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terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Homem-Urso


Werner Herzog rodou este documentário para contar a história de Timothy Treadwell, ambientalista estadunidense famoso por suas palestras em escolas mundo afora, esclarecendo e protestando contra a matança dos ursos pardos.

Durante 15 anos, três meses ao ano, Timothy viveu em meio aos ursos, numa floresta do Alasca. Morreu, juntamente com sua namorada à época, devorado por um daqueles ursos.

Timothy era são e insano, certo e errado, meigo e agressivo, um paradoxo ambulante que desperta amor e ódio no público. Ao mesmo tempo que fazia um trabalho admirável de conscientização e pregava paz, tinha surtos de agressividade; declarava amor aos animais, mas em determinado momento chinga umas moscas com visível ódio; se dizia desapegado das coisas materiais, mas era extremamente vaidoso e se importava muito em como aparecer em frente às câmeras e passar sua mensagem; e por aí seguem uma sequência de boas intenções e incoerências.

Através de depoimentos de familiares, amigos, ambientalistas e médicos-legistas, além de muitas imagens do arquivo pessoal e de trabalho do próprio Treadwell, Herzog mostra que por trás desta história haviam muitas outras questões implícitas, dignas de serem exploradas e vastamente discutidas.

Já realizei algumas sessões deste filme para várias pessoas e sempre, ao término da sessão, a discussão que se inicia e as reflexões que o filme incita em todos duram um longo tempo. O mais interessante é que isto só é proporcionado porque Herzog manipula bem as imagens, mas não se concentra em apenas defender o seu ponto de vista que, sim, lá está em alguns momentos cruciais.

O diretor mostra depoimentos a favor e contra os atos do ambientalista em questão e aproveita alguns momentos para dissertar sobre o uso das imagens, o fascínio de se registrar momentos de pura beleza através de imagens em movimento e também sobre o método que Treadwell utilizava nas filmagens de suas expedições.

À medida que a história do personagem vai sendo aprofundada, aprofundam-se também as discussões e a gama temática só aumenta. Quais são os limites entre o Homem e a Natureza? Até que ponto é saudável o isolamento? O que leva uma pessoa a tomar atitudes extremistas? Estava Timothy certo ou errado? Afinal de contas, ele não morreu feliz? As respostas podem seguir caminhos diferentes, mas estão todas lá e cabe a cada espectador extrair dali o que melhor lhe convir, para formar a sua própria opinião.

A mágica do documentário, neste filme, acontece, graças à história de um louco (ou não) e ao trabalho de um gênio.

Trailer:

(Grizzly Man, 105 minutos, 2005)
Dir.: Werner Herzog
Nota 10

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Crítica: O Garoto de Liverpool


Apesar de não ter alcançado – pelo menos por enquanto – êxito expressivo no cenário comercial, O Garoto de Liverpool tem configurado-se como a principal cinebiografia de John Lennon.

Depois de mais de uma dezena de outros filmes com o astro do rock como epicentro, esta obra emerge sob a promessa de contar “a história não contada” sobre ele. O roteirista Matt Greenhalgh, que também assinou o roteiro do elogiado Control (cinebiografia sobre Ian Curtis, do Joy Division), concentrou a trama na adolescência de Lennon, quando ele tinha dificuldades de integração nos colégios que passou e um relacionamento conturbado com a mãe e com a tia, que foi quem o criou.

O filme inicia-se quando da morte do tio, George, passando pela primeira banda (The Quarrymen), o início de amizade com Paul McCartney (interpretado por Thomas Sangster, o garotinho de Simplesmente Amor), até a ida para Hamburgo, na Alemanha, onde ele iniciou definitivamente a carreira.

Nas mãos da diretora Sam Taylor-Wood, o filme assume contornos sutis e é contado de maneira extremamente agradável, com muita música – não esperem ouvir nada dos Beatles – e ritmo constante, com os seus diversos ápices bem distribuídos, o que não deixa o espectador desviar a atenção do que se passa na tela, do começo ao fim.

Talvez por ser inglês, envolver música e uma história de determinação e crescente alcançar dos sonhos, além do dinamismo da montagem, o filme (estranhamente ou não) guarda suas semelhanças com o excelente Billy Elliot (2001).

Estranha apenas me pareceu a escolha de Aaron Johnson (Kick Ass) para interpretar o protagonista, já que o mesmo não guarda semelhanças físicas e nem entrega um estouro de interpretação que o justificasse como John Lennon. Ele apenas segura bem o rojão, mas fica a impressão de que diversos outros atores fariam melhor.

