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domingo, 31 de janeiro de 2010

Crítica: Tokyo!


Tokyo! é uma compilação de três médias metragens situados em Tóquio e que exploram as peculiaridades dos japoneses e a situação problemática da habitação urbana que acomete aquela megalópole.

No primeiro, Interior Design, Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças) tece um retrato da situação daqueles que acabam de chegar a Tóquio para tentar a vida. Hiroko e Akira são um jovem casal que se hospeda temporariamente na casa da amiga, Akemi. Akira, o rapaz, corre atrás do sonho de se tornar cineasta, mas a garota é menos segura de sí e, progressivamente, ela começa a se perder na imensidão da cidade.
 
Gondry tem uma imaginação incrível e usa de surrealismo para fazer metáfora com o claustrofóbico mundo daqueles que são mais frágeis diante de desafios. Seu terço de filme traz muito da influência das suas obras anteriores, inclusive dos clipes que dirigiu para Björk.

No segundo segmento, Merde, Leos Carax (Os Amantes de Pont-Neuf) faz um retrato do caos. Merde é uma “criatura dos esgotos” (encarnada pelo ator Denis Lavant, que dá um show), que sai do subterrâneo para atacar os cidadãos japoneses de forma descarada e terrível, criando um alvoroço da mídia em torno de si e despertando a fúria das autoridades. A histeria está armada e a população se manisfetará contra e a favor do ser bizarro. 
 
Neste média, cada um que teça sua interpretação. Pode viajar à vontade. Eu entendi que o merda lá foi gerado pela natureza para destruir quem a está destruindo. Representa tudo de ruim produzido pela humanidade. Ama a vida e detesta os humanos. Uma história de impacto e que faz pensar.

Na terceira parte, Shaking Tokyo, Bong Joon-Ho (O Hospedeiro) mostra a vida dos hikikomoris, um fenômeno que alastra-se pela cidade. São pessoas que isolam-se em casa e nunca mais saem de lá. Teruyuki está trancado há 10 anos e seu único contato com o mundo é o seu telefone. Até que um dia, numa das entregas de pizza, o chão começa a tremer e pela primeira vez em muito tempo, ele encara uma pessoa de frente. Tudo pode mudar dali para adiante.

Shaking Tokyo é um retrato do isolamento. Usa de um tema real para tratar de um assunto denso e cria um mundo futuro bem plausível, no qual um pequeno fator pode criar uma problemática enorme. A pressa e falta de interação física entre as pessoas está presente de maneira lúdica. O final é de uma poesia linda!

Três grandes diretores fazem deste filme a melhor e mais inteligente “compilação” que já vi. É surrealismo na veia. Um prato cheio para quem gosta de “viajar na maionese” (no bom sentido).

Trailer:

 

(idem, Japão/ França/ Alemanha/ Coréia do Sul, 112 minutos, 2008)

Dir.: Michel Gondry, Leos Carax e Bong Joon-Ho

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Crítica filmada: Nine



Para ler a crítica, clique aqui.

Assista outras críticas filmadas aqui.

(idem, EUA/Itália, 118 minutos, 2009)
Dir.: Rob Marshall
Com Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz, Marion Cottilard, Judi Dench, Nicole Kidman, Kate Hudson, Fergie e Sophia Loren

Crítica: Nine


A metalinguagem é o grande mote de Nine, novo filme de Rob Marshall (Chicago, Cabaret).

Guido Contini (Daniel Day-Lewis) é um cineasta de renome da década de 60, prestes a filmar sua nona obra, mas, sofrendo de pressão por parte do público e imprensa, tem um bloqueio criativo e não sabe o que fazer com o novo filme, chamado Itália. Guido buscará inspiração nas mulheres que o cercam: sua esposa (Marion Cottilard), sua mãe (Sophia Loren), sua amante (Penélope Cruz), a protagonista do seu filme (Nicole Kidman), a figurinista e conselheira (Judi Dench), uma repórter sedutora da revista Vogue (Kate Hudson) e uma prostituta (Fergie, vocalista do grupo Black Eyed Peas) que revelou-lhe “mundos novos” na sua infância. 
 
