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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Crítica: A Última Estação


A Última Estação não é e nem pretende ser a cinebiografia de Léon Tolstói, um dos maiores escritores de todos os tempos e principal pacifista russo do fim do século XIX.

O diretor Michael Hoffman (Sonhos de Uma Noite de Verão), trouxe às telas a adaptação do romance de Jay Parini, sobre os últimos anos de Tolstói. O roteiro foi escrito pelo próprio Hoffman, que só conta, no filme, os feitos do escritor em duas breves cartelas introdutórias. O que ele quis mostrar foi a relação de amor devastadora entre o escritor e sua mulher Sofya, casada com ele por 48 anos. Em seus últimos anos de vida, Tolstói entrara em conflito com a mulher, que queria fazer fortuna com os trabalhos do marido, a fim de deixar uma herança maior para os 13 filhos.

Tolstói nunca gostou da vida luxuosa que levava e, com a ajuda do amigo Vladimir Chertkov, planejava escrever um testamento, tornando todas as suas obras sob domínio pública, pois acreditava que eles as escrevera para o povo e, portanto, não poderia fazer fortuna com aquilo.

A relação entre a esposa, ele e o amigo Chertkov era explosiva e levaria todos eles a tomarem atitudes de amor e ódio constantemente. O livro de Jay Parini tem como personagem principal Valentin Bulgakov, um jovem seguidor das doutrinas tolstoianas e que tornou-se amigo da família em seus anos mais críticos. É ele quem observava tudo com cautela no filme e possui um certo distanciamento da história toda.

Valentin não fazia questão alguma de tomar partido do que acontecia. Apenas estava ali para ajudar no que pedisse o seu mestre. Desta forma, ele serve no filme não como um conselheiro ou como um personagem essencial para o desenvolvimento dos fatos. Chega a ser apático. Mas observa bem e não tem a intenção de defender esta ou aquela parte, pois – como os espectadores do filme – percebia que cada qual tinha seus fortes motivos e agia como achava que devia. E Valentin não fazia juízo de valores. Afinal, não havia lado certo ou errado, bom ou ruim na história.

Christopher Plummer e Helen Mirren exercem com vigor os papéis de marido e mulher, enquanto que Paul Giamatti e James McAvoy lhes dão o suporte necessário, na pele de Chertkov e Valentin, respectivamente.

Na tentativa de contar uma história de amor extremamente forte e comovente, Michael Hoffman saiu-se bem. Mas pecou imensamente ao transformar o Império Russo na Inglaterra e Tolstói em cidadão britânico. Além de todos os personagens falarem em inglês, os ambientes não poderiam ser mais britânicos, com suas regras e chás e formalidades. Até os cenários aspiram à Inglaterra daquela época. Se não houvessem legendas para nos dizer que aquilo se passa no antigo Império Russo, certamente haveria confusão na cabeça do espectador.

E isso, pelo menos para mim, é fatal num filme que pretende retratar personagens e culturas de determinados países. Neste sentido (e em todos os outros), David Lean saiu-se muito melhor com o seu inesquecível Doutor Jivago (1965).

Trailer:

(The Last Station, Alemanha/ Rússia/ Inglaterra, 110 minutos, 2009)
Dir.: Michael Hoffman
Com Helen Mirren, Christopher Plummer, James McAvoy, Paul Giamatti, Anne-Marie Duff
Nota 6,5

4 comentários:

@_anna_barreto disse...

Gostei mto da sua critica!

Fred Burle disse...

@_anna_barreto, muito obrigado! Espero te ver mais vezes por aqui! =)
Abraço

Unknown disse...

Fred,
gosto muito da suas críticas e sempre procuro aqui uma boa dica de filme pra assistir, mas não concordei muito com a questão do filme parecer passar na Inglaterra. Pelo menos eu não tive essa impressão. Na Rússia imperial os hábitos da aristocracia russa (a qual Tolstói fez parte apesar de viver de outra maneira) eram muito parecidos com os hábitos da região mais ocidental do continente (frança e inglaterra). Inclusive partes do romances originais de tolstoi foram escritas em francês, língua muito comum entre abastados russos. O filme até poderia ter sido todo em russo, e creio que seria melhor, mas eu não me senti na Inglaterra quando assiti.

Fred Burle disse...

Gustavo, não vejo problema em você discordar. O texto revela a minha visão do filme e eu, quando o assisti, tive esta impressão. Talvez, pelos hábitos terem convergências e pelo elenco ser quase todo inglês, ficou esta sensação. Mais um motivo para o filme não ter sido rodado com este elenco e com esta língua. Era necessário ser em russo e com russos para estabelecer melhor as diferenças e a caracterização da região e dos personagens.

Abraço!

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