Continuando uma sequência impressionante de boas interpretações, está Kristin Scott Thomas (Há Tanto Tempo Que Te Amo), esplêndida, com uma segurança que poucos artistas chegam a ter e que cativa e torna densa e absurdamente humana a tia de John Lennon, Mimi, personagem que tinha tudo para ser retratada como a vilã da história, mas o que a motivou é tão plausível e o julgamento, tanto dela quanto dele e a mãe dele, fica aberto a discussões, o que é bastante saudável. Saudável como o desenvolvimento útil e coerente dos personagens que o cercam, não ficando limitado à figura central.

As sequências de transição, regidas por muita música boa, dinamizam a história, que segue numa linearidade paradoxalmente crescente. A vontade de ouví-lo como o famoso John Lennon vai aumentando à medida que ele faz suas descobertas musicais e conhece cada membro da banda, desde os que abandonaram a carreira, até os dois que compuseram os Beatles, Paul Mccartney e George Harrison – Ringo Star não chega a aparecer no filme.

Bem acabado tecnicamente, serve como registro de uma versão dos fatos e uma singela, divertida e interessante homenagem a um dos grandes ícones do rock mundial.

Trailer:

(Nowhere Boy, Inglaterra/Canadá, 96 minutos, 2009)
Dir.: Sam Taylor-Wood
Com Aaron Johnson, Kristin Scott Thomas, Anne-Marie Duff, Thomas Brodie Sangster
Nota 8,5

domingo, 28 de novembro de 2010

Curta: Werner Herzog Come Seu Sapato

No final da década de 70, Werner Herzog estimulou Errol Morris a fazer um filme, pois via naquele então jovem talento para o cinema. A vontade era tanta que Herzog prometeu comer seu próprio sapato se Morris aceitasse o desafio.

Pois bem que fez o tal filme (“Gates of Heaven”), sem dinheiro algum e em 1978, lançou-o em festivais, sendo tido como um dos melhores filmes daquela década. Herzog resolveu então fazer do pagamento da promessa um evento publicitário, como um apelo para que as distribuidoras se interessassem em divulgar o filme do amigo, que poderia facilmente cair no ostracismo, não fosse este seu gesto.

Além de ser um curta que conta esta história, “Werner Herzog Come Seu Sapato” é uma pequena aula de cinema, não pela sua feitura (com direção de Les Blanc), mas pelo que Herzog fala no decorrer da película. Um grande incentivo para aqueles que querem fazer cinema.

Não é à toa que ele foi professor de cinema por muito tempo e é um dos maiores cineastas da história. Minha admiração por ele só aumenta, a cada filme seu que vejo.

Curta na íntegra:

Dir.: Les Blanc
Nota 8,5

sábado, 27 de novembro de 2010

Olho nela: Elle Fanning

Elle Fanning tem apenas doze anos de idade e já com um currículo impressionante no cinema.

A garota começou a aparecer já aos (quase) 3 anos de idade, quando serviu de “versão criança” para a própria irmã (Dakota Fanning) no filme Uma Lição de Amor. De lá para cá, participou de várias séries de tevê e outros filmes, mas sempre participações mais discretas.

De qualquer forma, já tem em sua filmografia, filmes como O Curioso Caso de Benjamin Button, Deja Vu e Babel.

Neste ano, ela estrelou o novo longa de Sofia Coppolla, Somewhere, vencedor do Leão de Ouro em Veneza. Nele, Elle rouba a cena e encanta pela sua beleza e naturalidade. Sai-se muito melhor, inclusive, que sua irmã – que sempre fez cara de sofrida e deu uma de adulta.

Depois disso, a menina tem pela frente projetos dirigidos por ninguém menos que Cameron Crowe, Francis Ford Coppolla e J.J. Abrams, além da ter assinado para um dos papéis principais da cinebiografia do músico Vivaldi.

Nada mal para quem está “apenas” começando!

Trailer de "Somewhere":
 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Crítica: Os Outros Caras


Não gosto do Will Ferrell e não vejo a menor graça em suas piadas. Pelo que demonstram as bilheterias dos seus filmes no Brasil, a maioria dos brasileiros concordam comigo. Mas justiça seja feita: em “Os Outros Caras”, é ele quem carrega o filme nas costas. E olha que o peso para carregar é grande: Michael Keaton, Damon Wayans Jr, Dwayne “The Rock” Johnson, Samuel L Jackson e Mark Wahlberg (com seu cabelo em formato peruca-feroz).

