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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Crítica: Inverno da Alma

Não é difícil identificar o motivo para tanta aclamação de “Inverno da Alma” (Winter's Bone), filme independente que tem arrebatado prêmios nos principais festivais de cinema independente – como o Gotham Awards, o Independent Spirit Awards e o Festival de Sundance – e ainda tem sido indicado em algumas premiações políticas e industriais – como o Globo de Ouro, o National Board of Review e agora também o Oscar.

O roteiro, adaptado por Debra Granik (também diretora do filme) e pela estreante Anne Rosellini, é baseado no romance homônimo de Daniel Woodrell e tem como protagonista uma garota de 17 anos, Ree Dolly, obrigada a se virar para sobreviver com os dois irmãos mais novos.

Seu pai, acusado de trabalhar para o tráfico de drogas, colocou a casa da família como garantia de um negócio e desapareceu. Agora, a menina precisará encontrá-lo, para evitar que a casa seja vendida e o que restou de sua família seja ainda mais devastada.

Sem saber em quem confiar, em meio a vizinhos e conhecidos misteriosos, a garota partirá às cegas, em busca de algo que não sabe exatamente o que é, apenas tem certeza de que o perigo é iminente.

As atitudes dos personagens secundários são ambíguas e nunca se sabe o que os move a querer ajudar ou atrapalhar a jovem. A explicação talvez resida no fato daquela ser uma sociedade caipira, na qual a preocupação com a própria imagem, leva as pessoas a agirem por ora com bondade e por ora com frieza e desprezo. É o retrato de uma sociedade que, no filme é interiorana e regional, mas que na verdade pode ser encontrada em quaisquer outros lugares e níveis sociais.

Com ares de suspense, o filme não passa, na verdade, de um retrato de adolescentes que lutam desde cedo para sobreviver e cuidar (do que resta) da família, precisando tomar conhecimento do seu passado, ao mesmo tempo que precisa encontrar forças para seguir em frente.

A fotografia de Michael McDonough (“Nova Iorque, Eu Te Amo”), acinzentada, explora o lado sombrio das locações da região do Missouri, EUA e amplifica a opressão e o medo que toma a personagem principal, ajudando a manter a tensão até o final.

De roteiro bem lapidado, focado estritamente no que interessa (o drama da protagonista) e um elenco competente, com destaque para uma medonha Dale Dickey (“A Troca”), um irreconhecível e excelente John Hawkes (“Eu, Você e Todos Nós”) e a revelação Jennifer Lawrence, o filme é, de fato, um bom filme, mas está longe de ser arrebatador. Sua digestão não é fácil e deve ser apreciada apenas por aqueles que gostam de uma boa dose de introspecção.

Trailer:

(Winter's Bone, 100 minutos, EUA, 2010)
Dir.: Debra Granik
Com Jennifer Lawrence, John Hawkes, Dale Dickey
Nota 7,5



5 comentários:

Anônimo disse...

Na verdade, a mãe da personagem principal não morreu, está doente.

Ciro disse...

A mãe dela tá viva...

Fred Burle disse...

Ciro e anônimo, obrigado pela atenção. A correção já está feita.

Abraços

Cristiano Contreiras disse...

Verdade seja dita, seu texto funciona muito mais que o próprio filme. Concordo que é interessante, mas no geral torna-se frágil e até mediano - bem verdade, caminhamos com a personagem de Lawrence que, de fato, tem uma atuação magistral. Mas, acho que o roteiro e até a direção não consegue trazer os personagens tão próximos de nós. Não é por conta da tal "alma" fria, é limitação mesmo da construção do estudo dos personagens ali...o filme, por vezes, parece não sair do mesmo lugar e somente o talento perfeito de Lawrence consegue provocar alguma atração com o que vemos.

Acho que a direção de Granik é muito, muito, correta...poderia ter ousado mais, acentuado mais, sei lá...não vejo esse grande filme, nem mesmo acho o desfecho 'chocante' como muitos dizem. Na verdade, o final poderia ser mais delineado...e discordo da indicação ao Oscar de Hawkes e filme. Quem deveria ter sido indicado, no lugar dele, é Andrew Garfield por "A Rede Social". E "Blue Valentine" é um filme mais denso e instigante que este, ao meu ver. Este sim poderia ter recebido a indicação de Filme...

Bom, fico feliz em ver como Lawrence tem tido o reconhecimento, afinal é uma bela atriz. Gosto dela no "Vidas que se cruzam", conhece?

Abração!

Fred Burle disse...

Oi, Cris! Eu também concordo que o filme não é tudo isso que pintam, apesar de conseguir identificar os elementos para o sucesso de crítica. Eu também colocaria facilmente o Blue Valentine no lugar deste, na categoria de melhor filme, mas não tiraria o John Hawkes. Talvez tirasse o Jeremy Renner para colocar o Andrew Garfield.
"Vidas Que Se Cruzam" eu vi, mas não achei nada demais...

Abraço!

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