Desculpem o palavreado chulo, mas é nessa base (e na base dos parênteses) que será construído esse post...
Na vida, conhecemos muito filho da puta. Pessoas egocêntricas e que quanto mais infelicidade trazem aos outros, mais realizadas são.
No fundo, essas é que são as pessoas infelizes, pois não percebem que o bom da vida é amar e ser amado (piegas, não?!). Acham que o ideal é farrear (no mau sentido), é dinheiro, é aparência, é a companhia de rostinhos bonitos que só servem para enfeitar carcaças que cobrem toda a podridão do ser humano (estou me sentindo “us manu” hoje). Assisti Dois Perdidos Numa Noite Suja com essa sensação.
Uma menina bonita (Débora Falabella, muito boa, em início de carreira) que se acha autossuficiente por ser independente em Nova Iorque, mas que para tal passa-se por homem e faz boquete em viados (esse termo pejorativo é do filme e não meu), conhece um cara carente (não foi a intenção rimar com a música do Camelo), doido para fazer amigos e construir uma vida digna no meio da confusão daquela cidade. Maliciosa, a garota aceita morar com o sujeito, mas se aproveita da boa índole dele e só sacaneia: faz o cara ser preso e se apaixonar por ela só pelo prazer de sentir que tem o poder da sedução (no sentido amplo da palavra).
O filme é baseado na peça teatral (que por sua vez foi baseada no livro homônimo de Plínio Marcos) e foi realizado na base da criatividade, com cenários e diálogos bem teatrais, mas coerentes com a proposta.
É o segundo filme baseado na peça. O primeiro foi dirigido por Braz Chediak, em 1970.
Ganhou o Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Atriz (Débora Falabella); os Kikitos de Ouro de Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora, no Festival de Gramado; Melhor Diretor, Melhor Atriz (Débora Fallabela) e Melhor Roteiro no Festival de Brasília e Melhor Fotografia e Melhor Figurino no Cine PE - Festival do Audiovisual.
Quem assistir em dvd poderá ver também uns extras bem legais de bastidores, making of e depoimentos dos atores sobre os ensaios e o processo de construção dos personagens. Bem interessante.
Para quem não encontrar o dvd (ou não!) e quiser fazer o download, segue o torrent.
Trecho, extraído do Youtube:
(Brasil, 100 minutos, 2002)
Dir.: José Joffily
Com Débora Falabella e Roberto Bomtempo
Nota: 7,4
11 comentários:
Tô adorando isso de ter os links no blog!!!!
Beijos eternos e supremos!
Saudade!
Parabéns por este espaço, você escreve muito bem, e dá dicas importantes sobre os filmes. Ah! já ia esquecendo que está desculpado pelo linguajar chulo - desnecessário, basta ser sutil. Fiquei fã, um forte abraço.
Carol - Você diz os links dos torrents? Acho injusto comentar uns filmes de difícil acesso, então esses eu disponibilizo aqui. Que fique claro: sou contra a pirataria de camelô e qualquer outra que vise lucro, mas sou a favor da disseminação da informação do acesso democrático à cultura, belê?! Bom proveito!
Solon - Obrigado pelo elogio! Vindo de quem sabe escrever, é ótimo! O linguajar poderia ter sido evitado, mas fui acometido de uma certa indignação quando vi o filme e senti essa necessidade de transmití-la. Além disso, gosto de variar os estilos de post. Alguns são mais sérios, outros mais engraçados, outros mais técnicos, poéticos e esse mais rebelde! =)
Abraço!
Olá
Confesso que não conhecia este filme, mas realmente deve ser uma história forte. Com certeza merece ser conferido, principalmente por ter a Débora Falabella no elenco, ela é uma ótima atriz. Viva o cinema nacional :
Até mais...
uma vez eu assisti esse filme pela metade. eu tava passando de canal e me deparei com ele. eu tinha achado bem interessante. acho que vou atrás sim!
Abraços
Não se preocupe com as palavras chulas, pois em se tratando de Plínio Marcos qualquer coisa é leve. A adaptação ficou muito interessante, sim. E realmente, nada piegas sua conclusão sobre essas pessoas egocêntricas.
A história não é do tipo "soco no estômago", mas ganha força na temática de fácil identificação e nas interpretações. Débora é mesmo muito boa (só podia ser mineirinha!) e viva o nosso cinema! =)
Assista mesmo, Shaun! É bem interessante. Se não encontrar pra alugar (o ideal, por causa dos extras), o torrent está aí.
Abraço!
Pelo menos o chulo chamou a atenção! ehehe
Só não posso tomar gosto... A conclusão é lugar-comum, mas que bom que não soou piegas!
=) Um bjo procê!
Faz um bom tempo que eu vi o filme, mas gostei muito principalmente por retratar tão bem esse mundo sujo do Plínio Marcos e ao mesmo tempo não soar apelativo. A dupla de atores é show!!
Assino embaixo!
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