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domingo, 30 de janeiro de 2011

Crítica: As Aventuras de Sammy


É muito válida a tentativa belga de fazer um longa de animação acessível para toda a família e com potencial para ser sucesso de bilheteria mundial. Mas o projeto padece de santa inocência e preguiça roteirística. Fica só na intenção.

Espécie de mamãe-quero-ser-Nemo, o longa não atinge sequer o nível tecnológico do alvo almejado – e olha que já faz quase oito anos que “Procurando Nemo” invadiu os cinemas. Fazendo analogia ao primeiro, os elementos daquele estão todos presentes neste, só que sem nenhuma graça. A procura por alguém amado, a mensagem de “aprender a crescer”, amigos que tentam ser divertidos (mas que são deixados no chinelo por qualquer rascunho da inesquecível Dóri) e por aí vai.

Inicialmente, vemos a tartaruga Sammy, aos 50 anos de idade, parada na beira da praia, dissertando como a natureza mudou em decorrência da ação do Homem, que a tem devastado. Em seguida, propõe contar a história de sua vida. A (superficial) mensagem ecológica é deixada de lado e a historinha bobinha se inicia, não engatando uma piadinha sequer.

Ressalvas ao cinemão estadunidense à parte, é preciso admitir que, no segmento das animações-para-toda-a-família, o resto do mundo ainda está muito longe de alcançar seu primor. A única exceção ainda é o rei japonês Hayao Myiazaki.

Lançado no formato 3D, o filme só deve agradar criancinhas recém-saídas do colo e aqueles que ainda são vidrados em qualquer efeito divertido que os óculos especiais podem proporcionar. Nisso, “As Aventuras de Sammy” se dá bem, já que o ambiente marítimo é perfeito para que os produtores explorem as cores e o destaque dos personagens da tela. Mas nem isso consegue disfarçar a ingenuidade e falta de tempero deste desenho.

Trailer:

(Sammy´s Adventures: The Secret Passage, Bélgica, 88 minutos, 2010)
Dir.: Ben Stassen
Nota 3,0


sábado, 29 de janeiro de 2011

Números do cinema no Brasil em 2010

Tropa de Elite 2
Foi divulgado pela Ancine (Agência Nacional do Cinema), um balanço geral do mercado de cinema no Brasil no ano de 2010. O ano registrou um público total de 134.364.520 espectadores e renda de R$1.256.550.704,09. Isto representa o maior público desde 1982 e, em comparação com 2009, o aumento de público foi de 19,24% e o aumento de renda foi de 29,57%.

O aumento do público do cinema deveu-se, em grande parte, mais uma vez, ao bom desempenho das produções nacionais. Em 2010, o público do cinema nacional foi de 25.227.757 espectadores, 56,77% acima do registrado em 2009 (que já havia sido mais de 75% superior ao de 2008). Com isso, a participação de público dos filmes brasileiros fechou 2010 em 18,78%. Foi o melhor desempenho do cinema nacional, em termos relativos, desde 2003, quando houve o recorde de mais de 21% de participação do filme brasileiro em público. Em números absolutos, no entanto, 2010 foi melhor para o cinema brasileiro, já que em 2003 o público foi de 22.055.249.

Tropa de Elite 2”, maior público entre os filmes brasileiros e estrangeiros em 2010, quebrou um recorde de mais de 30 anos, superando o grande sucesso de “Dona Flor e seus dois maridos”. Lançado em novembro de 1976, “Dona Flor” teve 10.735.524 espectadores nas salas de cinema. “Tropa de Elite 2”, lançado em outubro de 2010, fez 11.023.475 espectadores, e segue em cartaz. O filme da Zazen Produções bate outro recorde ao ocupar o posto de 2º maior público dos últimos 20 anos, assumindo o lugar de “A Era Do Gelo 3”, que teve 9.279.602 ingressos vendidos em 2009. O 1º colocado continua sendo “Titanic”, com 16.377.228 espectadores em 1998.