O filme é uma releitura da peça teatral homônima da Broadway, que por sua vez era inspirada na obraprima 8 ½, de Federico Fellini. O diretor escolheu para o elenco, segundo ele mesmo declarou, artistas que Fellini aprovaria. Sei. 
 
O elenco inteiro se preocupou em encarnar a alma italiana, com sotaques e aparências, inclusive Fergie, fazendo o que mais sabe: cantar e dançar, sem muitas falas. Daniel Day-Lewis é um ator impressionante. Encarna seus personagens com uma força tão grande que fica difícil não vangloriá-lo por qualquer papel que interprete. Seu Guido Contini é uma grande homenagem a Marcelo Mastroianni (que interpretou o personagem em 8 ½) e a Fellini, em sua fase de “bloqueio criativo”. Ah, se todo bloqueio criativo fosse assim! Em volta dele, as mulheres todas brilham, mas as estrelas de Marion Cottilard e Penélope Cruz têm mais intensidade. A segunda está cada dia melhor e protagoniza o melhor número musical do filme, usando todo seu poder de sedução.

Nine conta ainda com uma direção de arte que cuidou muito bem desde os grandiosos cenários, ruas e carros elegantes até a criação de um cartaz de filme no mesmo estilo em voga na década de 60 e uma direção de fotografia impecável, com variações de cenas entre o preto-e-branco e o colorido e excelentes escolhas de ângulos e movimentação de câmera. 
 
Até aqui, tudo muito bom. O problema é que Nine sofre do mal que acomete muitos filmes em Hollywood: retrata uma época e um país (neste caso, a Itália), mas é todo falado e cantado em inglês. Continuo achando isso inadmissível e isso estraga qualquer filme, para mim. Admiro Tarantino, que em seu Bastardos Inglórios não abriu mão das línguas e pôs alemão falando alemão, inglês falando inglês e francês falando francês. O único sopro de italiano em Nine são uns poucos versos da música cantada por Sophia Loren, que logo volta a falar o bom (?) e velho inglês.

Para lá da sua primeira metade, as mulheres que cercam o diretor bloqueado têm suas importâncias na vida dele reveladas e a história se esvai em cenas que parecem estar lá apenas para preencher espaço, o que faz o filme, de menos de duas horas, parecer ter três horas de duração.

Talvez um pouco mais de capricho no roteiro e uma montagem mais enxuta lapidariam a obra.
Nine é um filme divertido e cheio de brilho no começo, mas cansativo e (quase) apagado no final. Prometia ser um grande filme, mas infelizmente ficou só no “quase”.

De qualquer forma, não saiam do cinema antes dos créditos subirem. Há cenas dos bastidores e ensaios para os números musicais, bem interessantes e pertinentes.

Trailer:

(idem, EUA/Itália, 118 minutos, 2009)
Dir.: Rob Marshall
Com Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz, Marion Cottilard, Judi Dench, Nicole Kidman, Kate Hudson, Fergie e Sophia Loren

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Crítica (filmada e escrita): INVICTUS



Pergunte à minha úlcera!”, responde um guardacostas de longa data do presidente sulafricano Nelson Mandela a um dos seus colegas novatos, que o questiona se o presidente tem o costume de dar trabalho, estando sempre perigosamente perto do povo. 
 
O fato é que Mandela tinha, desde que saiu da prisão – onde passou quase 28 anos de sua vida – a convicção de que descansar era perda de tempo (tornando-se um workaholic), que seu país precisava de um governante sempre presente e que o melhor caminho para o desenvolvimento era o perdão. Dessa forma, Madiba – como gostava de ser chamado pelos que o cercavam – deu ao mundo um tremendo “tapa de luva de pelica”, ao exigir que não fosse feito aos brancos o que foi feito com os negros na época do apartheid.

