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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Crítica: A Estrada


Com a proximidade do mais novo oficial fim do mundo (!), em 2012, nada mais natural do que fazer dinheiro em cima da crença das pessoas. Mas, em meio a tanto oportunismo, eis que vez por outra surge algo de qualidade.

A Estrada é mais um desses filmes pós-apocalípticos ao estilo de bons filmes (Filhos da Esperança), filmes medianos (Eu Sou a Lenda) e filmes ruins (O Livro de Eli). Em qualidade, digamos que fica num patamar entre o primeiro e o segundo citados.

A Terra foi totalmente devastada por acontecimentos cataclísmicos, que erradicou vidas e os recursos naturais, fazendo com que os sobreviventes morressem de fome e desespero. Um pai (Viggo Mortensen) resolve partir, com seu filho, numa longa caminhada em direção ao mar, sempre procurando meios de subsistência pelo caminho.

Segue então toda a lenta jornada de (auto)descobertas, de desespero e de valor às menores coisas. Mas o foco principal está na relação entre pai e filho, em toda a dificuldade em dar à cria um exemplo de conduta, por pior que a situação esteja. É o esforço de uma geração mais velha para conscientizar a mais nova de que as atitudes que o Homem tomou até então não foram totalmente adequadas.

Viggo Mortensen entrega-se ao seu personagem com uma dedicação impressionante, mas sem precisar de cenas de impacto para mostrar seu talento. Suas reflexões são tristes, mas belas e pertinentes.

Diferentemente dele, o garotinho Kodi Smit-McPhee até que se esforça, mas encarna um tipo que não condiz com a situação: seu personagem é bobinho demais para alguém que cresceu em meio ao caos. Está certo que a mensagem de inocência era a intenção, mas um garoto como aquele tinha que ter um mínimo de coragem ou maldade para a vivência naquele mundo.

Para não fugir à regra desses filmes, lá estão os irritantes e explícitos merchandisings de grandes marcas, como se elas fossem como baratas, para sobreviverem a todo e qualquer caos. Mas isso a gente releva, afinal, patrocínios são necessários para complementar o orçamento de um filme. O dia que a Coca-Cola ou a Elma Chips quiser patrocinar um longa meu, é óbvio que eu vou adorar.

Talvez a frase que mais resuma A Estrada seja esta: “quando não me sobra mais nada, tento sonhar o sonho das crianças”. É para esta limitação que a humanidade parece caminhar e, cada dia que passa, o cenário caótico destes filmes parece menos improvável. E isto eu digo baseado em fatos e não em crenças e religiões. O pai ainda consegue sonhar assim, mas o filho nem consegue, pois já não sabe mais como poderia ser o almejado “mundo melhor”.

É com ritmo lento, de corpos e almas que se corroem aos poucos, que o diretor John Hillcoat, baseado em livro de Cormac McCarthy (Onde os Fracos Não Têm Vez), realiza um filme pós-apocalíptico do jeito que tem que ser, sem estardalhaços, com profundidade impressa em sutilezas e simbolismos. Um mapa, por exemplo, pode significar muito mais do que somente um mapa. Só acho uma grande lástima que uma história que se desenvolva tão bem acabe de maneira tão clichê e mal elaborada.

Trailer:

(The Road, 111 minutos, 2009)
Dir.: John Hillcoat
Com Viggo Mortensen, Robert Duvall, Charlize Theron, Guy Pearce
Nota 7,0

22 comentários:

Anônimo disse...

Nossa é o filme + SEM GRAÇA QUE EU JÁ VI ESTE ANO!!
Não acontece NADA no filme!! NADA MESMO!!!!!!!!!!!!!!

quando vc menos espera, o filme acaba!!!
Ainda bem que eu não gastei dinheiro atoa vendo ele no cinema!!

Eles ficam ai falando de canibal, só aparece uns caras correndo atrás do homem e do menino, uMA VEZ só!!

PÉSSIMO!!

Fred Burle disse...

cri...cri...cri...

Anônimo disse...

é um dos piores filmes que já vi !!!!

Unknown disse...