Nosso Lar
Um fator negativo constatado pelos números é que, tanto público quanto o mercado exibidor brasileiro, ainda não abriu as portas para os chamados “filmes alternativos”, advindos de países estrangeiros além dos EUA. Enquanto o público para o cinema nacional foi de mais de 25 milhões, o público do cinema estadunidense foi de mais de 106 milhões de espectadores e o de todos os outros países, juntos, totalizou pouco mais de 3 milhões de espectadores.

Ao longo de 2010, 303 filmes foram lançados comercialmente nas salas de exibição, sendo 75 brasileiros e 228 estrangeiros. Foram, ao todo, 13 animações, 45 documentários e 244 filmes de ficção. As animações, muito embora tenham representado apenas 4% dos lançamentos, conquistaram 18% do público. A média de espectadores por filme de animação lançado foi de 1.764.895, bem acima dos 414.806 espectadores por título dos filmes de ficção e dos 11.180 espectadores por documentário.

Entre os filmes brasileiros exibidos em 2010, 15 ultrapassaram a marca de 100 mil espectadores, três a mais do que em 2009. Cinco deles conquistaram mais de 1 milhão de ingressos vendidos. Veja a tabela com o ranking dos filmes brasileiros mais vistos em 2010:

Três longas nacionais figuram o ranking geral das 20 maiores bilheterias: “Tropa de Elite 2”, “Nosso Lar” e “Chico Xavier”. Confira a tabela:

O preço médio do ingresso (PMI) fechou o ano em R$9,35, com crescimento de 8,66% em relação a 2009 – uma alta exorbitante, levando em consideração que a taxa de inflação acumulada em 2010, no Brasil, foi de 5,91%, segundo dados do Banco Central do Brasil.


Fontes: Ancine, SADIS, FilmeB, Banco Central do Brasil.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Crítica: Um Lugar Qualquer (Somewhere)


Quando Sofia Coppolla ganhou o Leão de Ouro em Veneza, muitos críticos torceram o nariz para decisão do júri, alegando que o resultado fora influenciado por Quentin Tarantino, presidente daquele júri, ex-namorado e amigo da diretora. Seria de se suspeitar, claro, mas após assistir o filme, cheguei à conclusão de que tudo não passou de despeito. Somewhere possui todos os méritos para ter arrebatado o prêmio.

Quarto longa da diretora, o filme retrata a mudança definitiva que um filho pode fazer na vida de uma pessoa, especialmente se esta pessoa for como Johnny Marco (Stephen Dorff), um ator de Hollywood que leva uma vida desregrada e vazia, perdido em meio à riqueza que a fama lhe proporciona. A primeira cena representa bem o seu momento: ele corre com seu carro turbinado em uma pista circular, em algum lugar deserto e, quando para, sai do carro, olha ao seu redor e nada nem ninguém vê.

Prestes viajar para o lançamento de seu próximo filme na Itália, Johnny é surpreendido com a visita da filha de 11 anos, Cleo (Elle Fanning), que precisará ficar com ele por alguns dias, até que sua mãe volte de uma viagem repentina. A solução é levar Cleo para a Itália, mas será difícil esconder da menina o estilo de vida que ele leva.

O argumento é igual a muitas comédias clichês que vemos por aí, mas o seu desenvolvimento e a forma sutil como a linguagem cinematográfica é utilizada é que surpreende e o faz passar longe de ser mais do mesmo.

A transição da futilidade inconsequente e descompromissada para a maturidade paterna é gradativa, natural, emotiva e reveladora, como deve ser.

Stephen Dorff encontra em Johnny Marco o melhor papel de sua carreira e não desperdiça a chance, com uma atuação decente. Ao seu lado está Elle Fanning, a grande revelação do longa. A menina se mostra tão ou mais promissora que a irmã Dakota e encanta com seu sorriso ingênuo e sua atuação espontânea. São dela os melhores momentos do filme.