Mandela viu no campeonato mundial de rúgbi de 1995, uma oportunidade de acabar de vez com a divisão racial em que a África do Sul encontrava-se. “O esporte tem o poder (…) de unir as pessoas, de uma maneira que nada mais consegue”, proferiu ele. O time sulafricano, o Springboks, não eram considerados nem de longe para serem campeões, mas o presidente realizou um trabalho de apoio impressionante, com a ajuda do capitão da equipe, François Pienaar, levando o país às finais daquele campeonato.


O roteirista Anthony Peckham (Sherlock Holmes) baseou-se no livro Playing the Enemy, de John Carlin, para escrever a história, que parte do pressuposto de que todos já conhecemos a história de Nelson Mandela. Portanto, Invictus não é uma cinebiografia, mas um retrato de um acontecimento específico e marcante na história da África do Sul.

O diretor Clint Eastwood, depois de olhares sobre a história de outros países, como Japão (com Cartas de Iwo Jima) e EUA (Gran Torino), entrega mais uma obra impactante, filmada com o seu modo denso e cru de contar histórias. Como em seus outros filmes, ele conta com um elenco de atuações impecáveis, com grande destaque para Morgan Freeman, que captou brilhantemente o sotaque, as nuances, a serenidade e obstinação de uma das figuras mais marcantes da história mundial, Nelson Mandela.


Nos últimos vinte minutos do filme, somos convidados a assistir o jogo da final do campeonato, numa sequência de arrepiar até o último fio de cabelo. O cinema é transformado num imenso campo de rúgbi (preparem seus ouvidos) e apesar de ser um esporte de pouca identificação com os brasileiros, ficará difícil para os espectadores conterem a emoção. 
 
Sem precisar focar na biografia de Mandela, Invictus é o filme mais contundente sobre ele e sobre o que ele significa para seus país e para o mundo.

Crítica Filmada:
 



(idem, EUA, 133 minutos, 2009)
Dir.: Clint Eastwood
Com Morgan Freeman, Matt Damon
Nota 8,8

*estreia na sexta, dia 29/01 


domingo, 24 de janeiro de 2010

Crítica: Chéri



Antes, um parênteses: o que passou na cabeça de quem criou o cartaz deste filme? Ao vê-lo, pensei que tratava-se de uma história atual, uma comédia romântica que explorasse Michelle Pfeifer, no esplendor de seus 51 anos, tendo-a, inclusive, como o centro das atenções da obra, já que o nome de sua personagem está explicitado pelo título do filme. Acredito que muitos desavisados assistirão com esta expectativa. Mas não é nada disso. 
 
Chéri é um filme de época, sobre o perigo de um relacionamento entre um jovem e uma ex-prostituta. Chéri não é a bela Michelle e sim, o jovem ator Rupert Friend, que é “entregue” à prostituta Lea (Miss Pfeifer) pela sua mãe (Kathy Bates), para “criar experiência”, antes de ser designado para casar com Edmee, uma jovem nobre. A atenção do filme é dividida entre os caminhos de Lea e Chéri e suas interseções. Portanto, nada da jovialidade e do romantismo do cartaz. 
 

Em seu mais novo longa, o diretor Stephen Frears (A Rainha; Mrs Henderson Apresenta) está mais para Stephen Freezer. Tudo em Chéri parece ligado no automático, com a frieza de um aristocrata blasé. Fotografia, arte, figurino, montagem e direção não têm nenhum diferencial para qualquer outro filme inglês de época. 
 
Justamente pelo “modo automático”, alguns quesitos sofrem com a displicência - ou seria inovação onde não deveria? A trilha sonora parece fazer piada em cima da seriedade do roteiro, além de uma narração no estilo de historinhas infantis da Disney, uma incoerência só.


Apesar disso, o filme tem um roteiro (baseado no romance de Collette) que aborda muito bem as dificuldades, prós e contras de uma relação entre pessoas com muita diferença de idade e atuações ótimas de Kathy Bates e Michelle Pfeifer, cujas expressões escondem toda a amargura, ciúmes e sofrimento de uma mulher forte, mas com sentimentos de uma adolescente apaixonada. Parecia destruir-se por dentro. 
 
