Está demorando, mas aos poucos vão surgindo demonstrações de que a Pixar não reinará mais sozinha no campo da excelência das animações. Já em sua estreia como produtora, a Industrial Light & Magic – responsável pelos efeitos especiais de Avatar e outras dezenas de blockbusters que você já viu – firmou parceria com o canal de tevê Nickelodeon e chamou um time de primeira linha para realizar este Rango.
Gore Verbinsky, diretor da trilogia Piratas do Caribe, também é estreante no campo da animação, assim como o roteirista John Logan (Gladiador). O primeiro sai-se bem e tem neste o seu melhor trabalho. O segundo parece não ter a mesma sagacidade para roteirizar animações, mas é competente o suficiente para segurar esta história com uma fluidez impressionante. Sua única grande falha foi não desenvolver o tema da falta de água no mundo, questão pertinente que o filme tenta tocar, mas não sai do nível da superficialidade.
Apesar de abusar dos clichês e se apoiar na premissa do malandro mentiroso que se passa de rei para se safar da perseguição de uma comunidade, a história não dá grandes saltos, cria passagens que interligam naturalmente os acontecimentos e trás ótimos momentos de paródia aos faroestes spaghetti dos anos 60, especialmente num momento de homenagem muito bem contextualizada, a um dos maiores símbolos daquele estilo de filme.
A equipe responsável pelos efeitos em CGI (computação gráfica) caprichou e o visual de Rango não deixa em nada a dever a qualquer concorrente. A caracterização dos personagens, a textura de cada bicho nojentinho daquele cenário desértico é incrível.
A trilha sonora é mais um primor assinado pelo alemão Hans Zimmer, que misturou cucaracha mexicana com trilha de faroeste pastelão e só acrescentou à atmosfera hilariante do filme.
Mas quem se destaca mesmo e é o grande trunfo desta produção é Johnny Depp, dublando o personagem-título com um sotaque do nível de Jeff Bridges em Bravura Indômita, só que voltado para a comédia. Ele é hilário e é peça fundamental para o sucesso de Rango.
A dublagem brasileira, segundo o consenso das críticas, não deixa a desejar. Então, tudo bem, quando acaba bem. Mas que os brasileiros vão perder o melhor da festa (Depp), ah, isso vão...
Trailer:
(idem, EUA, 107 minutos, 2011)
Dir.: Gore Verbinsky
Com as vozes originais de Johnny Depp, Abigail Breslin e Bill Nighy
Nota 8,5
9 comentários:
Gostei da crítica, e concordo que a PIXAR finalmente vai ter competição.
Também escrevi a crítica do Rango, e abordamos os mesmos pontos =). Eu dei é uma nota ligeiramente mais baixa, mas adorei o filme!
www.depoisdocinema.blogspot.com
quero muito ver este... acho q irei esta semana
http://filme-do-dia.blogspot.com/
Não gostei. Sério, enredo cansativo e clichê. Horrível.
Ainda não assisti, mas sou fã ávido do Johnny Depp..isso deve ajudar..
curti muito o blog..to seguindo e o citei no meu okay...
blogs e sites condizentes..
http://oirlandes.blogspot.com/
abraços..
Não gostei. Animação irritante e barulhenta com sequências arrastadas, maneirismos, clichês e excesso de citações.
Jota, só falta agora eles conseguirem inserir um pouco de lirismo nas histórias e aí pronto, a Pixar será desafiada.
Kahlil, depois diga o que achou!
Lorena, concordo que a base de construção do roteiro seja clichê, mas dou valor pelo fato de criarem tudo num universo completamente novo, o que não é nada fácil. E tudo que não achei foi cansativo. Vai ver eu estava muito bem disposto, quando assisti.
Oi, Diego. Obrigado por me incluir no seu blogroll. Irei conhecer o seu blog.
Calangopoulos, é uma paródia. Nada mais natural do que haver muitas citações. E animação para crianças e adultos é quase sempre muito barulhenta...
Abraços, galera!
Eu vi esse filme ontem, é um bom filme,a imagem é bem legal,os personagens...o rango é ótimo,mas acho que eu criei expectativas a mais...achei que ele seria mais engraçado,ele tem suas cenas engraçadas, mas nem a metade que imaginei...
Eu sou fã de animação, mas esta não vai para meus favoritos.Mais ainda sim,vale muito a pena ver!
Gil, estou surpreso com a recepção do público brasileiro a este filme. A dublagem nacional deve acabar com as piadas do filme. Só consigo encontrar este motivo...
É muito ruim, sem graça e a história além de ter um fim previsível se arrasta até os últimos 5 minutos. Não têm nem chance ao se comparar a um filme da Pixar. Nào percam seu tempo.
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