Economizando nos diálogos e abrindo mão do uso de artifícios redundantes de sobreposição ou intercalagem para se explicar, Sofia Coppolla pensou bem as suas imagens e tornou-as autossuficientes. Ela está à vontade para manipular suas imagens e, talvez por isso, faça parecer que existem ali alguns pontos semelhantes com sua vida, afinal, aquele é um mundo com o qual Sofia está mais que habituada a conviver.

Somewhere é Sofia Coppolla em versão intimista plus, voltando à direção segura depois do desvairado feitio de Maria Antonieta e seguindo em frente em sua carreira cada vez melhor constituída.

Os tempos de porraloquice, por mais divertidos que sejam, passam para (quase) todos e a maturidade pode se mostrar mais interessante e realizadora.

Trailer:

(Somewhere, EUA, 98 minutos, 2010)
Dir.: Sofia Coppolla
Com Stephen Dorff, Elle Fanning
Nota 9,0

Crítica: Deixe-me Entrar

Em 2008, o mundo se encantou com a fábula de horror romântica que o sueco Tomas Alfredson levou à tela grande, através do roteiro impecável de John Ajvide Lindqvist, que o baseou num romance de sua própria autoria.

Era sobre um menino que sofria bullying na escola e em casa não tinha muito suporte da mãe. O menino encontra consolo na nova vizinha, que ele mal poderia imaginar tratar-se de uma vampira, protegida pelo suposto pai – o encarregado de sair às ruas em busca de “alimentação” para a filha.

Como toda história original de horror que seja feita fora dos EUA e que teria potencial para ser uma grande sucesso – mas não o é por falta de distribuição decente –, a grande indústria logo tratou de comprar a ideia e fazer o seu tradicional – e quase sempre pavoroso – remake. Por sorte, o projeto foi assumido por Matt Reeves, que já tinha mostrado alguma criatividade com o interessante “Cloverfield”.

Mas criatividade não é, definitivamente, a maior qualidade da direção de Reeves em “Deixe-me Entrar”. Esta reside no bom senso dele, em manter quase todas as cenas do original e literalmente refilmá-lo. Pode parecer limitado, mas era o melhor a ser feito.

A história, que definitivamente não se resume ao horror, desta vez se passa na região de Los Alamos (EUA), no mesmo inverno que possibilitou Hoyte Van Hoytema entregar um belíssimo trabalho de fotografia no original, mas que desta vez se resume à tentativa de preservação do que já era bom.

É sabido que em time que está ganhando não se mexe, então por que não deixar que só um filme exista? Já não faz sentido refilmarem obras tão precocemente (somente com o pretexto de maior arrecadação em bilheteria), quiçá fazer uma cópia tão... cópia.

Felizmente, nem só de fatores-aquém vive “Deixe-me Entrar”. Michael Giacchino dá um upgrade na trilha sonora, ainda que exagere em momentos de suspense; Richard Jenkins (o pai da vampirinha) dá o ar de sua graça em mais um trabalho de coadjuvante de luxo de sua carreira e Chloe Moretz prova que sua carreira não se resume à elogiada Hit Girl de “Kick Ass”, deixa a afetação de lado e faz uma menina de dicotomia equilibrada entre a doçura e a violência advinda das suas necessidades animalescas.

Deixe-me Entrar” pode não ser mais nenhuma novidade, mas tem um roteiro tão bom que nem deixa brechas para ser estragados. Nem mesmo a cópia da cópia desgasta a sua escrita.

Trailer:

(Let me In, Inglaterra/EUA, 116 minutos, 2010)
Dir.: Matt Reeves
Com Chloe Moretz, Richard Jenkins, Kodi-Smit McPhee
Nota 7,5

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Crítica: Inverno da Alma

Não é difícil identificar o motivo para tanta aclamação de “Inverno da Alma” (Winter's Bone), filme independente que tem arrebatado prêmios nos principais festivais de cinema independente – como o Gotham Awards, o Independent Spirit Awards e o Festival de Sundance – e ainda tem sido indicado em algumas premiações políticas e industriais – como o Globo de Ouro, o National Board of Review e agora também o Oscar.