Pela segunda vez – a primeira foi com “Mais Estranho Que a Ficção” - Ferrell prova que, quando quer, é um bom ator.

A direção do longa fica a cargo de Adam McKay, que quase (e finalmente) acerta a mão, depois de podreiras como “O Âncora”, “Ricky Bobby” e “Quase Irmãos”, todos protagonistas por... Mr. Ferrell.

Ele conta a batida história da dupla de policiais mal-sucedidos que, depois de anos no limbo, vêem na morte dos principais tiras da corporação a chance de provar que são bons e voltar ao alto escalão, ao substituir os policiais mortos. A dupla em questão é Allen (Ferrell) e Terry (Wahlberg). O primeiro tem, inacreditavelmente, uma esposa maravilhosa, de corpo escultural e carinhosa, vivida por Eva Mendes (“Hitch – o Conselheiro Amoroso”). O segundo vive tendo problemas com as mulheres e está sempre gritando e de mau humor.

O fato de Terry subestimar a capacidade de Allen rende uma sequência que por si só já vale o ingresso: a do jantar de apresentação da esposa de Allen para Terry. Impagável. Além desta, algumas outras cenas arracam risadas, mas a instabilidade do roteiro impede que o riso flua naturalmente, com outras tantas cenas que forçam a barra e extrapolam o bom senso. Afinal, por que tanto prazer em colocar os atores em situações constrangedoras? Para fazer valer o dinheiro que eles ganham? Das duas uma: ou os atores que se submetem a isso não têm sendo do ridículo ou estão desesperados por grana.

Algumas tentativas de inovar saem como tiros pela culatra, especialmente as sequências que são acompanhadas por um “hip-hop-yo” enfadonho, com estética de videoclipe vazio.

Como uma montanha russa, “Os Outros Caras” vai da surpreendente sutileza ao extremo grotesco em questão de segundos e impede o divertimento solto. Mas livra-se da bomba que poderia ser.

Trailer:

(The Other Guys, EUA, 107 minutos, 2010)
Dir.: Adam McKay
Com Will Ferrell, Mark Wahlberg, Eva Mendes,
Michael Keaton, Samuel L Jackson, Dwayne Johnson
Nota 6,0


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Curta: The Facts In The Case of Mr Hollow


Vejam que curta ótimo: “The Facts In The Case of Mr Hollow” é uma demonstração de como uma fotografia pode ser um documento probatório de extrema importância.

Assim como Antonioni utilizou uma fotografia como mote de “Depois Daquele Beijo” (Blow Up, 1983), os diretores Rodrigo Gudiño e Vincent Marcone também usaram uma foto (da década de 1930) como personagem principal do seu curta. Só que, desta vez, toda a história e os indícios do mistério estão contidos nela que, à medida que a câmera passeia pelos seus detalhes e os ilumina, faz revelações e mostra como cada detalhe é importante na análise documental.

O curta foi ganhador de prêmios nos festivais internacionais da Catalúnia e de Puchon, concorreu ao Genie Awards e concorre no Cannes Short Film Corner. Vale uma espiada/análise.


(idem, Canadá, 5 minutos, 2008)
Dir.: Rodrigo Gudiño e Vincent Marcone
Nota 8,0


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Crítica: Peepli Live

Aamir Khan é um dos homens mais badalados e poderosos de Bollywood. Ator de mais de 40 filmes, dentre eles os elogiados “Lagaan”, “3 Idiots” e “Pinta-me da Cor do Açafrão”, já se arriscou na direção – com o ótimo “Estrelas na Terra” – e na produção. Praticamente tudo que tem o seu nome é sucesso na Índia e, de uns tempos para cá, vem sendo conhecido pelo público do mundo todo. É dele a produção deste “Peepli Live”, escolhido da Índia como seu representante no próximo Oscar.

O filme toca num assunto atual e delicado pelas bandas de lá (o abismo existente entre os meios rural e urbano), mas o faz de maneira leve. A crítica advém do tom cômico – e quer melhor meio de ser crítico do que através da comédia?

Budhia e Natha são dois irmãos camponeses que estão prestes a perder suas terras por contas de dívidas que não têm como pagar, pois os bons tempos de lavoura se foram e não dão sinais de retorno. Pensando numa espécie de indenização que o governo dá às famílias dos agricultores que cometem suicídio (um absurdo real), Natha resolve que vai se matar.

