha, mas encontra num perigoso “amor repentino” uma esperança de constituir família.

O longa é baseado no livro “As Meninas da Esquina”, de Eliane Trindade – que também adaptou a história para o cinema – e é dirigido por Sandra Werneck, que já emplacou sucessos como Pequeno Dicionário Amoroso, Amores Possíveis e Cazuza. Sandra mantém a regularidade dos seus filmes anteriores, mas ainda não conseguiu realizar uma obra realmente impactante. Mais uma vez, ela dirige bem o seu elenco – com destaque para Marieta Severo, que carrega suas cenas “nas costas” –, mas esquece de trabalhar melhor algumas cenas.

É difícil acreditar em tudo o que se vê até um pouco mais da metade do filme. As cenas mal desenvolvidas tiram o crédito da história e as problemáticas são mal resolvidas. Falta força dramática, o que nos remete a outros filmes irregulares como Antônia e Anjos do Sol, além de falas pré-estabelecidas, cujas gírias soam ultrapassadas ou no mínimo artificiais. Não é como em As Melhores Coisas do Mundo, cuja naturalidade é imensa e os atores incorporaram às suas falas as expressões do seu cotidiano. Aqui, as três meninas protagonistas, assim como o preso (MV Bill) parecem apenas repetir o que está escrito no roteiro. Eu, pelo menos, não acreditei na verdade deles.

A favela aqui retratada é, a meu ver, favela para gringo ver, mostrada superficialmente.

A história só começa a funcionar após muito tempo, depois que as “verdades” já foram enfiadas guela abaixo do espectador. Aí a coisa flui, mas já tarde para que o filme alcance voos maiores.

Na parte técnica, Walter Carvalho (um dos nossos mestres da fotografia) realiza mais um consistente trabalho, mas o filme peca numa das áreas mais deficientes do cinema nacional: a edição de som, que escolhe barulhos desconexos para os seus respectivos produtores, além de serem muitas vezes ultrapassados (como o toque de celular, que mais parece brinquedo de criança).

Sonhos Roubados tem seus méritos, mas este tipo de filme – que podemos chamar de “favela de estúdio” – já não tem encontrado mais espaço no cinema nacional. Confesso que dessa vez, infelizmente, não acho que Sandra irá emplacar mais um sucesso em sua boa carreira.

Trailer:

(idem, Brasil, 85 minutos, 2009)
Dir.: Sandra Werneck
Com Nelson Xavier, Marieta Severo, Ângelo Antônio
Nota 6,0

sábado, 24 de abril de 2010

Crítica: Lissi no Reino dos Birutas


Lissi no Reino dos Birutas é uma peculiar animação alemã, lançada em seu país de origem em 2008 e que obteve enorme público. Chega agora ao Brasil, perdido em meio a grandes estreias de início de alta temporada.

Sem nenhuma divulgação, deve sair de cartaz já na próxima semana, a julgar pela sessão que eu compareci, com um número incrível de espectadores: um!

A animação é uma espécie de paródia dos contos da carochinha. Pensou em Fiona e Shrek? Chegou bem próximo da essência do filme. Mas a maior referência aqui parece ser Sissi, a princesa interpretada por Romy Schneider na trilogia de sucesso da década de 50.

Num cenário gélido, o abominável Homem das Neves faz um pacto com o demônio: entregar-lhe a mulher mais bonita do mundo em troca de ter sua vida poupada da morte iminente. Lissi está prometida para o imperador Franz (de sexualidade duvidosa) e é a escolhida do Homem das Neves, que a sequestra. O imperador sai então em busca do resgate da amada (?), na companhia de seu criado boboca, que é perseguido sexualmente por sua insaciável mãe.

O roteiro foi escrito pelo ator alemão Michael Herbig, que também assina a direção e dubla vários personagens (incluse a princesa) na versão original, baseado na série tevê BullyParade, exibida entre 1997 e 2002. Fazendo algumas referências a Titanic, King Kong e Alice no País das Maravilhas – inclusive com um personagem maluco que vive tomando chá –, o longa agradará aos adultos que gostam de piadas politicamente incorretas e às crianças que gostam de humor pastelão. É quase um Todo Mundo em Pânico no Reino Tão Tão Tão Distante.

