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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Anticristo


Quem não viu, deveria ver. Este terror-erótico-dramático já está nas locadoras.

Anticristo é a mais recente obraprima de Lars von Trier, o polêmico cineasta dinamarquês, de filmes como Dançando no Escuro e Dogville e que fez história ao inaugurar o movimento do Dogma 95 com Os Idiotas. Divisor de opiniões, Lars cultiva defensores e agressores ferrenhos mundo afora.

Com Anticristo, as reações não foram diferentes. O filme causou alvoroço em Cannes, onde foi exibido sob o som de vaias e aplausos na mesma intensidade. Tudo por causa de cenas tidas como chocantes, de automutilação e sexo explícito. Para alguns, um tremendo mal gosto. Para outros e para mim, uma das formas mais viscerais de se mostrar a depressão de um casal que acabara de perder o filho.

O casal em questão é interpretado por Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe, ambos brilhantes. Charlotte incorpora toda a dor de uma mãe nessa ocasião e Dafoe é o marido que usa da arma que possui (a psicologia) para tentar reabilitar a esposa. A casa na qual eles se refugiam, numa espécie de campo sombrio, chama-se Eden. Lá, as mais sofridas e verdadeiras discussões acontecerão e os acontecimentos que se sucedem são como uma gilete que corta o coração do espectador.

Mas a beleza da fotografia é um deleite para quem gosta de cinema bem executado. O esplendor das imagens é quebrado apenas quando surgem as cartelas que dividem a história, todas sujas, como obras mal acabadas, pintadas com giz.

Não vou ficar descrevendo cenas para não estragar o choque de quem for assistir o filme e para não fazer ninguém desistir de vê-lo, já que, só de ouvir os detalhes, muita gente acha que os espectadores de Anticristo são masoquistas. Nada disso. A arte, mesmo a que faz sofrer, faz refletir e causa admiração.

Esse filme é uma obra sensacional e essencial, seja para admirá-lo ou apedrejá-lo.

Trailer:

(Antichrist, Dinamarca/Alemanha/França/Suécia/Itália/Polônia, 110 minutos, 2009)
Dir.: Lars von trier
Com Charlotte Gainsbourg e Willen Dafoe
Nota 9,5

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Crítica: Pandorum


A história é passada num futuro de cerca de quinhentos anos, depois da morte do Planeta Terra. A nave espacial Elysium, com  6 mil tripulantes, é enviada ao espaço, em direção ao Planeta Tanis, onde possivelmente os humanos poderão viver. Depois de alguns acontecimentos, a nave fica aparentemente inabitada, até que dois homens acordam em seus “casulos de hibernação” e sem saber o que ocorrera, tentam encontrar uma maneira de levar a nave até seu destino e talvez, salvar a humanidade.

Tá. Eu e a torcida do Brasil já vimos este filme algumas dezenas de vezes. Para se destacar neste gênero, é preciso algum toque de inventividade ou uma mensagem mais elaborada, outra que não seja a de que o planeta ficou inabitável e uma tripulação heróica partiu em busca de “alternativas”.

Pandorum não foge do lugar-comum em nada. Com roteiro batido, diálogos clichês, elenco de filmes “b” e abuso de tensão de filmes de terror trash, o filme não passa de mais um na multidão.

O filme tem uma montagem e uma fotografia no mínimo estranhas, uma com cortes bruscos – as cenas pareciam acabar antes da hora e começar depois dela – e cada cenário é iluminado com uma cor diferente, com tendências ao neon: enquanto umas sequências tinham o tom “azul Avatar”, outras estouravam um “vermelho Missão Marte” tão tosco quanto sua referência.

A direção de arte é interessante e constroi uma dezena de cenários que dinamizam as sequências e dão possibilidade de variados clímaxes – que nem sempre acontecem como deveriam – no decorrer da história.

Sunshine – Alerta Solar, de Danny Boyle, mesmo com seus defeitos finais, deixa este longa no chinelo, com muito mais tensão, poesia e plasticidade. O final de Pandorum, aliás, é bem melhor do que o restante, dando margens para uma sequência que poderá ser muito mais interessante do que esta primeira parte. Isso se Dennis Quaid não estiver no elenco novamente, para estragá-lo.

Merecia outro destino que não as salas de cinema: as prateleiras das locadoras, diretamente. Medíocre.

Trailer:

(idem, EUA/Alemanha, 110 minutos, 2009)
Dir.: Christian Alvart
Com Dennis Quaid, Ben Foster

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Crítica: O Segredo dos Seus Olhos


No meio do caminho, havia uma pedra. Havia uma pedra no meio do caminho.” Quem pensa que o alemão A Fita Branca ganhará com facilidade o Oscar de melhor filme estrangeiro, precisa assistir o argentino O Segredo dos Seus Olhos.