O problema é que ele conta isso para um amigo e a conversa é ouvida por um jornalista local, que imediatamente contacta a jornalista do maior jornal do país, desencadeando uma onda de reportagens sobre o caso. O suicídio de Natha vira polêmica nacional e toda a imprensa quer cobrir o caso, fazendo daquilo uma novela sensacionalista, acampando em frente à pequena casa do camponês, a fim de acompanhar passo-a-passo do seu caso e saber o fim da história, ou seja, se ele vai mesmo ou não vai se matar.

O suicídio de agricultores alcança números exorbitantes na Índia e o governo faz vista grossa para tal, evitando ao máximo tocar no assunto. As poucas vezes que os governantes falaram disso, tentaram minimizar o problema, dizendo que o dinheiro concedido às famílias era apenas uma “compensação” pela sua perda. Um absurdo que acontece há muito tempo, mas que nunca foi resolvido.

A dupla de diretores Anusha Rizvi e Mahmood Farooqui tratam do tema com elegância e fazem um protesto brilhante sem precisarem ser agressivos e Anusha – que também foi a roteirista – em momento algum coloca discursos extremistas na boca dos seus personagens. Tudo é exposto com naturalidade, inclusive nas atuações semi neorrealistas, que se aproximam das interpretações da escola do cinema italiano.

A estética empregada ao sertão indiano é bastante semelhante ao sertão de Glauber Rocha em “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e seu protagonista é quase um espelho do inesquecível Zé do Burro de Leonardo Villar em “O Pagador de Promessas” ou dos malandros personagens de José Dumont em “O Homem Que Virou Suco” e “Narradores de Javé”.

Peepli Live” tem sido aclamado pela crítica e pelo público e soará incrivelmente familiar aos brasileiros. É o indiano mais brasileiro de todos os filmes, com um tema que me faz ter vergonha e uma produção que me faz sentir orgulho como se fosse um filme do meu próprio país.

Trailer:

(idem, Índia, 98 minutos, 2010)
Dir: Anusha Rizvi e Mahmood Farooqui
Nota 9,0

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Começa nesta terça-feira (23), o 43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o festival de cinema mais tradicional do Brasil. A programação se espalha por vários pontos do Distrito Federal e se estende até o dia 30 de novembro.

Este ano, cineastas de todo o país enviaram para a comissão de seleção 36 longas, 122 curtas 35 mm e 301 curtas digital. Só do Distrito Federal foram inscritos 108 filmes; 4 longas, 20 curtas 35 mm e 84 filmes no formato digital.
As produções selecionadas integram várias programações; Mostra Competitiva 35mm, Mostra Brasília, Mostra Petrobras Revelando os Brasis, Festivalzinho, filmes restaurados e produções para a abertura e encerramento do festival.
Dentro da Mostra Brasília está “Procedimento Hassali ao Alcance do Seu Bolso”, curta produzido por mim. Será exibido no dia 24 de novembro (quarta-feira), às 14:30 hs, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional.
Durante o Festival, o público poderá estabelecer contato com cineastas, técnicos e realizadores nos debates pós-sessão. Os debates da mostra competitiva 35 mm se realizam a partir das 11h do dia seguinte à exibição de cada filme no Cine Brasília. Os da mostra digital, logo após a apresentação na Sala Martins Pena do Teatro Nacional. Outras formas de participação do espectador são os seminários, oficinas, palestras e lançamentos de filmes, livros e DVD, programados para as dependências do Kubitschek Plaza Hotel, e sempre com acesso livre.
Dentre os seminários, o grande destaque é o seminário “Da juventude transviada à juventude plugada”, com presença dos cineastas Laís Bodansky (“Bicho de Sete Cabeças”; “As Melhores Coisas do Mundo”) e André Klotzel (“Reflexões de Um Liquidificador”).
Este ano, o Festival de Brasília presta homenagem a Carlos Reichenbach, um dos grandes realizadores brasileiros, muitas vezes presente ao evento ora concorrendo, ora na curadoria ou integrando a comissão de julgamento. Dele, será exibido dia 23, na abertura, na Sala Villa Lobos, o filme “Lilian M: Relatório Confidencial, produção de 1974/1975. A sessão é para convidados.
A cerimônia de premiação dos vencedores do 43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocorre a partir das 20h30, de terça feira, 30, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, quando será exibido o filme “Os Deuses e os Mortos”, de 1970, dirigido Ruy Guerra, em sessão restrita a convidados.

