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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Crítica: Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works)


Entra ano, sai ano, diretores vêm e vão e ele lá, intacto, com seu público fiel, ansioso por novas velhas paranoias.

Woody Allen tem um ritmo de produção impressionante, conseguindo concluir cerca de um filme por ano. Tudo Pode Dar Certo ainda nem estreou no Brasil e seu novo filme, You Will Meet a Tall Dark Stranger já está pronto e terá premiére no Festival de Cannes, em maio próximo.

A neurose e a intolerância de quem é muito inteligente serão retomadas nesta nova obra, que trata do relacionamento improvável entre um professor de física aposentado e uma estudante, novamente em Nova York, cidade na qual o diretor tanto filmou, mas há algum tempo não a retratava em seus filmes.

Tudo pode dar certo” passa a ser o lema do protagonista, depois que ele percebe que seu relacionamento com uma jovem desmiolada funciona, apesar das diferenças, intelectuais e de idade. Mas as coisas complicam quando os pais da moça resolvem aparecer.

O grande trunfo deste filme não é nenhuma novidade: os diálogos inteligentes, piadas ácidas, personagens cheios de cacoete, trilha sonora de comédias pastelão e roteiro bem amarrado, todos quesitos fáceis de serem encontrados nos filmes de Woody Allen.

Seu protagonista conversa com o público e divide com ele suas angústias e pensamentos filosóficos, como se Woody fizesse do público seu confidente, julgando inclusive, que este é tão inteligente e tem todas as referências que ele tem.

Sempre aborrecido com a vida, rabugento, manco e hipocondríaco, Boris é um dos personagens mais engraçados dos últimos tempos, interpretado por Larry David, um alterego claro do diretor, que têm em sua parceira de cena Evan Rachel Wood o seu contraponto ideal: uma menina espevitada, bobinha, mas com insights de inteligência, mesmo que ela não saiba o que acabara de dizer.

Enquanto estão em cena apenas os dois, a comédia divide espaço com o romance, mas logo que acontece o reencontro entre mãe e filha, a comédia se sobressai, especialmente pela ótima atuação de Patricia Clarkson no papel da mãe, uma mulher católica fervorosa e... bêbada.

Tudo Pode Dar Certo tem em seu desenvolvimento seus melhores momentos, mas toda a criatividade e inteligência se esvaem no final, uma solução convencional que o deixa muito próximo de sitcoms televisivas. Um desperdício, ainda mais por saber que Woody Allen é capaz de finalizar muito melhor as suas histórias.

De qualquer maneira, é um deleite assistir uma obra sagaz e muitíssimo engraçada, que encanta pela sua identificação, já que todos temos uma porção neurótica, que se ainda não aflorou, um dia há de se mostrar.

Trailer: 

(Whatever Works, EUA/França, 92 minutos, 2009)
Dir.: Woody Allen
Com Larry David, Evan Rachel Wood, Patricia Clarkson
Nota 8,0

7 comentários:

Fee Alpino disse...

vi esse a alguns meses e adorei, inclusive li muitas criticas negativas, mas achei leve e divertido, tipo "Old" Allen (não que não goste do novo, gosto)

bruno knott disse...

Não tô esperando muito do filme, apesar de ser fã do Woody Allen. Sua crítica me animou um pouco!

Abraços.

Mario Vivas, RJ. disse...

Prezado Fred, ser Woody Allen não deve ser fácil... É como ser Boris Yellnikoff !!! Lembro de Alfred Hitchcock afirmando que evitava filmar diálogos (preservando e apurando apenas os necessários à trama) por entender perfeitamente que o cinema é seu brinquedo de imagens, com as quais diria tudo. E o faço após assistir a este Allen repleto de postulados, discussões, manias, e situações sem novidades na técnica ou no estilo, mas tão bem construído, divertido e próximo a nós, público, que seus absurdos vem e vão entre risos e aplausos (que surgiram ao fim da sessão). Cada gênio com 'seu' cinematógrafo, que ninguém mais opera igual. Quanto ao fim, permita-me discordar. Cobrar do craque sempre um gol de placa, não creio ser o mais justo, mesmo conhecendo todo seu talento. O arremate é simples, mas é eficaz, talvez até deliberada situação de conforto para a platéia (envolvida pelo pelo turbilhão de Boris desde o primeiro take). Gol é gol. Saudações. M.

Fred Burle disse...

Fee, tem muita gente que não gosta do Allen, mas tem ainda mais gente que gosta. Eu gosto do Oldest, do newest, de quase todos os filmes dele!

Bruno, só releve o final. De resto, o filme é legal "pacas"!

Mario, gostei das palavras. Até da discórdia. Mas já que você citou Hitchcock, cito-o para exemplificar o final deste filme: explicativo à exaustão, como as obras do gênio do suspense. Longe de mim "cobrar" algo do sr. Allen, mas se senti que o final perde em relação ao restante, preciso falar. Isso não tira o mérito dele de ser um belo exemplar de Woody Allen. Digamos que foi gol, feinho, ainda assim, gol!

Abraços!

Unknown disse...

"Tudo porde dar certo" do Woody Allen é fodástico! O humor, a verborragia e as muitas cameras subjetivas para Boris nos oprimir dentro de nossas patéticas existências, mesmo assim nos mantendo com largos risos na face, me faz lembrar Woody como Woody: Irônico, sarcástico, cerebral e olha só: na America.

Um filme textual, filme de diálogo como poucos podem fazer, mas ao contrário de outros filmes dele como "Sonho de Cassandra", este com o ritmo e preocupação estrutural mais bem definidos, e mesmo o acaso ao climax (que pode dar impressão de um "Deus ex machina"), é trazido à tela através de uma motivação construída previamente na estória, tanto pela tentativa inicial de suicidio, quanto pela nova motivação gerada pela traição da esposa de Boris, embora que, em se tratando de Allen, podia com certeza superar a conclusão escolhida. Gostei do filme apesar disso!

Assim que deve ser a vida: Num final de noite, andar um pouco, comer um burrito texano na rua Augusta e assistir um grande filme! Ainda dá tempo de ver. Garanto que a experiência é mais gratificante no cinema, até pelo fato das risadas poderem ser coletivas... E há os super criticos que falam em enredo requentado... Para estes digo: Esse é um "prato" que, apesar de antigo e tido como repetitivo (mesmo pra mim às vezes), é saboroso. Corram, assistam e riam de uma forma inteligente e irônica! Riam pensando!


Aloysio Roberto Letra

Celina disse...

Fred, concordo com vc qdo diz que a partir da entrada da Patricia Clarkson o filme dá um "up". Por exemplo, aquela cena do pai da personagem da Evan Rachel Wood no bar foi ótima, morri de rir. O filme tem o humor e o sarcasmo típicos do Woody Allen.
Sou superfã dele desde que era adolescente. Um dos poucos filmes dele de que não gostei nem um pouco foi Dirigindo no Escuro. Fora esse, gostei praticamente de todos aos que assisti. Alguns mais, outros menos, obviamente.
Abraços

Fred Burle disse...

Celina, Dirigindo no Escuro é um dos que não vi. Só falam mal dele e não tenho muita vontade. Também gostei de quase tudo do Woody Allen.
Abraço!

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