O longa é dirigido por Juan José Campanella, diretor aclamado pelos filmes O Filho da Noiva (2001) e Clube da Lua (2004), e tem como protagonista Benjamin Espósito (Ricardo Darín, excelente), aposentado há alguns do Tribunal Penal, que resolve escrever um romance sobre o caso que mais marcou sua vida: o caso Morales, sobre o assassinato de uma jovem recém-casada.O caso foi engavetado após pouco tempo de investigação, mas Benjamin resolveu continuar a investigação, com a ajuda de seu colega de trabalho e bêbado nas horas vagas, Sandoval. Mal sabia ele que o esclarecimento dos fatos só viria à tona vinte e cinco anos depois, com o seu regresso à cidade.

Após vinte e cinco anos, Benjamin retorna ao antigo local de trabalho para mostrar à outra parceira de investigação daquela época – uma mulher bela e misteriosa, a qual ele não via desde que foi embora – os esboços do que seria seu livro, a fim de que ela aprove a história.

Contado em dois tempos que se alternam, muito bem definidos pela maquiagem dos personagens e pela composição dos cenários, o filme consegue equilibrar a tensão de um thriller com a intensidade de um romance inesquecível para o protagonista, sobrando ainda um espaço inicial para uma pitada de comicidade muito bem vinda.

Mesmo tendo como epicentro o personagem de Ricardo Darín, o roteiro não deixa de desenvolver muito bem os personagens que orbitam em torno dele. Sua relação com cada um – a colega de trabalho, o amigo e parceiro de investigação, o viúvo e o assassino – é forte o suficiente para deixar-lhe marcas profundas.

Este não é um filme apenas sobre um crime: é sobre um homem que nunca soube lidar com as pessoas que a vida lhe ofereceu, passou a vida perguntando-se “como se faz para viver uma vida vazia, cheia de nada” e só entregou-se à ela no final.

Existem filmes feitos para dar um “soco no estômago” do espectador. O Segredo dos Seus Olhos dá uma pancada no coração, com uma história instigante, um elenco excepcional, um roteiro espetacular e uma direção de fotografia que dá uma aula de decupagem e movimentação de câmera. O planossequência da perseguição ao assassino, durante o jogo de futebol, com cerca de dez minutos, é de um primor capaz de levar ao delírio qualquer um que entenda e que goste de um cinema bem executado.

Outro ponto interessante da fotografia é que ela foca muito nos olhos dos personagens, que inicialmente não dizem muita coisa, mas à medida que os segredos vão sendo revelados, os olhares tornam-se mais profundos e o sofrimento contido neles é explicado. Isso quando não inverte a situação e coloca o espectador no ponto de vista deles, com imagens subjetivas e desfocadas.

E depois ainda acham ruim o Brasil não conseguir vaga entre os indicados. O que é Salve Geral perto dos cinco indicados ao Oscar estrangeiro?

Se o cinema argentino é melhor do que o nosso, no geral, não posso afirmar. Mas que eles sabem escolher melhor os seus representantes, disso não tenho a menor dúvida.

Este filme marcou o meu ano e com certeza figurará entre os melhores. Maravilhoso!

Trailer:

(El Secreto de Sus Ojos, Argentina, 130 minutos, 2009)
Dir.: Juan José Campanella
Com Ricardo Darín, Soledad Villamil, Pablo Rago, Guillermo Francella, Javier Godino

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Crítica: Simplesmente Complicado


Não tem jeito. A cada filme que assisto com Meryl Streep tenho cada vez mais certeza de que ela é, provavelmente, a melhor atriz da atualidade. Não importa se o filme é muito bom ou apenas mediano (sim, porque filme ruim ela não faz), se é comédia ou drama, todo projeto com sua participação torna-se um produto melhor.

Em Simplesmente Complicado, Meryl faz o papel de Jane, dona de um bistrô, mãe de três filhos, divorciada há 10 anos e desde então não tem relacionamentos amorosos. Depois de um porre na véspera da formatura do filho, ela vive um flashback com o ex-marido (Alec Baldwin), atualmente casado com uma mulher bem mais jovem que ela. Ao mesmo tempo, ela conhece um arquiteto sensível e galanteador (Steve Martin), também divorciado e notadamente interessado por ela. O que fazer? Voltar com o marido e reatar os laços familiares ou entregar-se a um novo amor?

A trama é bem simples, ao estilo novela das oito. Mas com a direção sensível e madura de Nancy Meyers, tudo fica mais agradável e mais verossímil do que qualquer novela de Manoel Carlos.