Mais informações sobre os selecionados e a programação completa estão disponíveis no site do festival: http://www.festbrasilia.com.br

 

domingo, 21 de novembro de 2010

Festival Internacional Kino Olho

Começa nesta segunda-feira (22/11) o Festival Internacional de Cinema Independente (FIIK) 2010, que acontece no Casarão de Cultura de Rio Claro/SP. O FIIK, como o nome já diz, é um festival que objetiva propagar o cinema independente.

Neste ano, 260 filmes foram inscritos, de todos os estados brasileiros e 5 países diferentes. Destes, 40 curtas foram selecionados e serão exibidos até o próximo dia 28 de novembro.

Procedimento Hassali ao Alcance do Seu Bolso”, curta produzido por mim, será um dos exibidos, na sexta-feira (26), às 20 horas, no local já citado acima.

Quem puder comparecer, compareça. Modéstia à parte, vale a pena! A programação completa e mais informações estão disponíveis no site do festival: http://kinoolhofestival.blogspot.com

 

sábado, 20 de novembro de 2010

Documentário brasileiro é pré-selecionado para o Oscar


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou a lista dos 15 filmes pré-selecionados para buscar uma indicação ao Oscar 2011 de melhor documentário. Entre eles está "Lixo Extraordinário", que enfoca o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz no aterro sanitário Jardim Gramacho, no Rio, o maior do mundo.
Com previsão de estreia para fevereiro, "Lixo Extraordinário" ganhou o prêmio do público no Festival de Paulínia, assim como em outros eventos do calendário internacional de cinema, como Sundance e Berlim. Apesar do comunicado da Academia só creditar a diretora Lucy Walker, também são responsáveis pelo cargo Karen Harley e o brasileiro João Jardim ("Janela da Alma" e o inédito "Amor?").
Ainda na lista, estão pesos-pesados como "Exit Through the Gift Shop", do grafiteiro Banksy; "Trabalho Interno", de Charles Ferguson, análise sobre a crise financeira que abalou os Estados Unidos; e "Waiting for 'Superman'", do ganhador do Oscar Davis Guggenheim ("Uma Verdade Inconveniente", "A Todo Volume"), que analisa o sistema educacional norte-americano.
Os cinco indicados a melhor documentário serão anunciados no dia 25 de janeiro, junto com os concorrentes das demais categorias. A cerimônia do Oscar 2011 está marcada para 27 de janeiro, no Kodak Theatre, em Los Angeles.
Veja abaixo os 15 documentários pré-selecionados:
"Lixo Extraordinário" ("Waste Land"), de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim
"Client 9: The Rise and Fall of Eliot Spitzer", de Alex Gibney
"Enemies of the People", de Rob Lemkin e Thet Sambath
"Exit Through the Gift Shop", de Banksy
"Gasland", de Josh Fox
"Genius Within: The Inner Life of Glenn Gould", de Michele Hozer e Peter Raymont
"Inside Job", de Charles Ferguson
"The Lottery", de Madeleine Sackler
"Precious Life", de Shlomi Eldar
"Quest for Honor", de Mary Ann Smothers Bruni
"Restrepo", de Tim Hetherington e Sebastian Junger
"This Way of Life", de Thomas Burstyn
"The Tillman Story", de Amir Bar-Lev
"Waiting for 'Superman'", de Davis Guggenheim
"William Kunstler: Disturbing the Universe", de Emily Kunstler e Sarah Kunstler




quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Crítica: Harry Potter e as Relíquias Morte - Parte 1

Quarta-feira, 17 de novembro. O tempo frio e chuvoso e a pouca movimentação em frente ao cinema de Berlim não pareciam combinar com a aguardada estreia que estava por começar. A sala, apesar de lotada, não continha o público histérico, louco para ver o começo do fim da saga do bruxinho mais famoso do mundo. No fundo, aquele clima civilizado e mais maduro que as outras estreias de Harry Potter anunciava o tom do novo filme da franquia.

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” acompanha Harry (Daniel Radcliffe), Ronnie (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) em busca das horcruxes e de como destruí-las, a fim de minar os poderes de Voldemort (Ralph Fiennes), que dominara o mundo dos bruxos, desde a morte do mago Dumbledore.

O roteirista Steve Kloves se concentrou, nesta primeira parte, na busca por apenas uma horcruxe, o que lhe deixou livre para contar com muita calma a história e se concentrar mais nos personagens e menos na ação, preparando o terreno para o final apoteótico que parece estar por vir. Algumas sequências de ação e corre-corre estão lá, mas não são o grande atrativo.

