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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ó Paí, Ó

Lázaro Ramos pode fazer sucesso nas paradas pop televisivas, mas que bom que usa isso para o bem. Depois de se tornar um ator bem sucedido no cinema e na tv, Lázaro voltou a Salvador em 2007, para reunir o seu antigo grupo de teatro (o Bando de Teatro Olodum) e viabilizar, a partir de sua influência no mercado cinematográfico, a adaptação de sua peça na época em que fazia parte do grupo, a peça que dá nome ao filme.

Pois bem, ele sabia o que estava fazendo. O filme teve apelo popular suficiente para se tornar sucesso de qualidade, com mais de 300 mil espectadores, marca bem alta para os padrões de um filme independente. Foi tão bem que depois ainda rendeu um seriado na Rede Bobo, igualmente engraçado.

Seu antigo grupo conta com um elenco excelente, artistas detentores das melhores interpretações do filme, apesar deste contar com participações de artistas globais de peso, como Dira Paes (igualmente excelente), Wagner Moura (outro soteropolitano competente, mas que aqui não serviu para muita coisa) e Stênio Garcia, apagado em meio a tanto entrosamento do restante do elenco.

Os anos de peça e a sintonia adquirida entre os atores tornou possível desenvolver uma naturalidade tão grande que é difícil encontrar algum momento em que o filme perca a sinestesia. Mas é Lázaro quem dá um show, voltando às raízes que o revelaram com Madame Satã, declarando, através da interpretação, seu amor pela terrinha que o revelou.

É a história de um cortiço em Salvador, mais especificamente no Pelourinho, que fica ainda mais em rebuliço às vésperas do carnaval, com as figuras mais esquisitas e o lado mais fanfarrão e malandro aflorando em cada um ali presente.

Toda essa confusão armada serve como pano de fundo para mostrar que no carnaval não acontecem somente coisas boas. O crime e o tráfico acontecem com mais força que de costume, os esquemas de bandidagem se armam e tudo convive, em certos momentos até respeitando o espaço da folia e do fervor religioso daqueles que excomungam a festa, dizendo que aquilo é obra do chifrudo (não deixa de ser, mas de vários chifrudos e de outra espécie!). Em outros momentos, um invadindo o espaço do outro.

Mas felizmente o que toma conta do filme é o clima de festa que impera na Bahia e isso transparece ao público em cada fotograma.


Os vinte minutos que introduzem a história são excelentes, de uma eficiência e fluidez perceptível, o que me fez pensar: “-Que legal, o cinema nacional já evoluiu à esse ponto de cuidado narrativo!”

A trilha sonora age, naqueles que não gostam de carnaval, da mesma forma que quando estes vão lá: envolvem-se e libertam-se dos preconceitos. Para os que já gostam de axé, forró, calypso, afroreggae e todos os ritmos misturados do nordeste, resta-lhes curtir ainda mais. E comemorem aqueles que já enjoaram de ouvir Caetano Veloso em trilhas de filmes (culpa da produtora Paula Lavigne - ex-mulher do cantor - e sua Natasha Filmes, que acha que em TODOS os projetos que banca tem que dar uns trocadinhos a mais para Caetano): a música dele só toca quando os créditos sobem, daí você poderá desligar o dvd ou assistir os extras sem o menor problema.

Enfim, fluidez perfeita, Ó Pai Ó, alegria é seu nome, mesmo quando há tragédia no show da vida. É baianidade à flor da pele, é energia boa, são personagens memoráveis e é isso que enaltece o Brasil e seu cinema. E o negro é lindo, a Bahia é linda e o filme também, vixe?!

Ó Paele, Ó!


Ó Paí, Ó (Brasil-2007)
Dir.: Monica gardenberg
Com: Lázaro Ramos, Dira Paes, Wagner Moura, Stenio Garcia e Bando de teatro Olodum

Nota 8,7

9 comentários:

O Cara da Locadora disse...

Que bom que gostou desse filme, vi muitas pessoas achando-o mediano e eu gostei muito dele... Abraços...

Rodrigo Ávila disse...

Olha, sinceramente, cada um vê o que quer mesmo. Achei o filme de uma mediocridade tremenda, com o enredo completamente solto. Ao contrário do que pensa. Um filme que consegue camuflar por si as misérias da Bahia. Reforça o velho estereótipo do nordestino que todos conhecemos (preguiçoso, festeiro etc). O carnaval da Bahia é tão caro que não cabe nenhum pedaço da manga do Abadá pros personagens do filme. Os pobres, que foram os precursores desta festa, ficam olhando os ricos acompanharem o trio. Não tem nada de inclusivo naquilo. Pensava que o cinema nacional tinha evoluído depois que assisti "Lavoura Arcaica", "Abril Despedaçado", "Cidade de Deus", e tantos outros. Mas quando vi esse filme pensei o contrário de você: "nossa, achei que já tínhamos passado disso. Que retrocesso!".

Ricardo Martins disse...

e ae fred acabo de fazer um blog de cinema
é bem simples ,por enquanto, mas se der passe la
participe ok
valeu
http://momentocine.blogspot.com/

Ricardo Nespoli disse...