Chéri não é um filme ruim, mas comer frio um prato que era para ser servido quente não é de todo agradável. Exala perfume, mas no fim não fede nem cheira.


Trailer:


(idem, Inglaterra/França/Alemanha, 92 minutos, 2009)
Dir.: Stephen Frears
Com Michelle Pfeifer, Kathy Bates, Rupert Friend

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Crítica filmada: Amor Sem Escalas


URL do vídeo, para quem quiser incorporá-lo em outros blogs/sites: http://www.youtube.com/watch?v=-I-9rYk9T6U
(Up in the Air, EUA, 110 minutos, 2009)

Dir.: Jason Reitman

Com George Clooney, Anna Kendrick, Vera Farmiga, Jason Bateman


Crítica: Amor Sem Escalas



Ryan Bingham passou anos em escalas aéreas, visitando diversas cidades a serviço de empresas em crise. Seu trabalho: demitir pessoas. Sua filosofia de vida: viver sem amarras sentimentais. Para ele, tudo o que você precisa pode ser guardado numa mala de mão, teoria explicada pelo próprio em suas palestras. Seu grande objetivo: atingir 10 milhões de milhas voadas.

Mas exite uma grande ameaça para que ele não alcance a tal meta: seu chefe está para aprovar o projeto de uma funcionária novata, que propõe ações que poderão baratear e otimizar os serviços prestados pela empresa, o que significaria que Ryan não mais trabalharia “voando”.

Jason Reitman, diretor de Juno e Obrigado Por Fumar, oferece ao público, com este Amor Sem Escalas, mais uma história com ares de inovação, em que o tema maior a ser discutido são as relações entre as pessoas e como a tecnologia pode ajudá-las ou atrapalhá-las, tanto no âmbito pessoal quanto no âmbito profissional.
 
Seus dois personagens principais (Ryan e a novata, Natalie) são conflituosos entre si e por si só incoerentes, características indispensáveis para pessoas comuns. Enquanto um prega o distanciamento da família e a necessidade do corpo-a-corpo ao tratar de relações trabalhísticas, a outra é convicta de que é preciso construir uma base familiar para ser feliz, mas acredita que, no trabalho, quanto mais distantes emocionalmente os funcionários estiverem daqueles que os demitem, mais prático e mais fácil será o trabalho.

Com um roteiro original competente e com diálogos inteligentes, o filme suscita debates, sem falsos moralismos, sobre o embate da tecnologia com as relações humanas, numa excelente parábola moderna dos valores familiares, amorosos e profissionais.

O elenco sai-se muito bem, cada qual com seu personagem cheio de ambiguidades e válvulas de escape às quais recorrem para escapar da realidade. George Clooney é sutil e não precisa de ataques histéricos ou cacoetes para impressionar, assim como a jovem Anna Kendrick (Crepúsculo). Mas quem rouba a cena é Vera Farmiga (O Menino do Pijama Listrado), em mais uma atuação competente, como a mulher perfeita para Ryan, descolada e sem intenções sentimentais. 
 
Amor Sem Escalas é um filme nos moldes do Oscar, mas que exala novidade, sem apelar para emoções fáceis. Um ótimo programa para o fim de semana.

Trailer*:
*A crítica filmada encontra-se aqui




(Up in the Air, EUA, 110 minutos, 2009)
Dir.: Jason Reitman
Com George Clooney, Anna Kendrick, Vera Farmiga, Jason Bateman

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Conheçam Fred Burle, novo crítico de cinema do Jornal Alô Brasília (e outras novidades)


As notícias não param!

Recebi - e aceitei - um convite para publicar minhas críticas e artigos no Jornal Alô Brasília, veículo novo, mas muito bem difundido aqui na capital federal. As críticas e artigos serão publicados tanto na versão impressa quanto no Portal do jornal, bem como os vídeos também foram autorizados para serem veiculados no Alô Tv, que também faz parte do portal.

Neste link vocês podem ler a minha crônica de apresentação no jornal.

