Nunca gostei muito do estilo do seriado Sex and The City, motivo pelo qual nem quis conferir o primeiro filme da franquia. Resolvi assistir este, por achar que seria do interesse de vocês saber minha opinião. Mas não é preciso saber muito para perceber a estratégia do estúdio: Sex and The City 2, como a maioria das continuações, parte da premissa de que quanto mais e maior, melhor. O número de locações aumentou, a verba aumentou, a duração aumentou, o número de participações especiais também. Eu só não saberia precisar se a quantidade de figurinos usados pelas personagens aumentou, porque este dado sim sempre foi um exagero. Mas quer saber? Talvez a aposta do mais-melhor tenha sido pertinente aqui, já que o que mais atrai o público deste filme é a luxúria e a riqueza.
A escritora Carrie já está com dois anos de casada e prestes a lançar mais um livro, mas começa a perceber sinais de rotina no casamento, o que para ela é inadmissível. Charlotte desconfia que está sendo traída pelo marido, além de estar cada dia mais estressada por cuidar de duas filhas. Miranda resolve largar o emprego e cuidar mais da famílias, mas isso não é exatamente o que ela quer. Samanta vive a crise da menopausa, mas tenta manter o vigor na marra, à base de muito hormônio. Esta última aproveita-se de uma viagem a negócios para os Emirados Árabes e resolve levar as amigas para serem bancadas por alguns dias por um sheik árabe.
O roteiro abusa de piadas infames e batidas e investe em micos pagos pelas protagonistas, especialmente na segunda metade do filme, quando situações esdrúchulas e um corre-corre tiram um pouco a inteligência e – literalmente – o brilho da primeira metade, descambando para um final piegas e mais que previsível.
Conta ainda com participações especiais, que dão uma graça maior, como a sequência impagável de Lisa Minelli dançando Single Ladies, de Beyoncé, num casamente gay, se esforçando para demonstrar vigor – e conseguindo! Tem também Miley Cyrus e toda a sua (falta de) graça e Penélope Cruz, bela, mas desperdiçada numa breve cena de paquera com o marido de Carrie.
Não há muito o que se exigir de um filme que declaradamente é vendido para tal público e com tais e tais intenções, então o fato de ele dar valor ao consumismo e a futilidades, não quer dizer que seja distorcido, pelo contrário. Nada mais adequado, ainda mais quando o que o público quer é ver seus sonhos de consumo realizados, nem que seja por (nem tão longas) duas horas e meia.
Trailer:
(idem, EUA, 146 minutos, 2010)
Dir.: Michael Patrick King
Com Sarah Jessica Parker, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Kim Catrall
Nota 6,5
7 comentários:
Esse eu passo meu irmão.
Abração!
Olha, acho que nem pro público fã da série esse filme funciona. O primeiro ainda tinha aquele clima de nostalgia, mas esse segundo é puro tédio! Fiquei contando os minutos no cinema...
Normalmente concordo muito com suas criticas, mas essa nao acredito que tenha sido das melhores.
Adoro o seriado sex and the city, e acho que voce errou na critica por nao o conhecer.
Apesar de ser futil, o seriado trata de relacionamentos de um jeito que fascina as mulheres e por isso, é muito divertido!
Acho que se conhecesse o seriado, voce nao teria dado 6,5 para o filme e sim 0.
O filme faz quem gosta do seriado se sentir idiota e ridicularizado por gostar da saga, tamanha é a futilidade. Fiquei com vergonha de ter levado meu namorado ao cinema dizendo que adorava Sex and the City.
Acabaram com a personalidade das personagens pra tentar fazer um blockbuster que ficou extremamente vulgar e previsivel.
Recomendo para quem gostava do seriado, como eu, pelas historias romanticas e divertidas: nao va ao cinema assitir sex and the city 2! Alem de nao acrescentar nada o filme estraga o carisma do seriado!
Rodrigo, acho que você fez bem em passar.
Matheus e Anônimo (que deveria ter se identificado) - pelo visto o filme não agradou nem aos fãs da série. Não tinha nem como esta ser das minhas melhores críticas, afinal, eu não tinha muito parâmetro para escrevê-la, mas foi ótimo vocês terem deixado aí a opinião de quem conheceu o seriado. Quanto à vulgaridade do filme, eu achei exagerada, mas como não sabia se era assim no seriado, resolvi não comentar.
Abraços
Sou fã de Sex in the city (série) e desde o primeiro filme não senti a mesma atmosfera da série, as roupas muito exageradas e uma futilidade muito exagerada também...creio que o 2 não seja muito diferente, não assisti mas vi os traillers e achei o figurino horrível, passou da medida essa adoração por moda q era apenas um item da série e se tornou uma verdadeira obcessão nos filmes fugindo um pouco daquelas historias q com simplicidade prendia o telespectador...Não que a moda não fizesse parte do mundo delas, mas era algo mais implícito!
Ticiana, você tem razão. A adoração pelo figurino é exagerada, mas como eu não assistia a série, não sabia se era assim mesmo ou não.
E imagino que o 2 não tenha sido bom para fãs da série.
Obrigado pelo comentário. Acrescentou uma visão diferente da minha.
Abraço
Eu tambem estou de acordo com todos...
É uma lastima o "arrasto" de uma serie brilhante, divertida, inteligente, desde os dialogos, ao cenario, à banda sonora... e ao todo que confere ao universo feminimo! Os filmes, talvez mais o segundo do que o primeiro, vieram roubar o sentido de 6 temporadas, unicas e respeitadas (e assumo ser uma super fã!) ! Nao so a nivel das "labels" que estão exageradamente explicitas, como ate mesmo a banda sonora.... a previsibilidade... enfim... uma pena!
Concluo o meu comentario, comparando o ultimo filme, como sendo uma versao Disney de Sex and the city... Que pena! Esperemos que nao venha o terceiro .... e que saudades da verdadeira essencia deste enredo ...
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