A história tem como epicentro a personagem de Natalie Portman, Grace, casada com Sam (Tobey Maguire), com quem teve duas filhas. Às vésperas de ingressar numa missão militar no Afeganistão, Sam vai à prisão local para buscar o irmão, Tommy (Jake Gyllenhaal), preso por três anos por ter assaltado um banco.
Após algum tempo de missão, Grace recebe em casa os chamados messengers, militares incumbidos de dar a notícia da morte de companheiros durante as missões. Diante do choque da morte do marido, Grace encontra conforto no cunhado rebelde, que passa a ajudar-lhe a criar as duas meninas agora órfãs.
O filme tem um bom diretor, mas que perdeu-se nas suas escolhas. Tem um ótimo elenco, mas que por algum motivo não estava à vontade, com atuações travadas e apenas alguns lampejos que demonstram o talento do trio de protagonistas. Tinha um bom argumento, mas que não converteu-se num roteiro bem escrito.
O desenvolvimento da história se atropela (talvez um trabalho ruim de montagem), com um sequência de cenas de “recuperação” muito rápida da viúva e igualmente rápido o envolvimento dela com o cunhado. Muito rápida também a transformação de Tommy (Jake Gyllenhaal), que vai de bad boy a bom moço em pouquíssimos minutos. Um pouco mais de calma não fariam mal a ninguém e história teria sido mais crível e menos forçada.
Ao contrário da irmã fictícia, Taylor Geare está uma graça como a filha caçula, natural e verossímil. Além dela, Carey Mulligan (Educação) também aparece muito bem numa pequena ponta, crucial para a compreensão das atitudes posteriores de alguns personagens.
Além disso, a direção de arte parece ter sido contratada a toque de caixa e realizada com muita má vontade. Eram perceptíveis descuidos como tampar a logomarca de um celular com um adesivo quadrado e mal recortado ou um espelho embaçado somente num “pedaço perfeito”, na medida certa para não infringir alguma cláusula contratual de Tobey Maguire e não mostrar seu peitoral magro na fase de filmagem que ele teve que emagrecer, ficando quase raquítico. O bom senso mandaria que filmassem de outro ângulo ou que arrumassem outra solução para a cena, que não aquelas soluções constrangedoras. Parece coisa de gente ranzinza, mas acreditem! Quem faz filme sabe que aquilo não passa de desleixo total. Tive vergonha alheia.
Entre Irmãos é a prova de que de boas intenções o inferno está cheio.
Trailer:
(Brothers, EUA, 104 minutos, 2009)
Dir.: Jim Sheridan
Com Natalie Portman, Tobey Maguire, Jake Gyllenhaal, Carey Mulligan
22 comentários:
Em Portugal ainda não estreou... que pena que não tenha resultado bem.
Até tinha potencial, Tiago. Mas a direção perdeu-se no caminho. Se estrear por aí, veja sem nenhuma expectativa.
não consegui acabar de assistir de tão ruim que achei.
Mr Dalloway, isso raramente eu faço. Sempre há a chance do filme melhorar, então tento ver até o fim...
Ainda não assisti ao filme e queria, quero ainda, muito ve-lo.
Fiquei louca quando vi que Natalie estaria nele, é que eu gosto muito dela.
A verdade é que quando eu soube que esse filme lançaria, fiquei louca para assistir, mas quando vi o trailer me decepcionei um pouco, a história é muito se graça, puro clichê. Talvez eu assista...
Fred você já assistiu (que pergunta idiota) ao filme Na Natureza Selvagem?
Se puder deixar um comentário sobre ele, quero muito saber sua opinião...
bjos
Sophia, eu também achei que fosse um bom filme, mas me decepcionei. Assista e tire suas conclusões.
Já vi Na Natureza Selvagem. Ele aparecerá num post aqui do blog em breve e, posteriormente, quando tiver mais tempo, quero mesmo escrever sobre ele. Mas me diga: você gostou dele?
Beijos!
Se eu gostei? Eu amei!
O decorrer do filme é incrível. A história fantástica e depois que eu soube que é baseado em fatos reais me apaixonei. Amo filmes assim.
O único problema foi que eu assisti o filme em partes, sabe, tinha outras coisas a fazer e não deu tempo de assistir sem parar, acho que teria sido mais emocionante.
To louca pra que vc comente logo...
bjo
Uau, Sophia! Agora até me espantei com sua opinião. Mas fazer o quê?! Ninguém é perfeito! rsrs
Mas acho que se você assistir sem parar vai poder reparar nos defeitos, principalmente de roteiro e montagem.
