Muita gente questionou o motivo pelo qual a FOX resolveu lançar um filme-solo dos mutantes ao invés de fazer outra continuação da franquia. O fato é que havia em jogo questões do próprio show business, que poderiam atrapalhar toda a produção de um X-Men 4: todo o elenco tinha contrato fechado para uma trilogia e como todos sabem, o passe dos atores de uma franquia bem sucedida como essa fica supervalorizado e renegociar todos os salários seria uma dor de cabeça tremenda e o orçamento do filme provavelmente ficaria inviável com tantos altos cachês.
Foi então que Hugh Jackman declarou que gostaria de retomar o personagem que alavancou sua carreira. Assim, o impasse estava resolvido. O estúdio logo providenciou um roteiro que contasse as origens do principal mutante dos quadrinhos e dessa forma, o único grande contrato a ser fechado seria o de Jackman.
Obviamente, isso não impediu que o filme chegasse às telas recheado de outros mutantes, só que agora entram em cena um batalhão de personagens conhecidos nos quadrinhos, mas que em sua maioria não havia aparecido nos outros filmes.
Mas toda essa pressa em arrecadar milhões para os cofres do estúdio provavelmente foi responsável por escolhas bem duvidosas para a produção, a começar pelo diretor sul-africano Gavin Hood (vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro por Infância Roubada), que declarou nunca ter tido interesse pelos quadrinhos e sequer gostava do personagem, mas topou fazer o filme mesmo assim.
O elenco do filme também é repleto de escolhas duvidosas, como Will.I.Am., vocalista do Black Eyed Peas, com uma veia apagadíssima para a atuação, Dominic Monaghan (de O Senhor dos Anéis), que não consegue se livrar do estigma de parecer sempre um hobbit (e nesse caso um hobbit quase autista, deprimente), Ryan Gosling (de Half Nelson), que não convence, e tantos outras más escolhas que permeam o filme.
Fora isso, há defeitos saltando pela tela em vários momentos. Em alguns planos próximos de Wolverine dirigindo uma moto em alta velocidade fugindo de vilões, percebe-se o grave descuido de utilizarem cromaquis descarados e nem darem o devido acabamento aos planos. Há problemas de edição, com cortes abruptos entre uma cena e outra, além de muitos efeitos visuais de segunda categoria, como nas embaçadas cenas do Dentes-de-Sabre perseguindo o jovem Ciclope numa escola ou na cena do mesmo personagem arranhando o carro da “namoradinha” de Wolverine, Kayla Silverfox, na qual é nítida a computação gráfica mal acabada. Percebi nitidamente que a equipe se preocupou em decupar muito bem o filme, que felizmente tem planos claramente influenciados pelos quadrinhos, mas que na hora de sua execução, algo deu errado.
Mas nem tudo está perdido em X-Men Origens – Wolverine. Seu ponto alto está justamente em seu protagonista, com Hugh Jackman cada dia mais à vontade no papel do vingativo mutante de garras de adamantium e num contraponto ideal, em Liev Schreiber, na pele do amargurado Dentes-de-Sabre. A trilha sonora é competente, pulsante e contínua, responsável por não deixar o ritmo cair em vários momentos. A edição e mixagem de som são excelentes e a premissa é densa, não deixando os efeitos e a ação tomarem o lugar da história do homem amargurado, que após ter a infância devastada com o assassinato do pai, é movido por uma força animalesca e parte em busca de vingança, até as últimas consequências.
É um filme divertido, com muita ação, mas que se perdeu em meio à turbulenta produção, prejudicada até seus momentos finais, quando o filme vazou na internet semanas antes da estréia nos cinemas e foi baixado por milhares de pessoas e às pressas, teve ainda que ter a estréia adiada no México, por causa da gripe suína, fato esse que pode também afastar muitos espectadores nos EUA, já que a população por lá tem evitado grandes aglomerações.
Tantos problemas não foram capazes de prejudicar o filme, já que só nas sessões da meianoite, nos EUA, o filme já faturou mais de 5 milhões de dólares, números bem parecidos aos do sucesso Homem de Ferro (2008). Mas bem que numa próxima o estúdio poderia trazer de volta Bryan Synger, diretor dos dois primeiros filmes dos mutantes.
Nota: 6,5
Fonte: Adorocinema
Obviamente, isso não impediu que o filme chegasse às telas recheado de outros mutantes, só que agora entram em cena um batalhão de personagens conhecidos nos quadrinhos, mas que em sua maioria não havia aparecido nos outros filmes.
Mas toda essa pressa em arrecadar milhões para os cofres do estúdio provavelmente foi responsável por escolhas bem duvidosas para a produção, a começar pelo diretor sul-africano Gavin Hood (vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro por Infância Roubada), que declarou nunca ter tido interesse pelos quadrinhos e sequer gostava do personagem, mas topou fazer o filme mesmo assim.
O elenco do filme também é repleto de escolhas duvidosas, como Will.I.Am., vocalista do Black Eyed Peas, com uma veia apagadíssima para a atuação, Dominic Monaghan (de O Senhor dos Anéis), que não consegue se livrar do estigma de parecer sempre um hobbit (e nesse caso um hobbit quase autista, deprimente), Ryan Gosling (de Half Nelson), que não convence, e tantos outras más escolhas que permeam o filme.