Infelizmente estão preparando mal o público, anunciando em algumas salas aqui de São Paulo, como se tratasse de um filme de suspense, quando na verdade é um (ótimo) drama.
O resultado é o visto acima, no comentário anônimo de um desinformado: As pessoas não entendem e não querem entender.
Acontece que "A estrada" explora conflitos internos do personagem principal e a relação com seu filho "pós-fim-do-mundo".
Quando as pessoas esperam conflitos externos e ação (atividade) demais e o filme não tem isso pra oferecer, ocorrem equívocos devastadores.
Na minha opinião figura entre os melhores filmes de apocalipse dos últimos tempos, com interpretações ótimas, clima tenso e trilha sonora de matar (Nick Cave é Fodástico).
Pena o grande público se concentrar demais no (péssimo) "Alice no País das maravilhas" e no (morno) "Homem de Ferro 2", porque por isso este filme deve sair de cartaz em breve.

Grande filme!

Aloysio Roberto Letra

Fred Burle disse...

Aloysio, dá até dó ver um filme desse ser ignorado por causa da divulgação equivocada. Assino embaixo do que você disse: "as pessoas não entendem e não querem entender". Eu gostei muito, apesar do final não ter mantido o nível intelectual do restante do filme.

Jade Villares disse...

De fato, Fred. Manter o nível intelectual do filme era o mínimo a se esperar de seu desfecho.

Ao meu ver, o final perfeito seria um em que o garoto caminharia até a praia, ajoelharia e estouraria os próprios miolos com a última bala do revólver.

Triste? Desesperador? Sim. Mas já não o foi o filme inteiro?

Abraços!

Fred Burle disse...

Raoni, mesmo em meio ao caos, o filme deixa claro o tempo inteiro que ainda assim haverá espaço para valores morais, então não sei se o seu final seria o mais adequado. Mas com certeza seria mais impactante!

eL bARTO disse...

Concordo com o que você disse em sua crítica,é realmente um grande filme e só acaba pecando pelo final USA LifeStyle, já que até o cão aparece, só faltou os dois SUV na garagem.
Mas a atuação de Viggo Mortensen é muito satisfatoria , alén dos irreconhecíveis Robert Duvall e Guy Pearce.
Ótima surpresa de 2010 esse filme , pois não esperava tanto assim .

Anônimo disse...

Vi o filme ontem, e concordei totalmente com a crítica. Achei o filme ótimo, consegue transbordar desesperança, e os flashbacks do pai, sempre bem coloridos, só aumentam isso. O final foi bobo, mas não desvaloriza o que foi construido durante o filme.
Tive que assistir 30min de Bob Esponja depois para dar uma melhorada no humor.

JayyBe disse...

Um filme bom, ou seja, para poucos.

Fred Burle disse...

El Barto, que bom que tenha gostado (do filme) e concordado (com a crítica)! O filme é uma surpresa mesmo.

Anônimo, tem um quê de depressão, mas é bom para refletir, não?! Ver Bob Esponja depois pode ter sido uma boa estratégia pra desanuviar! rsrs

JayyBe, ser um filme bom não quer dizer que seja um filme para poucos. Mas é uma pena que poucos tenham compreendido a proposta...

Abraços!

Anônimo disse...

Realmente um final muito decepcionante, esperava mais do final com certeza, o filme em si é ótimo a atuação do Pai é fantástico, do muleque ficou forçado mesmo como alguns disseram.. daquele jeito não ia ter bondade nenhuma.Mas o mlk continuava inocente de mais.

hugo disse...