O roteiro, adaptado por Debra Granik (também diretora do filme) e pela estreante Anne Rosellini, é baseado no romance homônimo de Daniel Woodrell e tem como protagonista uma garota de 17 anos, Ree Dolly, obrigada a se virar para sobreviver com os dois irmãos mais novos.

Seu pai, acusado de trabalhar para o tráfico de drogas, colocou a casa da família como garantia de um negócio e desapareceu. Agora, a menina precisará encontrá-lo, para evitar que a casa seja vendida e o que restou de sua família seja ainda mais devastada.

Sem saber em quem confiar, em meio a vizinhos e conhecidos misteriosos, a garota partirá às cegas, em busca de algo que não sabe exatamente o que é, apenas tem certeza de que o perigo é iminente.

As atitudes dos personagens secundários são ambíguas e nunca se sabe o que os move a querer ajudar ou atrapalhar a jovem. A explicação talvez resida no fato daquela ser uma sociedade caipira, na qual a preocupação com a própria imagem, leva as pessoas a agirem por ora com bondade e por ora com frieza e desprezo. É o retrato de uma sociedade que, no filme é interiorana e regional, mas que na verdade pode ser encontrada em quaisquer outros lugares e níveis sociais.

Com ares de suspense, o filme não passa, na verdade, de um retrato de adolescentes que lutam desde cedo para sobreviver e cuidar (do que resta) da família, precisando tomar conhecimento do seu passado, ao mesmo tempo que precisa encontrar forças para seguir em frente.

A fotografia de Michael McDonough (“Nova Iorque, Eu Te Amo”), acinzentada, explora o lado sombrio das locações da região do Missouri, EUA e amplifica a opressão e o medo que toma a personagem principal, ajudando a manter a tensão até o final.

De roteiro bem lapidado, focado estritamente no que interessa (o drama da protagonista) e um elenco competente, com destaque para uma medonha Dale Dickey (“A Troca”), um irreconhecível e excelente John Hawkes (“Eu, Você e Todos Nós”) e a revelação Jennifer Lawrence, o filme é, de fato, um bom filme, mas está longe de ser arrebatador. Sua digestão não é fácil e deve ser apreciada apenas por aqueles que gostam de uma boa dose de introspecção.

Trailer:

(Winter's Bone, 100 minutos, EUA, 2010)
Dir.: Debra Granik
Com Jennifer Lawrence, John Hawkes, Dale Dickey
Nota 7,5



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Documentário codirigido por brasileiro concorre ao Oscar

A Academia de Hollywood anunciou nesta terça-feira (25), em Los Angeles, a lista dos indicados da 83ª edição do Oscar, em cerimônia apresentada pelo presidente da academia, Tom Sherak, e pela atriz Mo'Nique, na sede da instituição, em Beverly Hills.

E tem brasileiro no páreo. É João Jardim, que divide com Lucy Walker e Karen Harley a direção de "Waste Land" (Lixo Extraordinário), documentário sobre o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz com os catadores de lixo do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

"O Discurso do Rei" lidera as indicações (12 no total), seguido de "Bravura Indômita" (10) e "A Origem" e "A Rede Social" (08 indicações cada). As surpresas (negativas) ficaram por conta de "Cisne Negro", com minguadas 05 indicações e a ausência de Christopher Nolan na categoria de melhor diretor, por "A Origem".

A cerimônia de entrega das estatuetas douradas acontecerá em 27 de fevereiro no Kodak Theater, em Los Angeles, com apresentação dos atores James Franco e Anne Hathaway. Até lá, muito bolão - e marketing - ainda vai acontecer. Façam suas apostas!