Surpreendentemente, este é o mais introspectivo filme da série e David Yates – ao contrário do que muitos fãs reclamaram em “O Enigma do Príncipe” – foi bastante fiel ao livro. E hai do fã que reclamar que algum detalhe está faltando! Está tudo lá, com tanta calma, que em vários momentos o filme mais se aproximava de um cult do que de um arrasa-quarteirão. Sobra espaço até para uma ceninha – enfadonha, que se diga – de dança entre Harry e Hermione. É um presente aos fãs, que já devem começar a se despedir do seu objeto de desejo de anos.

Os incontáveis cenários (sonho e pesadelo de qualquer direção de arte) são explorados ao máximo pela fotografia, com sua gelidez, hostilidade e inospitalidade. O português Eduardo Serra (o diretor de fotografia) não teve medo de arriscar e utilizar, por várias vezes, câmera na mão, desfoques e granulados nas imagens, recursos difíceis de serem digeridos por um público tão acostumado à assepsia visual dos filmes de ação e efeitos.

Efeitos visuais, aliás, que cumprem o seu papel com brilhantismo, como era de se esperar. As criaturas daquele universo, como os Goblins, ressurgem em perfeição de detalhes, texturas e expresões faciais. Há ainda a inclusão de uma animação genial, de cerca de dez minutos, suave e poética.

David Yates realizou um filme introspecto, com cara de cult, mas que tem tudo para agradar os fãs vorazes dos filmes e dos livros de J.K. Rowling. E isso só foi possível graças à escolha acertada de adaptar o último livro em dois filmes. O estúdio (Warner Bros) uniu o útil (contar a história com calma e fidelidade) ao agradável (ter outro filme para fazer mais dinheiro).

É assim que o último filme dá certo: o primeiro abaixa a poeira e analiza o âmago dos personagens; assim, quando a ação tomar conta da segunda parte, a história já não será mais vazia e atropelada como seria, se tivesse pouco tempo para ser contada.

Espera-se, agora, que o melhor esteja guardado para o final.

Trailer:

(Harry Potter and the Deatly Hallows – Part 1, EUA/Inglaterra, 146 minutos, 2010)
Dir.: David Yates
Com Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Helena Bonham-Carter, Alan Rickman, Julie Walters, Bill Nighy
Nota 8,0
 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mais recordes para o cinema nacional

O cinema nacional acaba de bater mais um recorde. Com os números do último final de semana, o total de ingressos vendidos no ano já passa dos 22 milhões, número do até então recordista ano de 2003. O resultado foi alcançado graças ao desempenho de “Tropa de Elite 2” – que manteve pela sexta semana a liderança das bilheterias brasileiras – e também pela boa estreia de “Muita Calma Nesta Hora”, que obteve público de mais de 170 mil pessoas em sua estreia – o que indica mais um provável filme nacional a ultrapassar o milhão de público neste ano.

Tropa de Elite 2” já levou cerca 9,5 milhões de pessoas aos cinemas, enquanto que “Nosso Lar” levou outros 4 milhões de espectadores e “Chico Xavier – o Filme” 3,4 milhões. Outros filmes de médio porte também deram sua contribuição, como “O Bem Amado” (950 mil espectadores), “Lula – O Filho do Brasil” (850 mil espectadores), “As Melhores Coisas do Mundo” (280 mil espectadores) e “High School Musical – o Desafio” (300 mil espectadores).

No entanto, a porcentagem do público do cinema brasileiro ainda é menor à de 2003. Cerca de 19% dos ingressos vendidos em 2010 foram para filmes nacionais, enquanto que, em 2003, o percentual ultrapassou a casa dos 21%. Isso se deve ao fato de 2010 ser também um recordista de público no geral, dos últimos 20 anos. Até o dia 04 de novembro, mais de 115 milhões de ingressos já haviam sido vendidos.

Ainda sobre o Capitão Nascimento e cia: o filme já ultrapassou a renda e o público de "Avatar" – até então o maior público dos últimos 20 anos no Brasil – e agora só fica atrás de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” em número de espectadores. “Dona Flor” levou 10,7 milhões de brasileiros aos cinemas em 1976/1977, sendo que, na época, o número de salas de cinemas no Brasil era quase 50% maior que atualmente. E vale também ressaltar que “Tropa 2” ainda tem fôlego suficiente para ultrapassar a marca de “Dona Flor” e se tornar o maior filme brasileiro de todos os tempos.

É esperar (e torcer) para ver onde estes números irão chegar.

