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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Crítica: Control (2007)


Considerado por muitos o “melhor filme britânico de 2007”, "Control" marcou a estreia de Anton Corbijn na direção de longas metragens e arrebatou 25 prêmios, além de outras 20 nomeações mundo afora, incluindo o Camera D'or para o diretor, em Cannes.

"Control" é a cinebiografia de Ian Curtis, vocalista da banda Joy Division, precursora de boa parte do que se viu no estilo punk-rock a partir da década de 1980. Ian, com sua voz entorpecida e marcante, cujo forte barítono é imitado – sim, imitado – até hoje. E a Joy Division, que em apenas três anos de existência conseguiu fincar o status de divisora de águas no rock britânico.

Sofrendo de epilepsia e tendo inúmeros conflitos psicológicos e/ou filosóficos, Ian suicidou-se aos 23 anos de idade, numa fase em que sua banda estava prestes a fazer sua turnê mais importante nos EUA, sua filha estava com cerca de um ano de idade e ele estava prestes a ganhar dinheiro, finalmente. Mas os conflitos internos não lhe deixaram viver mais tempo: ele não se acha um bom pai (e pelo visto realmente não era), traía a mulher com uma jornalista belga (e se condenava por isso), achava que a carreira tinha tomado proporções maiores do que desejava e não tinha a menor vontade de continuar um tratamento sério da sua doença.

Sam Riley (dir.) e o Ian verdadeiro (esq.)
A quantidade de prêmios que o filme recebeu não foi responsabilidade somente do diretor. Foi também das atuações de Samantha Morton (excelente e passional como a esposa Debbie), Toby Kebbell (que cavou um grande espaço no papel do empresário da banda) e Sam Riley, vivendo com muita intensidade o papel principal, absorvendo os vícios corporais de Ian – especialmente nas apresentações da Joy Division – e transpirando toda a deprimência e angústia do cantor, além de revelar possuir uma semelhança física impressionante com o verdadeiro Ian.

Mas nem tudo é plausível. O roteiro de Matt Greenhalgh deixa a desejar, principalmente por se basear apenas no livro escrito pela esposa do cantor, Deborah Curtis. É compreensivo que ela focasse mais a história nos aspectos familiares e na relação submissiva que tinha com o marido e usasse este instrumento para contar sua angústia e retratar-se como a coitada traída, não aprofundando, inclusive, a introdução da história dos dois, que por acaso também se originou de uma traição. A sensação é a de que existe ali o relato do sentimento ferido de uma mulher.

O problema é que isso limita o filme e mínimo que se esperaria era que o roteirista entrevistasse outras pessoas – como o empresário e os outros membros da banda, que posteriormente formaram o também cultuado New Order – para enriquecer os outros personagens. Da forma que foi feita, ficou a impressão de que Ian pouco se relacionava com a banda, tendo com eles uma convivência limitada ao lado profissional, sendo eles os empregados que baixavam a cabeça e aceitavam todas as atitudes do cantor, que prejudicava a carreira deles.

Além disso, prenúncios clichês desnecessários, como “um dia eles ainda falarão de mim” ou “isto vai entrar para a história” arranham o brilho do filme e não passam de baratas piadinhas externas. Felizmente, Matt se redimiu no seu trabalho seguinte, ao escrever o descolado roteiro de “O Garoto de Liverpool”, ainda inédito no Brasil, sobre a adolescência de John Lennon.

Banhado a músicas de David Bowie e Joy Division (obviamente), Control exala deprimência e ritmo, numa balança cujos pratos estão cheios de méritos e desméritos, apresentados sob o aspecto nostálgico de uma fotografia preto-e-branca sem razões explícitas para existir, além da sua beleza. Mas no fim, o saldo da balança é positivo.

Trailer:

(idem, Inglaterra/EUA/Austrália/Japão, 116 minutos, 2007)
Dir.: Anton Corbijn
Com Sam Riley, Samantha Morton, Toby Kebbell
Nota 7,0

___________________________________________________________________________
P.S.: dia 19 de novembro estreia no Brasil o novo filme deste diretor: "Um Homem Misterioso" (The American), protagonizado por George Clooney.

6 comentários:

pseudo-autor disse...

Filmaço! Fiquei tão encantado com a interpretação do ator protagonista que minhas expectativas para o On the Road, do Walter Salles, aumentaram ainda mais. Cinebio, pra mim, é isso!

Cultura em geral:
http://culturaexmachina.blogspot.com

Fábio Honório disse...

Vi no festival do Rio, acho q em 2008, não lembro, mas é um ótimo filme.
Adoro filmes meio biográficos, principalmente relacionados a bandas de rock ou artistas da música q me interessam, claro.
Outro ótimo filme é "A Festa Nunca Termina" do Michael Winterbottom q fala também desse universo de bandas de Rock dos anos 70/80 e q, entre outras, tem Sex Pistols, Happy Mondays e o Joy Division também. Muito bom! Fica a dica.

Fred Burle disse...

pseudo-autor, o Sam Riley está excelente como Ian Curtis. Eu também espero muito do On The Road. Walter Salles dificilmente erra.

Fábio, tem um filme chamado Metal, documentário sobre bandas de rock americanas. E se você gosta de cinebiografias musicais, mês que vem estreará no Brasil O Garoto de Liverpool, do mesmo roteirista do Control e de nível ainda melhor. Obrigado pela lembrança do filme do Winterbottom. Vou colocar na fila.

Abraços

cris disse...

Joy Division, o embrião de uma das minhas bandas prediletas de todos os tempos. Seria interessante se alguém resolvesse filmar o depois, com a volta por cima e o surgimento do New Order! Quem topa? rsrs...

Fábio Honório disse...

Blza Fred, vou procurar saber desse documentário.
Sobre O Garoto de Liverpool, eu até queria ver no festival do Rio, mas acabei optando por outro no msmo horário, mas com menos chance de estreia por aqui. Pretendo ver sim.
Valeu as dicas!

Abraço

Fred Burle disse...

Cris, procurei por algo sobre o New Order e achei estranho que nem documentário sobre eles, não fizeram ainda. Está na hora mesmo! Aliás, só encontrei declarações do Peter Hook dizendo que não gostou de como a banda foi retratada neste filme. Algo que também comentei na crítica.

Fábio, você fez bem. O Garoto de Liverpool tem estreia garantida no Brasil e em festivais é melhor dar preferência aos que não devem chegar ao país...

Abraços!

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