Além da excelente protagonista já citada, Alec Baldwin e Steve Martin – atores de filmes medíocres – exercem bem os seus papéis. O primeiro com a cara de canastrão de sempre, mas dessa vez adequado ao personagem, e o segundo surpreendentemente delicado, sem os cacoetes dos seu filmes cômicos. Outro grande destaque do elenco é John Krasinsky (do seriado The Office), engraçadíssimo na pele do genro de Jane e Jake, sempre o primeiro a saber das “novidades”, mas que tem que guardar todos os segredinhos da nova família.

Além disso, o filme conta com uma ótima trilha sonora, recheada de roques dançantes das décadas de 50 e 60.

Nancy Meyers especializa-se em comédias românticas com casais mais velhos (vide Alguém Tem Que Ceder) e este é o grande diferencial desses filmes seus, já que o desenvolvimento das histórias é bem clichê. Mas é daqueles clichês que o povo não se cansa de ver e um alento aos casais mais maduros, que pouco se veem representados nas telonas.

Ter mais experiência pode ser bom, mas as raízes que as pessoas adquirem com o tempo torna os nós cada vez mais difíceis de serem desatados.

Simplesmente Complicado é um filme descompromissado e um bom passatempo. Simples assim.

Trailer:

(It's Complicated, EUA, 120 minutos, 2009)
Dir.: Nancy Meyers
Com Meryl Streep, Alec Baldwin, Steve Martin, John Krasinsky
Nota 7,5

Saiba se o filme está em cartaz na sua cidade*
* estreia sexta (26/02)

Os Inquilinos

Os Inquilinos tinha data de estreia marcada para 29/01 passado, mas por razões que desconheço, foi adiado e estreará finalmente nesta sexta-feira.

O filme é baseado num conto de Vagner Ferrer e é dirigido por Sérgio Bianchi, elogiado pelo seu filme anterior, Quanto Vale ou É Por Quilo?. O núcleo central da trama é formado por Valter, Iara e os dois filhos do casal. Eles moram em um bairro da periferia de São Paulo e seguem a vida normalmente até que chegam novos vizinhos. Valter trabalha durante o dia e estuda à noite. Sua mulher diz que os novos inquilinos não trabalham, que devem ser bandidos.

Ninguém sabe exatamente de onde vieram os três rapazes; Iara conta que eles levam mulheres para casa, falam palavras sujas e fazem muito barulho. Os jovens da rua querem ir para a briga, mas Valter quer apenas dormir.

Ele não tem uma arma, tem uma filha e um filho pequenos, fica fora o dia inteiro, não vê o que se passa na rua, ouve o que a mulher diz, o que a rua diz, ouve o barulho da música e das risadas dos inquilinos de madrugada. E não consegue dormir. Quem vai morrer? Valter não sabe.

O filme é vencedor dos prêmios de melhor roteiro e melhor atriz coadjuvante no Festival do Rio e tem no elenco Caio Blat, Cássia Kiss e Leona Cavali.

Trailer:

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Crítica em vídeo: Um Olhar do Paraíso


(The Lovely Bones, EUA/Inglaterra/Nova Zelândia, 135 minutos, 2009)
Dir.: Peter Jackson
Com Mark Wahlberg, Rachel Weisz, Susan Sarandon, Saoirse Ronan, Stanley Tucci




sábado, 20 de fevereiro de 2010

Crítica em vídeo: O Lobisomem

Antes tarde do que nunca...


(The Wolfman, EUA, 125 minutos, 2010)
Dir.: Joe Johnston
Com Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt, Hugo Weaving

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Crítica: Educação


Grã-Bretanha, década de 60. Jenny é uma menina de 16 anos, dedicada aluna, educada com rigidez e cobrança (dos pais e de si mesma), que almeja uma vaga na Universidade de Oxford. Ela conhece David, um homem mais velho, que teve uma educação bem diferente da dela, ou seja, foi educado “na prática”. O mundo novo que ele apresenta a encanta e ela agora terá que escolher entre o caminho dos estudos ou abrir mão disso e aproveitar a vida com ele.

Segue-se uma sucessão de acontecimentos que deixam o espectador constantemente na dúvida: será que David é realmente uma boa pessoa? Que segredos ele esconde? A possibilidade de ele ludibriar a menina é o que move o filme e imprime um pouco mais de emoção à uma história apática e previsível. Não merecia nem a vaga de melhor roteiro adaptado nem muito menos a de melhor filme no Oscar deste ano.

