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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Entrevista com Caio Gullane

Caio Gullane (Foto: divulgação)
Pouca gente sabe, mas entre os maiores responsáveis pela realização de um filme estão os produtores, muitas vezes os únicos a participarem de todas as etapas pelas quais passa um filme.

Quem não ficou chocado com a realidade mostrada pelo filme Carandiru, que entremeia situações limite de violência e precariedade com a solidariedade de um médico? Quem não chorou junto com Neto, personagem de Bicho de Sete Cabeças, que vivencia a realidade cruel de um manicômio? Ou com o pequeno Caio deixado pelos pais, obrigados a fugir da ditadura, em O ano em que meus pais saíram de férias, semifinalista na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar, em 2008? 
 
Nos bastidores desses e outros sucessos de bilheteria estão os irmãos produtores Caio e Fabiano Gullane. A jornalista Luciana Seabra realizou e cedeu para o blog Fred Burle no Cinema uma entrevista com o Caio, que contou os bastidores do trabalho e falou sobre o bom momento do cinema brasileiro.

Qual é o papel do produtor em um filme?
O nosso envolvimento vai desde o começo, quando escolhemos o roteiro, até o final, quando o filme é exibido nas salas de cinema. Nós buscamos recursos, preparamos a filmagem, estamos sempre presentes, trocando ideias com o diretor, acompanhamos a montagem e, depois de pronto, organizamos o lançamento. Diretor e produtor são os grandes parceiros em um filme.

Quanto tempo um filme te consome por dia?
Eu trabalho entre cinco e seis dias por semana, por volta de 10 a 12 horas por dia.

Por que tipo de desafios vocês passam no trabalho de produção?
Existe uma dificuldade dentro do cinema que é o desembolso do dinheiro. A captação dos recursos para os filmes nunca é coisa simples. Conciliar as agendas dos profissionais envolvidos também é difícil. E uma terceira dificuldade é lidar com a cidade funcionando normalmente e ter que entrar ali com uma realidade de ficção.

Você pode dar um exemplo de uma situação em que isso aconteceu?
No As melhores coisas do mundo, a família principal foi filmada em uma casa na Lapa. Nós estávamos dentro do horário normal, tínhamos contrato para filmar ali, conversamos com a vizinhança, mas um vizinho criou várias complicações. Ele ficava caçando problemas, deixava o som alto, atrapalhando a nossa filmagem. Com muita educação, mostramos que nossa atividade não ia atrapalhar o cotidiano dele e conseguimos fazer a filmagem. Outro exemplo foi quando filmamos uma cena noturna no centro de São Paulo. Marcamos para a madrugada, com autorização do CET e da Polícia Militar. Só que na área em que íamos filmar, à noite, tinha uma feira ambulante irregular...

E aí? Como vocês fizeram?
Fizemos um acordo com o pessoal da feira: eles ficaram com um pedaço da rua e nós ficamos com o outro. Esse tipo de desorganização da cidade muitas vezes atrapalha a gente.

Das produções feitas pela Gullane, qual filme mais te marcou?
A gente tem um carinho especial por todos os filmes. O que eu acho legal é que a gente acaba se apropriando de muitas realidades diferentes. Quando vou fazer um filme como o Carandiru, acabo entrando na realidade penitenciária. Quando faço um filme sobre a ditadura, como O ano em que meus pais saíram de férias, eu entendo mais sobre esse período. Esse é um filme em que nós ficamos na lista dos pré-escolhidos para participar do Oscar. Fomos para o Festival de Berlim e ele foi muito bem de público, então me traz muitas lembranças boas.

"Meu País"
A Gullane produz neste momento o Meu país. O que você pode adiantar?
É uma coprodução Brasil e Itália, gravada em Roma e em São Paulo (capital e Paulínia). Os brasileiros vão se identificar, porque trata da dupla nacionalidade, que quase todos nós temos. Nós somos uma mistura. O Rodrigo Santoro faz o papel de um filho de italiano que nasceu no Brasil e foi morar na Itália. Ele viveu 15 anos por lá e agora está voltando para cá. O filme mostra um pouco desse convívio entre duas culturas diferentes, porém que estão unidas há anos pelos laços familiares. Ele deve entrar em cartaz em setembro.

O que mais vem por aí?
Estamos fazendo também uma animação de longa metragem. O título provisório é Lutas. É um desenho animado para adolescentes e adultos, que trata das guerras brasileiras. Começa com os portugueses, vai à ditadura e chega ao futuro, em 2.100. A voz do personagem principal é de Selton Mello e a da heroína é de Camila Pitanga. Esse estreia no final do segundo semestre.

Como você avalia esse momento do cinema brasileiro?
Acho um momento muito propício, por algumas características. A primeira é o fortalecimento da Agência Nacional de Cinema (Ancine), criada para regular e fomentar o cinema. Outra é a existência de cada vez mais investimentos diretos, por entender que cinema vai trazer retorno. A terceira coisa que acho muito bacana é o fato de o cinema brasileiro ser plural. Ano passado, por exemplo, tivemos um filme que fala da violência brasileira, que é o Tropa de Elite, outro mais religioso, que é o Nosso Lar, outro que trata do adolescente, que é o nosso...

Os temas são plurais. E o público? É variado?
Sim. Outra coisa que faz o cinema brasileiro estar em um momento bom é justamente as diversas classes, os diversos públicos que têm ido assistir aos filmes. O aumento das classes C e D no cinema, juntamente com uma política do governo de abrir salas mais populares, contribuiu bastante. Acho que o cinema no Brasil tem deixado de ser uma coisa restrita. Tem muito para ampliar ainda, mas já é um movimento muito bom.


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Luciana Seabra é jornalista formada na Universidade de Brasília e mestre em Economia pela Universidade de Campinas/SP. Já foi repórter da Rádio CBN, escreveu para inúmeras revistas e jornais e atualmente é a mais recente contratada jornalista econômica do jornal Valor Econômico.


1 comentários:

Anônimo disse...

o cinema brasileiro tá indo bem, mas pena que só existe selton melo, rodrigo santoro e wagner moura de atores. gosto deles, mas já ta chato ver sempre a cara deles. principalmente o selton melo que é igual em todos os filmes que faz.

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