Confira a lista completa dos indicados:

Melhor Filme
127 Horas
A Origem
A Rede Social
Minhas Mães e Meu Pai
Cisne Negro
Inverno da Alma
O Discurso do Rei
O Vencedor
Toy Story 3
Bravura Indômita

Melhor Atriz
Nicole Kidman, por Reencontrando a Felicidade - Rabbit Hole
Natalie Portman, por Cisne Negro 
Michelle Williams, por Blue Valentine
Jennifer Lawrence, por Inverno da Alma
Annette Benning, por Minhas Mães e Meu Pai

Melhor Ator
Jesse Eisenberg, por A Rede Social
Colin Firth, por O Discurso do Rei
James Franco, por 127 Horas
Jeff Bridges, por Bravura Indômita 
Javier Bardem, por Biutiful

Melhor Atriz Coadjuvante
Amy Adams, por O Vencedor
Melissa Leo, por O Vencedor
Helena Bonham Carter, por O Discurso do Rei
Hailee Steinfeld, por Bravura Indômita
Jacki Weaver, por Animal Kingdom

Ator Coadjuvante
Mark Ruffallo, por Minhas Mães e Meu Pai
Christian Bale, por O Vencedor
Geoffrey Rush, por O Discurso do Rei
Jeremy Renner, por Atração Perigosa
John Hawkes, por Inverno da Alma

Melhor Diretor
Darren Aronofsky, por O Cisne Negro
David Fincher, por A Rede Social
Tom Hooper, por O Discurso do Rei
Joel Coen e Ethan Coen, por Bravura Indômita
David O. Russell O Vencedor

Melhor Documentário 
Saia Pela Loja de Souvenirs (Exit Through The Gift Shop)
Gasland 
Inside Job 
Restrepo 
Waste Land

Melhor Documentário em Curta-metragem 
Killing the Name 
Poster Girl 
Strangers No More 
Sun Come Up 
The Warriors os Qiugang

Melhor Edição 
Cisne Negro 
O Vencedor 
O Discurso do Rei 
127 Horas 
A Rede Social

Melhor Filme Estrangeiro 
Biutiful 
Caninos 
Em Um Mundo Melhor 
Incendies 
Outside the Law

Melhor Maquiagem 
Barney's Version 
The Way Back 
O Lobisomem

Melhor Canção Original 
Como Treinar seu Dragão 
A Origem 
O Discurso do Rei 
127 Horas 
A Rede Social

Melhor Animação
Como Treinar o Seu Dragão
Toy Story 3
L´Illusioniste

Melhor Roteiro Original
Um Ano a Mais
O Vencedor
A origem
Minhas Mães e Meu Pai
O Discurso do Rei

Melhor Roteiro Adaptado
127 Horas
A Rede Social
Toy Story 3
Bravura Indômita
O Inverno da Alma

Melhor Som
A Origem
O Discurso do Rei
Salt
A Rede Social
Bravura Indômita

Melhor Edição de Som
A Origem
Toy Story 3
Tron: O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável

Melhores Efeitos Visuais
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e Relíquias da Morte Parte 1
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2

Melhor Curta-Metragem de Animação
Day & Night
The Gruffalo
Let's Pollute
The Lost Thing
Madagascar, carnet de voyage

Melhor Curta-Metragem
The Confession
The Crush 
God of Love 
Na Wewe 
Wish 143 

Melhor Figurino
Alice no País das Maravilhas
I Am Love 
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

Melhor Direção de Arte
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e Relíquias da Morte Parte 1
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita
Melhor Fotografia
Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

domingo, 23 de janeiro de 2011

Crítica: Um Doce Olhar (BAL)


Filme bonitinho, este “Um Doce Olhar”. Venceu o Festival de Berlim 2010 na maior simplicidade e acabou sendo o escolhido da Turquia para representá-los no Oscar.

Parte de uma trilogia sobre o amadurecimento, iniciada com “Ovo” (2007) e depois “Leite” (2008), Bal (título original turco, que significa “mel”) é, na verdade, o início de tudo, quando Yusuf (o protagonista) ainda é uma criança.