Lissi (o filme) encanta por sua alta dose de bizarrice e sagacidade do roteiro em misturar diversas influências consagradas no cinemão norteamericano com o humor e a cultura alemã, numa história dinâmica e bem amarrada, com ritmo acelerado que nem fará o espectador sentir os pouco mais de 80 minutos de projeção.

Entre os brasileiros, haverá quem ache que existem ali doses cavalares de insanidades proferidas ao estilo do Louco, personagem das histórias em quadrinhos do Cebolinha, de Maurício de Sousa.

Bem a cara do festival Anima Mundi, Lissi no Reino dos Birutas já realizou uma façanha ao conseguir estrear no circuito comercial brasileiro. Uma pena que não deva ter sobrevida.

Tomando emprestada a brincadeira feita no filme sobre cópias carbonadas, digo que Lissi no Reino dos Birutas pode até ser uma cópia carbonada das animações computadorizadas feitas atualmente, mas se o carbono é um elemento que compõe vida, esta cópia respira muito bem em meio às obras politicamente corretas encontradas por aí.

Trailer:

(Lissi und der wilde Kaiser, Alemanha, 88 minutos, 2007)
Dir.: Michael Herbig
Nota 7,5

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Crítica: A Estrada


Com a proximidade do mais novo oficial fim do mundo (!), em 2012, nada mais natural do que fazer dinheiro em cima da crença das pessoas. Mas, em meio a tanto oportunismo, eis que vez por outra surge algo de qualidade.

A Estrada é mais um desses filmes pós-apocalípticos ao estilo de bons filmes (Filhos da Esperança), filmes medianos (Eu Sou a Lenda) e filmes ruins (O Livro de Eli). Em qualidade, digamos que fica num patamar entre o primeiro e o segundo citados.

A Terra foi totalmente devastada por acontecimentos cataclísmicos, que erradicou vidas e os recursos naturais, fazendo com que os sobreviventes morressem de fome e desespero. Um pai (Viggo Mortensen) resolve partir, com seu filho, numa longa caminhada em direção ao mar, sempre procurando meios de subsistência pelo caminho.

Segue então toda a lenta jornada de (auto)descobertas, de desespero e de valor às menores coisas. Mas o foco principal está na relação entre pai e filho, em toda a dificuldade em dar à cria um exemplo de conduta, por pior que a situação esteja. É o esforço de uma geração mais velha para conscientizar a mais nova de que as atitudes que o Homem tomou até então não foram totalmente adequadas.

Viggo Mortensen entrega-se ao seu personagem com uma dedicação impressionante, mas sem precisar de cenas de impacto para mostrar seu talento. Suas reflexões são tristes, mas belas e pertinentes.

Diferentemente dele, o garotinho Kodi Smit-McPhee até que se esforça, mas encarna um tipo que não condiz com a situação: seu personagem é bobinho demais para alguém que cresceu em meio ao caos. Está certo que a mensagem de inocência era a intenção, mas um garoto como aquele tinha que ter um mínimo de coragem ou maldade para a vivência naquele mundo.

Para não fugir à regra desses filmes, lá estão os irritantes e explícitos merchandisings de grandes marcas, como se elas fossem como baratas, para sobreviverem a todo e qualquer caos. Mas isso a gente releva, afinal, patrocínios são necessários para complementar o orçamento de um filme. O dia que a Coca-Cola ou a Elma Chips quiser patrocinar um longa meu, é óbvio que eu vou adorar.

Talvez a frase que mais resuma A Estrada seja esta: “quando não me sobra mais nada, tento sonhar o sonho das crianças”. É para esta limitação que a humanidade parece caminhar e, cada dia que passa, o cenário caótico destes filmes parece menos improvável. E isto eu digo baseado em fatos e não em crenças e religiões. O pai ainda consegue sonhar assim, mas o filho nem consegue, pois já não sabe mais como poderia ser o almejado “mundo melhor”.