Dados: FilmeB e Ancine


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os 15 potenciais candidatos ao Oscar de animação

Saiu a lista das 15 animações elegíveis para o Oscar. Por causa do baixo número de “aprovados”, a categoria só terá 3 indicados em 2011.
 
Neste ano, cinco filmes foram indicados, pois a Academia havia aprovado 20 inscritos, número mínimo para se ter as cinco indicações em uma categoria.

Toy Story 3” e “Como Treinar Seu Dragão” são tidos como certos entre os concorrentes. Para a terceira vaga, eu aposto em “O Ilusionista” (novo longa de Sylvain Chomet, d'As Bicicletas de Belleville) ou em “A Lenda dos Guardiões”.

Independente da quantidade de nomeados, alguém ainda duvida que a estatueta irá para os bonecos da Pixar?

Veja abaixo, a lista dos 15 candidatos:
 
Alpha and Omega”

“Cats & Dogs: The Revenge of Kitty Galore”

“Despicable Me”

“The Dreams of Jinsha”

“How to Train Your Dragon”

“Idiots and Angels”

“The Illusionist”

“Legend of the Guardians: The Owls of Ga’Hoole”
“Megamind”
“My Dog Tulip”

“Shrek Forever After”
“Summer Wars”

“Tangled”
“Tinker Bell and the Great Fairy Rescue”

“Toy Story 3”

Crítica: Eu, Você e Todos Nós

Miranda July é artista performática, musicista, escritora, atriz e diretora. Eu, Você e Todos Nós marcou a sua estreia na direção de longas metragens e foi premiado em boa parte dos festivais de filmes independentes de 2005, além de ter sido ovacionado pela crítica especializada.

A diretora mostra, através das histórias de diversos personagens, como a vida é feita de pequenos momentos e como todos temos pequenos segredos, desejos ocultos e sujeiras de personalidade, e que nada disso nos faz ser menos admiráveis como seres humanos, justamente por sermos ordinários.

Miranda é também uma das protagonistas do filme, uma taxista que trabalha para a terceira idade, que tenta ter seu trabalho de artista performática aprovado para ser exposto numa galeria. É ela quem dá a liga, a pitada deliciosa de criatividade ao filme, permeando-o com doses homeopáticas de sua arte, fazendo com que uma simples foto tome vida como um show, cujo público está alucinado; ou um par de sapatos se roçando se torne uma linda representação de um casal desentendido, mas apaixonado.

Por outro lado, além de outras tantas histórias, temos um homem recém-separado, que tenta lidar com os dois filhos. É do filho mais novo que vem a fofura e as risadas que o longa arranca. A criança (Brandon Ratcliff) é hilária, um achado da produção. É criação dele o antológico sinal gráfico de computador, eternizado na cabeça de quem viu. E só quem viu consegue entender o que ele significa.

Back and forth... forever!

))<>((

(Me, You and Everyone We Know, EUA/Inglaterra, 91 minutos, 2005)
Dir.: Miranda July
Com Miranda July, John Hawkes, Brandon Ratcliff
Nota 9,0


sábado, 13 de novembro de 2010

Curta: Café Expresso (French Roast)

Café Expresso (French Roast) é um simpático curta francês, dirigido por Fabrice Joubert, que marca aqui sua estreia na direção.

Normalmente, Fabrice trabalha como supervisor de animação de filme Hollywoodianos, como “O Espanta-Tubarões”, “Por Água Abaixo” e mais recentemente “Meu Malvado Favorito”.

Em oito minutos, ele consegue um ótimo discurso sobre o dito popular “as aparências enganam”.

French Roast foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2008, ganhou o prêmio de melhor animação no Festival de Córdoba 2009 e também o prêmio de melhor direção no Anima Mundi 2009.


(French Roast, França, 8 minutos, 2008)
Dir.: Fabrice Joubert
Nota 7,5

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Crítica: Minhas Mães e Meu Pai


É muito bom poder falar deste filme simultaneamente à sua estreia no Brasil. Ele é daqueles que pode passar despercebido, se o público não comparecer logo, pois tem uma distribuição discreta e não possui efeitos visuais, tiros e escatologias para atingir o grande público.

Minhas Mães e Meu Pai – raro caso em que o título brasileiro soa melhor e mais honesto que o original – é destas pequenas pérolas que, vez por outra, encontramos pelo caminho.