Fora isso, há defeitos saltando pela tela em vários momentos. Em alguns planos próximos de Wolverine dirigindo uma moto em alta velocidade fugindo de vilões, percebe-se o grave descuido de utilizarem cromaquis descarados e nem darem o devido acabamento aos planos. Há problemas de edição, com cortes abruptos entre uma cena e outra, além de muitos efeitos visuais de segunda categoria, como nas embaçadas cenas do Dentes-de-Sabre perseguindo o jovem Ciclope numa escola ou na cena do mesmo personagem arranhando o carro da “namoradinha” de Wolverine, Kayla Silverfox, na qual é nítida a computação gráfica mal acabada. Percebi nitidamente que a equipe se preocupou em decupar muito bem o filme, que felizmente tem planos claramente influenciados pelos quadrinhos, mas que na hora de sua execução, algo deu errado.
Mas nem tudo está perdido em X-Men Origens – Wolverine. Seu ponto alto está justamente em seu protagonista, com Hugh Jackman cada dia mais à vontade no papel do vingativo mutante de garras de adamantium e num contraponto ideal, em Liev Schreiber, na pele do amargurado Dentes-de-Sabre. A trilha sonora é competente, pulsante e contínua, responsável por não deixar o ritmo cair em vários momentos. A edição e mixagem de som são excelentes e a premissa é densa, não deixando os efeitos e a ação tomarem o lugar da história do homem amargurado, que após ter a infância devastada com o assassinato do pai, é movido por uma força animalesca e parte em busca de vingança, até as últimas consequências.
É um filme divertido, com muita ação, mas que se perdeu em meio à turbulenta produção, prejudicada até seus momentos finais, quando o filme vazou na internet semanas antes da estréia nos cinemas e foi baixado por milhares de pessoas e às pressas, teve ainda que ter a estréia adiada no México, por causa da gripe suína, fato esse que pode também afastar muitos espectadores nos EUA, já que a população por lá tem evitado grandes aglomerações.
Tantos problemas não foram capazes de prejudicar o filme, já que só nas sessões da meianoite, nos EUA, o filme já faturou mais de 5 milhões de dólares, números bem parecidos aos do sucesso Homem de Ferro (2008). Mas bem que numa próxima o estúdio poderia trazer de volta Bryan Synger, diretor dos dois primeiros filmes dos mutantes.
Nota: 6,5
Fonte: Adorocinema
9 comentários:
Me ensina como fazer uma faixa bonita como a sua, pra eu colocar no cabeçalho do meu blog?
"Mas toda essa pressa em arrecadar milhões para os cofres do estúdio provavelmente foi responsável por escolhas bem duvidosas para a produção, a começar pelo diretor sul-africano Gavin Hood (vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro por Infância Roubada), que declarou nunca ter tido interesse pelos quadrinhos e sequer gostava do personagem, mas topou fazer o filme mesmo assim." $$$$$$
E muuuuito pertinente o comentário sobre o Hobbit. Parece que ele errou de sala de filmagem e acabou aparecendo no Wolverine sem querer.
Fred, a cena em que ele tá no banheiro da casa dos velhinhos (Aunt May e Uncle Ben, em participação especial) não parece esquisita? Achei super fake as garras.
Mas ai, Wolverine... vem afiar as garras em mim, raurrr. =P
Na verdade achei fake a forma com que os objetos são quebrados.
Mas enfim, vc me mata de rir com suas onomatopéias, Celina!
Bjo!
Eu assisti ao filme e realmente teve muita pancadaria e efeitos, mas os mais exigentes que me desculpem, o Wolverine correndo nu valeu o ingresso!kkkk
bjsss Fred e parabéns pelo seu blog! É maravilhoso!
Quem diria, Meire santa fazendo esse tipo de comentário!
Obrigado e visite sempre! ehehe
Bjo!
Wolverine é a salvação dos filmes de herói. Depois de uma seqüência de produções horrorosas, focadas nos efeitos especiais e valores morais duvidosos, Hulk, Homem de Ferro e Batman simplesmente não tinham roteiro. Histórias infantilizadas onde eles subvertem o conceito de ficção científica para o pensamento primitivo, mágico, onde os problemas são resolvidos de repente, com um superpoder que ninguém previa ou sabia que existia, ou com uma tecnologia recém inventada (e que na vida real nunca seria possível).
Wolverine tem começo, meio e fim muito bem entrelaçados, satisfaz a curiosidade dos antigos fãs dos quadrinhos sobre seu passado desconhecido, tem romance, conflitos familiares, muita porrada e Gambit + Deadpool.
Demais!!
Falou o fã! rsrs
Acho que não assistimos o mesmo filme. Não consegui achar nada além de um filme divertido e vazio, mas beleza... cada um é cada um! E pelo visto, nesse gênero, nossos gostos não batem mesmo, já que Homem de Ferro e Cavaleiro das Trevas são dois dos meus favoritos de ação (não os chamo de ficção científica, pq pra mim Star Trek, Gattaca, Sunshine, etc é que são exemplos de tal gênero).
Abraço!
É isso que dá assistir cópia pirata sem finalização! trouxa!
Hã?
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