Fora isso, preciso dizer que estou produzindo meu primeiro longametragem, um documentário chamado Entorno da Beleza, dirigido por Dácia Ibiapina, minha querida ex-professora e premiada cineasta. Não posso dar mais detalhes, mas pelo material que já temos gravado e pelo andar da carruagem, temos um ótimo filme nas mãos e estou bem orgulhoso disso!

Outro filme meu, o curta "32 Mastigadas: 16 N e 16 S" foi escolhido como parte integrante das comemorações de Brasília 50 Anos!

Uma parceria que também acabei de fechar foi com os estúdios Disney, o que resultará em muitas promoções legais para vocês. Aguardem!


Por último, preciso agradecer o carinho dos meus colegas blogueiros, que dessa vez, foi explicitado pelo selo de "blog amigo" que me foi conferido pela querida Amanda Aouad, do CinePipocaCult, de Salvador, terra boa.

E claro, agradecer a todos os visitantes deste blog, que têm me dado retornos tão legais para tudo o que faço, tanto na parte escrita quanto na filmada.


Obrigado a todos!

Salve Geral está fora da disputa pelo Oscar



Que "Salve Geral" não seria escolhido para disputar a estatueta de melhor filme estrangeiro no Oscar 2010, todos já desconfiavam. O próprio diretor do filme, Sérgio Rezende, não nutria muita esperança de que isto acontecesse, como pode ser conferido na entrevista exclusiva que ele me deu, na época do lançamento no Brasil. 

A confiança era tão baixa que o filme nem teve, nos EUA, uma campanha digna de grandes concorrentes, nem para o Globo de Ouro e nem para o Oscar. A expectativa foi apenas confirmada, com a divulgação dos pré-selecionados na categoria de filmes estrangeiros, cujos nomes  e seus respectivos países produtores podem ser conferidos na lista abaixo:


Argentina : "El Secreto de Sus Ojos", de Juan Jose Campanella.
Austrália: "Samson & Delilah", de Warwick Thornton.
Bulgária: "The World Is Big and Salvation Lurks around the Corner", do diretor Stephan Komandarev.
França: "Un Prophète", de Jacques Audiard.
Alemanha: "The White Ribbon" (A Fita Branca), dirigido por Michael Haneke (leia a crítica).

Israel: "Ajami", de Scandar Copti and Yaron Shani
Cazaquistão: "Kelin", de Ermek Tursunov
Holanda: "Winter in Wartime", de Martin Koolhoven
Peru: "A Teta Assustada" (The Milk of Sorrow), de Claudia Llosar (leia a crítica aqui).




Dos nove pré-concorrentes, "A Fita Branca", de Michael Haneke, é considerado o grande favorito, tendo ganho, no último dia 17, o Globo de Ouro da categoria. O filme foi exibido em Brasília na abertura do FIC Brasília, tendo recebido muitos elogios da crítica local.

A lista com os cinco concorrentes definitivos em cada categoria da premiação será divulgada no dia 02 de fevereiro.

A crítica do filme Salve Geral pode ser conferida aqui.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Balanço do cinema no Brasil em 2009


A ANCINE (Agência Nacional do Cinema) divulgou um balanço com o desempenho do cinema nacional em 2009 e o que era esperado, confirmou-se: o desempenho dos filme brasileiros foi o melhor dos últimos cinco anos, alcançado a marca de 14, 28% de share, ou seja, da quantidade de ingressos vendidos. Foram mais de 16 milhões de ingressos vendidos, um crescimento de 76% em relação a 2008, ano em que pouco mais de 9 milhões de ingressos foram comprados para filmes brasileiros.

Segundo Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE, esses resultados positivos indicam que o cinema brasileiro está vivendo uma nova fase: “A produção nacional está ocupando o mercado de forma continuada e consistente, no que parece ser um ciclo sustentável de crescimento. A safra de filmes programados para 2010 nos permite acreditar na manutenção dos índices de ocupação alcançados em 2009 e apostar no crescimento desta participação”, avalia Rangel.
 