Acostumado a acompanhar o pai na colheita de mel, Yusuf possui sonhos que só conta para o pai. Este desaparece na floresta em busca de outros lugares para coletar mel, depois que o mesmo fica escasso em sua região. Yusuf tem, então, que lidar com sumiço do pai e os problemas escolares sozinho, já que sempre ignorou os conselhos da mãe.

O filme de Semih Kaplanoglu não seria metade do que é se não tivesse o menino Bora Altas como protagonista. Assim como Rodrigo Noya foi a alma de “Valentin” (2002), Bora incorpora Yusuf com uma naturalidade incrível, mesmo que não soubesse ainda exatamente o que estava fazendo naquele set de filmagem. Ele tem o olhar distante, quase autista, que só se desfaz na presença do pai do qual tanto se orgulha. Na escola, as cenas de dificuldade de leitura que o menino protagoniza são algo de muito impressionante, quase neorrealista.

A doce inocência fica completa quando unida a uma bela fotografia marrom e verde – ambas as cores muito vivas, mas ao mesmo tempo muito tristes.

Sem trilha sonora e poucas ações reais, o longa chega a se arrastar, mas isso acontece em poucos momentos. Na maior parte do tempo, é fascinante ver como o menino é obrigado a amadurecer na ausência da figura que mais se apoiava e empatia por ele prende a atenção até o fim.

Um Doce Olhar” pode até ser mais um filme-com-criança, mas nem por isso deixa de ter o seu encanto.

Trailer:

(Bal, Turquia/Alemanha, 103 minutos, 2010)
Dir.: Semih Kaplanoglu
Nota 7,0

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Crítica: Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas

Sob júri presidido por Tim Burton, “Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” levou a Palma de Ouro em Cannes 2010, diante de uma crítica dividida entre ovação e apedrejamento.

O roteiro foi inspirado num trabalho realizado por Apichatpong Weerasethaku – cineasta de 40 anos, cultuado também por outros três filmes, sempre passados na floresta: “Blissfully Yours” (2002); “Tropical Malady” (2004) e “Syndrome and a Century” (2006) – com jovens do nordeste da Tailândia, que acreditam na transmigração de almas entre humanos e animais.

Tio Boonmee sofre de insuficiência renal e sabe que está prestes a morrer. Ele resolve reunir os membros de sua família e segue para o interior de uma gruta, onde acredita ser o “útero” onde ele, em uma vida passada, nascera.

O diretor tailandês já anunciava, numa nota de intenção, que os fantasmas apareceriam, quando não estivesse nem completamente claro, nem completamente escuro. Assim, a fotografia seguirá sempre nesta luminosidade crepuscular incômoda, sob a qual não se consegue enxergar com clareza os personagens, mas que proporciona belos quadros e ajuda a esconder os “mistérios” da floresta, seus fantasmas, macacos e princesas. Elementos fantásticos que dão margem a qualquer tipo de divagação.

Apichatpong não se importa em contar uma história coesa, com príncipio, meio e fim. Segundo ele, existem seis rolos de filme que compõem “Tio Boonmee...” e que poderiam formar seis outros diferentes filmes. Talvez por isso as imagens sejam desprendidas entre si e existam sequências sem nenhuma relação aparente com o núcleo principal do velho à beira da morte. Assim, histórias absurdas, como a de uma princesa feia que doa seus pertences e se entrega sexualmente para um peixe, surgem e se vão sem maiores explicações. Esta pode ser mais uma das vidas passadas que Boonmee relembra, mas isso não óbvio.

O ritmo lento, os planos longos e a quase completa ausência de trilha sonora – exceto na sequência final – compõe uma narrativa serena, contemplativa e por vezes (sim) sonolenta. Seus personagens não agem num tempo normal. Possuem ritmo próprio, exercem suas atividades vagarosamente e por acreditarem nos espíritos, agem naturalmente quando a esposa de Boonmee ressurge após 19 anos de morta ou pelo retorno do filho desaparecido, agora em forma de macaco fantasma.