Jenny é interpretada por Carey Mulligan, atriz carismática, cuja ótima interpretação rendeu-lhe a indicação ao Oscar de melhor atriz. Ela confere à sua personagem o brilho dos olhos de uma adolescente deslumbrada com as possibilidades que a vida lhe oferece. Para dar-lhe suporte, dois atores também estão muito bem em seus papéis: Alfred Molina (o pai) e Peter Sarsgaard (David). Coincidentemente, sua personagem tem a mesma idade de outra forte concorrente ao Oscar, Gabourey Sidibe (Preciosa). Particularmente, prefiro a atuação da querida Precious. Carey tem sua merecida indicação, mas não merece levar a estatueta, pelo menos desta vez.

Qual a melhor educação? A teórica ou a educação da vida? Preciosa responde isso melhor que Educação, que prefere ter um posicionamento bem claro, ao invés de deixar o espectador tirar suas próprias conclusões.

Aliás, a educação é talvez o grande problema deste filme. O quadradismo técnico e o excesso de sobriedade dão ao filme um tom moralista, muito limpo e politicamente correto. A única tentativa de não ser correto o tempo vem da fotografia, que usa de desfoques, tons esporadicamente avermelhados na imagem e câmera na mão. Essas escolhas fotográficas até seriam válidas, mas num contexto tão blasé e cheio de falsas ostentações tais recursos ficam incoerentes, perdidos em meio ao marasmo.

Ou seja, o filme não esquenta nem tecnicamente nem emocionalmente. Educação é um “filme para inglês ver”. O sangue latino que corre em minhas veias não gostou nada de tomar este balde de água fria.

Trailer:

(An Education, Inglaterra, 100 minutos, 2009)
Dir.: Lone Scherfig
Com Carey Mulligan, Alfred Molina, Peter Sarsgaard, Olivia Williams, Emma Thompson

Crítica: Idas e Vindas do Amor


Dia dos Namorados. Acontece todos os anos, quer você queira ou não.” Esta é uma das frases usadas pela Warner para divulgar o filme Idas e Vindas do Amor. Infelizmente, isso é fato e a máxima utilizada também serve para os pobres espectadores de cinema. Todos os anos, há um filme como esse, queiramos nós ou não.

O filme retrata várias histórias de amor, que entrelaçam-se e têm suas pequenas surpresas. O epicentro é o personagem de Ashton Kutcher, um florista que acaba descobrindo alguns segredos, pois é ele que entrega as encomendas de meia cidade.

Já houve alguns bons filmes-românticos-com-elenco-estelar-e-histórias-que-se-cruzam, como Simplesmente Amor e o divertido Ele Não Está Tão Afim de Você. Não é a regra. Idas e Vindas do Amor não passa de um primo pobre (de espírito) destes filmes.

Geralmente os filmes do estilo acontecem por ocasião de datas comemorativas, exigências de mercado. Acabam por resultar em produtos mal pensados, com o único propósito de arrecadar alto nas bilheterias. Este é o caso deste novo filme do diretor Garry Marshall (Uma Linda Mulher).

O longa conta com um elenco impressionantemente estelar. Impressionante porque é difícil entender o porquê de tanta gente de peso ter submetido-se a filmar um roteiro tão fraco. Mais impressionante é saber o orçamento do filme: US$ 52 milhões, praticamente de graça, para quem tem no elenco Julia Roberts, Ashton Kutcher, Jessica Alba, Anne Hathaway, Queen Latifah, Kathy Bates, Bradley Cooper, Patrick Dempsey, Jennifer Garner, Jamie Foxx, Taylor Lautner e Shirley McLaine, entre tantos outros. Não se pode nem dizer que o interesse de todos foi o cachê.

Cheio de situações inverossímeis e diálogos vergonhosos, o filme não consegue ser nem cômico, nem dramático, nem romântico. Um imenso vazio, uma tortura de mais de duas horas de duração.

Para não dizer que nada salva, há uma cena que respira algo de interessante, protagonizada por Jennifer Garner quando descobre que namora um homem casado.

No fim, o único são é o florista do elenco de apoio, que diz que “para alguns, o amor só existe se for proclamado diante de todos”. De preferência proclamado por galãs e mocinhas lindos, com seus corpos sarados e suas vidas perfeitas. Tão medíocre que a mensagem que tentam passar é a que vem por último: “não importa, o que todos querem dizer, afinal, resume-se a três palavras: 'vamos ficar nus'”. Deprimente.

Este longa faz do amor um sentimento pequeno e dos romances algo fácil de ter seus problemas resolvidos. Todos sabem que não é simples assim, bem como não é fácil fazer um bom filme.

