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domingo, 14 de março de 2010

Crítica: Um Homem Sério


Há diretores cujo estilo é tão forte que é só assistir algumas cenas de um filme para saber que trata-se de um trabalho deles. Assim sendo, podemos sempre esperar boas ou más obras, a depender do tratante.

Joel e Ethan Coen, os Irmãos Coen, imprimem sua marca cada vez mais conceituada desde que fizeram Fargo (1996), filme que deu reconhecimento a eles e a Frances McDormand (Queime Depois de Ler). Seus constantes planos estáticos, usados para dar tempo para repararmos melhor na ordinariedade dos seus personagens, torna-os mais patéticos e mais engraçados. O humor que lhes é característico é um humor sutil e a crítica que fazem à sociedade também o é, a partir da escolha dos tipos deprimentes que povoam seus filmes.

Um Homem Sério passa-se na década de 1960. Nele, os irmãos contam a história de Larry, um judeu anestesiado pela vida, professor de física, cuja mulher o troca por outro, os filhos exigem mais do que ele pode dar, seu irmão vive às suas custas, o vizinho quer invadir seu terreno para construir uma casa de barcos e no trabalho as coisas não vão bem. Para piorar, ele arranja um aluno sul-coreano muito inconveniente, capaz de trazer-lhe ainda mais problemas, ao tentar lhe subornar.

A sátira ao judaísmo fica explícita já na sequência inicial, contando a lenda dos dybbuks, que os judeus acreditam ser um espírito maligno possuidor, uma alma deslocada de uma pessoa morta, que volta em forma de outra para tentar cumprir a missão que foi deixada pela metade. 

Um casal é abordado por um possível dybbuk, que salva a vida de um deles, mas não têm como saber a verdade, então precisam aceitar os fatos.

Um dentista descobre uma possível mensagem divina nos dentes de um paciente, passa dias sem dormir, sempre procurando nos dentes das pessoas alguma nova mensagem. Cansado de procurar, aceita os fatos.

Larry tenta a todo custo levar uma vida moralista, mas as situações parecem não querer colaborar. Os conflitos éticos vêm à tona em todo momento. Se ele vai por um caminho, tudo dará errado. Se for por outro, também.

A frase que antecipa o filme pode ser a chave de tudo: “é preciso aceitar tudo o que acontece a você com simplicidade” (Rashi).

As situações judaicas, especialmente os dilemas do filho de Larry, que está prestes a passar pelo ritual do bar-mitzvah, são tão autênticas que parecem ser autobiográficas, já que os irmãos Coen também são judeus.

Com uma trilha energética (assinada por Carter Burwell, de Onde Vivem os Monstros), roteiro excelente e atuação convincente de Michael Stuhlbarg (Larry), o filme tem justificada as suas duas indicações ao Oscar: melhor filme e melhor roteiro original.

Paradoxalmente, é comum e muito diferente.

Trailer:

(A Serious Man, EUA/Inglaterra/França, 106 minutos, 2009)
Dir.: Ethan e Joel Coen
Com Michael Stuhlbarg, Fred Melamed




6 comentários:

Rodrigo Nogueira disse...

Curto muito os irmão Cohen. Não vejo a hora desse filme cair na minha mão!

Abç!

Amanda Aouad disse...

Sim, a crítica ao judaísmo é explícita, mas acho que há uma crítica à sociedade americana implícita em tudo isso.

São os irmãos Coen, né? Então, o seu paradoxo é bem coerente, hehe.

bjs

Rafael Carvalho disse...

O filme, além de contar com o estilo maduro dos irmãos, possui aquele gosto amargo, travestido de comédia de humor negro. A história me faz pensar sobre como o mal chega em nossas vidas sem dar aviso e de como isso pode ser avassalador. Importante não é saber por que isso acontece conosco, mas o que fazer para contorná-los. Bom demais esse filme.

Coincidente, também postei um texto sobre o filme lá no blog.

Fred Burle disse...

Rodrigo, como assim, "cair na sua mão"? Veja no cinema!

Amanda, com certeza há a crítica à sociedade norteamericana, como em quase todos os outros filmes deles. Um ótimo paradoxo! Bjo

Rafael, muito bom o seu ponto de vista. O importante é saber como contorná-los!

Anônimo disse...

O filme requer bastante atenção para captar as mensagens que ficam implícitas em seu roteiro. Não acredito que seja ofensivo à cultura judaica. Os diretores se valeram dessa cultura para mostrar que as religiões, de um modo geral, não são capazes de corresponder aos anseios da humanidade na sua busca por respostas. Percebí que contra aquilo que não podemos controlar, é preferível que aceitemos "com simplicidade". Em contrapartida, não se pode adotar uma postura tão passiva e complacente como a do protagonista em relação aos fatos em que se pode fazer algo a respeito (ex. aceitar os termos do divórcio imposto pela mulher e amante). Como dito acima, deve-se buscar contornar o problema.

Fred Burle disse...

Anônimo, também não acredito que seja ofensivo à cultura judaica. Concordo com a questão da não-correspondência das religiões com os anseios da sociedade, mas infelizmente isso ainda é algo que as pessoas se apegam como forma de dividir a responsabilidade pelo seu fracasso (na maioria da vezes). Deve-se sim, contornar os problemas e não esperar que a solução caia do céu.

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