Mas só uma coisa: se você "assistiu em partes", significa que não viu no cinema. Como o filme não chegou na locadora, deduzo... ai, meu Deus! Prefiro não pensar.
Beijo
Fred, que horrível! rs. Eu sei que não sou perfeita, mas eu simplesmente amei esse filme. Apesar de... eu não gostar do carinha principal. "carinha", que horror! rs.
Hum, eu baixei o filme, mas ele é muito grande e eu tinha outras coisas pra fazer, então nunca dava pra eu assistir ele todo, por isso assisti em partes. Você pensou o que? Afinal você gostou ou não do filme?
bjo
Sophia, eu não gostei nada do filme. O medo que eu tinha era justamente este: o de você ter assistido cópia pirata. Dar dinheiro para quem sequer trabalhou para que o filme ficasse pronto não é justo. Não sou contra baixar, afinal isso chama-se democratização da informação. Mas se o filme está em cartaz, porque não vê-lo no cinema?
Beijo
Agora não entendi nada. Como e que você diz que não gostou nada do filme e coloca ele na sua lista dos melhores? Me explica isso direito.
Deus que me livre assisti filme pirata.
Na verdade eu nem sei se esse filme chegou a entrar em cartaz na minha cidade, só o vi na locadora e depois de muito tempo assisti.
bjo
Agora entendi, Sophia!
Mas em que lista você viu que eu coloquei este filme? Não o pus em nenhuma, ainda, até porque a lista dos piores só virá no fim do ano! rsrs
Fred eu não me lembro do nome da lista. Eu só sei que tava dividida em partes de 20. Ah! Era alguma sobre os 100 melhores do ano, sei lá alguma coisa assim, mas eu tenho certeza eu Na Natureza Selvagem tava na lista.
bjo
rsrsrs... Oh Fred! Não coloca ele na lista dos piores, não. Teve filmes bem piores que esse, você sabe disso.
Mas diga o que realmente você não gostou no filme. Teve umas partes que eu achei meio chato, paradão e eu tbm não gosto do carinha principal.
Mas, em suma, gostei pra caramba do filme.
bjo
Fred, eu vi agora, você colocou Na Natureza Selvagem em 7º lugar na sua lista de melhores da década de 2000.
bjo
hahaha!
Agora eu entendi tudo, Sophia!
Enquanto você falava do Into the Wild, eu falava do Brothers. Aí não ia ter jeito de concordarmos em nada mesmo! rsrs
Nunca iríamos entrar em um acordo. rsrsrsrs
Eu tava começando a ficar chateada e desacreditada de que vc estava dizendo coisas ruins do filme. Agora sim... me diga o que vc achou do filme.
bjo
Oi, Sophia!
Desculpa a demora para responder.
Eu quero ainda escrever algo sobre o Into the Wild, mas não tenho tido tempo para reassistí-lo. Resumindo: acho um filme emocionante e dirigido com brilhantismo pelo Sean Penn, que com pouca grana realizou uma produção impecável.
O Emile Hirsch faz seu melhor papel e a trilha do Eddie Vedder é um show à parte. É uma ode à liberdade, à juventude e à vontade de viver com simplicidade que em algum momento da vida aflora em cada um.
Tá bom assim? Fui resumido porque preciso rever para relembrar detalhes e para obter inspiração para escrever algo bonito, porque este filme merece!
Beijo!
Como assisti ao original e gostei muito, não quis assistir a essa (desnecessária) refilmagem. Pelo seu comentário, acho que tomei a decisão certa.
Abs
Ingmar, você tomou a decisão certa! Eu é que devia ter visto o original, ao invés deste!
Abs
Não gostei do filme, a suposta recuperação da viúva e do cunhado regenerado ser rápida demais, tambem achei que a menininha falar coisas de adulto ficou muito forçado e quase houve uma tragédia em família por conta disso. Ela poderia dar a entender na cena para intrigar a mãe e o cunhado, mas não do jeito que foi dito, já que se excedeu e ficou forçado demais, ate porque ela só ouviu por alto a desconfiança do pai e se aprofundou no tema sem necessidade, ainda mais para uma criança tão pequena.
Bolsas de Grife - pois é. Isso que dá não desenvolver melhor o roteiro e os personagens. Um pouco mais de sutileza poderia ter feito deste um bom filme...
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