Trailer:

(Valentine's Day, EUA, 125 minutos, 2010)
Dir.: Garry Marshall
Com Julia Roberts, Ashton Kutcher, Jessica Alba, Anne Hathaway, Queen Latifah, Kathy Bates, Bradley Cooper, Patrick Dempsey, Jennifer Garner, Jamie Foxx, Taylor Lautner e Shirley McLaine

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Crítica: O Mensageiro


Messengers são os servidores do exército norte-americano encarregados de dar a notícia da morte de algum soldado à sua família. O sargento Will Montgomery (Ben Foster) acaba de ser nomeado para o cargo e terá como companheiro de trabalho o capitão Tony Stone (Woody Harrelson). Com pensamentos diferentes em relação a como lidar com os familiares dos mortos, eles aprenderão muita coisa um com o outro.

O filme foi vencedor do Urso de Prata de Melhor Roteiro e Prêmio da Paz em Berlim 2009, além de ser indicado a Melhor Filme. É também indicado a duas categorias no Oscar: melhor ator coadjuvante (Woody Harrelson) e melhor roteiro original.

Imagino que o diretor e roteirista Oren Moverman (também roteirista de Não Estou Lá) tenha escutado depoimentos de alguns dos tais mensageiros, pois as situações com as quais os protagonistas se deparam são muito reais e fortes. O roteiro é excelente, apesar de desenvolvido de maneira simples.

Os personagens têm a aspereza de quem já apanhou muito da vida e isso imprime no filme uma dureza impressionante, só sendo quebrada quando os dois companheiros ficam mais amigos, protagonizando algumas cenas bem descontraídas, apesar de deprimentes, o que dá um respiro à sequência de cenas dramáticas.

O elenco do filme é muito bom, com destaque para Woody Harrelson, que  entrega uma de suas melhores interpretações. O jovem Ben Foster e Samantha Morton também têm boas atuações, esta última no papel de uma das viúvas que Montgomery dará a notícia fatal sobre o marido dela.

Algo que não agradou-me foi a fotografia, cheia de zooms e câmera na mão em momentos inadequados. Dessa vez os “saculejos” não tiveram função nenhuma no filme. Parecem usados apenas por modismo.

O Mensageiro é um filme cru. É simples em sua execução, mas denso nos seus propósitos. Não é impactante nem muda a vida de ninguém, mas é interessante.

Trailer:

(The Messenger, EUA, 105 minutos, 2009)
Dir.: Oren Moverman
Com Ben Foster, Woody Harrelson, Samantha Morton, Jena Malone, Steve Buscemi
 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Crítica: Um Olhar do Paraíso

Peter Jackson não tem medo das histórias difíceis de contar no cinema. É ousado, mas nem sempre acerta. Fez da trilogia O Senhor dos Anéis uma obraprima do cinema recente, mas errou feio ao refilmar King Kong, em 2005.


Um Olhar do Paraíso (péssima tradução para The Lovely Bones, “os restos angelicais” do título original) é baseado no livro de Alice Sebold, Uma Vida Interrompida – Lembranças de um Anjo Assassinado. É ambientado em dezembro de 1973, quando a menina Susie Salmon, de 14 anos, voltava da escola para casa e foi assassinada. Depois de morta, Susie continua a velar por sua família – enquanto seu assassino permanece solto. Presa em um extraordinário, ainda que misterioso, espaço entre a Terra e o Céu a menina descobre que precisa escolher entre a busca por vingança e o desejo de ver seus amados seguirem em frente.


Com um elenco que mescla ótimas atuações (Saoirse Ronan e Stanley Tucci, indicado ao Oscar de coadjuvante) e personagens desconexos (Susan Sarandon e Rachel Weisz, surpreendentemente apagadas), o filme faz poesia em torno da morte, de maneira esteticamente brilhante. Injustamente de fora do Oscar, a direção de arte equilibra uma ótima reconstrução da década de 70, especialmente do interior das casas, com uma variedade incrível de belas imagens do que seria o paraíso para a menina recém-assassinada.


Em sua primeira metade, Um Olhar do Paraíso é uma obra dramática maravilhosa, mas quando entra na questão da investigação do crime, tudo desanda. Ambos os estilos não são bem dosados, deixando o ritmo instável. Até uma sequência engraçadinha, sobre a reabilitação da família é incluída. Desnecessária e sem a menor graça num contexto tão trágico.


Além da falta de sintonia entre as cenas poéticas e da investigação, é jogado, a todo momento, conceitos piegas de vida após a morte, quase um “manual de contraindicações espíritas”: o que fazer (ou não) para deixar o espírito do seu morto descansar em paz?


Com Um Olhar do Paraíso, o diretor Peter Jackson se deixa influenciar pela própria obra, misturando a beleza dos cenários de sua trilogia dos aneis com os enquadramentos e o clima de thriller trash de Fome Animal. O resultado é um descompasso total, um erro infeliz. Dá dó ver uma ideia com tanto potencial ser desperdiçada assim.