Diversos fatores têm levado a uma reaproximação entre o cinema brasileiro e seu público: a melhor qualidade técnica dos filmes, a maior organização dos agentes do setor e um calendário de lançamentos mais estratégico - mas, sobretudo, a realização de filmes que caem no gosto dos espectadores, especialmente das comédias, que em 2009 emplacou Se Eu Fosse Você 2, Divã, A Mulher Invisível e Os Normais 2.

Somente o filme Se Eu Fosse Você 2 vendeu mais de 6 milhões de ingressos e tomou o posto de maior bilheteria da chamada “Retomada”, que antes era de Dois Filhos de Francisco.

O filme mais visto do ano foi A Era do Gelo 3, que alcançou 9.279.602 ingressos e arrecadou R$ 81.118.935, 00. É o segundo maior público dos últimos 20 anos, atrás apenas de Titanic, que mantém a liderança com inabaláveis 16 milhões de ingressos vendidos.


No geral, o cinema teve um crescimento de mais de 25% em relação a 2008, vendendo mais de 110 milhões de ingressos. Foram lançados 84 filmes nacionais, 144 norteamericanos e 91 títulos de outras nacionalidades. Os números de arrecadação esbarraram na casa do 1 bilhão de reais.

Apesar de ter 91 títulos lançados, o chamado “cinema alternativo” obteve apenas 4,22% do público, enquanto que as 144 obras norteamericanas levaram 81,5% do público aos cinemas, o que indica o baixo interesse do público pelas obras independentes e de arte, geralmente advindas de países não-americanos.

Confira os números dos filmes lançados no Brasil em 2009:

Os 10 maiores filmes nacionais (em número de espectadores)
    1. Se Eu Fosse Você 2 – 6,11 milhões
    2. A Mulher Invisível – 2,25 milhões
    3. Os Normais 2 – 2,2 milhões
    4. Divã – 1,86 milhão
    5. O Menino da Porteira – 666 mil
    6. Besouro – 481 mil
    7. O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes – 361 mil
    8. Salve Geral – 316 mil
    9. Jean Charles – 292 mil
    10. Xuxa e o Mistério de Feiurinha (ainda em cartaz) – 250 mil
   
Os 20 maiores públicos do ranking geral (em número de espectadores)

    1. A Era do Gelo 3 – 9,27 milhões
    2. Se Eu Fosse Você 2 – 6,11 milhões
    3. Lua Nova (ainda em cartaz) – 5,68 milhões
    4. 2012 (ainda em cartaz) – 5,05 milhões
    5. Harry Potter e o Enigma do Príncipe – 4,53 milhões
    6. X-Men Origens: Wolverine – 3,19 milhões
    7. Anjos e Demônios – 3,05 milhões
    8. Avatar (ainda em cartaz) – 2,93 milhões
    9. Uma Noite no Museu 2 – 2,6 milhões
    10. A Mulher Invisível – 2,35 milhões
    11. Velozes e Furiosos 4 – 2,3 milhões
    12. Os Normais 2 – 2,2 milhões
    13. Transformers 2 – 2,14 milhões
    14. O Curioso Caso de Benjamin Button – 2,08 milhões
    15. Up – Altas Aventuras – 2,04 milhões
    16. Divã – 1,86 milhão
    17. Se Beber, Não Case – 1,76 milhão
    18. A Verdade Nua e Crua – 1,47 milhão
    19. A Proposta – 1,46 milhão
    20. O Dia em que a Terra Parou – 1,45 milhão
 


Vamos torcer (e ir ao cinema) para que 2010 seja tão bom para o cinema nacional quanto foi 2009... ou quem sabe, melhor?!

Fonte: Ancine.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Vencedores do Globo de Ouro


Aconteceu neste domingo (17/01), a cerimônia de premiação do Globo de Ouro, considerada por muitos como uma "prévia" do Oscar. Além das categorias para cinema, houve também a premiação para os melhores da tevê em 2009.

Numa premiação bastante dissipada, o filme que consagrou-se como o melhor foi Avatar, que também levou o prêmio de direção, para James Cameron. Apenas três filmes conseguiram ganhar mais do que um prêmio. Foram eles Avatar, Up - Altas Aventuras e Crazy Heart, com dois Globos de Ouro cada um.