Pro Rodrigo ali, eu realmente acho que o filme em nenhum momento mostrou coisas diferentes disso daí... Tanto que mostrou crianças morrendo (sim, spoiler, haha) por motivos banais, mostrou o cara fudido tendo um unico momento de gloria pois foi reconhecido por um amigo que ja foi pobre, mostra muito bem sobre preconceito racial, mostra como o pobre tem que se virar no sistema em que a gente vive (às vezes com falcatrua, às vezes tendo que se vender prum estrangeiro e se fudendo depois)... Mas mostra que apesar de tudo tenta não se abater e ser feliz, e se você for na Bahia (nem sei se você é de lá, rs) você vai ver que o povo é festeiro mesmo e isso é muito bom... Não entendo por que filme pra ser bom tem que mostrar gente pobre se ferrando (não que não ache que os filmes que você citou não sejam obras primas do cinema brasileiro)...

PS: Vou assinar como Nespoli e não como O Cara da Locadora por essaser uma opinião extremamente pessoal, rs...

Rafael Carvalho disse...

Gosto desse filme porque retrata aquele povo do pelô com os trejeitos que são próprios de cada um. Se existe um quê de exagero nos personagens, acho que só reforça os tipos que passam pelo Pelourinho, mas não consigo ver como uma forma de mediocrizar a população, como muitas pessoas pensam. Além disso, o texto traz algumas críticas sociais interessantes por todo o filme. E ainda por cima é bem divertido.

Rodrigo Ávila disse...

Pô Nespoli (ou o cara da Locadora rsrs), ainda bem que vc colocou no final que é uma opinião, e como toda opinião é extremamente pessoal. hehehe. Concordo com vc sobre as questões que foram mostradas. O que queria que vc entendesse é que tudo isso ficou num segundo plano. O riso do brasileiro sempre mascara a seriedade das fatalidades. A gente deveria encarar o nosso país com mais seriedade às vezes (devaneio pessoal). E acho que o filme deveria ir bem mais adiante do que foi. Tinha todos os elementos (principalmente a Bahia, que é lugar ímpar). O sincretismo das religiões, por exemplo, foi algo marcante no filme e gostei da forma como eles abordaram. Mas isso não tira a ideia de foi um filme mediocre. E que poderia ter feito muito mais. Eu gosto de escutar opiniões contrárias as minhas. Por isso, gostei do seu olhar sobre o filme.

Abraços

Agora concordo com o Rafael, o filme é muito divertido. Mérito para o grupo de atores do teatro da qual tiveram origem. Mas é uma diversão em cima de assuntos que deveriam ser tratados de maneira mais séria. Sabe aquele cara que olha pra foto do Salgado, onde tem duas crianças esqueléticas morrendo de fome e diz "QUE LINDO"?
Pois é assim que vejo o filme em alguns instantes.

Abraços
Valeu
Rodrigo Fortes

Fred Burle disse...

Caramba, isso virou debate! Que bom!
Vou por partes:
Rodrigo, existem filmes e filmes. Este aqui nunca quis ter uma função de reinvindicar nada e nem levantar bandeiras, mas mostra com fidelidade a movimentação que o carnaval provoca em quaisquer classes sociais, particularmente em Salvador. Eu já fui e não tem essa coisa pejorativa em pobre acompanhar do lado de fora, porque aquilo é tão apertado que todo mundo se mistura do mesmo jeito. Eu mesmo sempre fui na pipoca. Enfim, hipocrisia seria mostrar outro tipo de realidade, se esta é a que condiz com o povo de lá, tão miscigenado e por mais que passe por dificuldades, não perde a alegria. Às vezes temos que relaxar e curtir os filmes feitos para tal. E quando o filme é feito para questionar ou levantar bandeiras, levá-lo a sério e analisá-lo da maneira ideal. Não adianta analisar Ó Paí, Ó com seriedade, porque ele não foi feito com essa intenção, apesar de ter conteúdo crítico em meio à comédia.

Nespoli, acho que ao responder o Rodrigo, acabo concordando com a sua defesa. O legal do filme é justamente mostrar que há desgraças em meio ao carnaval, que há pessoas que se sacrificam mais para estar na festa, mas ninguém perde a alegria e o clima que toma conta da cidade contagia e só faz bem pra todo mundo, apesar das diferenças sociais que predominam no restante do ano.

Rafael, assino embaixo de tudo o que você disse. Estereotipar, neste caso, não é mediocrizar ninguém, pelo contrário, só reforça o modo com que os soteropolitanos lidam com a vida.

Enfim, cada um tem sua opinião e respeito isso. Só acho que cada filme deve ser analisado por aquilo que se propõe e nesse quesito todos concordam: o filme é muito divertido!

Grande abraço a todos vocês!

Rodrigo Ávila disse...

rssss...

Certa vez um jornal de uma grande potência do mundo, destacou a chamada de um turista que foi ao maracanã num domingo qualquer. À noite passeou pelo calcadão de Copacabana pra comer alguma prostitutita de minisaia. E no outro dia foi ao Sambódromo desfilar em alguma escola de samba que representava alguma favela do Brasil. Na delegacia foi oferendado com as palavras do comandante: "Não importa. Somos penta!"
Viva o Brasil!
Viva o discurso comprado por um programa qualquer de sábado à tarde que represente o que realmente somos!
E viva a unicidade de pensamento.
Deixemos que os filmes nos digam antes a que se propoem. Analisemos o todo pela parte. Assim podemos nos encaixar no que eles querem que pensemos.

Fred Burle disse...

Uhúll!
Viva a liberdade de expressão e a diversidade de opiniões!

=)

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