É com ritmo lento, de corpos e almas que se corroem aos poucos, que o diretor John Hillcoat, baseado em livro de Cormac McCarthy (Onde os Fracos Não Têm Vez), realiza um filme pós-apocalíptico do jeito que tem que ser, sem estardalhaços, com profundidade impressa em sutilezas e simbolismos. Um mapa, por exemplo, pode significar muito mais do que somente um mapa. Só acho uma grande lástima que uma história que se desenvolva tão bem acabe de maneira tão clichê e mal elaborada.

Trailer:

(The Road, 111 minutos, 2009)
Dir.: John Hillcoat
Com Viggo Mortensen, Robert Duvall, Charlize Theron, Guy Pearce
Nota 7,0

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Crítica: Alice no País das Maravilhas


Subversivo diretor de histórias conhecidas (Planeta dos Macacos; A Fantástica Fábrica de Chocolate), Tim Burton trás às telas, desta vez, uma fusão dos livros de Lewis Carroll – “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” e “Através do Espelho e o Que Alice Encontrou Por Lá” – roteirizada por Linda Woolverton (O Rei Leão; A Bela e a Fera).

No filme, Alice retorna ao mundo subterrâneo que visitou há treze anos, quando ainda era uma criança. Lá, reencontrará personagens como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), o Coelho Branco e a Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).

É sabido que Tim Burton não gosta de apenas refilmar histórias. Ele conta a sua versão. Geralmente, o resultado é uma versão mais “apimentada”, sombria. Neste caso, isso não acontece.

O novo “Alice...” continua com o aspecto macabro das histórias originais, seus personagens mantém a essência alucinógena de noção entre o que é realidade ou o que é imaginação, mas o dedo que imperou nesta produção foi o dedo Disney e não o dedo Burton, ou seja, o programa a ser encontrado nos cinemas será muito divertido, mas nada corajoso e com o máximo de lições de moral possível.

A versão em 3D continua com os problemas de sempre: a nitidez ainda não é a mesma que a de uma projeção digital, por exemplo, e o brilho ainda não atinge sua melhor regulagem, pois os óculos 3D tornam a imagem mais escura do que o normal. Mas nada que atrapalhe a sensação ótima de imersão que o formato proporciona, com planos excelentes de plateia da festa de noivado de Alice, destacando cada fileira de pessoas, num imenso corredor de gente cercado de plantas. A sequência em que Alice caiu no buraco da árvore para encontrar a portinha de entrada para Wonderland é vertiginosa e arrisco a advertir os espectadores de estômago mais frágil. Eis um dos poucos momentos em que percebe-se o mão criativa de Tim Burton.

Outra fato que sempre ocorre entre as parcerias Tim Burton X Johnny Depp é o destaque absoluto para o ator, que rouba a cena com talento que impressiona. Depp sai-se muito bem como o Chapeleiro Maluco – exceto por protagonizar uma cena de dança patética, de dar vergonha alheia –, mas finalmente chegou a vez de Helena Bonham Carter (esposa e atriz constante nos filme de Tim Burton) ter os olhos do público voltados para ela. Sua versão para cabeçuda Rainha Vermelha (ou Rainha de Copas) é a típica vilã empática: é sarcástica e engraçada, com a patetice e o deprimente jeito desconjuntado escondidos na perversidade de seus atos desesperados e sua histeria sem fim.

A qualidade da produção, os cenários computadorizados, os figurinos maravilhosos (reparem na quantidade de trocas de roupa de Alice) e o cuidado com os efeitos 3D ressaltam e fazem deste um programa bem divertido e que fará os adultos reviverem a imaginação – e o medo dos personagens – da época em que leram os livros de Lewis Carroll.

Só isso já vale o ingresso, mas só isso não fazem de Alice no País das Maravilhas um filme “maravilhoso”.

Alice no País das Maravilhas

(Alice in Wonderland, 108 minutos, EUA, 2010)
Dir.: Tim Burton
Com Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Mia Wasikoswska, Anne Hathaway

Nota 7,5



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Crítica em vídeo: "As Melhores Coisas do Mundo"


As Melhores Coisas do Mundo
(Brasil, 107 minutos, 2010)
Dir.: Laís Bodansky
Com Denise Fraga

Confira crítica escrita aqui.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Promoção "Caso 39"

Quer ganhar ingressos para ver Caso 39 nos cinemas?

Responda à pergunta: “De quem você mais tem medo? Por que?”