Trailer:

(The Lovely Bones, EUA/Inglaterra/Nova Zelândia, 135 minutos, 2009)
Dir.: Peter Jackson
Com Mark Wahlberg, Rachel Weisz, Susan Sarandon, Saoirse Ronan, Stanley Tucci

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Promoção: Toy Story 3D

Estão chegando aos cinemas brasileiros os dois primeiros filmes Toy Story, que serão exibidos em 3D e ficarão em cartaz apenas uma semana cada um. Toy Story estreia no dia 26/02 e Toy Story 2 estreia no dia 05/03. Tudo isso para servir de aperitivo para o que vem depois, em 26 de junho: Toy Story 3!

Se você está com vontade de ver os filmes que fizeram história na animação, agora em 3D, deixe um comentário, respondendo às seguintes perguntas: “Na sua infância, qual era seu brinquedo preferido? E em que década foi a sua infância?” A pergunta serve a título de enquete, ou seja, independente das respostas, todos concorrem por sorteio.

Junto às respostas, deixe também o seu nome completo, cidade, e-mail e endereço completo.

Caso algum dos itens acima não for preenchido, a resposta estará desclassificada.

Cada um dos oito sorteados ganhará 1 par de ingressos válidos para sessão 3D, para um dos dois filmes. O filme vem especificado no convite. Não é possível escolhê-lo.

Para os leitores de Brasília serão sorteados ainda adesivos e camisetas Toy Story.

As respostas serão omitidas e os sorteados terão suas respostas divulgadas, mas sem ligar o nome à pessoa.

A promoção é válida até o fim do dia 18/02 (quinta-feira) e o resultado será divulgado no dia 19/02.

Boa sorte a todos!

Promoção encerrada. Eis o resultado:


Ganhadores Toy Story:
1- Ingrith Gonçalves Calazans – Gama/DF (ganhou kit camiseta + adesivo + 1 par de ingressos)
2- Gilberto José dos Passos Junior – Brasília/DF (ganhou kit camiseta + adesivo + 1 par de ingressos)
3- Abner B. Carvalho – Rio de Janeiro/RJ (ganhou 1 par de ingressos)
4- Helen de Almada Zeppelin – São Paulo/SP (ganhou 1 par de ingressos)

Ganhadores Toy Story 2:
1- Fabiana da Cunha César – Brasília/DF (ganhou kit camiseta + adesivo + 1 par de ingressos)
2- Alexandre Luís Trindade Janicsek – Porto Alegre/RS (ganhou 1 par de ingressos)
3- Luiz Henrique Aben Athar Avelar – São Paulo/SP (ganhou 1 par de ingressos)
4- Naiara Cristina Costa – Ceilândia/DF (ganhou 1 par de ingressos)

Respostas:
*Década de 80: Genius, Autorama, Pogoball, Barbie
*Década de 90: Cara a Cara, Buzz Lightyear, Super Nintendo (Mario e Alladin)
*Década de 2000: Máquina de sorvete da Eliana

A título de curiosidade: uma das leitoras (não-sorteada, infelizmente), teve infância na década de 50 e seu brinquedo favorito era um jogo de cozinha feito de ferro (devia ser muito bonitinho!).
Como os tempos mudarão, não?!

Outros brinquedos não-sorteados: Quebra-Gelo, Vai-Vem da Estrela, Cavaleiros do Zodíaco, Lego, etc. Os mais "votados" foram o Lego e o Genius. Sessão nostalgia total!

Parabéns aos sorteados. Tenham uma ótima sessão!
 
E aguardem novas promoções!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Crítica: Zumbilândia


1- Tenha preparo físico
2- Na dúvida, atire duas vezes
3- Cuidado com banheiros
4- Use cinto de segurança

Estas são algumas das diversas regras que Columbus (Jesse Eisenberg), um jovem metódico, criou para sobreviver em meio ao caos que a humanidade se encontra, após a devastação causada por zumbis. Cada regra será devida e hilariamente explicada no filme. Columbus encontrará um outro humano não-infectado, Tallahassee (Woody Harrelson), um maluco fanático por twinkies (espécie de bolinho popular nos EUA) e impiedoso com os zumbis. Juntos, eles buscarão um lugar salvo de zumbis, contando (ou não) com a “ajuda” de duas irmãs jogo-duro (Abigail Breslin e Emma Stone). 
 
O longa tornou-se uma sensação nerd nos EUA, recebido pela crítica com a mesma vibração de Todo Mundo Quase Morto, outro cultuado terror cômico. Tão bem sucedido que uma sequência já está sendo preparada para o ano que vem.