Confira a lista completa dos vencedores:
CINEMA

  • Melhor Filme (Drama) - "Avatar"
  • Melhor Filme (Comédia ou Musical) - "Se Beber, Não Case" (The Hangover)
  • Melhor Diretor - James Cameron, por "Avatar"
  • Melhor Ator (Drama) - Jeff Bridges, por "Crazy Heart"
  • Melhor Atriz (Drama) - Sandra Bullock, por "O Lado Cego" (The Blind Side)
  • Melhor Ator (Comédia ou Musical) - Robert Downey Jr, por "Sherlock Holmes"
  • Melhor Atriz (Comédia ou Musical) - Meryl Streep, por "Julie & Julia"
  • Melhor Ator Coadjuvante - Christoph Waltz, por "Bastardos Inglórios"
  • Melhor Atriz Coadjuvante - Mo-Nique, por "Preciosa"
  • Melhor Roteiro - Jason Reitman & Sheldon Turner, por "Amor Sem Escalas" (Up in the Air)
  • Melhor Canção - "The Weary Kind", de T-Bone Burnett & Ryan Bingham, do filme "Crazy Heart"
  • Melhor Trilha Sonora - Michael Giacchino, por "Up - Altas Aventuras"
  • Melhor Animação - "Up - Altas Aventuras"
  • Melhor Filme Estrangeiro - "A Fita Branca"
 TELEVISÃO
  • Melhor Seriado (Drama) - "Mad Men"
  • Melhor Seriado (Comédia ou Musical) - "Glee"
  • Melhor Minissérie ou Filme para Tevê - "Grey Gardens"
  • Melhor Ator em Minissérie ou Filme para Tevê - Kevin Bacon, por "Taking Chance"
  • Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para Tevê - Drew Barrimore, por "Grey Gardens"
  • Melhor Ator em Seriados (Comédia ou Musical) - Alec Baldwin, por "30 Rock"
  • Melhor Atriz em Seriados (Comédia ou Musical) - Toni Collette, por "United States of Tara"
  • Melhor Ator em Seriados (Drama) - Michael C Hall, por "Dexter"
  • Melhor Atriz em Seriados (Drama) - Julianna Margulies, por "The Good Wife"
  • Melhor Ator Coadjuvante - John Lithgow, por "Dexter"
  • Melhor Atriz Coadjuvante - Chlöe Sevigny, por "Big Love"


sábado, 16 de janeiro de 2010

Crítica filmada: Onde Vivem os Monstros



Where The Wild Things Are foi escrito por Maurice Sendak e publicado em 1963. Tornou-se um dos livros infantis mais cultuados e vendidos da história, mas era desconhecido no Brasil. Fazem anos que Hollywood tenta adaptar o livro para as telonas, mas a história era considerada por muitos uma história difícil de contar, imageticamente. Até Steven Spielberg tentou fazê-lo, mas desistiu. 
 
O projeto, felizmente, caiu nas mãos de Spike Jonze (Quero Ser John Malkovich; Adaptação), que chamou o amigo Dave Eggers (até então novato em cinema) para coescrever o roteiro do filme. 
 

A história gira em torno de Max, um garotinho de 8 anos, rebelde e sensível. Achando que em casa ninguém o compreende, ele foge num pequeno barco, enfrenta uma tempestade e vai parar numa ilha onde vivem os monstros. 
 
Com toques surreais típicos dos filmes de Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças; The Science of Sleep), Jonze faz um filme sobre a infância, só que para adultos. Sua intenção é retratar os medos e inseguranças das crianças e a fase que todas passam, de descobrir o espaço do outro, de entender que relacionar-se é muito mais difícil do que parece e de que nem sempre fazer o que se quer é o melhor para a comunidade em que se vive.