Juntamente com a resposta (que deve ser deixada num comentário deste post), escreva também seu e-mail, nome completo e endereço completo.

A pergunta é a título de enquete, logo, todos que deixarem os dados e a resposta concorrerão. Os endereços e os e-mails não serão divulgados, não se preocupem.

Serão sorteados cinco (05) pares de ingressos, válidos para sessões de segunda a quinta-feira, exceto feriados, em qualquer cinema* em que o filme estiver em cartaz.

A promoção é válida até o fim do dia 22/04 (quinta-feira) e o resultado será divulgados no dia seguinte, juntamente com as melhores respostas.

Quem quiser ler a crítica do filme, clique aqui.



*exceto os cinemas Cinemark do Shopping Iguatemi (SP), Shopping Cidade Jardim (SP), Grupo Estação e Cinematografia Araújo.

Promoção encerrada
 

Esta enquete foi divertida. Teve gente com os medos mais diversos: medo da mãe ou do pai, medo de si, medo de mim (!), medo do José Serra (por ele parecer personagem de filme de terror), medo do professor de monocelha, medo da chefe, medo das baratas dominarem o mundo, medo de perder a memória, medo de perder o namorado,

De mim mesma, quando começo a comer e não paro mais.”
Tenho medo do Fred Burle achar que eu ganho ingressos demais e roubar no sorteio pra eu não ganhar mais.” (se a sorte estiver do seu lado, você vai ganhar quantas vezes for...)
Tenho medo do vizinho e seus barulhos estranhos.” (que barulhos serão estes?)
Tenho medo de fantasmas. O porquê eu não sei, por que nunca vi nenhum!”
Tenho medo da ex-mulher do meu pai. Ela já faleceu e eu tenho verdadeiro horror de entrar no quarto deles.”
Eu tenho medo do delegado de polícia, porque tem toda a autoridade na mão, a informação na tela e pode ter a mente de serial killer.”
Do curvex! Como é duro ser mulher!” (essa é ótima)
Da minha mãe, com o cipó na mão” (que horror)
Tenho medo de mim mesmo, pois sempre me saboto.”

Sorteados:
1- Julio Zart Jr - Brasília/DF
2- Amanda Rosconi Braga - Estância Velha/RS
3- Herbet Viana Lima - Fortaleza/CE
4- Gardência Silva - Teresina/PI
5- Isabela do Nascimento Alves - Natal/RN

Promoção "As Melhores Coisas do Mundo"


Esta é só para a galera de Brasília: para celebrar a estreia do filme As Melhores Coisas do Mundo, sortearei um cd da Banda Hóri, cujo vocalista é o Fiuk, um dos atores do filme. O sorteado ou a sorteada ganhará também dois imãs de geladeira em forma de portarretrato do filme. Sobre o filme, posso dizer que é excelente (leia a crítica aqui), mas confesso que nunca escutei o cd, então, não peçam minha opinião.


Para participar, basta deixar num comentário deste post, a resposta para a seguinte pergunta: “O que você mais gostava de fazer na sua adolescência?” Obviamente, quem ainda é adolescente deve responder à pergunta no presente.


A pergunta é apenas a título de enquete, portanto, não é preciso criar frases mirabolantes. Apenas responda com sinceridade à pergunta.


Junto à resposta, não esqueça de deixar seu e-mail e nome completo.


A promoção é válida até o fim do dia 22/04 (quinta-feira) e o resultado será divulgado no dia seguinte.

Promoção encerrada.

As respostas desta enquete parecem refletir gerações distintas de adolescentes. Reparem:


  • Ficar à toa no shopping


  • Subir no pé de manga


  • Trocar cartas secretas com amigas


  • Jogar bola e trocar figurinhas de álbuns


  • Ir ao cinema ou ver filme em casa comendo pipoca


  • Estudar e participar de grupos de estudos literários


  • Mexer no orkut


  • Jogar bola de dia igual criança e beijar na boca à noite, igual adulto


  • Tomar sorvete


  • Ouvir música


  • Encher a cara e cantar Roxette em público


Sorteada:
- Luciana Oliveira

*o brinde ficará disponível para busca até o dia 07/05/2010. 
 
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