Com uma montagem descolada e roteiro cheio de piadas inteligentes – que sabe como interligá-las no decorrer do filme, direção sagaz de Ruben Fleischer e elenco afiado – com destaque para o jovem Jesse Eisenberg, de interpretação sutilmente pateta, carismático e engraçado, o longa é despretensioso e felizmente não se leva a sério em momento algum. 
 
Não há uma piada que escape aos personagens, levando o público às gargalhadas – pelo menos na minha sessão. Em certo momento, os protagonistas encontram um lugar aparentemente seguro e que rende algumas cenas e diálogos desde já antológicos: a casa de Bill Murray. Não vou contar nada para não perder a graça.

Outra das inúmeras regras de Columbus é: “dê valor às pequenas coisas”. Eu dou o maior valor à esta pequena grande obra.

Exageros perdoáveis à parte, Zumbilândia é o maior barato!

Trailer:

(Zombieland, EUA, 88 minutos, 2009)
Dir.: Ruben Fleischer
Com Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Abigail Breslin, Bill Murray, Emma Stone

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O desenvolvimento dos personagens de Alice no País das Maravilhas


A campanha para o filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, continua a todo vapor. Dessa vez, foram divulgadas algumas progressões, que explicam o processo de criação do visual do longa. Uma das sequências enfoca a evolução da Rainha de Copas. Acompanhem o passo-a-passo (cliquem nas imagens para ampliá-las):

1º- a Rainha é filmada contra um cromaqui (fundo verde), usando uma câmera de alta resolução 4K, para que sua cabeça possa ser alargada posteriormente, sem prejuízos à qualidade da imagem.

2º- usando tecnologia desenvolvida para o filme, a cabeça da rainha é então alargada e seu pescoço e queixo ficam bem encaixados às gola de sua fantasia.

3º- a Rainha é recortada e colocada num ambiente de CG preliminar, com modelos de objetos de cena em segundo plano. A primeira versão dos macacos que segurarão os candelabros já são introduzidos à cena.

4º- os artistas da Imageworks introduzem a pele e as roupas nos macacos e em seguida, criam o fogo e a fumaça das velas do candelabro.

5º- por fim, são incluídas as cores, a textura e a iluminação da cena.


* Outra sequência interessante é a do Coelho Branco:

1º- Aqui, uma sequência de desenhos tradicionais é feita, como a primeira etapa na criação da cena do filme.

2º- Os artistas da Imageworks criam uma versão em baixa resolução do personagem em CG e o colocam em um ambiente gráfico de baixa resolução, o que dá aos animadores velocidade e flexibilidade para trabalhar na cena.

3º- Assim que o personagem animado é concluído, uma versão em alta resolução do desempenho do Coelho Branco é verificada em um modelo mais detalhado chamado "pit render".

4º- Com o desempenho aprovado, o Coelho recebe pelagem e roupa. Existem programas complexos projetados para fazer cabelo, pelo e tecidos se movimentarem e se comportarem o mais realisticamente possível.

5º- A cena final, com todos os elementos em alta definição, incluindo um Coelho com pelo e roupas, seu ambiente gráfico, o pano de fundo devidamente pintado, os efeitos das folhas se mexendo – tudo iluminado e texturizado. Os elementos são combinados por um compositor.


Interessante, não?! O filme tem estreia marcada para 23 de abril deste ano e chegará cercado de expectativas.

Abaixo, trechos dublados de entrevistas com o elenco:

Crítica em vídeo: Preciosa


(Precious – Based on the Novel “Push” By Sapphire, EUA, 110 minutos, 2009)
Dir.: Lee Daniels
Com Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Mariah Carey, Paula Patton, Lenny Kravitz


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Crítica: O Lobisomem


Lawrence Talbot (Benicio Del Toro) convive, desde criança, com a imagem da mãe morta nos braços de seu pai, Sir John Talbot (Anthony Hopkins). Após o acontecido, ele deixa a aldeia de Blackmoor por anos, mas é obrigado a retornar, quando recebe uma carta de sua cunhada (Emily Blunt), informando-o de que seu irmão está desaparecido.

Ao chegar, ele descobre que o irmão foi morto por uma criatura que tem amedrontado a região. Trata-se de um licantropo, um homem que transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Lawrence sai à caça do monstro, mas ao ser mordido pelo mesmo, terá que enfrentar os instintos ruins que adquire e a perseguição dos inspetores da Scotland Yard, para encontrar o lobisomem, acabar com a matança da aldeia e proteger a mulher amada.