Sua história é centrada em cinco personagens, cada qual minuciosamente construídos. Nic (Annette Benning) e Jules (Julianne Moore) formam um casal de lésbicas que fizeram inseminação artificial e tiveram dois filhos, Joni (Mia Wasikowska) e Laser (Josh Hutcherson). Assim que a filha mais velha completa 18 anos, Laser a convence a procurar o doador do sêmen usado na inseminação de ambos. A introdução de Paul (Mark Ruffalo) na família aparentemente tão bem constituída será delicada e as mães terão que colocar na balança todos os problemas, para saber se o doador é ou não bem-vindo como o pai das crianças.

O arco dramático formado não é em nenhum momento abandonado pela diretora Lisa Cholodenko, que transformou o ótimo roteiro num filme delicioso de ser assistido; divertido em seu primeiro ato e dramático na sequência. Uma história especial, sensível e inteligente.

O elenco reunido só possui felizes escolhas, desde os adolescentes Josh Hutcherson e Mia Wasikowska (muito melhor do que a apática Alice de Tim Burton que outrora fizera) à competente Julianne Moore e o sempre despudorado Mark Ruffalo, que desta vez encontrou o papel perfeito para si.

Mas é Annette Benning quem faz o show. Ela confere humanidade e uma leque enorme de qualidades e defeitos à sua personagem. Seu trabalho é emocionante e é digno de todo o reconhecimento.

Sob trilha sonora assinada por Cartel Burwell, Minhas Mães e Meu Pai faz rir quando a situação permite e leva às lágrimas quando deve levar. Tudo muito bem dosado para entregar ao público um dos melhores filmes do ano. 

Trailer:

(The Kids Are All Right, EUA, 106 minutos, 2010)
Dir.: Lisa Cholodenko
Com Annette Benning, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska, Josh Hutcherson
Nota 10

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Crítica: R.E.D. - Aposentados e Perigosos


R.E.D. significa “Retired Extremely Dangerous” (Aposentados Extremamente Perigosos). Podemos também entender assim: atores com síndrome de adolescente podem, juntos, formar uma bomba, se aceitarem pagar o mico proposto.

Bruce Willis, John Malkovich, Morgan Freeman, Mary-Louise Parker e Helen Mirren toparam viver os “velhinhos perigosos” e bem que poderiam ter se dado bem, não fosse um roteiro péssimo, sem a menor personalidade.

Willis e Parker vivem Frank Moses e Sarah Ross, respectivamente. Eles mantinham um relacionamento por telefone, até que um dia ele aparece na casa dela e a “sequestra”, com o argumento de que ela corre perigo por ter se envolvido com ele. O real motivo da fuga é que ele é ex-agente da CIA e, por saber demais, precisa ser apagado. Em sua jornada, encontra ex-colegas de trabalho – também considerados R.E.D. – e juntos formam um grupo de combate à CIA, ou se assim melhor preferirem, de luta por sobrevivência.

O roteiro é baseado nas HQs de Warren Ellis e infelizmente não dá conta do recado. Assim como as piadas sem sal e as sequências de ação enfadonhas são de dar sono. Só se salva por ter um elenco competente que, mesmo pagando mico, o fazem com dignidade. O papelão não é por causa da atuação deles, mas por causa da escolha infeliz de fazer um filme como este. Mas disso eles não têm culpa. A proposta parecia boa, mas sob uma direção equivocada, deu errado.

Inicialmente, vemos sequências de ação mal explicadas, de resolução rápida e clichê. A repetição de velhas frases de impacto não funciona e a trilha sonora picareta mais parece de série teen teatral de tevê, bem no estilo Hannah Montana ou Kenan & Kel.

Tudo é feito no formato mais básico possível. Na tentativa aparente de não enfatizar mais este ou aquele astro, o diretor concebeu uma introdução para cada um, como se aquilo fosse causar delírio no público. Hunf.

Os papéis cômicos ficaram a cargo de Mary-Louise Parker e John Malkovich, mas uma é histérica de dar preguiça e o outro só repete as excentricidades que costuma fazer. Helen Mirren, como era de se esperar, é quem se sai melhor, mostrando competência mesmo quando faz escolhas erradas. Sua aposentada tem estilo, postura e não parece querer ser uma adolescente. Prefere ser uma senhora bem vestida e perigosa.

Depois de tudo, o final ainda escancara a possibilidade de uma sequência. Tem gente que não sabe mesmo a hora de tirar o time de campo...

Trailer:

(R.E.D., EUA, 100 minutos, 2010)
Dir.: Robert Schwenkte
Com Bruce Willis, Mary-Louise Parker, John Malkovich,
Helen Mirren, Morgan Freeman, Brian Cox
Nota 4,0
 
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