A cena da mesa de jantar, em que tio, sobrinho, cunhada, filho e esposa se reunem, explicita tamanha naturalidade que chega a ser cômico quando, por exemplo, a tia pergunta ao sobrinho-macaco-fantasma sobre o porquê de ele ter deixado os cabelos tão longos.

O diretor trabalha a fantasia usando de recursos tradicionais do cinema, sem precisar de computação gráfica. O espectro de um fantasma ou a duplicação de personagens é toda feita com a “técnica do espelho” (aquela mesma, usada nas apresentações da mulher que vira gorila).

Misturando surrealismo e simplicidade, “Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” é uma obra sincera, completamente aberta à exploração.

O desprezo passa longe dessa nova obra de Apichatpong. Ninguém sai imune à sua sessão. Pode-se odiá-la ou amá-la, não importa. O fato é que ela, de alguma forma, vai mexer com o público.

Trailer:

(Lung Boonmee Raluek Chat,Espanha/França/Alemanha/Reino Unido/Tailândia,113 minutos, 2010)
Dir.: Apichatpong Weerasethaku
Nota 8,5

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Brasil está fora da disputa pelo Oscar 2011

Como era de se esperar, o Brasil está fora da disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, mais uma vez. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta quarta-feira (19) uma lista com os nove semifinalistas da categoria, selecionados dentre os 66 inscritos inicialmente.

Com isso, o Brasil completa oito anos de jejum do Oscar. A última vez que esteve indicado foi em 2003, com as quatro indicações (fotografia, direção, edição e roteiro adaptado) obtidas por “Cidade de Deus”, de Fernando Meireles.

Como ninguém alimentava esperanças sobre a indicação de “Lula – o Filho do Brasil”, a surpresa veio por parte da França, que ficou de fora com “Sobre Homens e Deuses”, considerado até então um dos favoritos.

Enquanto isso, outras obras confirmaram seu favoritismo, como “Biutiful”, do mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu; e o dinamarquês “Em Um Mundo Melhor”, de Susanne Bier, que acabou de ganhar o Globo de Ouro da categoria.

Dos nove concorrentes restantes, cinco receberão a indicação, cujo anúncio acontecerá no próximo dia 25 de janeiro. A entrega dos prêmios está marcada para o dia 27 de fevereiro, no Kodak Theatre. Confira abaixo, a lista com os nove semifinalistas:

Fora-da-Lei(Argélia), de Rachid Bouchareb
Incendies(Canadá), de Denis Villeneuve
Em um Mundo Melhor(Dinamarca), de Susanne Bier
Dente Canino(Grécia), de Yorgos Lanthimos
Confessions(Japão), de Tetsuya Nakashima
Biutiful(México), de Alejandro Gonzalez Iñárritu
Life, Above All(África do Sul), de Oliver Schmitz
Tambien la Lluvia(Espanha), de Iciar Bollain
Simple Simon(Suécia), de Andreas Ohman
 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Curta: Olhos de Ressaca


No começo do mês de dezembro, aconteceu em Berlim a Première Brazil 2010. Em sua segunda edição, a Mostra trouxe para o público alemão uma seleção incrível de filmes brasileiros, sob curadoria de Ilda Santiago, que conseguiu trazer para cá boa parte dos diretores dos filmes em questão.

Eram filmes como “As Melhores Coisas do Mundo”, “Os Famosos e os Duendes da Morte”, “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo”, “Dzi Croquetes” e “Bróder” - ainda inédito no Brasil. Deu orgulho ver o público berlinense aplaudindo tantos bons filmes brasileiros.

Antes de cada filme, era exibido algum curta-metragem. Casando perfeitamente com o longa que precedia (“Viajo Porque Preciso...”), “Olhos de Ressaca” trás toda a melancolia e romantismo de um amor que perdurou por toda uma vida.

