The Black Balloon (2008)
Vencedor do Urso de Cristal no
Festival de Berlim 2008, The Black Balloon é mais um bom exemplar do
cinema australiano.
A história de um garoto que
tem sua juventude toda diferenciada por conta do irmão autista é
dessas que não tem muito como fugir do piegas, mas que, se bem
feitas, pegam a gente de jeito, pelo melhor dos artifícios: a
emoção.
Os eventos e as reações são
trabalhados com sensibilidade pela diretora e roteirista Elissa Down
e o elenco conta com (mais uma) brilhante atuação de Toni
Collette, que encarna uma mãe como poucas atrizes já conseguiram. A
mãe que ela constroi é mais que natural, é forte e tenta ser muito
justa, olhando por toda a sua cria com o equilíbrio que a situação
pede.
Uma pedida e tanto para relaxar
e se emocionar sem precisar ficar triste.
Segunda-feira ao Sol (2002)
Javier Bardem em mais uma de
suas mil (impressionantes) facetas. Desta vez, gordo, barbudo e de
cabelo ralo (horrível), ele encarna um homem deprimente, sujeito que
perambula por uma cidadezinha portuária espanhola. Ele e seus amigos
ficaram sem emprego há três anos, quando a empresa dona do
estaleiro onde trabalhavam demitiu boa parte dos funcionários,
deixando os homens do município – principalmente os mais velhos –
sem perspectiva de melhoria de vida.
O
filme é dirigido e escrito por Fernando Leon de Aranoa, o mesmo do
sensível Princesas
(2005). Fernando equilibra bem as doses de comédias e drama da
história e parece saber exatamente até onde o bom gosto lhe permite
ir. E mesmo com a propensão natural de Bardem de tomar o filme para
si, consegue reunir um elenco ótimo e dar atenção a todos os
outros homens do grupo.
É difícil não se compadecer
com a situação do desemprego, do orgulho ferido, da falta de
perspectiva de vida e da dura descoberta de que os tempos de
juventude já passaram.
Another Year (2010)
Este
filme estreou no Brasil este ano, finalmente. Imperdível!
Seguindo
a lógica do seu filme anterior, Simplesmente Feliz, o diretor Mike
Leigh contraria novamente a lógica dos dramas ao ter como
protagonistas um casal extremamente bem realizado emocionalmente. A
intenção parece ser a de mostrar que é possível ser feliz, mesmo
rodeado de energias e pessoas negativas. É só criar o seu próprio
universo e protegê-lo, sem deixar de estender a mão para os outros.
O
filme acompanha o casal por um ano, mostrando com leveza, realismo e,
sempre que possível, uma pitada de humor, a administração da vida
deles e como eles lidam com as mazelas daqueles com quem convivem.
2 comentários:
Que ótimo que voltou a escrever! Já pensava que o blog estava morto.
Obrigado pelas dicas!
Obrigado você pela visita, Anônimo!
Näo é nada oficial que o blog retorne, mas vamos ver quando tempo isso dura!
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