Não vi o filme, mas li o livro em que ele se baseou. Lendo seu post já dá pra perceber algumas diferenças: no livro é o filho que cuida de preservar valores junto ao pai, que só não se animaliza totalmente por causa disso. É verdade que o garoto teve que aprender esses valores de alguém e os aprendeu, muito provavelmente, do próprio pai (da mãe acho que não foi), mas acho que a idéia é falar sobre valores absolutos, que não se relativizariam diante das circunstâncias.
Sobre a "estranha" bondade do menino, creio não ser responsabilidade do ator que o interpreta, pois no livro o personagem já era assim. O pai, inclusive, às vezes dá a entender que o considera um ser especial, meio divino ou algo assim (aliás, se o pai fosse o narrador da história, isso se explicaria com a possibilidade dele estar idealizando o filho, mas acho que não é o caso - mas fica a reflexão: reclamamos dos clichês mas também reclamamos quando algo sai do "esperado", né?).
Outra possível diferença: pra mim, a frase que resume o filme (e diz muito sobre a relação dos dois, tendo a ver inclusive com o que eu disse acima) é quando o garoto pergunta ao pai quais seriam os seus objetivos a longo prazo. O pai estranha e pergunta onde ele tinha ouvido aquilo, e ele responde que havia ouvido do próprio pai, há muito tempo atrás. Por causa dessa frase, aliás ("quais são os nosso objetivos a longo prazo?"), entendi a história como uma metáfora de nossas vidas hoje mesmo, sem futuro pós-apocalíptico nem nada: uma busca desesperançada (importante notar que considero "desesperada" diferente de "desesperançada") pela sobrevivência, em que só vivemos o dia-a-dia, alienados e sem nos preocuparmos com o "longo prazo".
Sobre o final, acho que ele só pode ser considerado clichê se tomado isoladamente, pois, creio, o que o faz "original" é a sua total inadequação em relação ao restante do filme (o que o torna também inesperado - o garoto não sobreviver seria mais do que esperado, não? acho que há algum valor quando uma obra frustra nossas expectativas em relação a ela).
Pelo que vi nos comentários, no filme o final feliz é mais feliz do que no livro, mas acho que o que importa é que no livro ela já era feliz, sim, e achei isso bom e bem-feito (um livro com tal visão pessimista, por coerência, nem deveria ser escrito - em um mundo sem sentido, qual o sentido em se aponta isso? -, e era preciso que a idealização dos valores absolutos triunfasse frente à relativização do meio. ou seja, o menino "precisava" ser recompensado).

Lúcio disse...

Perfeito, Hugo!

Vou ler o livro.
O mundo devastado me parece um cenário que objetiva remover elementos que poderiam desviar o foco da questão principal: a essência da alma humana.
Mesmo a presença da mãe traria outros elementos à trama, que desviariam da questão fundamental.

Na verdade o filme me deixou com mais perguntas do que respostas.

O ser humano é basicamente solitário, para atravessar a vida?
A relação homem-mulher só teria a função de gerar a prole para dar continuidade à espécie, além de algum conforto psicológico? Afinal, como na Odisséia, a esposa está "em casa".

Quem é o protagonista? O pai ou o filho? Num dos poucos momentos de conflito entre os dois, o pai diz: "Não é você que tem que se preocupar com tudo!", quando o filho responde, ainda mais exaltado: "Sim! Sou eu que tenho que me preocupar com tudo" - o que cala o pai, e o faz refletir. Afinal é o filho que terá a vida pela frente, e que deverá recriar o mundo do futuro, se ele existir.

O que motiva o homem e acaba com sua solidão, é a possibilidade de se imortalizar no filho?
Pois as outras motivações - comida, calor e sapatos - são quase preocupações animais.

A medida que envelhecemos, vamos ficando mais medrosos, calejados, acuados e rancorosos? Tanto, que deixamos de enxergar as possibilidades de alento na companhia de estranhos, e nos fechamos em nosso pequeno grupo, a família?

A criança é o símbolo da coragem, além da inocência?

A busca pelo mar é o caminhar em direção à morte.
O mar simboliza o desconhecido infinito da morte. "O que existe do outro lado?" - se perguntam. "Talvez outro pai e filho olhando para cá", é a resposta.
O Homem acaba, e sobra a criança que nada sabe, diante do infinito, quando um anjo aparece estendendo a mão para resgatar o Homem (sim, a criança é tambem o Homem), e continuar a jornada, se ele aceitar acompanhá-lo.
É a mensagem consoladora final. Você não está só. A morte não é o fim.

Bem, deve ter gente agora achando que cada um enxerga o que quer nos filmes. É verdade.

