Tive a oportunidade de assistir este curta no Festival de Brasília de 2006 e lembro-me bem dos aplausos emocionados que ele recebeu, de uma plateia bestificada com o feito de resgate de uma memória fílmica raríssima: um registro de uma apresentação de Pixinguinha com a Velha Guarda do Samba da Portela, algo até então inexistente.
Thomas Farkas nasceu na Hungria e foi para o Brasil em 1930, aos 6 anos de idade. Seu pai foi o criador da Fotótica e a convivência fez com que ele seguisse a carreira, tornando-se um dos pioneiros da fotografia moderna brasileira. Thomas foi o responsável, por exemplo, de várias das filmagens sobre a construção de Brasília.
Em 1954, ele fizera o registro do ensaio de Pixinguinha, mas sem o áudio. Em 2004, o Instituto Moreira Salles e a Cia de Áudio e Imagem providenciaram a sonorização para aquele pequeno filme. Este curta é sobre Thomas, sua memória sobre aquele dia de 1954 e sobre o resgate deste importante material sobre a cultura brasileira.
Como filme, Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba não tem nada de mais. Mas as imagens resgatadas valem ouro e trazem à tona uma nostalgia deliciosa. Então... deliciem-se!
4 comentários:
Gracinha de registro! Destaco a presença de outros mestres: Donga, João da Baiana e todos os outros! Linda gravação! Pra quem gosta de Pixinguinha, indico o livro "Pixinguinha: filho de Ogum Bexiguento". Beijo, Fredzinho!
Oi, Beth! Você bem citou estas outras presenças, que eu acabei não escrevendo no post. Fico imaginando quem serão os "grandes" que, daqui alguns anos, assistiremos os registros e os teremos como preciosos, como este ensaio...
Essa é uma brilhante iniciativa. Se brasileiros são acusados de não ter memória cultural, parte desse fato está não ausência de exposições na mídia. Vejo com bons olhos essa iniciativa e lembro que nos festivais da canção tivemos episódios memoráveis. Gustavo
Obrigado, Gustavo!
Concordo plenamente com você. Além da iniciativa do diretor de resgatar estas imagens, é também nosso o dever de divulgá-las, senão, de nada adianta tê-lo feito.
Abraço!
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