Baseado no roteiro de Curt Siodmak – roteirista da versão de 1941 do Lobisomem para as telonas, esta nova roupagem do licantropo não segue o perigoso caminho da maioria das refilmagens recentes, sendo fiel e respeitoso ao espírito original dos clássicos sobre o monstro, inclusive mantendo vários dos personagens da antiga versão.

O diretor Joe Johnston (Jumanji, Jurassic Park III, O Céu de Outubro) não demonstra ter intenções de ser lido com facilidade pelo público acostumado a ter histórias simplificadas em prol de muita ação. Ele não tem pressa para contar a trajetória de Lawrence Talbot e talvez tenha sido esta a sua melhor escolha.

Não há, no longa, aparições em excesso do lobisomem, o que permite a criação de uma atmosfera tensa, com o suspense acontecendo num crescente. A maior mudança em relação à versão de 1941 é que o foco maior é dado para a relação entre pai e filho, o que dá mais densidade e gera mais conflitos para os personagens.

Aliado a uma bela e sombria fotografia, ótimos figurinos, cenários grandiosos e detalhistas, efeitos visuais incríveis e atuações muito boas – especialmente de Benício Del Toro – O Lobisomem apresenta-se como um terror genuíno, ou seja, do jeito que tem que ser.

Apesar de ter uma edição de som muito boa, eu não gostei do tratamento dado às vozes do elenco, que ganham tons mais agudos e ficam próximos do som de rádio.

Depois de tantos acertos, em seu último plano, o filme não resiste à mesmice – talvez por exigência do estúdio – e entrega uma imagem piegas, feita para deixar brechas para uma sequência que, caso aconteça, precisará de um roteiro excelente para ficar tão boa quanto este reinício de história.

Fora isso, tudo certo. O Lobisomem é diversão garantida para os nerds de plantão e para os fãs do bom terror.

Crítica em vídeo:

(The Wolfman, EUA, 125 minutos, 2010)
Dir.: Joe Johnston
Com Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt, Hugo Weaving
Nota 8,0

*estreia nesta sexta-feira (12/02)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Crítica: Preciosa

Preciosa é como uma luz no fim do túnel para as minorias. É um sinal de que não é preciso rostos bonitos e aspecto fotográfico limpo para se fazer bons filmes.

Claireece Jones Precious sofre privações inimagináveis em sua juventude. Ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda e sem amor. Conhecida como Preciosa, a menina de 16 anos, grávida pela segunda vez do próprio pai, é maltratada pela mãe e expulsa da escola, mas vê numa instituição alternativa para estudantes a chance de mudar de vida.

É muita tragédia na vida de uma pessoa só, mas seria alienação dizer que isso não acontece. O diretor Lee Daniels relata que também sofreu maus tratos físicos quando jovem e talvez esta identificação com o livro da escritora Sapphire (professora da real escola alternativa em que Precious estudou) que o levou a querer mostrar esta história nas telonas.

A atriz Gabourey Sidibe, protagonista do filme, foi descoberta no Harlem, bairro onde se passa o filme. Ela sequer havia feito outros filmes anteriormente e já nesta estreia, ela dá um show de interpretação, conferindo visceralidade e muita força à sua personagem.

Mas ela não está sozinha. Encontra na rara atuação dramática da comediante Mo'Nique o seu contraponto ideal. Mo'Nique faz a mãe de Preciosa e carrega consigo toda a amargura de quem nunca conseguiu nada além de viver na miséria, numa casa pobre e ainda tendo que lidar com o desprezo do marido, descontando toda a raiva e ciúmes na filha. É a típica oportunista, que usa da própria situação para conseguir meios de subsistência e acomoda-se dessa forma.

Talvez pelo grande envolvimento com a história, o diretor acaba pecando em escolhas piegas e redundantes, em cenas que abusam do didatismo e do institucionalismo. Mas nada que jogue fora as excelentes atuações e montagem, que confere ao filme momentos de licença poética singela, ajudando o público a ter empatia pela protagonista, desde já uma das mais carismáticas do cinema.

Claireece Jones Precious é gente como a gente e sua história se repete em todos os cantos do mundo, infelizmente. Este drama real é difícil de amenizar. Mesmo assim, ela encontra forças para sonhar.

Preciosa, em meio aos filmes de gente bonita hollywoodiana e histórias plásticas, é um suspiro de realidade que de vez em quando faz bem tomarmos consciência de que ela existe.

Como bem diz a Srta Rain, professora de Preciosa: “a mais longa das jornadas começa com um único passo”.

Crítica em vídeo:

(Precious – Based on the Novel “Push” By Sapphire, EUA, 110 minutos, 2009)
Dir.: Lee Daniels
Com Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Mariah Carey, Paula Patton, Lenny Kravitz
Nota 8,2

*estreia nesta sexta-feira (12/02) 

 
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