Tenho Toy Story 1 e 2 como dois dos meu filmes preferidos, especialmente o primeiro, por toda a inovação que trazia para a linguagem e a para a tecnologia no campo da animação. Por isso, estava receoso de que uma terceira parte pudesse estragar o encanto dos outros filmes, como aconteceu, por exemplo, com Shrek.
Mas por que o medo, se estamos falando de uma obra Pixar, estúdio que não faz nada ruim? A primeira vez a errar não poderia ser com Woody, Buzz e cia, brinquedos que eles já têm tanta afinidade.
Nesta terceira parte, o garotinho Andy já tem dezessete anos e por um acidente, seus brinquedos são doados para uma creche. Assim, o caubói Woody terá que convencer a todos de que aquilo foi um engano e fará de tudo para que eles voltem para o seu dono verdadeiro, por mais que isso lhes custe uma vida guardados em uma caixa no porão.
O longa inicia-se da mesma maneira que o segundo, com os brinquedos passando por uma grande aventura que, obviamente, não passa de mais uma brincadeira do dono. Depois disso, nada de piadas repetidas ou situações clichês. O que espera o público é um monte de personagens novos ótimos – como o Ken e o urso Lotso – e a graça renovada dos antigos brinquedos, como o hilário casal Cabeça de Batata, Slinky, os chaveirinhos do Pizza Planet, a cowgirl Jessie, o cavalinho Bala no Alvo e o inocente dinossauro Rex.
Como se não bastasse apenas resgatar os brinquedos, os roteiristas Michael Arndt e John Lasseter (tinha que ser) tratam com excelência questões como o autoritarismo – confrontado com a liderança participativa –, a união, o pré-julgamento pela aparência, a lealdade e até a questão da superexposição pelas câmeras, como mostram as cenas do macaco que vigia as dezenas de câmeras da creche: ele é o chamado “olho que tudo vê”.
Ainda assim, num filme em que as aparências enganam, o que predomina é o que interessa: a diversão. Sequências espetaculares e ação bem amarrada ditam o ritmo acelerado, fazendo rir e às vezes até chorar, numa obra grandiosa e de qualidade inquestionável.
No meu caso, a imersão na história foi tão grande que, sinceramente, nem reparei nos efeitos 3D. Na verdade, eles são, pela primeira, fator secundário.
O tempo dirá qual das três partes é a melhor da trilogia dos brinquedos, mas Toy Story 3 compete em pé de igualdade e agrega qualidades suficientes para ocupar o primeiro posto.
Toy Story 3 é o alívio para aqueles que já não aguentavam mais ver as obras abaixo da média que têm estreado nesta temporada de blockbusters.
Trailer:
(Toy Story 3, EUA, 105 minutos, 2010)
Dir.: Lee Unkrich
Nota 9,5
22 comentários:
Parabéns pela crítica! Sempre passo por aqui para conferir. Continue com o excelente trabalho. Um abraço!
Toy Story é um marco cinematográfico, não há dúvidas. Só discordo de você em relação ao segundo filme, acho que esse terceiro é a verdadeira continuação, com um argumento perfeito de uma história mágica. Afinal, quantos de nós ficamos sem saber o que fazer com nossos brinquedos preferidos ao crescer? Tenho escondido no armário até hoje um cachorro de pelúcia que ganhei aos dois anos de idade. Toy Story nos faz sentir crianças novamente, e com discussões tão adultas.
bjs
Ufaa, que alívio ler a sua crítica Fred...
Toy Story foi um dos filmes que marcou minha infância, e também foi o primeiro filme que eu comprei, com suadas moedinhas juntadas(VHS claro).
Ainda bem que a Pixar não se baixou a simplesmente fazer uma continuação pra arrecadar dinheiro e nos dá mais um belo filme.
Estou ansioso agora.
Abraços
Ler tua crítica me deixou bem curiosa, vou assistir com certeza!!
Ahh, os ingressos chegaram, OBRIGADÃO!!
Bjs
UhU! Eu gostei muito do filme!
De ínicio pensei que talvez não fosse bom, pq é um estilo de animação que eu não costumo assistir, mas me surpreendeu, ficou muito legal! Um parte que eu gostaria de destacar é quando o Buzz fica em espanhol! Caraca ficou show ri muito naquela hora. Este filme realmente superou as minhas expectativas! ;D
Adorei a crítica e estou louca para assistir. Sem dúvidas é a animação mais esperada por mim.
Tenho coleção dos bonequinhos, sou fã *-*
ansiosa pra assistir
Aiii o filme é muito lindo! Tava ansiosa pra ver, olhei ontem! O melhor dos 3! Muito emocionante, chorei :P Vale a pena
Murilo - muito obrigado! Espero que continue voltando e gostando!