Com uma direção de arte impecável (assinada por K K Burret, de Maria Antonieta), ótimas dublagens (Paul Dano, James Gandolfini, Forest Whitaker, Chris Cooper) e uma trilha original tocante (criada por Carter Burwell e Karen Orwell, vocalista do Yeah Yeah Yeahs), o filme bate no coração de quem se identifica com a história, de maneira lírica e cheia de simbolismos que pedem que o espectador viaje na história para entendê-los. Quem não conseguir fazer isso, talvez não vá gostar do filme.


A relação conturbada do garoto com os monstros contém o turbilhão de sentimentos que habita o nosso redor e a dificuldade que temos de lidar com isso. Uns não entendem os outros e a qualquer momento os pensamentos podem mudar, indo da extrema afetividade (em cenas lindas, em que monstros e menino dormem “amontoados”) a acessos de fúria.

Talvez a perfeição esteja no equilíbrio. Isso implica ter mal-humor, raiva e egoísmo às vezes. Significa preferir uma cor à outra, porque gostar das mesmas coisas torna todo mundo mais sem graça. No mundo dos monstros é normal desafinar ou não saber contar piadas e se for para fazer guerra, que seja de bola de neve ou de lama.

Cabe a cada um criar o seu mundo perfeito. Geralmente ele é encontrado dentro de nós, onde vivem as tais “coisas selvagens” do título original. 
 
Dentro de mim, Onde Vivem o Monstros terá sempre um lugar garantido.

Crítica filmada:
(Where The Wild Things Are, EUA, 101 minutos, 2009)
Dir.: Spike Jonze
Com Max Records, Catherine Keener, Mark Ruffalo

Crítica: A Mente Que Mente



Assistir um filme que tenha em seu elenco John Malkovich (Quero Ser John Malkovich; Adaptação) é quase garantia de cenas bizarras. Em A Mente que Mente ('tradução' cretina para The Great Buck Howard), a dose de bizarrice é menor, mas a excentricidade está lá, em cada gesto do ator. Para fazer-lhe contraponto (e servir-lhe de escada), lá está Colin Hanks (Orange County; Mais do Que Você Imagina). 
 
Colin faz o papel de Troy, um jovem infeliz com a faculdade de direito, que resolve abandonar tudo e seguir em busca do seu sonho: escrever. Ele só não sabe que caminhos tomar para chegar lá. Arruma um emprego de gerente de produção do mentalista – não o chame de mágico, ele pode não gostar – Buck Howard, conhecido nos anos 70 por ter feito várias aparições no programa de Johnny Carlson, The Late Show. Buck é o típico artista cheio de manias, em decadência, mas que não admite isso e fará de tudo para voltar a fazer sucesso.

Trata-se de uma comédia dramática de fórmula simples. John Malkovich é o grande destaque e sua insanidade faz o filme respirar. Pena que isso não contagiou o restante do elenco e produção, que parece-me apática e sem muita vontade de fazer um filme bom.

Há algumas participações que poderiam render situações bem engraçadas, mas são, em sua maioria, um desperdício. Tom Hanks (pai de Colin Hanks) aparece como o pai de Troy, numa cena nada crível e levada mais a sério do que deveria. Depois vem Emily Blunt, com as mesmas caracteríticas da sua personagem em O Diabo Veste Prada e Steve Zahn, errr... como sempre também.


O relacionamento entre os dois protagonistas é pouco desenvolvido. Era para ser uma daquelas histórias em que duas pessoas têm um difícil relacionamento, mas aprendem lições um com o outro, mas o que vemos são dois personagens distantes, que não brilham juntos. Cada um tem sua história desenrolada separadamente. Isto é, no mínimo, estranho.

Mas nem tudo dá errado. John Malkovich protagoniza uma cena em que seu personagem dá entrevista em um talk-show, simplesmente impagável. Dá até para desconcentrar, em meio a tantas risadas. 
 
No mais, algumas cenas engraçadinhas (bem “inhas”) dão o tom e só. O tempo passa sem muitos danos, a sessão termina e daqui alguns dias o filme será esquecido.

Trailer:



(The Great Buck Howard, EUA, 90 minutos, 2008)
Dir.: Sean McGinly
Com John Malkovich, Colin Hanks, Emily Blunt
Nota 6,0


 
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