É muito bom poder falar deste filme simultaneamente à sua estreia no Brasil. Ele é daqueles que pode passar despercebido, se o público não comparecer logo, pois tem uma distribuição discreta e não possui efeitos visuais, tiros e escatologias para atingir o grande público.
Minhas Mães e Meu Pai – raro caso em que o título brasileiro soa melhor e mais honesto que o original – é destas pequenas pérolas que, vez por outra, encontramos pelo caminho.
Sua história é centrada em cinco personagens, cada qual minuciosamente construídos. Nic (Annette Benning) e Jules (Julianne Moore) formam um casal de lésbicas que fizeram inseminação artificial e tiveram dois filhos, Joni (Mia Wasikowska) e Laser (Josh Hutcherson). Assim que a filha mais velha completa 18 anos, Laser a convence a procurar o doador do sêmen usado na inseminação de ambos. A introdução de Paul (Mark Ruffalo) na família aparentemente tão bem constituída será delicada e as mães terão que colocar na balança todos os problemas, para saber se o doador é ou não bem-vindo como o pai das crianças.
O arco dramático formado não é em nenhum momento abandonado pela diretora Lisa Cholodenko, que transformou o ótimo roteiro num filme delicioso de ser assistido; divertido em seu primeiro ato e dramático na sequência. Uma história especial, sensível e inteligente.
O elenco reunido só possui felizes escolhas, desde os adolescentes Josh Hutcherson e Mia Wasikowska (muito melhor do que a apática Alice de Tim Burton que outrora fizera) à competente Julianne Moore e o sempre despudorado Mark Ruffalo, que desta vez encontrou o papel perfeito para si.
Mas é Annette Benning quem faz o show. Ela confere humanidade e uma leque enorme de qualidades e defeitos à sua personagem. Seu trabalho é emocionante e é digno de todo o reconhecimento.
Sob trilha sonora assinada por Cartel Burwell, Minhas Mães e Meu Pai faz rir quando a situação permite e leva às lágrimas quando deve levar. Tudo muito bem dosado para entregar ao público um dos melhores filmes do ano.
Trailer:
(The Kids Are All Right, EUA, 106 minutos, 2010)
Dir.: Lisa Cholodenko
Com Annette Benning, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska, Josh Hutcherson
Nota 10
7 comentários:
Aqui em Salvador vai estrear na sala de Arte, já estou programada para conferir. Ouvi falar maravilhas da atuação de Annette Benning e seu texto me deixa mais empolgada.
bjs
UAL! 10 ?
Já estava muuuuito curioso agora é quase que uma obrigação conferi-lo !
Assisti este filme....Maravilhoso mesmo.
Bjks,
Muito bom mesmo, eu acho que Benning merece O oscar, mas vamos aguardar as concorrentes! Mia até que convence - não gosto muito dela - em cena, melhor que seu apático papel em Alice de Tim Burton.
Acho que o roteiro deste filme merece uma indicação também ao Oscar!
Recomendo a todos! abs
Amanda, a Annette, na minha opinião, tem vaga garantida no Oscar e é bem provável que ganhe o prêmio. Eu já estou torcendo!
Alan, confesso que depois fiquei com vontade de baixar a nota para 9 ou 9,5, pois lembrei de outros filmes que são nota 10 e melhores que este. De qualquer forma, é um filmaço!
Sulla, que bom que gostou!
Cris, também acho que devemos esperar, mas por enquanto, minha torcida já é para ela! Também não acho a Mia muita coisa, mas neste filme ela está tragável, ao contrário de Alice.
Abraços, pessoal!
Esse filme promete mesmo. As atuações de Annette Benning e Julianne Moore estão recebendo ótimas críticas.
Película Criativa, o filme já está em cartaz no Brasil. Tomara que tenha a oportunidade de assistí-lo!
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