Amanda (Aouad) - concordo que esta seja a verdadeira continuação, mas o segundo tem um roteiro muito bem escrito e não é vazio. Talvez este seja a continuação da história das crianças como um todo, ou seja, o trâmite que a vida segue; enquanto que o segundo é mais uma continuação da história dos próprios brinquedos. Eu gosto de todos, mas este tem crescido no meu conceito com o passar dos dias.
Jardel - e aí? Já foi ver? Tenho quase certeza de que você irá gostar.
Aline - que bom que já chegaram! Nem lembro para qual filme era, mas tomara que goste!
Biula, que bom que gostou. Valeu a pena cair da moto e tudo mais, né?! ehehe
Kathlen1 - muito obrigado! O filme me deixou inspirado para escrever!
Amanda - também tenho alguns bonequinhos (aqueles da McDonalds). Estão devidamente encaixotados, como no filme! (risos)
Anônimo - acho cedo para dizer que é o melhor, mas com certeza está no páreo!
Abraços e obrigado pelos comentários de todos!
Ah, Fred... já fui ver sim.
Ri e chorei olhando o filme, putz.. não dá pra dizer que é o melhor dos 3, porque parece que eles se completam. Como se esse fosse o Retorno do Rei dos brinquedos. Ótimo mesmo.
Ah, sobre o seu comentário lá no Topanga em Kick-Ass, eu respondi esclarecendo o assunto.
Abraços
Muito bom saber que o filme não decepciona, porque não existe público mais exigente do que criança, né... e meus sobrinhos amam... já prometi levá-los...
Eu sou apaixonada por Toy Story, assisti os dois primeiros várias vezes, uma delícia de desenho, com certeza o terceiro será melhor ainda!
Jardel - "O Retorno do Rei dos brinquedos" é ótimo! Não tinha visto a resposta do Kick Ass. Vou ler.
Alice - não só os seus sobrinhos irão gostar, como você também!
Claudete - depois me diga se sua opinião de que será o melhor permaneceu.
Abraços!
Fred, que bom ler essa sua crítica. Amei o filme. Na verdade eu sempre gostei de Toy Story, gosto mesmo são dos filmes da pixar.
Para mim a cena que mais me chamou atenção foi quando eles estão no lixão e se dão as mãos, essa cena é linda.
O olho daquele macaco é assustador e aquela cena do bebezão se balanço no balanço é macabro.
Chorei muito no final do filme e dei muita risada com Buz falando em espanhol.
Amei. Fantástico!
Sophia, como você estava sumida!
Eu me emocionei um monte com essa cena do lixão e com a cena final.
E qualquer outra cena, incluindo as que você citou, poderia tranquilamente ser citada como uma das grandes, porque todo o filme é muito bom!
Beijo!
Fred. Minha net ta com problemas. Eu tinha deixado um comentário uma outra vez, mas não postou, não sei porque.
Eu não consigo ficar muito tempo sem entrar no seu blog. Simplesmente não dá.
Saudades!!
bjo
\o/
Meu amigo, Toy Story é fantástico!!!!!!!
Impressionante tão profunda que foi minha imersão nesse filme. Quase chorei no cinema, só que ia pegar mal um homem grandão igual eu chorando do lado da namorada kkkk
Mas bem que esse filme merecia.
Po, eu senti vontade de ser um brinquedo lá no meio da galera!! AHuahuHUA
Foi um dos poucos filmes (assim como os outros 2 do Toy Story) que eu saí do cinema com vontade de ver tudo de novo IMEDIATAMENTE!!!!
FANTÁSTICO!!! Simplesmente!
E quero os bonecos, só não sei onde vende, alguém sabe aee??? Internet?
Abraços!!
ouso a dizer que é o melhor dos tres filmes...tem uma sensibilidade muito boa.
André Gustavo - acho que você foi um dos poucos que quase chorou no cinema. A maioria chegou às vias de fato! ehehe
Tem os bonecos disponíveis em alguns sites. Neste link tem alguns: http://www.submarino.com.br/busca?q=toy+story&dep=3&x=11&y=7&franq=282823
De todos os tamanhos e preços!
NVoador, acho cedo para dizer isso. Mas é sim um filme excelente, tão bom quanto os outros.
Chorar em público é terrível, mas quando o filme em questão é Toy Story chorar é um efeito colateral secundário. O que muda a cada filme é um pedacinho da alma, esse, volta a infância e por lá fica. Espero que meus filhos cresçam assistindo filmes de tal qualidade e profundidade psicológica. Devo admitir que fiquei louca por o Ken, uma representação impecável de um homem voltado para a beleza, e mesmo assim, procurando algo para completá-lo. Nesse caso um suposto amor pela Barbie e bah. Paro antes que fale mais coisas que só fazem muito sentido para mim.
Parabéns pela critica: D
Rayssa, o meu pedacinho voltou para a infância, mas não ficou por lá. Voltou para o presente, ainda mais renovado!
Obrigado pelo comentário!
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