Foi vencedor do prêmio de melhor curta no Festival do Rio 2009 e Prêmio do Júri em Gramado 2009, entre outros.

É um documentário de 20 minutos sobre um casal de idosos, ainda apaixonados, possuidores de um amor sereno e extremamente romântico, à moda antiga, recheado de belas palavras, proferidas como poesias.

Aproxima-se muito da declaração de amor em forma de filme que Àgnes Varda fez a Jacques Demy em “Jacquot de Nantes” (1991), só que neste caso, a declaração – pelo fato de ambas as partes estarem vivas – é mutuamente proferida.

É tanto carinho pululando na tela, que talvez dê a sensação de que a diretora Petra Costa exagerou no açúcar. Mas quem não gosta de um doce?


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Crítica: Dzi Croquetes

Um país sem memória é um país sem cultura”. “Quem não conhece os seus, não conhece a si próprio”. Essas máximas podem soar como sermões, mas são verdades que devem ser ditas e pensadas. Os tempos de globalização e acesso a culturas de todos os cantos do mundo possibilitam a cada escolher que tipo de informação quer ter. Documentários como Dzi Croquettes trazem à tona histórias importantes para o Brasil – e quiçá para o mundo – que até então haviam caído no ostracismo ou mesmo em sua época nunca tiveram o devido reconhecimento.

Dzi Croquettes era um grupo teatral, criado em tempos de perseguição da arte na ditadura militar, cujas performances conseguiam sobreviver à censura, por possuir um tipo de crítica tão sutil e inteligente que os censores não detectavam a sua “ameaça” ao regime.

Constituído por treze homens que se travestiam de mulheres, o grupo revolucionou a forma de se fazer comédia no Brasil, assim como apresentavam números de dança e movimentos corporais incríveis. Inicialmente denominado de Família Dzi Croquettes, o grupo possuía membros desprovidos de qualquer preconceito e empregavam a liberdade total não só nos espetáculos, como também em seu estilo de vida. Cada um possuía um papel específico na “família”. Desta forma, existia ali “o pai”, “a mãe”, “as filhas”, “a tia” e por aí vai.

Os diretores Raphael Alvarez e Tatiana Issa (filha do último artista e entrar para a trupe) contam a trajetória do grupo através de uma apresentação inicial geral e depois em forma de capítulos, determinados pela história individual de um a um dos integrantes, concentrando o seu final nas conquistas deles. Um documentário muito bem executado, com começo, meio e fim bem definidos, mas que não chega a ser quadrado em momento algum. Raphael e Tatiana entregam o pacote completo: fazem barba, cabelo e bigode.

A história deste grupo é tão fascinante que 100 minutos são poucos para sacear a curiosidade sobre eles. Para quem já os conhecia, uma boa sensação de nostalgia. Para quem não os conhece, é uma sessão mágica, em que os horizontes se abrem e descobre-se mais um trecho da rica história da cultura brasileira, oculta nos meios de cultura massificados e bombardeio de culturas exteriores dominantes.

Uma sensacional pesquisa de imagens de arquivo resgata números inteiros da apresentações dos Dzi, assim como cenas que ilustram o contexto de opressão em que viveram. Além disso, as dezenas de depoimentos coletados para o longa não deixam a peteca cair, cujos entrevistados possuem lembranças ricas em detalhes sobre os retratados, reafirmando o quanto eles influenciaram a arte culta e popular no Brasil, desde a bossa nova até o teatro cômico atual.

Dzi Croquettes ganhou os prêmios de melhor filme no Festival Brasileiro de Miami e melhor documentário nos festivais do Rio e de São Paulo. Chega para preencher uma lacuna na cinegrafia brasileira. Uma história que ficção nenhuma conseguiria dimensionar.

Bobo daquele que diz que documentário não serve para nada.

Trailer:

(idem, Brasil, 100 minutos, 2009)
Dir.: Raphael Alvarez e Tatiana Issa
Nota 9,0
 
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