Abraços

Fred Burle disse...

Hugo, talvez eu tenha me expressado mal. No filme, como me parece ser no livro, é o filho quem trata de preservar valores junto ao pai. Não é narrado pelo pai, mas há uma subjetividade muito presente, tanto na câmera que o acompanha quanto nas lembranças que vez por outra aparecem, mostrando a época em que o caos estava prestes a se instalar e a mulher dele ainda era viva.
Sobre a frase que você citou, não me lembro se ela está presente no filme, mas acho que há algo parecido. Concordo plenamente com o que você diz sobre sermos (ou estarmos) desesperançosos quanto o nosso futuro e não pensarmos a longo prazo.
Mas não concordo que o final esperado seria algum em que o menino morre ou deixa de morrer. Só me incomodo quando uma obra que é feita para a reflexão se rende aos clichês do "final feliz", quando poderia fazer pensar e incomodar ainda mais o espectador com um final deprimente.
E acho sim, que obras sem final feliz devam ser escritas e que em certos casos o mais adequado é ser realista para fazer refletir e não para "acalantar corações" dizendo "calma, no fim tudo dará certo e haverá uma recompensa".



Lúcio, quantas perguntas! Vou dizer o que acho de uma delas: penso que o protagonista é, na verdade, o universo (ambiente) em que pai e filho vivem. Os dois representam apenas duas visões e esperanças em relação aquele ambiente.
Quanto ao que possa significar "o mar", posso dizer que gosto muito desta sua interpretação e não tenho muito a acrescentar a ela.
E sim, muitos podem pensar que cada um vê o que quiser num filme. E devem fazê-lo, afinal, o grande barato e o motivo pelo qual o cinema é chamado de "arte" vem daí: faz pensar e é passível de múltiplas interpretações, à medida que cada espectador possui experiências (memórias) diferentes, que unidas às visões dos personagens e do diretor do filme podem resultar em infinitas formas de interpretação.


Muito obrigado aos dois pelos ótimos comentários.
Grande abraço!

Anônimo disse...

Um filme perfeito. Belíssimo. Quem busca apenas uma diversão passageira, passe longe.

Geovania lima disse...

Gostei muito do filme, apesar de muito triste...muito sofrimento....o final não foi o esperado. pois pelo que assiste não vi muitas perspectivas de vida naquele lugar... a não ser ser morto pelos que viraram canibais!!!

Fred Burle disse...

Geovania, a falta de perspectiva de vida está no filme justamente para nos fazer refletir sobre nosso mundo, que pode um dia ficar daquele jeito...

Juan Rossi disse...

Realmente, concordo com as opiniões favoráveis ao filme e também às desfavoráveis (aquelas que se pautam nos "filmes da moda").
Eu o vi na tela de casa e devo dizer que, se estivesse no cinema, sentiria totalmente o desalento, desesperança e frieza das cenas bem mais (afinal, trilhas são muitíssimo importantes).
Interessantíssimas as visões de moral cogitadas pelo enredo, o aspecto cinzento constante - com pequenas lufadas de cores - e a extrema desesperança - como se nada mais valesse a pena (utilizando-se maravilhosamente do confronto cronologico do presente mortiço e do passado viçoso). Quase uma obra-prima!
Finais são possíveis vários - e concordo ainda -, contudo, o filme continuaria mais intenso se fossem estes finais realizados de modo a nos deixar com mais perguntas ainda.
Aliás, já estudei Astronomia por um tempo e sei que um grande meteorito faria tal estrago sim!

Donna disse...

Certamente não é um filme ruím...mas esse moleque consegue estragar tudo...só conseguia torcer pra ele morrer logo...

Fred Burle disse...

Juan Rossi, muito obrigado pelo comentário.

Donna, crianças no cinema também costumam me irritar, mas geralmente por serem adultas demais. Esse garotinho conseguiu o contrário: irritar pelo excesso de pureza e inocência.

Abraços

Lady Sybylla disse...

Um ótimo filme. Uma relação de amor entre pai e filho, a questão de passar valores a uma criança que nasce em um mundo onde eles parecem ter sido esquecidos.

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